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REDAÇÃO – 3º ABC ENSINO MÉDIO. FIGURAS DE SOM (aspectos fonéticos) ALITERAÇÃO : repetição dos mesmos fonemas (SONS) ou fonemas semelhantes. “ B oi b em b ravo, b ate b aixo, b ota b a b a, b oi b errando” (Guimarães Rosa) Fonema /b/
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FIGURAS DE SOM (aspectos fonéticos) • ALITERAÇÃO:repetição dos mesmos fonemas (SONS) ou fonemas semelhantes. • “Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando” (Guimarães Rosa) Fonema /b/ • “Toda_gente_homenageia Januária na janela” (Chico Buarque) Fonema /j/
ASSONÂNCIA: repetição de vogais e de sílabas semelhantes, mas NÃO NECESSARIAMENTE IDÊNTICAS. • “Sou Ana, da cama • Da cana, fulana, bacana • Sou Ana de Amsterdam” (Chico Buarque) • “Joãofoi pra os Estados Unidos, Teresa para oconvento” (Drummond)
PARONOMÁSIA: vocábulos foneticamente parecidos resultando em um trocadilho ou jogo de palavras • “Levou seu retrato /Seu trapo, seu prato” (Chico Buarque) • “Na messe , que enlourece, estremece a quermesse... O sol, celestial girassol, esmorece... E as cantilenas de serenos sons amenos Fogem fluidas, fluindo a fina flor dos fenos...” (Eugênio de Castro)
ONOMATOPEIA: palavra cuja sonoridade imita a voz ou ruído de seres ou coisas. A CANÇÃO DOS TAMANQUINHOS OS SINOS Troc… troc… troc… troc… Sino de Belém, pelos que ainda vêm ligeirinhos, ligeirinhos, Sino de Belém bate bem-bem-bem. troc… troc… troc… troc… vão cantando os tamanquinhos… Sino da Paixão, pelos que lá vão! Sino da Paixão, bate bão-bão-bão Madrugada. Troc… troc… Sino do Bonfim, por quem chora assim? pelas portas dos vizinhos (Manuel Bandeira) vão batendo, Troc… troc… vão cantando os tamanquinhos […] (Cecília Meireles)
FIGURAS DE CONSTRUÇÃO (aspectos sintáticos) • ELIPSE:omissão de um termo facilmente subentendido. • “No fim da festa, sobre as mesas, copos e garrafas vazias”. (ausência do verbo “haver”) • “Ah, Lua sem compaixão, sempre a vagar no céuOnde a minha namorada?” (Edu Lobo) • (está subentendido um verbo: "está", "anda" etc.)
ZEUGMA: uma das formas da elipse. Consiste em fazer participar de dois ou mais enunciados um termo expresso apenas em um deles. • Maria comprou um lápis; Antônio, um livro. • (O termo oculto, que pode ser recuperado no enunciado anterior é “comprou”.) • “Pensaremos em cada meninaque vivia naquela janela;uma que se chamava Arabela,outra que se chamou Carolina.”(Cecília Meireles)
PLEONASMO: reforço estilístico da expressão • “Ele admirava menos a tela que a pintora, ela menos o espetáculo que o admirador; e eu via-os com estes olhosque a terra fria há de comer.” (Machado de Assis) • “O meu amor por ela é tão gigante de grande” (Zelão)
SILEPSE: concordância com um termo subentendido. • gênero: A grande e corrida São Paulo. • b)número: O casal resolveram não pagar a conta. pois questionaram o valor. • c)pessoa: Os brasileirossomos bastante patriotas.
HIPÉRBATO (OU INVERSÃO): inversão da ordem natural das palavras na frase ou da frase no período. • “Ouviram do Ipiranga às margens plácidas/de um povo heróico o brado retumbante” (Osório Duque Estrada) • (Ordem Direta: As margens plácidas do (rio) Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heroico.)
ANACOLUTO: mudança de construção sintática, no meio do enunciado. • “Eu, porque sou mole, você fica abusando”. (Rubem Braga) • (O pronome “eu” encontra-se solto na frase, sem estabelecer uma relação sintática com nenhum dos outros termos, já que houve uma troca entre o pronome “eu” e “você”.)
ASSÍNDETO: omissão intencional de conjunção. • “Vim, vi, venci.” (Júlio César) • POLISSÍNDETO: repetição expressiva do conectivo. • “Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!” (Olavo Bilac)
ANÁFORA: repetição da mesma palavra no começo de cada um dos membros da frase. Se a repetição vier no final, denomina-se epístrofe. • “Água de fonte (...) água de oceano/água de pranto.../Água de rio.../Água de chuva, água cantante das levadas...” (Manuel Bandeira) • “E quando eu estiver triste, simplesmente me abrace • Quando eu estiver louco, subitamente se afaste • Quando eu estiver fogo, suavemente se encaixe.” (Skank)
QUIASMO (OU CONVERSÃO):repetição simétrica, com os termos invertidos. • “Vende mais porque é fresquinho, ou é fresquinho porque vende mais?” (propaganda do biscoito Tostines) • APÓSTROFE: evocação (vocativo) de seres reais ou fictícios. • “Deus, ó Deus, onde estás que não respondes?” (Castro Alves)
PARALELISMO: repetição de estruturas sintáticas simétricas. • Ondas do mar de Vigo, • se vistes meu amigo? • E ai Deus, se verra cedo! • Ondas do mar levado, • se vistes meu amado? • E ai Deus, se verra cedo! • Se vistes meu amigo, • o porque eu sospiro? • E ai Deus, se verra cedo! • Se vistes meu amado, • porque ei gramcoidado? • E ai Deus, se verra cedo!
FIGURAS DE PENSAMENTO (aspectos semânticos) • COMPARAÇÃO (OU SÍMILE):comparação (frequentemente com elementos de universos diferentes) em que há expresso explicitamente o termo comparativo. • “Eu sou COMO um arqueólogo decifrando as cinzas de uma cidade morta.” (Mário Quintana) • “A saudade bateu, foi QUE NEM maré” (Jorge Vercillo)
METÁFORA: comparação mental por relação de semelhança. • “Meu coração Éum balde despejado.” (Fernando Pessoa) • “O amor Éum grande laço, um passo pra uma armadilha_________________________Um lobo correndo em círculos pra alimentar a matilha” (Djavan)
HIPÉRBOLE:afirmação exagerada. • Está muito calor. Os jogadores estão MORRENDO DE SEDEno campo.
PROSOPOPEIA (OU PERSONIFICAÇÃO):atribuição de ações, qualidades ou sentimentos a seres inanimados. • As pedras ANDAM vagarosamente.O livro é UM MUDO que fala, um surdo que ouve, um cego que guia.A floresta GESTICULAVA nervosamente diante da serra.O vento FAZIA PROMESSAS suaves a quem o escutasse.CHORA, violão.
SINESTESIA: interpenetração de planos sensoriais. • Uma melodia azul tomou conta dá sala. (Sensação auditiva e visual) • A sua voz áspera intimidava a plateia.(sensação auditiva e tátil) • Senti saudades amargas. (sentimento e sensação gustativa) • Esse perfume tem um cheiro doce. (sensação olfativa e gustativa)
CATACRESE: costuma ocorrer quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, toma-se outro "emprestado". Assim, passamos a empregar algumas palavras fora de seu sentido original. Asa da xícara, maçã do rosto, braço da cadeira, batata da perna, pé de mesa, coroa do abacaxi. As mariposa quando chega o frio___________________Fica dando vorta em vorta da lâmpida pra si isquentá__Elas roda, roda, roda e dispois se senta______________Em cima do prato da lâmpidapra descansá
METONÍMIA: relação de contiguidade entre os termos escolhidos • a) autor pela obra: Li Machado de Assis. • b) continente pelo conteúdo: Comi um prato de comida. • c) parte pelo todo: Não tinha um teto onde se abrigar. • d) marca pelo produto: Comprei Danone.
GRADAÇÃO:sequência de palavras, cujo sentido vai se intensificando ou atenuando. • “Já se supunha um príncipe, um gênio, um deus, mas que caiu das alturas, rodopiou no ar e estatelou-se no abismo.” (Machado de Assis)
ANTÍTESE: contraposição de uma PALAVRA OU FRASE a outra de sentido oposto. • “Donde há de vir julgar os VIVOS e os MORTOS.” (trecho da Profissão de Fé) • “Já estou CHEIO de me sentir VAZIO, meu corpo é QUENTE, estou sentindo FRIO” (Legião Urbana)
PARADOXO (OXÍMORO): reunião de IDEIAS CONTRADITÓRIASnum só pensamento. • “Amor é fogoque arde sem se ver/É ferida que dói e não se sente”
EUFEMISMO: substituição de uma palavra ou expressão desagradável por outra de sentido mais ameno. • “Todos os antigos foram estudar a geologia dos campos-santos.” (Machado de Assis) • “Ela se jogou da janela do quinto andar/ • Nada é fácil de entender” (Legião Urbana)
IRONIA: sugerir algo contrário ao que se diz. • Quem foi o inteligente que usou o computador e apagou tudo o que estava gravado? • Essa cômoda está tão limpinha que dá para escrever com o dedo.
PERÍFRASE: consiste em substituir uma palavra por uma série de outras, de modo que estas se refiram àquela indiretamente. Visitamos a Cidade Eterna(= Roma). O astro rei (= sol) brilha intensamente. Aquele que tudo pode (= Deus)nos protege. O país do futebol (Brasil), é adorado por seus filhos. As pessoas que tudo querem (= os gananciosos) nada conseguem.
ANTONOMÁSIA: uma substituição de um nome por outro que com ele tenha relação, isto é, designa-se uma pessoa pelos seus atributos ou por uma qualidade, ou ainda por uma característica (ou fato) que a distingue. • “O repórter de Canudos” – Euclides da Cunha“O engenheiro da palavra” – João Cabral de Melo Neto“O rei do cangaço” – Lampião“O rei do pop” – Michael Jackson“O rei do futebol” – Pelé“O Rei” – Roberto Carlos