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Infecções respiratórias agudas do trato respiratório

Infecções respiratórias agudas do trato respiratório. Programa de Educação Permanente para Médicos de Saúde da Família. Objetivos. Definir IVAS Situar o assunto na realidade dos PSFs Discutir sobre etiologia, localização, história clínica, diagnóstico e tratamento de IVAS. Classificação.

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Infecções respiratórias agudas do trato respiratório

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Presentation Transcript


  1. Infecções respiratórias agudas do trato respiratório Programa de Educação Permanente para Médicos de Saúde da Família

  2. Objetivos • Definir IVAS • Situar o assunto na realidade dos PSFs • Discutir sobre etiologia, localização, história clínica, diagnóstico e tratamento de IVAS

  3. Classificação Rinofaringite aguda Infecções do trato respiratório superior Faringite/ amigdalite Gripe epidêmica Otite média aguda Infecções do trato respiratório inferior Sinusite Laringotraqueobronquite Traqueobronquite Bronquiolite

  4. Importância • Principal demanda nos serviços de saúde, universalmente • 20 a 40% das consultas ambulatoriais • 12 a 35 das internações hospitalares pediátricas • 90% de etiologia viral

  5. Legenda Síndrome característica Frequente

  6. Etiologia: bactérias • Streptococcuspneumoniae • Hemophilusinfluenzae • Streptococcusb-hemolíticos dos grupos A e C • Staphilococcussp • TBC • Difteria • Mycoplasmapneumoniae (faringite, otite média, miringitebolhosa e sinusite)

  7. Investigação • Porção das vias aéreas • Localizada ou em mais de uma região • Manifestações sistêmicas • Infecciosa? (viral ou bacteriana?) • Alergia? • Exames complementares • Internação?

  8. Investigação • Início súbito/ insidioso • Padrão da febre – contínua/ picos • Estado de saúde de pessoas que convivem com a criança • Mofo/ alérgenos/ pó • Hospitalização recente

  9. Exame físico • Narinas • Mucosa nasal e cornetos • Mucosa oral • Gengivas, palato, amígdalas • Faringe • Ouvidos • Tórax - cardio • Conjuntivas, linfonodos • Hepatosplenomegalia

  10. Rinofaringite/ resfriado comum Rinovírus: 1/3 – 1/2 dos casos Coronavírus: 10% dos casos Complicações: Otite Média Aguda Sinusite aguda Mastoidite Pneumococo (80-85%) H. influenzae M. catarrhalis (15-20%)

  11. Rinofaringite/ resfriado comum • Sintomas: • Geralmente afebril, rinorréia serosa, obstrução nasal • Febre alta, cefaléia, mialgia, mal-estar, inapetência (crianças menores) • Oito épisódios ao ano ( até dois anos)

  12. VIRAL BACTERIANA Rinorréia serosa Mais de 14 dias Infecção bacteriana secundária Sinusite Rinite bacteriana Bom estado geral Rinorréia purulenta Tímpanos congestos Hiperemia faríngea Febre, mialgia e mal-estar Tosse Até duas semanas

  13. Rinorréia serosa: Fase inicial de viroses (sarampo) rinites bacterianas primárias ou secundárias, efeito medicamentoso Rinorréiaaseomucosa ou mucosa: Fase intermediária/ final das rinites virais, resposta alérgica Rinorréiamucopurulenta/ purulenta: Fase final de rinites virais, rinites bacterianas primárias e secundárias, sinusites Rinorréiaserossanguinolenta: Traumatismo mucosa, corpo estranho – sífilis congênita, difteria nasal, rinite bacteriana, sarampo

  14. Conduta • Evolução natural da doença • Ineficácia e contra-indicação de: • Antitussígenos • Antibióticos • Vasoconstritores • Expectorantes • Mucolíticos • Antitérmicos • Analgésicos • Vitaminas – sem evidências científicas % 80 Nafazolina e fenilefrina – útil em crianças maiores Em lactentes – risco de excitação e de depressão respiratória 60 40 20 1 2 3 4 5 6 7d

  15. Descongestionante nasal (  2 anos) Antibióticos Antiinflamatório não esteróide Antitussígenos (hiperreatividade brônquica) Expectorantes mucolíticos

  16. Otite média aguda • Após resfriado comum – prejuízo da ventilação normal pela tuba faringotimpânica • Baixa idade • Técnicas inadequadas de amamentação (supina) • Hipertrofia de adenóides • Fenda palatina

  17. Otite média aguda • Etiologia • Streptococcuspneumoniae • Haemophilusinfluenzae • Moraxellacatarrhalis

  18. Otite média aguda • Febre • Otalgia • Irritabilidade exagerada • Vômitos • Diarréia, cefaléia, hipoacusia e vertigem • Miringitebolhosa viral, bacteriana, pensar em Mycoplasmapneumoniae Congestão (miringite) hiperemia Opacificação e abaulamento

  19. Otite média aguda Tratamento • Antibióticoterapia em casos de confirmação de doença AGUDA • Amoxacilina (40-50mg/ kg/ dia) • Cepas de S. pnemoniae resistentes à penicilina, H. influenzae e M. catarrhalis produtores de betalactamase • Sulfametoxazol-trimetoprim, eritromicina e azitromicina • Ceftriaxona em casos de vômitos incoercíveis, dose única • Tempo de tratamento • ≥ 2 anos de idade, sem perfuração da MT – 5 a 7 dias • 2 anos de idade ou com perfuração da MT – 10 dias

  20. Otite média aguda • Falha terapêutica • Persistência de otalgia, febre, abaulamento da MT após 3 dias do início da ATBterapia • Amoxacilina em altas doses – 80 a 90 mg/ kh/ dia • Amoxacilina 80 a 90 mg/ kh/ dia associada a ácido clavulânico – 6,4 mg/ kg/ dia • Cefuroxime – 30 mg/ kg/ dia • OMA recorrente3 ou mais episódios em seis meses/ 4 ou mais em um ano) • Profilaxia amoxacilina 20 mg/ kg/ dia por seis meses

  21. Sinusite aguda • Complicação de rinofaringite aguda em 0,5 a 5% dos casos • Indivíduos alérgicos • É mais frequente acima dos 7 anos • Etiologia semelhante à otite média

  22. Sinusite aguda • Sintomas • Rsfriado comum • Tosse noturna (produtiva ou não) • Obstrução nasal • Evolução > 10 dias • Associação com asma AGUDA SUBAGUDA CRÔNICA ATÉ 30 DIAS 30 A 90 DIAS > 90 DIAS

  23. Sinusite aguda • Diagnóstico • Exame físico – pouco valor • Secreção purulenta no meato médio, após vasoconstritores tópicos • Secreção purulenta no cavum • Radiografia e Tomografia

  24. Sinusite aguda • Exame radiológico dos seios da face: (mento-naso, fronto-naso e lateral). Indicam sinusite a presença de nível hidroaéreo, opacificação completa do seio ou espessamento da mucosa ≥ 4mm. Não pedir abaixo dos 3 anos; evitar pedir abaixo dos 6 anos) • Tomografia computadorizada de face: padrão ouro.

  25. Sinusite aguda • Tratamento • Promoção da drenagem dos seios, eliminar a infecção, prevenir recorrências • Amoxacilina ou amoxacilina+ clavulanato, sulfametoxazol+trimetoprim • Tratamento entre 10 e 14 dias ou até uma semana após a remissão dos sintomas • Doses altas de amoxacilina isoladamente, ou associadas ao clavulanato, azitromicina, claritromicina ou cloranfenicol – casos recidivantes • Descongestionantes • Controle de cura: clínico

  26. Faringinte e amigdalite • Queixa básica de “dor de garganta” • Frequente no pré-escolar e escolar • 90% dos casos viral • Bacterias: Streptococcus beta-hemolíticos A, C, G; Streptococcuspneumoniae, Staphilococcus, Haemophilus, Bacilo diftérico.

  27. VIRAL BACTERIANA Bom estado geral Surtos esporádicos em ambientes fechados Início insidioso Surtos epidêmicos Febre alta contínua Picos febris intecalados com ausência de febre Prostração, mesmo em uso de antitérmicos Febre após resfriado Início abrupto Edema petéquias e enantema de palato Febre alta até 42/ 72 horas Hiperemia de pilares amigdalianos Hipertrofia de gânglios linfáticos Epstein Baar, adenovírus, Echovírus, Exsudatoamigdaliano

  28. Faringinte e amigdalite • Tratamento sintomático • ATBterapia em infecções bacterianas – erradicação da bactéria (Streptococcusbetahemolítico febre reumática e glomerulonefrite difusa aguda) • Tratamento por 10 dias - Penicilina V oral: 50 – 100.000 UI/Kg/dia pode ser em três tomadas diárias - Penicilina Benzatina: até 25Kg – 600.000UI acima de 25Kg – 1.200.000UI - Resistência: amoxacilina-clavulanato – 10 dias Cefalosporina por 5 dias - Azitromicina em dose única - Resistência

  29. Faringinte e amigdalite • Causas de falha do tratamento • Não aderênciaReexposição a membros da família • Tratamentos repetidos em esquemas subterapêuticos • Bactérias produtoras de betalactamase (Saphylococcusaureus, Haemophilusinfluenzae)

  30. Faringinte e amigdalite • Tratamento cirúrgico – indicações • Abscesso peritonsilar não responsivo a ATBterapia • Hipertrofia amigdaliana com infecções repetidas e repercussões clínicas importantes

  31. Faringinte e amigdalite • Mononucleose: Vírus Epstein Baar, pode apresentar exsudatoamigdaliano. Linfadenomegalia e esplenomegalia • Febre faringoconjuntival: Adenovírus. Febre alta, conjuntivite, rinite, faringite, dor de garganta e linfadenopatia cervical. Lembra fase inicial de sarampo. • Difteria: Exsudato branco acinzentado aderente, extensão para úvula e palato mole. Internação.

  32. supraglotite epiglotite laringite laringotraqueíte laringotraqueobronquite

  33. Diagnóstico radiológico – sinal do polegar

  34. http://www.sppt.org.br/v3/n_img/200908040320331382945.pdf

  35. Tratamento • Umidificação: névoa fria • Nebulização com adrenalina (L) 1:1000 Dose: 0,5ml/Kg (máximo de 5ml) para nebulização a cada 1 – 2 horas Geralmente se nebuliza com 2 ampolas/vez Cuidar efeito “rebote” • Corticóide (dexametasona): reduz hospitalização e intubação Dose: 0,15 – 0,6mg/Kg/dia Casos graves usar 0,6mg/Kg em dose única IM ou IV

  36. Bronquiolite Aguda Conceito “Infecção respiratória aguda, de etiologia viral, que compromete as vias aéreas de pequeno calibre (bronquíolos), através de um processo inflamatório agudo, levando a um quadro respiratório do tipo obstrutivo com graus variáveis de intensidade”. Prof. Sérgio Luis Amantéa

  37. Bronquiolite Aguda Etiologia • Principal Agente: • Vírus Sincicial Respiratório 50 a 80% dos casos • Outros Agentes: • Vírus Influenza (10-20%) • Mycoplasmapneumoniae (5-15%) • Parainfluenza (10-30%) • Adenovírus (5-10%) • Metapneumovírus (10%)

  38. Bronquiolite Aguda Epidemiologia • Acomete principalmente menores de 1 ano • Pico de ocorrência entre 2 e 6 meses • Aproximadamente 2 a 3% das crianças necessitam hospitalização • Mais severas nos primeiros 6 meses de vida • Predomínio no sexo masculino (1,7: 1,0) • Distribuição sazonal (inverno e início da primavera) • Aumento do número de hospitalizações na última década

  39. Bronquiolite Aguda Fatores de Risco para Severidade • Baixo peso ao nascer • Prematuridade • Baixas condições socioeconômicas • Pais tabagistas • Doenças pulmonares crônicas • Doenças neurológicas adquiridas ou congênitas • Cardiopatias congênitas com hipertensão pulmonar • Imunodeficiências adquiridas ou congênitas

  40. Bronquiolite Aguda Fisiopatologia Infecção pelo VSR Aumento de muco Necrose do epitélio ciliar Infiltrado Linfocítico Obstrução dos Bronquíolos Edema de Submucosa

  41. Bronquiolite Aguda Quadro Clínico • Espirros e rinorréia com secreção clara • Febre de 38,5 a 39 ˚C • Diminuição do apetite • Irritabilidade • Tosse paroxística • Chiado • Dispnéia • Apnéia

  42. Bronquiolite Aguda Exame Físico • Taquipnéia • Tiragem • Batimento de asa de nariz • Estertores finos, sibilos e prolongamento do tempo expiratório • Fígado e baço palpáveis (hiperinsuflação) • Otite média

  43. Bronquiolite Aguda Exames Complementares • Oximetria de pulso ou gasometria: hipoxemia • RX de tórax: hiperinsuflação, espessamento peribrônquico, áreas de atelectasia e infiltrado • Leucometria: leucocitose discreta geralmente sem desvio.

  44. Bronquiolite Aguda Diagnóstico • História clínica e exame físico • Técnicas rápidas de identificação viral (imunofluorecência e ELISA) • Padrão ouro é a cultura em tecido Diagnóstico Diferencial • Asma • Pneumonia • Aspiração de corpo estranho • Cardiopatia congênita

  45. Bronquiolite Aguda Complicações • Insuficiência respiratória • Acidose respiratória descompensada • Pneumotórax Prognóstico • Evolução benigna na maioria dos casos • Mortalidade em torno de 1% • Pacientes com fatores de risco apresentam mortalidade de até 5% • Possível relação com desenvolvimento subseqüente de asma.

  46. Bronquiolite Aguda Tratamento • Principal medida é o tratamento de suporte • Reposição hidroeletrolítica • Oxigenioterapia • Desobstrução das vias aéreas superiores • Dieta oral ou enteral • Broncodilatadores (ß-agonista ou epinefrina) ? • Corticóide sistêmico ?

  47. Bronquiolite Aguda Tratamento • Principal medida é o tratamento de suporte • Reposição hidroeletrolítica • Oxigenioterapia • Desobstrução das vias aéreas superiores • Dieta oral ou enteral • Broncodilatadores (ß-agonista ou epinefrina) ? • Corticóide sistêmico ?

  48. BRONQUIOLITE • Uma proporção significativa de crianças com bronquiolite apresentam hipoxemia, sendo uma das indicações de internação. • A oxigenoterapia é a única medida terapêutica para a qual não existem controvérsias. • A ausência de cianose não descarta a ocorrência de hipoxemia; freqüência respiratória acima de 60 irpm tem uma boa correlação com a presença de hipoxemia. • A administração da dieta deve ser cuidadosa devido ao risco de aspiração pulmonar, uma complicação grave e potencialmente fatal. A dieta deve ser fracionada (pequenos volumes, com redução dos intervalos), e devem ser tomados cuidados com a posição durante e após sua administração (cabeceira sempre elevada, decúbito lateral direito). • Os broncodilatadores devem ser usados quando se observa uma resposta favorável; caso contrário, são desnecessários. • Não existem evidências que suportem o uso de corticóides no tratamento de bronquiolite até o momento.

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