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VARICELA. CLARISSA DE LIMA HONÓRIO HRAS – Residência Médica em Pediatria Orientação: Dr Bruno Vaz Hospital Regional da Asa Sul/SES/DF www.paulomargotto.com.br Brasília, 9/5/2012. INTRODUÇÃO. Doença exantemática aguda febril autolimitada e de gravidade variável.
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VARICELA CLARISSA DE LIMA HONÓRIO HRAS – Residência Médica em Pediatria Orientação: Dr Bruno Vaz Hospital Regional da Asa Sul/SES/DF www.paulomargotto.com.br Brasília, 9/5/2012
INTRODUÇÃO • Doença exantemática aguda febril autolimitada e de gravidade variável. • Vírus varicela-zoster (VVZ). • Infecção primária – varicela • Latência – gânglios nervosos sensoriais • Reativação – herpes zoster
ETIOLOGIA • VVZ – herpesvírus humano neurotrópico, semelhante ao herpes simples. • Encapsulado com genoma de DNA que codifica proteínas alvo de imunidade celular e humoral.
EPIDEMIOLOGIA • Altamente contagiosa – surtos epidêmicos. • Contagiosidade: 24-48h antes do exantema até que as vesículas se tornem crostas (3 a 7 dias). • Taxa de transmissão domiciliar – 65-86%. • Não há preferência por sexo. • Pré-escolares e escolares. • Varicela – inverno e primavera. • Herpes zoster: • Sem sazonalidade. • Imunossuprimidos, varicela congênita, neonatal ou no 1°ano de vida. • Contado direto íntimo varicela em crianças suscetíveis.
PATOGÊNESE • Transmissão: secreções respiratórias e líquido das lesões. • Inoculação do vírus na mucosa das VAS e tecido linfoide tonsilar. • Incubação: 10 a 21 dias replicação viral no tecido linfoide local viremia subclínica disseminação viral sistema fagocítico-monocitário. • Lesões cutâneas ocorrem na 2ª viremia (3 a 7 dias). • Células mononucleares transportam o vírus infectante, produzindo novos grupos de vesículas durante o período de viremia – polimorfismo regional.
PATOGÊNESE • Latência: transporte retrógrado do vírus através dos axônios sensoriais para os gânglios da raiz dorsal. • Reativação do vírus latente herpes zoster alterações necróticas nos gânglios satélites. • Imunidade humoral e celular (altamente protetora contra reinfecção sintomática). • Cuidado com imunossuprimidos!
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • VARICELA: • Início 14 a 16 dias após exposição; • Sintomas prodrômicos; • Exantema polimórfico pruriginoso centrípeto:
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • VARICELA: • Diagnóstico diferencial: herpes simples, enterovírus, reações medicamentosas, dermatite de contato e estrófulo. • Doença modificada: vacinados. • Doença progressiva: imunodeficientes.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • VARICELA NEONATAL: • Mães que desenvolveram varicela 5 dias antes ou 2 dias após o parto. • Transmissão transplacentária. • Erupção no lactente entre a 1ª e a 2ª semanas de vida. • VariZIG e aciclovir para o RN.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • SÍNDROME DA VARICELA CONGÊNITA: • Gestante contrai a varicela no início da gravidez (antes da 20ª semana). • 25% podem se infectar mas apenas 2% vão ter doença clínica. • Cicatriz em ziguezague que segue um dermátomo associada à atrofia do membro afetado. • Lesões oculares, cerebrais e da coluna cervical ou lombossacra. • Tratamento da gestante?? • Não está indicado aciclovir para o RN.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • HERPES ZOSTER: • Incomum em crianças. • Varicela perinatal ou no 1°ano de vida. • Lesões vesiculares agrupadas em um ou dois dermátomos adjacentes. • Normalmente não há pródromos nem neuralgia pós-herpética. • Imunossuprimidos: quadro similar ao dos adultos.
DIAGNÓSTICO • Avaliação laboratorial desnecessária na maioria dos casos. • Leucopenia seguida de linfocitose. • Transaminases discretamente elevadas. • IFD, PCR, sorologias??
TRATAMENTO • Medidas gerais e orientações; • Banho de permanganato de potássio? Anti-histamínicos? • Corticóide: Deve ser reduzido a níveis fisiológicos.
TRATAMENTO • Aciclovir: • Adolescentes; • Adultos; • Portadores de doenças crônicas pulmonares ou cutâneas; • Pacientes em uso prolongado de AAS; • Pacientes em uso de corticóide, ainda que inalatório; • 2º caso familiar.
TRATAMENTO • Aciclovir: • VO: 20mg/kg/dose (máx. 800mg/dose) de 6/6h por 5 dias; • IV: 10mg/kg/dose de 8/8h por 7 dias ou até que não haja surgimento de lesões novas por 48h. • Início precoce. • Não interfere na indução de imunidade ao VVZ.
COMPLICAÇÕES • Pacientes imunocomprometidos, adultos, gestantes e RN. • Infecção bacteriana secundária: • Complicação mais comum; • S. aureus e S. pyogenes; • Impetigo superficial celulite, abscesso subcutâneo; • Síndrome do choque tóxico; • Osteomielite.
COMPLICAÇÕES • Encefalite e ataxia cerebelar: • Rigidez de nuca, alterações da consciência e convulsões encefalite. • Alterações da marcha, nistagmo e fala arrastada ataxia. • 2 a 6 dias após o início do exantema. • Recuperação clínica tipicamente rápida em 24 a 72h.
COMPLICAÇÕES • Outras complicações: • Pneumonia; • Síndrome de Reye; • Púrpurasfebril, hemorrágicae fulminante; • Glomerulonefrite; • Miocardite, pericardite, endocardite; • Hepatite; • Ceratite; • Conjuntivite; • Orquite; • Artrite.
PROFILAXIA • VACINA: • Vírus vivo atenuado; • Duas doses: 12-18 meses e 4-6 anos; • Intervalo de 4 semanas entre as doses para crianças e adultos não imunizados; • Contra-indicada: menores de 1 ano e deficiência de imunidade celular.
PROFILAXIA • VACINA: • Profilaxia pós-exposição: • Até 96h após o contato; • Pacientes e profissionais de saúde suscetíveis imunocompetentes, se houver caso de varicela em hospitais ou aglomerados; • Todos adolescentes ou adultos suscetíveis expostos. • Efetiva para prevenir ou modificar a varicela.
PROFILAXIA • VARIZIG: • Pós-exposição para: crianças imunodeficientes, gestantes, RN expostos, contato íntimo suscetível de alto risco com paciente com herpes zoster. • Até 96h após a exposição. • 125 U/10 Kg (máximo 625 U), IM. • Pode melhorar a doença, mas não elimina a possibilidade de doença progressiva, nem garante que a varicela não será transmitida por contato suscetível íntimo. • Ausência de VariZIG: IgIV 400mg/kg, dose única.
Nota: do Editor do site, Dr.Paulo R. Margotto. Consultem também: