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Direitos Animais A calçada é o palco. Alguns organizam congressos. Outros limpam cocô de centenas de cachorros ou escrevem toneladas de artigos acadêmicos na Internet. Já os mais acomodados sentem verdadeiro prazer em atormentar pedestres e jogar conversa fora. Juntem-se aos últimos!.
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Outros limpam cocô de centenas de cachorrosou escrevem toneladas de artigos acadêmicos na Internet.
Já os mais acomodados sentem verdadeiro prazer em atormentar pedestres e jogar conversa fora.
(Quase) todos os domingos na Avenida Paulista, desde julho de 2007I - plantando sementinhasII - passando filmes de mau gostoIII - sendo multado pelo DSV
Antes de descrever a mecânica do projeto, gostaria de prestar as minhas homenagens ao Hugo Chusyd, à Deolinda Eleutério e, como não poderia deixar de ser, ao George Guimarães, sem os quais hoje eu ainda estaria tirando uma boa soneca todas as tardes de domingo.
No início, havia uma dessas mesas de boteco, bem vagabunda, e uma idéia.
Somando-se a isso um meigo rapaz, sequioso por difundir o evangelho dos direitos animais, uma professora de educação física com seu inseparável apito obcecada por organização e o empreendedor dos empreendedores do setor direito-animalista...
...fez-se a luz para os animais na Avenida Paulista, por meio de uma prática macaqueada do exterior conhecida como tabling.
Que consiste em pendurar banners onde for possível, para servir como isca, e abarrotar a supramencionada mesinha de bar com panfletos, livros subversivos e Revistas dos Vegetarianos para distribuir para os incautos.
No início, os banners retratavam aquelas típicas cenas sanguinolentas que todo indivíduo recém-veganizado costuma colar na porta de geladeiras alheias.
Hoje eles se situam mais no gênero bem-humorado e provocativo, com um leve apelo emocional.
Alguns transeuntes passam e fingem não notar, uns gatos pingados fazem comentários sarcásticos e muitos param para ver a foto do coelhinho de orelhas queimadas no pirulito para dizer que acham isso um verdadeiro absurdo...
Nas abordagens, devemos fazer com que as nossas vítimas falem bem mais do que nós, mas sempre deixando bem claro qual é o verdadeiro significado dos direitos animais e quais são suas implicações para a vida cotidiana de quem realmente os respeita.
Às vezes aparecem cidadãos mais contestadores, o que é ótimo, pois, modéstia à parte, ou melhor, às favas, temos resposta para tudo.
Ocasionalmente, temos que lidar com portadores de carência afetiva em último grau, pessoas que não batem muito bem, pregadores ainda mais fanáticos do que nós e outros tipos exóticos, mas, mesmo assim, não perdemos a oportunidade de plantar nossas sementinhas.
Foto do projeto bem no seu início, retratando algumas de suas pioneiras...
...de inspiração mais fascista e já conveniada com um estacionamento.
Assim que escurece, os passantes também são brindados com filmes que não são exatamente uma Sessão da Tarde...
... mas ajudam a dar um belo colorido à nossa argumentação, caso as nossas palavras não sensibilizem.
ResultadosComo saber que não estamos dando murro em ponta de faca?
Vez por outra alguma pessoa me aborda e me diz que se tornou vegana graças a uma dessas conversinhas domingueiras.
Poderia lhe dizer que nunca a vi mais gorda e que ela não faz nada mais do que a sua obrigação, mas vai que o projeto realmente seja eficiente e eu não esteja desperdiçando centenas de domingos em vão...
Agradeço a todos pela atenção e o meu muito obrigado àqueles que, de alguma forma, contribuíram ou têm contribuído com este projeto tão necessário.E que iniciativas como essas se multipliquem!