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A Formação Profissional num contexto de produtividade, competitividade e desenvolvimento de competências

A Formação Profissional num contexto de produtividade, competitividade e desenvolvimento de competências. Global Consulting, 4-5 Dez. 2003 Margarida Chagas Lopes. Antes de mais, um contexto em transição. Um contexto de contradições profundas :

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A Formação Profissional num contexto de produtividade, competitividade e desenvolvimento de competências

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  1. A Formação Profissional num contexto de produtividade, competitividade e desenvolvimento de competências Global Consulting, 4-5 Dez. 2003 Margarida Chagas Lopes

  2. Antes de mais, um contexto em transição... • Um contexto de contradições profundas: • entre os espaços de produção de tecnologias- a Economia Mundo...- e os de produção de competências, eminentemente nacionais... • entre os tempos de procura e de oferta/re-composição de competências... • entre os ciclos de produtividade e os ciclos de vida individuais (ex.‘envelhecimento activo’...) • ...

  3. E de profundas dúvidas e incertezas... • Transição entre paradigmas de trabalho e aprendizagem: • ... • ´liberdade de circulação do trabalho’ (e as migrações ...) ou promoção da mobilização do conhecimento? • quem ensina/quem aprende – da centralidade da escola às Comunidades Educativas (LWL)... • novas relações de produção – o conhecimento e o saber como factores de produção, o acesso aos meios e a apropriação dos resultados da pro-dução, as novas tecnologias como bens públicos (?) ...

  4. Dando lugar à reconsideração dos conceitos chave... • -Como os de: • inclusão e exclusão – do ‘contacto’ ao acesso ao conhecimento, e deste ao domínio do saber... • integração e reintegração – preparação de competências para o exercício em contexto de inovação e instabilidade... e também para as quebras de trabalho, para o desemprego, para a reintegração (LLL)... • processos de trabalho – produção conjunta de actividade e aprendizagem ...e a ‘dupla ex-clusão potencial’...

  5. E, portanto, a produtividade e a competitividade... • Assumem-se cada vez mais: • como factores dinâmicos e permanentemente sujeitos a reapreciação; • de natureza cada vez mais complexa, etiologia diversificada e cariz estruturante... • conceitos cada vez mais interdependentes – produtividade não é competitividade mas condiciona-a cada vez mais – economia aberta e bens transaccionáveis... • em que o peso crescente dos ‘factores imateriais’ (v.g. IKH) não dispensa uma articulação estratégica com o investimento físico...

  6. Passando ao diagnóstico... • O Quadro de Análise português: ( cf. ‘Relatório Mc. Kinsey’) • 9 sectores de actividade, apx. ½ Emprego, ½ PIB, contribuição superior a 65 % para o crescimento do PIB entre 1998 e 2003 • A produtividade horária do trabalho é cerca de metade do valor médio do grupo constituído por Alemanha*França*Itália*Holanda*Bélgica 16.4//31.5

  7. OVERALL PRODUCTIVITY (PPP): GDP * Person Employed (IMD 2003, op. cit) 1997 1998 1999 2000 2001 2002

  8. E a algumas tentativas de explicação... (‘Relatório Mc. Kinsey’) • SECTORES BARREIRAS EFEITOS HERANÇA Menor Eficiência, me- nor dimensão, menor Inv. e I&D, me- nor competitividade INFORMALI DADE Retalho Alim. Constr. Resid. REGULA- MENTAÇÃO Reforço da Pequena Dimensão, falha de manutenção (Y/L) Automóvel ORDENA- MENTO TERR. Ecassez de terre- nos, assimetria inform. Turismo ETC... ADMIN. PÚBLICA Défices de Educa- ção, Infraestruturas LEGISL. LABO- RAL Flexibilidade, restru- turação, mobilidade

  9. Nem sempre consensuais... • Principais Barreiras: • não estruturais, i.e., susceptíveis de ser corrigidas pela Política Económica, tais como a Informalidade, a Regulamentação, o Ordenamento do Território, a Inércia da Ad. Pública... • E factores transversais: • A “herança industrial” (Dim., Cadeias de Valor, Marca...) • Défices de escolaridade, formação e ----» competências • Deficiências cultura e estratégia de Gestão • Inércia relativa Administração... ? Não Estruturais ?

  10. Sobre algumas reformas estruturais... • OECD (2003), Economic Surveys – Country Reviews – Portugal • “(...) educational attainment of the workforce...strong emphasis on vocational training, improving mobility in labour markets, raising the technological base, assuring more competitive product markets... • “(...)fixed -term contracts and other atypical forms of work (...) are an important channel into the labour market ...however they can only be a partial solution as there is the risk of creating more precariousness ... • “(...) the continuing importance of traditional low skill labour intensive industries suggest that technicological diffusion leaves much to be desired ...spending on R&D comparative low... • (op. cit: 75 ss.)

  11. Levando a uma análise mais detalhada da produtividade... FONTE: OECD, ( op. cit., 2003)

  12. Associando-a directamente às competências... FONTE: OECD, ( op. cit., 2003)

  13. E à capacidade de Inovação que as caracteriza...EUROSTAT (2002), Statistics in Focus, nº4, 2002

  14. O que leva a questionar a eficácia da Escola...(OECD 2003, Learners for Life...PISA)

  15. Mas a Escola é apenas um elemento do Sistema... • Como se comportam os diferentes sectores institucionais no esforço de I&D Empresas • Governo • Ensino Superior • Outras Instituições • FONTE: EUROSTAT, Statistics in Focus nº8/2003

  16. Para muitos,ultrapassada e inacessível... • Em 2001, apenas 20% dos portugueses com idades entre 25-64 anos tinham escolaridade igual ou superior ao 12º...(última posição no conjunto dos países OCDE estudados em Education at a Glance, 2002)... • Efeito Idade * Geração... • Embora nem só as qualificações formais sejam produtivas ----» • ----» Competências (H.L. * F.P. * Exp. Prof...) ---Necessidade de reconhecimento de diferentes tipos de saberes...

  17. O que reforça a importância da Formação Profissional: • I) – Em termos macroeconómicos: • Face aos desajustamentos entre procura e oferta de competências nos M.T. (curvas de Beveridge PTG, OECD 2001, Employment Outlook)... • Perante a fraca qualidade de muito do emprego existente e criado, v.g. MSE... • Para preparar as reestruturações produtivas e sectoriais (v.g., formação de reconver-são...) • Visando sustentar a (re)empregabilidade em ciclo de vida... • ...

  18. E também... • II) Face à prospectiva possível: • Previsibilidade do aumento do DLD, v.g. de baixas qualificações (histerese e efeito evicção da retoma) • Grande probabilidade de aumento do desemprego recorrente das médias/altas qualificações (crescente turbulência, mobi-lidades) • Persistência das dificuldades de inserção de públicos com menor empregabilidade (.... Migrações..)

  19. O que aconselharia a que se reforçassem as Políticas: • De diagnóstico permanente de perfis profissionais e balanço de competências • De monitorização dos desajustamentos em tempo útil – ex. Indicadores de Alerta • De orientação e aconselhamento para reajustamento de perfis e competências • De facilitação da fluidez interinstitucional, designadamente escola*empresa*formação (ex: CNAVES, 2001) • ...

  20. Relativamente às quais se verificam insuficiências: Life-long learning (UEM e Países Candidatos) Fonte: EUROSTAT (2003),General Statistics

  21. De que os indicadores globais são sintomáticos: • Número muito elevado de empresas que se afirmam ‘sem necessidades de formação’: • Em 1999, só 22% das empresas portuguesas fizeram formação (o mais baixo valor de todos os EEMM da UEM) e, das que não fizeram, 68% referiu como razão serem as competências disponíveis adequadas às necessidades da empresa (EVTS-2) • A maioria significativa das empresas que se afirmam ‘com necessidades de F.P.’, não as projectam para um prazo superior a 2/3 anos (Avaliação PEDIP II) • ...

  22. Verificando-se alguns desajus-tamentos de modalidades de for-mação... • Revela um estágio de desenvolvimento tecno- lógico e inovação relati-vamente desfasado... FONTE: EUROSTAT, Statistics in Focus, nº10, 2002

  23. Uma insuficiente endogeneização do esforço de F.P. • Por falta de articulação entre as políticas de formação e desenvolvimento de compe-tências, com as de inovação (de processo, produto, organizacional...) e de investimento imaterial, do que resulta: • a F.P. como credencial para um emprego alternativo mais do que como factor de tenure e de reforço do estatuto actual (OEFP, 2000) • utilização dos conhecimentos resultantes da F.P.---» ‘razoável’, como frequência modal (ibidem, Conferência de Kiel, 2002) • ...

  24. Bem como alguns círculos viciosos sucessivamente identificados... • São sempre as empresas de ‘grande’ (100-499 TCO) e ‘muito grande’ (500 e + TCO) dimensão quem mais pesa no total de FP (80,0% a 89% do total de formandos) • São predominantemente os TCO mais qua-lificados (QS,QM, PAQ e PQ) quem mais frequenta FP • São sempre mais as empresas de serviços... • (cf. Avaliação PEDIP II, Avaliação QCA II e EEE...)

  25. O que se resume em indicadores eloquentes: • Formação Profissional e Competitivi-dade das Empresas • % VAB * Sector Baixas Qual. Médias Qual. Altas Qual. PORTUGAL 52,5% 19,0% 5,8% UEM 30,4% 21,8 % 16,8% (Cf. WIFO para CE, 1999- Relatório Competitividade na Indústria)

  26. Breve Análise SWOT, à laia de Conclusão • Pontos Fracos, a superar: • Capacidade de diagnóstico de compe-tências e de concepção estratégica (contextualizada e integrada) da formação • Dificuldades de concepção e operacionali-zação da assistência técnica a consultoria de formação • Limitações no estabelecimento de parce-rias, v.g. de suporte a PME’s...

  27. E a incrementar... • Como Pontos Fortes a atingir/desenvolver: • Metodologias de FP em contexto de trabalho • Abordagens integradas Formação –Escolaridade, v. g. na Formação Inicial - ? E. Profissional, E.Tecnológicas ...? • Concepção, desenvolvimento e monitorização de F.P. específica para o(s) desemprego(s) e rein-serção • Ênfase na lógica de parceria e de ‘Comunidades Educativas’ (LWL) em todos os níveis (LLL)...

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