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Avaliação das funções executivas em meninos com sintomas de depressão e ansiedade. Renata Vianna Mestranda PUC-Rio. Executivo Central.
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Avaliação das funções executivas em meninos com sintomas de depressão e ansiedade Renata Vianna Mestranda PUC-Rio
Executivo Central • Para Baddeley e Hitch (1974) o Executivo Central é um componente da memória de trabalho, responsável pelo gerenciamento das informações que ficam temporariamente armazenadas pela alça fonológica ou pelo rascunho visuo-espacial.
As Funções Executivas... ... compreendem análise, planejamento e monitorização, com o objetivo de organizar comportamentos complexos, a partir das intenções do indivíduo (Shallice, 1988).
Processos automáticos Processos controlados 2 tipos de processamento:
Executivo Central: • Os substratos neurais das funções executivas se localizam nas regiões pré-frontais dos lobos frontais do cérebro. Lesões ou disfunções nestas regiões afetam as funções executivas e todos os processos cognitivos indiretamente.
Entendendo como funciona na prática. Rosa comprou três livros por 2 reais cada e um brinquedo por 7 reais. Quanto ela vai receber de troco se ela pagar com R$20,00? Sete reais
O que estava acontecendo na memória de trabalho? Alça fonológica: Enunciado é armazenado Bláblábláblá BLA! Executivo Central Execução e Monitorização Processamento semântico, fonológico e sintático. Linguagem e Memória Rascunho visuo-espacial: Construção da representação do problema Memória de longo prazo: Seleção dos algoritimos
Figura de Rey Teste do relógio Alguns testes neuropsicológicosque avaliam as funções executivas:
Cubos (sub-teste WISC) Stroop Alguns testes neuropsicológicosque avaliam as funções executivas:
O artigo • Avalia os efeitos de níveis moderados a altos de ansiedade e depressão no funcionamento do lobo frontal em meninos com idades entre 9 e 11 anos. • Hipótese levantada: Níveis elevados de ansiedade e depressão em meninos podem causar alterações no desempenho dos testes de Trilhas e Formação de Conceito?
O experimento • Amostra: 38 meninos, cursando o 4º ou 5º ano do ensino fundamental de escolas públicas, moradores de Chicago, foram selecionados para participar de um grupo de 65. Eles foram divididos em 2 grupos. • Grupo 1: 19 crianças com escores a partir de 12 no CDI e 34 no IDATE C. • Grupo 2: 19 crianças com escores abaixo de 5 no CDI e de 24 no IDATE C • Critérios de exclusão: QI fora do intervalo: 80-120, com outros transtornos psiquiátricos, não-destros, deficiência auditiva ou visual.
Pré-teste: No ambiente da sala de aula, as crianças responderam ao CDI e ao IDATE C. Teste: Nas duas semanas seguintes, os meninos que preencheram aos critérios fizeram teste de lateralidade, Trilhas e Formação de Conceito. O experimento
Teste de Trilhas & Formação de Conceitos Foto de um teste similar chamado Wisconsin
Resultados • Foram feitas análises para determinar se havia diferença significativa entre os grupos, usando análises de variância - ANOVA. • Em todos os casos foram encontradas diferenças significativas com um p-value < 0,05.
Tabela 1: Médias e desvio padrões dos grupos em cada teste neuropsicológico:
Análises sobre o tempo para a realização do Teste de Trilhas:
Análises sobre os erros para a realização do Teste de Trilhas:
Discussão • O experimento procurou verificar o desempenho de meninos em idade escolar nos testes de Trilhas (Formas A e B) e no Formação de Conceitos. • A hipótese a ser testada era: os meninos com sintomas de ansiedade e depressão acentuados, determinados pelo IDATE C e pelo CDI levariam um tempo maior para terminar os testes e cometeriam mais erros.
Discussão • A única hipótese não observada foi o tempo de duração prolongado no Trilhas A. • Este achado pode ser explicado pelo fato desta tarefa ser muito simples. Apenas pessoas com danos cerebrais têm um mau desempenho neste teste. • Os achados nos outros testes - que já eram esperados - corroboram com investigações anteriores da neurobiologia da ansiedade e depressão e de dados de imagem com relação ao comprometimento das funções executivas nestes quadros.
Discussão • Os erros de perseveração cometidos nas formas A e B do Trilhas pelo grupo 1 (ans-dep) pode ser explicado por uma perseveração motora ou pela falta de percepção ativa. Estas duas habilidades estão submetidas ao gerenciamento do Executivo Central (Taylor, Greenspan & Abrams, 1979). • A performance do grupo 1 no Formação de Conceitos aponta para dificuldades na flexibilidade cognitiva, no teste de hipóteses e na resolução de problemas categóricos. Este desempenho sugere que indivíduos com ansiedade- depressão apresentam uma disfunção no lobo frontal.
Conclusão • Apesar dos dados apontarem para um comprometimento de áreas frontais, a falta de informações neuroradiológicas no estudo faz com que seja difícil determinar as áreas específicas afetadas. • Por haver um comprometimento no desempenho dos meninos com sintomas ansiosos e depressivos nos dois testes o presente estudo pode sustentar a hipótese de haver déficits no lobo frontal na presença de níveis moderados a severos de ansiedade.
Obrigada! Feliz dia dos psicólogos!!! Contatos: LAND: L213 rrabv@hotmail.com