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CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS AGROINDUSTRIAIS continuação. Aula 2. RESÍDUOS SÓLIDOS. PRINCIPAIS RESÍDUOS SÓLIDOS AGROINDUSTRIAIS: DE USINAS SUCROALCOOLEIRAS; MATADOUROS; INDÚSTRIAS DE PROCESSAMENTO (CARNE, FRUTAS E HORTALIÇAS); INDÚSTRIA DE PAPEL E CELULOSE; CURTUMES.
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CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS AGROINDUSTRIAIScontinuação... Aula 2
RESÍDUOS SÓLIDOS PRINCIPAIS RESÍDUOS SÓLIDOS AGROINDUSTRIAIS: • DE USINAS SUCROALCOOLEIRAS; • MATADOUROS; • INDÚSTRIAS DE PROCESSAMENTO (CARNE, FRUTAS E HORTALIÇAS); • INDÚSTRIA DE PAPEL E CELULOSE; • CURTUMES.
POLUIÇÃO RESÍDUOS SÓLIDOS Além da contaminação direta, os maiores impactos são provocados por: • Fermentação do material orgânico e formação de ácidos orgânicos (CHORUME = líquido de elevada DBO formado com a degradação do material orgânico) • Produção de gases fétidos; • Proliferação de micro e macro vetores de doenças.
ESTERCO ANIMAL • SUINOCULTURA Varia em função: Estádio de desenvolvimento do animal; Tipo e qualidade de ração fornecida; Condições climáticas Um suíno na faixa de 15 a 100 kg produz diariamente o equivalente de 5 a 9% de sua massa em fezes+urina, o que corresponde a 2,35kg de esterco/dia/animal.
ESTERCO ANIMAL Dejetos suínos são muito concentrados em: • matéria orgânica biodegradável (aproximadamente 55%); • possuem número elevado de microrganismos patogênicos • rico em nitrogênio e minerais (cobre, zinco e arsênico).
ESTERCO ANIMAL 2) BOVINOCULTURA Quando criados em confinamento, proporcionam a produção de grande quantidade de resíduos – 10 a 15 kg/cabeça/dia; pode alcançar 27Kg de dejeto por dia no caso de animais de 400 kg; Uma vaca leiteira produz diariamente, em excretas, 28 a 32 kg de fezes; Bezerros na engorda recebem uma dieta diferente (leite e derivados) e produz um dejeto mais líquido (cerca de 7,5 L por cabeça)
ESTERCO ANIMAL 3) FRANGO A produção diária de dejeto por frangos é de apenas 0,20 a 0,23 L por dia, mas por crescerem sobre “camas” de serragem, casca de arroz, casca de amendoim, pó-de-serra ou outros, o volume de resíduo torna-se grande, considerando que a troca da “cama” é realizada de 5 a 8 vezes por ano.
ESTERCO ANIMAL 4) CAVALO A composição de excretas de cavalo varia em função: • Do tipo de alimentação que os animais recebem (concentrado e fenos); • Do tipo de “cama” que está sendo utilizada nas estribarias (palha de arroz, casca de frutos do cafeeiro, capim seco, feno, etc). Quando se considera apenas o esterco fresco, um cavalo de 450 kg produz de 7 a 8 kg/dia (20% urina e 80% material sólido). Quando há o uso das camas em estrebarias, pode-se obter até 30 kg/dia/animal de resíduo.
BIODIGESTOR O biodigestor é composto de : • Caixa de entrada • Biodigestor propriamente dito • Caixa de saída
ENTRADA DO MATERIAL Material é moído e hidratado (umidade deve ser de 95%) AÇÃO AERÓBIA açúcares simples se transformam em acetato (ou ácido acético). Utiliza todo o oxigênio e torna o meio anaeróbio AÇÃO ANAERÓBIA utilizam o acetato em seu metabolismo e o transformam em metano Saída de gás A DBO do resíduo diminui e pode ser utilizado como biofertilizante.
CAIXA DE SAÍDA A cada volume de carga na entrada corresponde à saída do mesmo volume de líquido do biodigestor. Este líquido deve ser armazenado em condições aeróbicas para que, sob a ação de bactérias nitrificantes, sofra uma última e drástica redução do seu nível de DBO. Estas reações bioquímicas finais resultam na formação do biofertilizante.
RESÍDUO DO BIODIGESTOR • Além de água, o líquido efluente, conhecido como biofertilizante, apresenta elementos químicos como nitrogênio, fósforo e potássio em quantidades e formas químicas tais que podem ser usados diretamente na adubação de espécies vegetais através de fertirrigação. • O biofertilizante possui entre 90 a 95 % de água (isto é, 5 a 10% de fração seca do líquido). Nessa base seca, o teor de nitrogênio - dependendo do material que lhe deu origem - fica entre 1,5 a 4% de nitrogênio (N), 1 a 5% de fosfato (P2O5) e 0,5 a 3% de potássio (K20).
BIOGÁS Um metro cúbico (1 m³) de biogás equivale energeticamente a : • 1,5 m³ de gás de cozinha; • 0,52 a 0,6 litro de gasolina; • 0,9 litro de álcool; • 1,43 KWh de eletricidade; • 2,7 Kg de lenha (madeira queimada).
RESÍDUOS DE CULTIVO AGRÍCOLA Extremamente variável: • espécie cultivada e o fim a que se destina; • condições de fertilidade do solo; • condições climáticas. Exemplo: na cultura da soja produz-se cerca de 2700 t de biomassa para cada 1000 t de grãos colhidos.
RESÍDUOS DE CULTIVO AGRÍCOLA • Uma característica muito importante desse resíduo sólido é a relação carbono/nitrogênio. • Valor utilizado como referencial para preparo da mistura de resíduos a serem compostados, e para monitorar o processo de degradação aeróbia dos resíduos. • No geral os resíduos de cultivos agrícolas apresentam C/N entre 10 e 100. • Exemplos: palha de trigo = 80:1 leguminosas = 20:1 ou menos
RESÍDUOS AGROINDUSTRIAIS • Originados no beneficiamento de produtos agropecuários; • Alta instabilidade de geração (sazonal); • Varia de acordo com a matéria-prima.
RESÍDUOS AGROINDUSTRIAIS • Casca de arroz (20 a 25% do peso do grão) • Casca de café (39% do peso do grão) Ambos devem receber destinação adequada, por serem altamente poluentes, apresentando: 1,3 a 1,65 dag/kg N 0,05 a 0,17 dag/kg P 3,17 a 3,66 dag/kg K
RESÍDUOS AGROINDUSTRIAIS • MATADOUROS Resíduos constituídos por estercos, vômitos, conteúdo estomacal, conteúdo intestinal, ossos, pele. Nos matadouros bovinos são gerados cerca de 23kg de barrigada e 18kg de dejetos para cada animal abatido. Nos abatedouros de frango o descarte de material (penas, intestinos, pé, cabeça e sangue) representa 30% da massa total do animal.
RESÍDUOS AGROINDUSTRIAIS • USINAS SUCROALCOOLEIRAS Produzem como resíduo sólido: • Bagaço (resíduo da moagem da cana-de-açúcar) • Torta de filtro (resíduo obtido após a filtração do caldo de cana) No processamento de 100 toneladas de cana gera 280 toneladas de bagaço e 35 toneladas de torta de filtro
LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUAS RESÍDUÁRIAS • Em sistema de tratamento de águas residuárias agroindustriais são gerados subprodutos sólidos no gradeamento, caixa de areia, nos decantadores e nas lagoas anaeróbias e facultativas. • Pouca informação encontra-se disponível na literatura a respeito das características físicas e químicas do lodo gerado, o que tem causado problemas na definição das formas de disposição final desses resíduos.