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SÍFILIS Diagnóstico e tratamento

SÍFILIS Diagnóstico e tratamento. Danyela de Oliveira Gon çalves. Diagnóstico Clínico. História de lesões Tratamento prévio Lembrar de perguntar sobre parceiro. Diagnóstico Laboratorial. Microscopia de campo escuro (apenas quando ainda tem cancro duro, esfrega ço da lesão)

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SÍFILIS Diagnóstico e tratamento

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Presentation Transcript


  1. SÍFILISDiagnóstico e tratamento Danyela de Oliveira Gonçalves

  2. Diagnóstico Clínico • História de lesões • Tratamento prévio • Lembrar de perguntar sobre parceiro

  3. Diagnóstico Laboratorial • Microscopia de campo escuro (apenas quando ainda tem cancro duro, esfregaço da lesão) • Sorologia de triagem (não treponêmica) • Sorologia confirmatória (testes treponêmicos)

  4. Microscopia de campo escuro • Limpar as lesões com SF ou gaze umedecida • Fazer expressão da lesão • Coletar material com pipeta e transferir para lâmina • Observar em microscópio de campo escuro com anticorpos fluorescentes • A detecção do T. pallidumfecha o diagnóstico • Se negativo, complementar com sorologias

  5. Sífilis Primária

  6. Sorologia de Triagem • VDRL: VenerealDiseaseResearchLaboratory • RPR: Rapid Plasma Reagin • Testes não treponêmicos quantitativos: screening e controle de cura (tituláveis) • Falso positivo: gravidez, LES, doença de Chagas, hanseníase, malária, mononucleose, leptospirose, doenças febris... • Falso negativo: raro

  7. VDRL • Reativo a partir da 2ª semana após o cancro • Sugestivo de infecção: • Títulos maiores que 1:4 • Aumento ≥ 4 vezes em sorologias sequenciais • Positivação em sorologias sequenciais • Redução dos títulos após 1 ano • Negativação 9 a 12 meses após tratamento • Pode persistir por toda vida: cicatriz sorológica • Títulos baixos (<1:16) = infecção muito recente, muito antiga ou tratada

  8. Fenômeno Prozona • Excesso relativo de anticorpos anticardiolipínicos em relação aos antígenos (fixo) para a reação • Formação de imunocomplexos que impede a reação de floculação do VDRL = resultado falso negativo • Solução: diluição de todas as amostras negativas aos testes de triagem pelo menos a 1:10

  9. Sorologia Confirmatória • FTA-Abs: FluorescentTestAntibodyAbsorption • MHATP: MicrohemaglutinationAssay for Treponema pallidum • ELISA: EnzymeLinkedAssay • Testes treponêmicos: afastam possibilidade de reação cruzada • Qualitativos: não servem para controle de cura • São os primeiros a positivar (a partir da 1ª semana após contágio) e podem nunca negativar, mesmo após tratamento eficaz • FTA-AbsIgM: pode detectar infecção recente. • Falsopositivo: hanseníase, malária, mononucleose, leptospirose, lúpuseritematososistêmico.

  10. Resumo do diagnóstico na gestante

  11. Tratamento • PENICILINA • Lembrar de tratar os parceiros também • Doença de notificação compulsória, lembrar de notificar.

  12. Paciente não grávida • Sífilis recente: penicilina benzatina 2.400.000 UI IM (metade em cada nádega) repetindo a dose em 1 semana • Alternativa: doxiciclina 100mg VO 12/12h por 14 dias • Sífilis latente/tardia: penicilina benzatina, dose total de 7.200.00 UI, divididas em 3 doses semanais de 2.400.000 UI IM (metade em cada nádega)

  13. Paciente não grávida – Manual do Ministério da Saúde 2006 • Primária: penicilina benzatina 2.400.000 UI IM (metade em cada glúteo) dose única • Secundária e latente recente: penicilina benzatina 2.400.000 UI IM (metade em cada nádega) repetindo a dose em 1 semana • Alternativa: doxiciclina 100mg VO 12/12h por 15 dias eritromicina 500mg VO 6/6h por 15 dias tetraciclina 500mg VO 6/6h por 15 dias

  14. Paciente não grávida – Manual do Ministério da Saúde 2006 • Tardia: penicilina benzatina, dose total de 7.200.00 UI, divididas em 3 doses semanais de 2.400.000 UI IM (metade em cada nádega) • Alternativa: doxiciclina 100mg VO 12/12h por 30 dias eritromicina 500mg VO 6/6h por 30 dias tetraciclina 500mg VO 6/6h por 30 dias

  15. Paciente grávida – sífilis recente • Penicilina benzatina 2.400.000 UI IM (metade em cada nádega) repetindo a dose em 1 semana • Alternativa: penicilina procaína 600.00 UI IM 12/12h por 10 dias • Alergia: ideal é a dessensibilização opção: estearato de eritromicina 500mg VO 6/6h por 14 dias – NÃO TRATA O FETO cefuroxima 500mg VO 12/12h por 10 dias – trata o feto

  16. Paciente grávida – sífilis latente/tardia • Penicilina benzatina, dose total de 9.600.00 UI, divididas em 4 doses semanais de 2.400.000 UI IM (metade em cada nádega) • Alternativa: penicilina procaína 600.000 UI IM 12/12h por 10 dias • Alergia: ideal é a dessensibilização opção: estearato de eritromicina 500mg VO 6/6h por 21 dias – NÃO TRATA O FETO cefuroxima 500mg VO 12/12h por 14 dias – trata o feto

  17. Paciente grávida – Manual do Ministério da Saúde 2006 • Penicilina benzatina: dose apropriada para cada estágio da doença (= paciente não grávida) • Alergia: na indisponibilidade de dessensibilização • Sífilis recente: estearato de eritromicina 500mg VO 6/6h por 15 dias • Sífilis tardia: estearato de eritromicina 500mg VO 6/6h por 30 dias

  18. Neurolues – Manual do Ministério da Saúde 2006 • Penicilina G cristalina 2.400.000 UI EV 4/4h por 10 a 14 dias • Alternativa: penicilina G procaína 2.400.000 UI IM 1x/dia por 10 a 14 dias + probenecide 500mg VO 6/6h por 10 a 14 dias

  19. Tratamento da sífilis congênita- manual pediatria FMRP-USP • Até 4 semanas de idade: -penicilina G cristalina 50.000 U/kg/dose EV 12/12hs primeira semana, 8/8hs da segunda à quarta semana, por 10 a 14 dias. -Penicilina G procaína 50.000U/kg/dose única diária IM por 10 dias. -Penicilina G benzatina 50.000 U/kg/dose única IM** Para recém nascidos sintomáticos e aqueles com infecção provável, o regime preferencial é o uso de penicilina cristalina ** Usado em casos sem alteração óssea ou liquórica

  20. Tratamento da sífilis congênita- manual pediatria FMRP-USP • Além de 4 semanas de idade: -Penicilina G cristalina: 200-300.000 U/kg/dia EV a cada 6hs de 10 a 14 dias Para recém nascidos sintomáticos e aqueles com infecção provável, o regime preferencial é o uso de penicilina cristalina

  21. Sífilis Congênita

  22. Controle de tratamento • VDRL ou RPR • Gestantes: 2, 4, 6 e 8 meses após o tratamento • Não gestantes: 3, 6 e 9 meses após o tratamento • HIV: pode ser necessária punção liquórica para controle de tratamento

  23. Reação de Jarisch-Herxheimer • Reação adversa com tratamento: geralmente nas primeiras 24 horas • Febre, calafrios, mialgia, cefaléia, hipotensão arterial, exantema e exacerbação das lesões cutâneas • Tratamento: com sintomáticos • Involução espontânea em 12 a 48 horas • Não justifica interrupção do tratamento • Na gravidez pode cursar com parto prematuro e sofrimento fetal

  24. Reação Jarich-Herxheimer

  25. Dessensibilização • Penicilina V oral • Deve ser realizada em ambiente hospitalar • 14 doses com intervalos de 15 minutos (total: 3h e 45min) • Aguardar 30 minutos após o término do processo para que se possa proceder à administração parenteral de penicilina

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