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Globalização: A Extensão da Liberdade Individual

Globalização: A Extensão da Liberdade Individual. Palestra do Fórum da Liberdade Rodrigo Constantino. Introdução. Esquerdistas acreditam no poder da globalização para gerar riqueza, não obstante toda a retórica contrária Prova: condenam embargo americano a Cuba pela miséria na ilha-presídio

jana
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Globalização: A Extensão da Liberdade Individual

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Presentation Transcript


  1. Globalização: A Extensão da Liberdade Individual Palestra do Fórum da Liberdade Rodrigo Constantino

  2. Introdução • Esquerdistas acreditam no poder da globalização para gerar riqueza, não obstante toda a retórica contrária • Prova: condenam embargo americano a Cuba pela miséria na ilha-presídio • Cuba pratica comércio com outros países: Adidas; hotéis espanhóis, Souza Cruz • Socialistas entendem que a reclusão cubana é prejudicial • Caso contrário: esquizofrenia! Praticar comércio com americanos seria exploração e solução para miséria ao mesmo tempo!

  3. Fomentando o Crescimento • Duas formas de fomentar o desenvolvimento econômico: schumpeteriana e ricardiana; • Destruição criadora: inovações tecnológicas e nos métodos de produção aumentam a produtividade das empresas • Chave: dinâmico mecanismo da concorrência e espírito empreendedor; processo evolutivo • Ex: eletricidade aposentando velas; carros aposentando carroças; computadores • Condição: liberdade econômica; os ineficientes não devem ser protegidos • “Capitalismo sem bancarrota é como Cristianismo sem inferno” • Salvar ineficientes é atravancar o progresso, condenar povo ao atraso

  4. Divisão do Trabalho • Vantagens comparativas: cada um pode focar no que faz melhor em termos relativos • Ex: Advogada e cozinheira • Axioma: trocas voluntárias são vistas como mutuamente benéficas • Valor é subjetivo: cada um julga o valor de um bem de forma pessoal • Ex: CD de Mozart e livro de Paulo Coelho • Dinheiro: denominador comum; facilitador de cálculos para trocas

  5. Riqueza dinâmica • Riqueza deve ser criada; falácia Robin Hood: trata riqueza como bolo fixo que precisa apenas ser melhor distribuído; • Mentalidade “ex-post”: observa a riqueza criada e passa a exigir como “direito natural” uma fatia dela; • Arrogância: achar que sabe como seria uma distribuição “justa”, de forma arbitrária; • Meio para a “justiça social”: força (governo); cria obstáculos para a criação de riqueza • Incentivos inadequados: indivíduos não trabalham para o “Bem-geral”;

  6. Egoísmo • Cada indivíduo busca atender os próprios interesses; não somos insetos gregários labutando pela colônia, felizmente; • Adam Smith (1776): não é da benevolência do açougueiro que conseguimos nossa comida, mas da busca de seus interesses; • Mão Invisível: metáfora para mostrar que cada um buscando os próprios interesses é levado por uma “mão invisível” para fazer o bem geral • Ex: remédios dos laboratórios em busca de lucro (Viagra) • Modelo permitiu conforto material inimaginável no passado; operário hoje tem acesso a mais bens que um aristocrata podia sonhar • Empreendedor: alerta às oportunidades para atender melhor a demanda • Ex: Dell, bilionário depois de criar empresa com apenas $ 1 mil • “As pessoas não bebem uísque porque existem destilarias; existem destilarias porque as pessoas bebem uísque”

  7. Conhecimento Disperso • Hayek: conhecimento está disperso entre indivíduos; • Nenhuma entidade consegue agregar esse conhecimento • Mercado: processo evolutivo que permite uso individual desse conhecimento de forma ainda não definida, com resultados não intencionais • Planejamento central: arrogância dos burocratas, complexo de deus • Preço: principal ferramenta de informação das demandas e ofertas existentes • Socialismo impossibilita o cálculo racional dos agentes de mercado; • Ex: Controle de preços, Salário Mínimo, PAC, BNDES

  8. Globalização • Ampliação desse mercado livre, rompendo barreiras artificiais • Nação não pratica comércio; indivíduos e empresas fazem • Einstein: “nacionalismo é doença infantil da humanidade” • “A individualidade sobrepuja em muito a nacionalidade e, num determinado homem, aquela merece mil vezes mais consideração do que esta”. (Arthur Schopenhauer) • Coletivismo: “bem-geral” torna indivíduos em simples meios sacrificáveis; cada indivíduo é um fim em si mesmo; • “Interesse nacional”: interesse de alguns indivíduos; nação não tem interesse • Mercantilismo: filhote desse nacionalismo; importação é vista como maléfica • Indivíduo: exporta o que produz (trabalho) para importar o que deseja (consumo); exportação serve para pagar a importação!

  9. Subsistência Individual • Quem acha que globalização é exploração, por coerência deve defender a subsistência a nível individual; • Afinal, se comércio entre nações for indesejável, ele também o é entre estados, municípios e, no extremo, indivíduos • Se comprar mais barato de alguém no exterior é perder empregos locais, então comprar mais barato de alguém no mesmo país também é • Ataque à globalização é irracional, portanto, fruto de superstição • Significa condenar a própria divisão de trabalho, condenando o progresso • Regresso aos tempos tribais, onde sobreviver era tarefa árdua • Ex: Coréia do Norte, a reclusão significa o atraso!

  10. Paz • Quanto maior a dependência mútua, maior a chance de convívio em harmonia • Sucesso de um depende do sucesso do outro • Hostilidade perde sentido • Globalização fomenta a paz também, enquanto a reclusão fomenta as guerras

  11. Bastiat e a Miopia • Aquilo que se vê e aquilo que não se vê; • Quando empresa estrangeira produz mais barato, leigos observam apenas empregos locais perdidos • Ignora-se que a economia feita é direcionada para outros setores, gerando novos empregos • Ex: Wal-Mart e o Zé da quitanda • Retórica de “exportação de empregos” no caso chinês é falsa e explora essa miopia; • Protecionismo para a indústria nacional é barrar progresso • Produto mais barato de fora é como presente; • Ex: petição dos produtores de velas e lampiões de Bastiat, contra o sol;

  12. Lei da Informática • Críticos do livre mercado nunca aprendem • Ex: Lei da Informática, que condenou o país à era dos dinossauros em tecnologia • A mesma mentalidade pede hoje proteção para indústrias nacionais • Lobby de produtores poderosos contra os consumidores • Esquecem que TODOS são consumidores • Benefício concentrado e custos dispersos: incentivo para organização dos produtores • No agregado, todos perdem, pagando mais caro por todos os bens • Defesa do consumidor: não é através do governo, mas da livre concorrência! • Ex: Google derrubando assimetria de informação sobre preços

  13. Evidência Empírica • Países que abraçaram a globalização foram os que mais prosperaram: Cingapura, Hong Kong, Taiwan, Coréia do Sul, Irlanda, Nova Zelândia, Austrália • Mudanças na China: todas reformas liberalizantes na margem, reduzindo o dirigismo estatal • Zonas livres, investimentos diretos estrangeiros, propriedade privada • China melhora a despeito do governo ainda ser muito controlador • América Latina citada como fracasso “neoliberal”: liberalismo jamais deu o ar de sua graça aqui • Argentina: gastança das províncias e câmbio fixo levaram à crise • Brasil: liberalismo passou mais longe daqui que Plutão da Terra • Governo controla tudo, arrecada 40% do PIB em impostos, burocracia asfixiante, inúmeras estatais, até como pãozinho será vendido!

  14. Comércio Internacional • Comércio entre “nações” tem crescido a taxas bem maiores que o PIB mundial • Já são mais de $ 12 trilhões que trocam de mãos entre países todo ano

  15. Liberdade de Comércio • Heritage: trade freedom mostra que países mais desenvolvidos são também os países com maior abertura comercial • Existem outros itens que merecem atenção, como direito de propriedade, impostos, leis trabalhistas

  16. Críticas Justas • Países ricos merecem ao menos uma das críticas comuns: hipocrisia • Defesa de livre comércio com barreiras protecionistas não combina • Porém, não são desenvolvidos por causa desse protecionismo, mas a despeito dele • Além disso, são menos protecionistas que os sub-desenvolvidos, como visto acima • Ex: preço de um carro ou computador coreano nos EUA e no Brasil • Os EUA são o alvo preferido, mas são menos protecionistas que a Europa na agricultura • Por fim, incoerência esquerdista: Bovè é recebido com honras no FSM enquanto representa o ícone desse protecionismo agrícola que nos prejudica; atacam McDonald’s com ele, do lado errado da lógica!

  17. Comentários Finais • Individualismo x Coletivismo: uma questão moral; • Liberdade individual = progresso; desenvolvimento por divisão de trabalho e destruição criadora; • Non Sequitur: falhas do mercado pedem controle estatal; normalmente o governo piora a situação; • Trocas devem ser voluntárias; quanto menor intervenção estatal, maior o avanço, sem falar da justiça; • Globalização é apenas a extensão dessa liberdade individual; • Vencer tabus: nacionalismo, idolatria ao Estado; • Evidências: quem aproveitou a globalização, prosperou; • “Não foi a globalização que falhou, foi a sua falta!” (Martin Wolf)

  18. Sugestão de Leitura • “O Mundo é Plano”, de Thomas Friedman, “Em Defesa da Globalização”, de Jagdish Bagwatti, “Free Trade Under Fire”, de Douglas Irwin, “Against the Dead Hand”, de Brink Lindsey (Cato Institute), “A Era da Turbulência”, de Alan Greenspan, “Why Globalization Works”, de Martin Wolf (Financial Times), Mises, Hayek, Kirzner

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