1 / 71

Condições Ambientais da UTIN: Implicações para o Cuidado de Enfermagem

Condições Ambientais da UTIN: Implicações para o Cuidado de Enfermagem. Residente Enfermagem em Neonatologia HRAS/SES/DF Mirna A. da Costa Ribeiro www.paulomargotto.com.br. Introdução.

jadyn
Download Presentation

Condições Ambientais da UTIN: Implicações para o Cuidado de Enfermagem

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Condições Ambientais da UTIN: Implicações para o Cuidado de Enfermagem Residente Enfermagem em Neonatologia HRAS/SES/DF Mirna A. da Costa Ribeiro www.paulomargotto.com.br

  2. Introdução O grande desafio que é cuidar do RNPT(recém-nascido pré-termo) e gravemente enfermo provoca um turbilhão de emoções. A emoção envolve a equipe de saúde, a família desse bebê e o bebê. Nesse cenário de constante embate com a morte, buscando vida e qualidade de vida, são muitos os desafios com que nós deparamos.

  3. Introdução É chegada a hora de muita reflexão! Novos conhecimentos e maior observação desse nosso pequeno paciente são hoje norteadoras de modificações. Não queremos fazer coisas diferentes; precisamos fazer diferente o que já fazemos. Não vamos modificar intervenções; vamos fazê-las sob uma nova ótica, com novos conhecimentos.

  4. Objetivo Geral Facilitar a maturação e adaptação do recém-nascido durante sua hospitalização na Unidade Terapia Intensiva Neonatal (UTIN).

  5. Objetivos Específicos • Modificar as práticas que podem aumentar os transtornos motores, transtornos de integração sensorial secundárias e agravar patologia de base; • Moderar o impacto sensorial; • Proporcionar ao RN os estímulos sensoriais e motores de acordo a seu estado e desenvolvimento; • Participação ativa e dirigida dos pais na estimulação sensorial do RN;

  6. Ambiente Intra-Uterino Características físicas de contenção Rodeado de parede uterina Quente Líquido Escuro Denso

  7. Ambiente Intra-Uterino O feto, durante uma gestação sem intercorrências, encontra no meio ambiente uterino todo os suporte fisiológico de que necessita em termos de nutrição, excreção, oxigenação, controle térmico etc.

  8. Desenvolvimento dos Sistemas • Sistema Tátil: • Receptor da pele que registra as sensações de pressão, dor e temperatura; • Se inicia no desenvolvimento perinatal por volta 8º sem. gest. e dissemina por todo corpo 20º; • Primeiro estímulo: pressão profunda; • Resposta integrada: reflexos básicos, desenvolvimento das habilidades motoras e manipulação; • Primeiro vínculo emocional;

  9. Sistema Vestibular • Receptores situados no ouvido interno, que informa sobre os movimentos do corpo, espaço e orientação em relação a força da gravidade; • Resposta vestibular desde 24 sem. gest.; • Reflexo de Moro, ativo intra-útero; • Resposta integrada;

  10. Sistema Auditivo • Desenvolvimento se inicia entre 5º e 6º semana gestacional; • Funcional ao redor de 25 sem. gest.; • Entre 28-34 semanas: 40dB; • Entre 35-38 semanas: 30dB; • RNT: 20dB;

  11. Sistema Visual • Estruturas anatômicas desenvolvidas 24 sem. gest.; • Período de maturação e diferenciação entre 28-40 sem.gest.; • Entre 32-34 sem. gest. percepção da luz; • Entre 38-40 sem. gest. reconhecimento facial;

  12. O Nascimento Prematuro

  13. O Nascimento Prematuro Ele constitui-se em uma agressão ao feto, uma vez que, em sua última etapa intra-uterina, ele apresenta órgãos em fase de desenvolvimento, com imaturidade morfológica e funcional.

  14. Níveis de Cortisol e Desenvolvimento do Cérebro Segundo os trabalhos científicos no campo da neurociência, as interações iniciais afetam diretamente a forma como o cérebro se desenvolve. Acontecimentos adversos ou traumáticos, estressantes, físicos ou psicológicos, podem elevar o nível de cortisol.

  15. Níveis de Cortisol e Desenvolvimento do Cérebro Os níveis de cortisol aumentados podem afetar o metabolismo, o sistema imunológico e o cérebro do bebê. ( Shore, 2000). Quando o cortisol afeta o cérebro, este se torna mais vulnerável a processos que podem destruir os neurônios e reduzir as sinapses em algumas regiões cerebrais.

  16. O Bebê Pré-termo e o Estresse Crianças que apresentam, de forma crônica, altos níveis de cortisol são mais suscetíveis a apresentar mais atraso no desenvolvimento – Cognitivo, motor e social – do que outras crianças.

  17. O Bebê Pré-termo e o Estresse É importante lembrarmos que o bebê pré-termo é geralmente privado de três aspectos responsáveis por seu desenvolvimento: • O útero materno; • A interação afetiva com os seus pais; • O meio familiar;

  18. A Unidade Terapia Intensiva Neonatal Um dos acontecimentos importantes na atenção ao RNPT foi a implantação das modernas UTIN, repercutindo na redução da morbi-mortalidade neonatal. É um local altamente especializado e pode contribuir para o aparecimento de iatrogênias no processo de crescimento e desenvolvimento destas crianças.

  19. Iluminação Excessiva Superfícies rígidas Procedimentos dolorosos Ruídos Interrupção do sono constante Excesso de manipulação Falta de Contenção Postura pouco adequadas

  20. O Ambiente Sensorial em UTIN Se frente as demandas do meio ambiente, a capacidade de auto-regulação do pequeno prematuro é excedida, impedindo o retorno à uma função integrada, ele apresentará condutas de má adaptação traduzidas em sinais clínicos, como:

  21. Alguns Sinais Clínicos • Alterações dos sinais vitais; • Movimentos corporais erráticos; • Distúrbios ácido-básico; • Regurgitação voluntária; • Dificuldades de alimentar; • Maior gasto calórico; • Distérmias; • Irritabilidade;

  22. O Ambiente Sensorial em UTIN O cuidador na UTIN, poderá usar as respostas do Pré-termo em cada um dos subsistemas, por meio da modulação dos estímulos e da facilitação das respostas do bebê, de forma a adequar o “gasto energético” e favorecer o desenvolvimento. Uma equipe de saúde atenta pode observar vários sinais de estresse do bebê.

  23. Sinais de Estresse Autonômicos • Flutuações de cor: • Palidez; • Moteamento; • Cianose perioral; • Pletora; • Coloração mais escura; • Alterações cardiocirculatórias: • Bradicardia, respiração irregular, apnéia, ↑FR, • Movimentos peristálticos: • Vômitos, engasgos, salivação, soluços, respiração ofegante, tremores, susto, espirros, bocejos, suspiros.

  24. Sinais de Estresse Motores • Flacidez motora (turning-out= desligamento): • Flacidez de tronco; • Flacidez de extremidades; • Flacidez facial; • Hipertonia motora: • Com hipertensão de pernas e braços; • Hipertensão de tronco: arqueamento, opistótono; • Afastamento de dedos; • Caretas • Extensão de língua; • Atividade frenética, difusa ou movimentos de torção;

  25. Sinais de Estresse no Controle de Estado e Atenção • Sono difuso, estados de alerta com choramingo, movimentos faciais bruscos ou discharge smile; • Olhos errantes, movimentos oculares vagos; • Choro extenuado, inquietação; choro silencioso; olhar fixo; • Desvio ativo do olhar, de forma freqüente; • Choro; • Frenesi e inconsolabilidade; • Dificuldade para dormir, inquietude;

  26. Como Proceder ante os Sinais de Estresse • Fazer uma pausa, de modo a aguardar que o próprio bebê dê um sinal para continuar a interação ou o procedimento; • Instituir manobras de organização, observando as respostas do bebê diante delas; • Suspender a interação ou o procedimento, caso o bebê não responda adequadamente às duas manobras anteriores e continue a apresentar sinais de estresse;

  27. Sinais de Estresse

  28. Flacidez da Porção Superior do Corpo com Hipertonicidade da Porção Inferior

  29. Adaptação à Vida Extra-Uterina Os diversos programas e protocolos de intervenções ao neonato prematuro tem o objetivo de adaptar o prematuro, proteger com estabilidade fisiológica no meio extra-uterino, sem causar danos.

  30. Metas do Programa de Adaptação • Reduzir o estresse do neonato, facilitando a adaptação, as repostas adaptativas podem evidenciar menor flutuações dos sinais vitais, mínima mudança de cor durante procedimentos, melhor tolerância a alimentação, movimentos corporais suaves e coordenados, transições mais fáceis de sono e alerta, capacidade de consolo por ação externa;

  31. Vantagens do Programa • Diminuição do consumo de oxigênio; • Menor tempo com suporte ventilatório; • Menor incidência de apnéias; • Melhor ganho ponderal; • Melhora o estado de organização; • Hospitalização mais curtas; • Melhora da organização motora; • Melhor desenvolvimento social;

  32. Repercussão Clinica da Superestimulação • Iluminação: a iluminação é continua, 24 horas por dia, de grande intensidade e florescente, podendo causar dano cromossômico, alterações endócrinas da função gonodal, do rítmo biológico e da síntese de vitamina D, bem como privação do sono e labilidade térmica.

  33. Minimizando a Luz do Ambiente • Facilita o descanso; • Melhora o padrão de movimentos do RN; • Aumenta os períodos de sono; • Diminui a atividade motora; • Diminui a freqüência cardíaca; • Diminui as flutuações da pressão arterial; • Aumento do ganho ponderal;

  34. Cobrindo os Olhos do Bebê

  35. O Ruído • Uma das principais fontes de estresse para o prematuro. • Intra-útero, o feto está exposto a um som constante e regular. • Dentro da incubadora os níveis de ruídos variam de 50 à 108 dB; • Conseqüências: pode levar danos na cóclea com perda auditiva, irritação refletindo em instabilidade dos SSVV e impossibilitar o sono;

  36. Alguns Exemplos de Ruídos Cotidianos Despertador: 65-80 dB Refrigerador: 45-67 dB Lavadora: 45-77dB Televisão: 70 dB Batedeira: 65-90 dB Microondas: 55 dB Grito de uma criança: 110 dB

  37. Despertador 65-80 dB

  38. Os Neonatos estão Expostos a um Ruído Constante • Tamborilar dos dedos na incubadora – 70- 95dB; • Fechar a porta da incubadora – 82-111 dB; • Fechar a portinhola da incubadora – 70- 95 dB; • Alarme da BI – 60-78 dB; • Alarme do oxímetro de pulso – 86 dB; • Água borbulhando em circuito do ventilador – 62-87 dB;

  39. Sinais de Estresse no Neonato • Mudança da cor; • Mudança da freqüência e ritmo respiratório; • Mudança da FC; • Extensão e hipotonia das extremidades; • Boca aberta; • Bocejos; • Atividades frenéticas e desorganizadas; • Retorces; • Choro sem consolo;

  40. Extensão de Braço, Sinalizando: Pare!

  41. Bocejando Protestando

  42. Franzindo a Testa

  43. Sinais de Estabilidade do Neonato • Cor estável; • Ritmo respiratório regular; • FC regular; • Posição flexionada e corrigida; • Movimento de levar a mão na boca; • Sucção; • Sorrir; • Postura relaxada; • Estado de sono evidente;

  44. Estratégias Minimizadoras • Manter níveis sonoros respeitosos; • Responder rápido aos alarmes; • Abrir e fechar portas suavemente; • Mantas sobre as incubadoras; • Diminuir o tom de voz e das conversas próximo das incubadoras; • Eliminar os impacto produzidos sobre as incubadoras, como: fechar fortemente as portinholas, o tamborilar dos dedos;

  45. Estratégias Minimizadoras • Manipulação cuidadosa da incubadora; • Redução dos sons das vozes, monitores, alarmes, rádios e do acúmulo de água nas tubulações de gases; • Evitar apoiar objetos sobre a incubadora; • Conscientizar da importância do mencionado; • Colocar os celulares no silencioso; Sinalizar a UTIN como área de silêncio!!!

  46. Risco Laboral • A OMS afirma que o ruído é risco laborial de maior prevalência no mundo e um verdadeiro problema de saúde pública; • Uma pessoa necessita trinta minutos de silêncio para recuperar de uma exposição de 10 minutos de um ruído de 100 dB; • A exposição ao mesmo ruído durante 90 minutos, necessita de 36 horas para recuperar sua capacidade auditiva normal;

  47. Manuseio Excessivo • Outra fonte geradora de estresse no prematuro é Excessiva Manipulação; • Intra-útero: o feto permanece em sono profundo por aproximadamente 80% do tempo; • Na UTIN um prematuro extremo é manipulado de 81 à 132 vezes por dia; • Períodos muito breves de descanso ininterrupto, com durações de 4,6 à 6,2”;

  48. Manipulação Mínima

  49. Repercussão Clinica da Superestimulação • Tem se documentado que o bebê em sono ligeiro apresenta menor oxigenação do que em sono profundo; • O ambiente que não permite alcançar o estado de sono profundo, acrescido das freqüentes intervenções, ocasiona significativas e prolongadas reduções na oxigenação e instabilidade térmica;

  50. Tabela 1-Sinais de Estresse que Indicam Má Adaptação do Prematuro aos Estímulos Ambientais

More Related