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Leishmanioses humanas. Leishmaniose tegumentar Leishmaniose visceral ( calazar ). Leishmanioses humanas. Leishmaniose tegumentar Doença polimorfa da pele e das mucosas, caracterizada pela presença de lesões ulcerativas Leishmaniose visceral Doença generalizada de evolução
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Leishmanioseshumanas Leishmaniosetegumentar Leishmaniose visceral (calazar)
Leishmanioses humanas Leishmaniosetegumentar Doença polimorfa da pele e das mucosas, caracterizada pela presença de lesões ulcerativas Leishmaniose visceral Doença generalizada de evolução crônica que atinge as visceras: baço, fígado e medulaóssea.
Leishmaniose tegumentar Doença polimorfa da pele e das mucosas, caracterizada pela presença de lesões ulcerativas que podem ser: Cutânea simples (auto limitadas) Cutânea difusa (lesões múltiplas nodulares) Forma muco-cutânea: podem ou não ocorrer metástases nasobucofaringeanas Espécies causadoras de Leishmaniose Tegumentar Americana noBrasil: Leishmania(V.) braziliensis, Leishmania (V.) guyanensis Leishmania(L.) amazonensis Acomete o homem, mamíferos domésticos e silvestres.
Cutânea difusa (lesões múltiplas nodulares)
Forma muco-cutânea: podem ou não ocorrer metástases nasobucofaringeanas
Leishmaniose visceral (calazar) • Forma crônica caracterizada pelo acometimento sistêmico (órgãos internos: baço, fígado, medula óssea) • Brasil: Leishmaniachagasi
Morfologiabásica do gêneroLeishmania Forma flagelada ou promastigota Forma aflagelada ou amastigota
Habitat • Amastigota, encontradadentro dos macrófagospresentesnosórgãosatingidos (peleouvísceras) • Promastígotas, forma infectante, encontradanosinsetosvetores: flebótomosouLutzomyia
Vetor • Filo: Arthropoda • Classe: Insecta • Ordem: Diptera • Familia: Psychodidae • Gênero: Lutzomyia • Espécie: L. longipalpis Brasil: cangalhinha, mosquito-palha, birigüi, tatuíra
Patogenia Leishmaniose tegumentar: • Lesão inicial: manifestada por um infiltrado inflamatório composto principalmente de linfócitos e de macrófagos (abarrotados de parasitos) • Período de incubação (tempo entre a picada do inseto e o aparecimento da lesão inicial): duas semanas a três meses • Evolução: lesão inicial nódulo dérmico (histiocitoma) lesão úlcero-crostosa úlcera leishmaniótica
Patogenia Leishmaniosevisceral A pele é a porta de entradapara a infecção • Amastigotas: migrarão, via sanguinea, do nóduloinicialpara as visceras (baço, fígado e medulaóssea) • Nesses órgãos, as amatigotas se multiplicarãointensamente, promovendo a esplenomegalia, a hepatomegaliae a disfunçãodamedulaóssea
Sintomas Principais sintomas da leishmaniose visceral: • Febre intermitente com semanas de duração; • Fraqueza, perda de apetite, emagrecimento; • Anemia, palidez; • Aumento do baço e do fígado; • Comprometimento da medula óssea; • Problemas respiratórios; • Diarreia; • Sangramentos na boca e nos intestinos.
Diagnóstico Leishmaniose tegumentar • Diagnóstico clínico • Diagnóstico laboratorial • Pesquisa do parasito • Pesquisa do DNA • Pesquisa de Ac
Diagnóstico • Diagnóstico clínico • Característica da lesão associado à anamnese • Dados epidemiológicos são de grande importância • Pesquisa do parasito • Exame direto de esfregaços corados • Exame histopatológico • Cultura • Inóculo em animais (hamster) • Pesquisa do DNA do parasito • PCR (reação em cadeia da polimerase) • Detecta a presença de DNA de Leishmaniaspp em fragmentos de fígado, baço, aspirados de linfonodo e medula óssea.
Escarificação da borda de lesão cutânea, localizada no membro superior, com lâmina de bisturi e confecção do esfregaço em lâmina de vidro.
Diagnóstico • Métodos imunológicos • Métodos para avaliação da resposta celular • Teste intradérmico de Montenegro • Métodos para avaliação da resposta humoral • RIFI (reação de imunofluorescência indireta)
Leishmaniose visceral • Diagnóstico precoce • Fundamental para evitar complicações que podem pôr em risco a vida do paciente. • Além dos sinais clínicos, existem exames laboratoriais para confirmar o diagnóstico. • Testes sorológicos (Elisa e reação de imunofluorescência) • Punção da medula óssea para detectar a presença do parasita e de anticorpos.
Estabelecer o diagnóstico diferencial: • Os sintomas da leishmaniose visceral são muito parecidos com os da malária, esquistossomose, doença de Chagas, febre tifóide, etc. Diagnóstico clínico: • Anamnese • Exames de palpação e de percussão A demonstração do parasito é conclusivo
Leishmaniose visceral Diagnóstico laboratorial • Exames parasitológicos • Demonstração de amastigotas (punção da medula óssea, fígado e baço) • Esfregaço em lâmina: fixado em álcool metílico e corado pelo Giensa • Semeadura em meio de cultura NNN • Inoculado em hamster • PCR (reação em cadeia da polimerase) • Pesquisa o DNA da Leishmania
Leishmaniose visceral Diagnóstico laboratorial • Métodos imunológicos • RIFI (reação de imunofluorescência indireta) • Tem como antígeno forma promastígotas oriundas de cultura e fixadas em lâminas • Reação cruzadas com doença de Chagas e leishmaniose tegumentar • ELISA (ensaio imunoenzimático) • Sensibilidade: 98% • Cruza com outros tripanosomatídeos
Epidemiologia Leishmaniose tegumentar • Distribuição geográfica • Distribuiçãomundial, exceto a causadapelaL. braziliensisqueocorreapenasnasAméricas • Fonte de infecção • Roedoressilvestres ( paca, cotia, ratossilvestres), edentados (tatu, tamanduá, preguiça), marsupiais (gambás e marmotas), carnívoros (cães, gatos, quatis), humanos e equinos • Forma de infecção • Promastígota • Via de transmissão • Hospedeirosintermediários (Brasil: gêneroLutzomyia) • Via de penetração • Inoculaçãonapele das formaspromastigotaspeloinseto
Epidemiologia Leishmaniose visceral • Distribuiçãogeográfica: • Mundial, exceto a L. chagasiexclusiva das Américas • Fonte de infecção: • Raposas e cães • Forma de transmissão • Promatigotas • Via de transmissão • Hospedeirointermediário – Lutzomyialongipalpis • Via de penetração • Inoculaçãonapele das formaspromastigotaspelapicada do insetotransmissor
Prevenção • Mecanismos de proteção individual : • repelentes, telas em portas e janelas, camisas de mangas compridas e calças, meias e sapatos. • Controle de reservatórios domésticos; • Controle vetorial nas áreas intra e peridomicílio; • Medidas educativas : • acondicionamento e destino adequado do lixo orgânico.
Prevenção • Leishmaniosetegumentar • Vacina – protegemais de 70% dos humanosvacinados • Pulverização de inseticidas • Leishmaniose visceral • Pulverização de inseticidas • Principal reservatório: cão – recomendaçãoexpressa de eutanásia de todososanimaispositivos • Tratamento e vacinação dos cãesaindaestãoemfase experimental • Nãoexistevacinaqueprotejaoshumanos contra essa forma de leishmaniose
Tratamento • LTA • Drogas: antimoniais • Glucantime ( N-metilglucamin) • Calazar • Sucesso do tratamento: diretamente proporcional à precocidade com que é instituído • Alta mortalidade: pacientes com diagnóstico incorreto, demorado ou em imunodeprimidos • Drogas: antimoniais • Glucantime ( N-metilglucamin)
Tratamento Animaisreservatórios: Aindanãoexistetratamentoeficiente • Humanos • Existemdrogaseficientesmas a terapêutica é de longaduração e dolorosa • Dietaequilibrada, capaz de repor as perdasorgânicas e ativar o sistemaimune
TRATAMENTO • Antimoniais pentavalentes (via endovenosa) • Mais indicadas para o tratamento da leishmaniose, apesar dos efeitos colaterais adversos. • Anfotericina B (alto preço) • Nova droga: miltefosina(via oral) • OBSERVAÇÕES • Regressão dos sintomas (sinal de que a doença foi pelo menos controlada) • Pode recidivar até seis meses depois de terminado o tratamento. • Casos de leishmaniose são de comunicação compulsória ao serviço oficial de saúde.
Cão com lesão em Focinho Gato com lesão em focinho
O tratamento nos cães existe, mas ainda é controverso • Animais tratados podem continuar como reservatórios após curados. • Por esse motivo, o sacrifício dos animais doentes é indicado por lei. • Código Penal Brasileiro enquadra como crime contra a Saúde Pública
Mas para acatar essa medida, o dono tem o direto legal de: • Requerer a confirmação do exame positivo para leishmaniose, através de novos testes. • Em caso positivo:entregar o animal, mediante ordem judicial. • Eutanásia - proprietário tem reservado o direito de confiar seu cão a um veterinário de confiança
Vacina contra a leishmaniose • Desenvolvida no Brasil por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro • Comercializada para um número restrito de veterinários em regiões endêmicas. • Possui registro no Ministério da Agricultura, mas sua utilização ainda não foi aprovada pelo Ministério da Saúde para uso em campanhas em massa de controle da leishmaniose.
Para ler www.fapepi.pi.gov.br/novafapepi/ sapiencia6/pesquisa3.php www.dbbm.fiocruz.br/tropical/leishman/leishext/html/hist_rico.htm www.misodor.com/LEISHMANIOSE.php