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Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos. Profª Larissa de Lima Trindade. DOAR. Onde foram aplicados os recursos providos do lucro do exercício? Como uma empresa pode estar em dificuldades financeiras se ela teve um bom lucro liquido?
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Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos Profª Larissa de Lima Trindade
DOAR • Onde foram aplicados os recursos providos do lucro do exercício? • Como uma empresa pode estar em dificuldades financeiras se ela teve um bom lucro liquido? • Como a empresa comprou uma nova fábrica se ela apresenta um prejuízo? • Onde foram aplicados os recursos obtidos através de financiamentos? • Quais foram as principais razões do aumento ou redução do capital de giro da empresa? Doar explica todas estas dúvidas, pois é a demonstração que busca demonstrar de forma ordenada as origens e aplicações de recursos, isto é, as informações de investimentos e financiamentos que a empresa efetuou em determinado exercício.
DOAR • Obrigatoriedade: Sociedades anônimas de capital aberto e sociedades de capital fechado, que possuem PL acima de 1 milhão. (Na Lei 6.404/76 ATUALMENTE NÃO É MAIS OBRIGATORIA • Estrutura: FINANCIAMENTOS = origens de recursos INVESTIMENTOS= aplicações de recursos
DOAR Divide o balanço em: Ativo circulante: (AC) Ativo não circulante: (ARLP + AP) Passivo Circulante: (PC) Passivo não circulante: (PELP +REF+ PL)
DOAR – ANÁLISE DO CCL CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO – É a diferença entre ativo circulante e passivo circulante. É o excesso ou falta de financiamentos de longo prazo em relação aos investimentos de longo prazo. CCL = AC-PC Ou CCL= PNC-ANC OU CCL = (PELP+REF+PL) – (ARLP+AP) Demonstra posição financeira da empresa, isto é: AC>PC =folga financeira, ou CCL POSITIVO o que significa que temos uma parcela de ativo circulante sendo financiada com recursos de longo prazo. AC<PC =aperto financeiro, ou CCL NEGATIVO o que significa que o passivo circulante financia todo o ativo circulante mais parte do ativo não circulante.
DOAR x Demonstração do Fluxo Líquido de Caixa (DFLC) A DOAR é mais abrangente, por apresentar as variações de todas as contas que afetam o CCL e não só as disponibilidades (caixa e bancos) como demonstra a DFLC.
ORIGENS DE RECURSOS As origens de recursos aumentam o CCL. Exemplos: • Aumento das fontes de financiamento de longo prazo; (+ PNC) • Transferências dos investimento de longo prazo para curto prazo. (- ANC) • Aumento do Ativo Circulante; (+ AC) • Diminuição do Passivo Circulante; (- PC)
ORIGENS DE RECURSOS • DAS OPERAÇÕES - Lucro Líquido Ajustado • DOS ACIONISTAS • Aumento de capital social • DE TERCEIROS • Empréstimos de longo prazo • Alienação de bens do ativo permanente • Transferência de ARLP para AC • Dividendos a receber
ORIGENS DE RECURSOS • Lucro líquido ajustado- Quando a empresa ao final do exercício apresenta lucro liquido nem sempre todos estes valores representam entradas no ativo circulante. Por isso devemos ajustar este lucro até que tenhamos um lucro líquido que efetivamente afete o CCL.
DESPESAS E RECEITAS QUE NÃO AFETAM O CCL E CONSTAM NO LUCRO LÍQUIDO • DESPESAS que estão computadas no lucro liquido mas não afetam o CCL. Devem ser somadas no lucro liquido da DRE. • Despesa de depreciação, amortização e exaustão – não há saída de caixa ou qualquer outro bem; • Variações Monetárias Passivas no EXLP – não afetam o CCL e sim o EXLP; • Prejuízo do MEP para investimentos em coligadas e controladas – não afetam o CCL e sim o ativo permanente. • Despesas de Provisão para Perdas Prováveis no Ativo Investimento – reduzem o ativo permanente, não o CCL.
DESPESAS E RECEITAS QUE NÃO AFETAM O CCL E CONSTAM NO LUCRO LÍQUIDO • RECEITA que estão computadas no lucro liquido mas não afetam o CCL. Devem ser deduzidas do lucro liquido da DRE • Variações Monetárias Ativas no ativo realizável a longo prazo: não aumentam o ativo circulante, apenas o ARLP. • Lucro pelo MEP em investimentos em coligadas e controladas: não afetam o ativo circulante, mas sim o ativo permanente.
DESPESAS E RECEITAS QUE NÃO AFETAM O CCL E CONSTAM NO LUCRO LÍQUIDO • Outros cuidados: • Variações no REF – são receitas recebidas (caixa) mas ainda não computada no Lucro. Quando computadas no lucro devem ser subtraídas, pois já afetaram caixa. • Ajustes de exercícios anteriores- art 186 da Lei 6404/76, os ajustes de exercícios anteriores devem ser lançados direto na conta Lucros Acumulados, não aparecendo no Lucro líquido, devemos ter cuidado pois se o ajuste provoca alteração no CCL então este deve ser subtraído ou somado no lucro líquido. EX: a empresa percebeu que os estoques em 2004 estavam superavaliados em R$ 3.000. Lançamento de ajuste em 2005 Lucros acumulados a estoques......3.000,00 Na DOAR Lucro líquido da DRE......14.000 (-) Ajustes de exercícios anteriores....(3.000) (=) Lucro ajustado...........................11.000,00
DESPESAS E RECEITAS QUE NÃO AFETAM O CCL E CONSTAM NO LUCRO LÍQUIDO • Resultado da alienação de bens do ativo permanente. (lucro ou prejuízo na venda) Podemos lançar a alienação: pelo valor contábil do bem ou pelo valor de venda. • Valor contábil do bem – nenhum ajuste no Lucro líquido deve ser feito. • Valor de venda – reduz o ganho e adiciona o prejuízo.
APLICAÇÕES DE RECURSOS As aplicações de recursos reduzem o CCL. Exemplos • Aumento de investimento a longo prazo • Transferência de fontes de financiamento de longo prazo para curto prazo • Diminuição de Ativo Circulante • Aumento de Passivo Circulante
APLICAÇÕES DE RECURSOS • DAS OPERAÇÕES - Prejuízo Líquido Ajustado • DOS ACIONISTAS - Distribuição de dividendos • DE TERCEIROS Inversões Permanentes: • Aquisição e aplicação de bens do permanente (imobilizado, investimento e diferido) Diminuição de empréstimos de longo prazo • Transferência de saldos do PELP para PC • Pagamento de PELP
ORIGENS E APLICAÇÕES QUE NÃO AFETAM O CCL, MAS APARECEM NA DOAR • Aquisição de bens do ativo imobilizado com recursos de longo prazo • Conversão de empréstimos de LP em capital • Integralização de capital social em bens do AP • Venda de bens AP via longo prazo.
MÉTODOS DE ELABORAÇÃO • MÉTODO AMPLO = considera todas as origens e aplicações de recursos, independente de terem ou não afetado o CCL • MÉTODO RESTRITO = considera apenas as origens e aplicações de recursos que efetivamente afetaram o CCL
IMPORTÂNCIA DA DOAR • Política de inversões permanentes da empresa e fontes de recursos; • Recursos gerados pelas operações que afetam o CCL • Aplicação do recursos de longo prazo • Variação do CCL • Compatibilidade entre dividendos e posição financeira da empresa
FORMA DE APRESENTAÇÃO 1. Origens dos recursos DAS OPERAÇÕES DOS SÓCIOS DE TERCEIROS 2. Aplicação dos recursos 3. Aumento ou redução no CCL (1-2) 4. Saldo inicial e final do AC e PC e variação
Demonstração das Mutações do Patrimonio Liquido Objetivo: Revelar as modificações ocorridas no Patrimônio Líquido em um determinado período Obrigatoriedade: Companhias Abertas. Atualmente foi substituída pela Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados (lei 11.638/07) Importância:Demonstra as variações em cada conta do PL, identifica claramente a utilização e a formação das reservas.
Variações nas Contas de PL • Itens que afetam o Patrimônio Líquido: • Acréscimo de lucros ou redução pelo prejuízo líquido do exercício; • Redução por dividendos; • Redução por pagamento ou crédito de juros sobre o capital próprio • Acréscimo por subscrição e integralização de capital; • Acréscimo pelo recebimento de valor eu exceda o valor nominal das ações; • Redução por ações próprias adquiridas; • Acréscimo ou redução por ajustes de exercícios anteriores;
Demonstração do Lucros e Prejuízos Acumulados Objetivo: Revelar as modificações ocorridas na conta de Lucros e Prejuízos Acumulados Obrigatoriedade: S. A segundo a Lei 11.638/07 Importância:Demonstra as variações ocorridas na conta de lucros ou prejuízos acumulados, relatando a formação do lucro ou do prejuizo de uma empresa.