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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS LABORÁTÓRIO DE ENGENHARIA ECOLÓGICA E INFORMÁTICA APLICADA. Laboratório de Engenharia Ecológica. PRODUÇÃO DE ETANOL (SEM DEIXAR DE PRODUZIR ALIMENTOS E SERVIÇOS AMBIENTAIS): SISTEMAS INTEGRADOS E ASSENTAMENTO RURAIS.
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS LABORÁTÓRIO DE ENGENHARIA ECOLÓGICA E INFORMÁTICA APLICADA Laboratório de Engenharia Ecológica PRODUÇÃO DE ETANOL(SEM DEIXAR DE PRODUZIR ALIMENTOS E SERVIÇOS AMBIENTAIS):SISTEMAS INTEGRADOSE ASSENTAMENTO RURAIS Enrique Ortega Alexandre Souza
Antecedentes e justificativas • Atender a demanda de um grupo de agricultoras do assentamento Gleba XV de Novembro por um projeto para a instalação de uma microdestilaria de Etanol; Agricultoras do assentamento Gleba XV de Novembro em uma apresentação sobre microdestilarias em congresso em Botucatu • Existe também a preocupação com a expansão da monocultura da cana nos assentamentos de reforma agrária no estado de São Paulo
Problematização • Estoque mundial de petróleo está se esgotando • Extração e combustão de energia fóssil causam problemas ambientais graves (poluição, mudanças climáticas, etc.)
Problematização • A energia de biomassa vem sendo anunciada como principal solução, substituindo os combustíveis fósseis. • No Brasil, uma das principais alternativas é o etanol, como substituto da gasolina. ?
Uma alternativa: A microdestilaria de álcool combustível • Produção de etanol em pequena escala 50 a 400 litros/dia; • Sistema composto por uma moenda, dornas de fermentação, coluna de destilação, tanque de estocagem e uma caldeira; • Existem algumas experiências nos estados de MG, SP, SC, RS, entre outros;
Sistema Integrado de Produção de Alimentos Energia e Serviços ambientais (SIPAES) • Capaz de atender a quesitos sociais, ambientais e econômicos. Permite a democratização através da descentralização da produção, renda e poder. • Mostra-se como ferramenta útil para a inclusão social de agricultores fragilizados. No Brasil, muitos camponeses se encontram em assentamentos rurais de reforma agrária em terras degradas. • Portanto, os assentamentos são um dos locais para se implementar os SIPAES
Objetivo da pesquisa Analisar as possibilidades de instalar uma microdestilaria de etanol em um assentamento de reforma agrária mediante o cálculo dos benefícios sociais, ambientais e econômicos.
Metodologia • Elaboração de Cenários • Metodologia Emergética • Análise Econômica de projeto • Ferramentas Participativas Local de Estudo • Assentamento de reforma agrária “Gleba XV de Novembro”; • No extremo oeste do estado de São Paulo, região chamada Pontal do Paranapanema
Definindo o sistema • O modelo de microdestilaria foi escolhido a partir de uma visita a COOPERBIO; • Microdestilaria com capacidade produtiva de 24 l/h (USI biorefinarias). A microdestilaria da Gleba XV de Novembro produziria álcool 8 h/dia (um turno de trabalho diário) • 7 hectares de cana-de-açúcar • Cada família (lote) = 1 ha de cana-de-açúcar para produzir etanol + 0,5 ha para a produção de rapadura (ou açúcar mascavo); • Área de cada lote = 23 hectares. • Área total do grupo de agricultores = 161 hectares
Resultados da observação participativa • A atividade agrícola se assemelha muito de uma agricultura de subsistência com a venda do excedente; • A atividade principal é a pecuária leiteira; • O leite é vendido a laticínios de regiões próximas e é retirado por caminhões tanque quase que diariamente; • Os tanques de resfriamento geralmente são de propriedade das empresas e atende a mais de um agricultor.
Resultados • Além do Programa Federal de Aquisição de Alimentos (PAA) há outras formas de apoio de políticas públicas voltadas ao sistema produtivo.: ITESP, SEBRAE, SENAR, UNESP, etc. • De modo geral, o assentamento Gleba XV de Novembro apresenta uma situação que precisa ser melhorada; • Políticas de saúde e educação, estão presentes, mas poderiam ser melhoradas; • O assentamento fica distante dos serviços públicos e do comércio; • Evasão dos jovens e há ônibus de trabalhadores rurais “boias frias” transitando no assentamento. • É necessária uma alternativa que tenha capacidade de causar mudanças.
Metodologia emergética Cenário Atual
A implantação da microdestilaria de forma que seus subprodutos interajam com os outros elementos do sistema (cenário SIPAES) se mostrou o melhor cenário do ponto de vista ambiental. • Além disso, o SIPAES é um cenário que considera a presença de agroindústria (produção de etanol e rapadura), diferentemente do cenário Atual, que obteve %R e ELR bem próximos aos obtidos pelo SIPAES.
Comparação dos indicadores emergéticos dos cenários SPAE e SIPAES com a produção de etanol em larga escala
Análise econômica • Foi calculada a rentabilidade simples no intuito de gerar um indicador econômico mais próximo da maioria das pessoas. • A viabilidade econômica foi calculada somente para a produção de etanol através da microdestilaria. • Porém, existe uma possível receita de R$ 48.000,00 anuais referente a 32 toneladas de rapadura e de R$ 24.000,00, relativo a 200 toneladas de composto orgânico.
Conclusão • O uso conjunto das metodologias permitiu responder aos questionamentos deste trabalho e o SIPAES é um bom cenário; • A inserção da microdestilaria integrada permite deixar de usar ou reduzir o uso de fertilizantes químicos. Para isso, é necessário adotar técnicas com princípios agroecológicos. • O projeto da microdestilaria é um investimento viável; • Dentro da perspectiva social, a microdestilaria pode melhorar a vida do grupo de agricultores e a criar postos de trabalho no assentamento; porém, existe certa dificuldade na organização dos agricultores;
Conclusões gerais • A implantação da microdestilaria de forma integrada, melhora um pouco a performance ambiental, se apresentou um investimento viável e satisfatório, e é capaz de gerar postos de trabalho além de ter potencial para melhorar a condição de vida e a auto-estima dos agricultores. • O cenário SIPAES pode servir como modelo para a produção de etanol, pois produz combustível sem competir por terra, com a produção de alimentos e sem prejudicar os serviços ambientais das áreas naturais.
Muito Obrigado!!! ortega@fea.unicamp.br xandsouza@hotmail.com