1 / 57

Conduta médica na Anemia Aguda

Conduta médica na Anemia Aguda. Luciana Carlos. HEMORRAGIA E MORTALIDADE. A hemorragia severa ou suas consequências está associada a 40% de mortalidade em pacientes com sangramento, sendo a principal causa de morte inesperada em estatísticas mundiais.

kita
Download Presentation

Conduta médica na Anemia Aguda

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Conduta médica na Anemia Aguda Luciana Carlos

  2. HEMORRAGIA E MORTALIDADE • A hemorragia severa ou suas consequências está associada a 40% de mortalidade em pacientes com sangramento, sendo a principal causa de morte inesperada em estatísticas mundiais. • Relação entre hemorragia grave e mau prognóstico está bem estabelecida, permanecendo taxa de 50% de mortalidade entre os pacientes que necessitam de transfusão maciça ou que desenvolvem coagulopatia. Curry et al. Critical Care 2011, 15 R92

  3. ABORDAGEM NA ANEMIA AGUDA • Rápida restauração do volume sanguíneo circulante. • Correção e manutenção da hemostasia, da oferta tissular de oxigênio e da pressão coloidosmótica. • Correção das alterações bioquímicas e ácido-básicas. • Diagnóstico e tratamento apropriado da causa da hemorragia.

  4. CORRELAÇÃO Hb/Hto E VOLEMIA Hemo- diluição Perda crônica Hemo- concentração Normal Hemorragia aguda

  5. OXIGENAÇÃO TECIDUAL Oferta de O2 tecidual = Hb x 1,36 x Saturação x Débito Cardíaco (mL/min) (g/dL) (%) (mL/min) Pressão de O2 no ar inspirado Ventilação Relação ventilação/fluxo sanguíneo pulmonar Troca gasosa no pulmão (alvéolo) Concentração de Hb Curva de dissociação da Hb Retorno venoso Contratilidade cardíaca

  6. MECANISMOS FISIOLÓGICOS DE ADAPTAÇÃO À ANEMIA AGUDA • Restauração do volume plasmático: Mobilização de fluidos do extravascular para o intravascular (queda do DC e PA) Mobilização de líquidos do intra para o extracelular • Restauração do débito cardíaco: Ação do SNA (simpático) a partir dos baroreceptores • Compensação circulatória: Vasoconstrição de arteríolas (pele, intestino e músculos)

  7. MECANISMOS FISIOLÓGICOS DE ADAPTAÇÃO À ANEMIA AGUDA • Estimulação da ventilação: Estimulação do centro respiratório a partir da acidose metabólica (quimioreceptores) • Mudanças na curva de dissociação da Hemoglobina: Diminuição da afinidade da Hb pelo O2 secundária a acidose metabólica • Reposta hormonal: Ação do ADH, aldosterona, catecolaminas e eritropoietina

  8. EFEITOS DA HEMORRAGIA AGUDA HEMORRAGIA AGUDA Hb x Saturação x Débito Cardíaco = Oferta de O2 tecidual

  9. ABORDAGEM NA ANEMIA AGUDA • Fluidos de reposição intravenosa (colóides ou cristalóides) são a primeira linha de tratamento da hipovolemia. • Plasma nunca deve ser usado como líquido de expansão de volume. • Outras vias de administração (intraóssea, retal ou subcutânea) podem ser utilizadas para administração de fluidos.

  10. SOBREVIDA AO CHOQUE HEMORRÁGICO Canizaro et al. Surg Clin North Am 53; 1973

  11. SOLUÇÕES CRISTALÓIDES • Concentração de sódio similar ao plasma. • Se mantém no espaço extracelular em função da impermeabilidade da membrana celular. • Atravessa a membrana capilar saindo do intra-vascular para o compartimento intersticiallar • Distribuído em todo o compartimento extracelular. • Apenas ¼ do volume infundido permanece no compartimento intra-vascular.

  12. SOLUÇÕES CRISTALÓIDES • Em geral são necessárias doses elevadas para aumentar a précarga. • Um litro de salina expande 100-200 ml com uma vida média de 1 hora. • A regra 3x1 pode ser insuficiente podendo chegar a uma relação de substituição de 10x1. • 75% se distribui no espaço extravascular podendo gerar edema.

  13. SOLUÇÕES COLÓIDES • Inicialmente tendem a permanecer no compartimento intravascular. • Mimetizam as proteínas plasmáticas mantendo a pressão coloidosmótica do sangue. • Proporcionam maior duração do efeito de expansão de volume em comparação com os cristalóides. • Necessitam da infusão de menores volumes.

  14. SOLUÇÕES COLÓIDES

  15. CRISTALÓIDES X COLÓIDES The Clinical Use of Blood, OMS, 2004

  16. CRISTALÓIDES X COLÓIDES • Considerar custos, disponibilidade e experiência clínica. • Não foi demonstrado claramente efeito na mortalidade, salvo em alguns estudos que sugerem menor mortalidade em pacientes politraumatizados submetidos a expansão com cristalóides.

  17. REPOSIÇÃO DE VOLUME • Lesões penetrantes com indicação para intervenção cirúrgica urgente, em meio urbano, com tempo curto de traslado a reposição agressiva de volume não parece ser a melhor abordagem; • em trauma fechado a reposição maciça de volume pode estar justificada; • no TCE grave não utilizar soluções hipotônicas e preferir soluções hipertônicas, quando possível.

  18. MANUSEIO DA HIPOVOLEMIA DE ACORDO COM A RESPOSTA INICIAL À REPOSIÇÃO DE VOLUME Hipovolemia classificada como Classe II ou acima Infundir 20-30 ml/Kg de cristalóide ou 10-20 ml/Kg de colóide Rápida melhora Melhora transitória Sem melhora Diminuir infusão de fluidos; solicitar compatibilidade (tx imediata desnecessária); reavaliação periódica e detalhada; tratamento definitivo Manter admnistração rápida de fluidos; iniciar transfusão sanguínea; reavaliação periódica e detalhada; correção cirúrgica tão logo quanto possível. Administração vigorosa de fluidos; transfusão urgente; correção cirúrgica imediata.

  19. Spahn e Rossaint, Coagulopathy and blood component transfusion in trauma, BJA, 95 (2): 130–9 (2005)

  20. COAGULOPATIA NO TRAUMA Maegele, Acute Traumatic Coagulopathy in Severe Injury Dtsch Arztebl Int. 2011

  21. COAGULOPATIA NO TRAUMA Spahn e Rossaint, Coagulopathy and blood component transfusion in trauma, BJA, 95 (2): 130–9 (2005)

  22. COAGULOPATIA NO TRAUMA • Quando presente é de difícil correção e é um fator independente preditivo de mortalidade. • A manutenção da coagulação plasmática com no mínimo 40% da atividade dos fatores da coagulação com relação ao valor normal e uma contagem de plaquetas nos limites de 50 a 100 x 10E9/l habitualmente sustentam uma hemostasia adequada.

  23. COAGULOPATIA NO TRAUMA Maegele, Acute Traumatic Coagulopathy in Severe Injury Dtsch Arztebl Int. 2011

  24. COAGULOPATIA NO TRAUMA • A hipotermia e acidose mesmo com adequada reposição de fatores da coagulação podem tornar a coagulopatia de difícil controle, mesmo com reposição adequada (tríade letal). • Quando corrigida adequadamente diminui potencialmente a mortalidade em pacientes com trauma severo.

  25. COAGULOPATIA NO TRAUMA Spahn e Rossaint Coagulopathy and blood component transfusion in trauma, BJA 95 (2): 130–9 (2005)

  26. Riscos associados à transfusão

  27. Riscos não infecciosos 100 a 1000 vezes maiores que os riscos não infecciosos da transfusão. AABB Bulletin 01-4, 14 Jun 2001

  28. SEGURANÇA TRANSFUSIONAL Dzik, Hematology 2005, 476-482

  29. ESTIMATIVA DA PERDA INICIAL DE SANGUE E FLUIDOS American College of Surgeons, 1993

  30. NÍVEL CRÍTICO DE HEMOGLOBINA Não houve alterações na oferta tecidual de oxigênio, no consumo de oxigênio, alterações no lactato plasmático e alterações eletrocardiográficas com esforço em indivíduos saudáveis com hemoglobina <5mg/dl.

  31. TRANSFUSÃO MACIÇA (TM) • Administração aguda de volume superior a uma vez e meia a volemia do paciente (o volume sanguíneo é equivalente a 75ml/kg - 10 unidades em um adulto de 75kg). • Reposição de sangue correspondente a uma volemia (75ml/kg), ou superior, em 24 horas (10U a 12U de concentrados de hemácias em um indivíduo adulto). • Reposição equivalente a 50% da volemia corporal de sangue em 3 horas. • Perda de 1,5 ml de sangue por kg/min por pelo menos 20 minutos.

  32. TRANSFUSÃO MACIÇA (TM) • A coagulopatia é comum. • Quando presente é de difícil correção. • A manutenção da coagulação plasmática com no mínimo 40% da atividade dos fatores da coagulação do valor normal e uma contagem de plaquetas nos limites de 50 a 100 x 109/l habitualmente sustentam uma hemostasia adequada. • A terapia intensiva e precoce com plasma e plaquetas está relacionada a melhores desfechos. Malone, Hess e Fingerhut (2006)

  33. RISCOS NA TM

  34. REPOSIÇÃO DE HEMOCOMPONENTES NA TM Spahn e Rossaint, Coagulopathy and blood component transfusion in trauma, BJA, 95 (2): 130–9 (2005)

  35. OBJETIVOS DA REPOSIÇÃO DE HEMOCOMPONENTES NA TM

  36. MANUSEIO DO PACIENTE NA TM Spahn e Rossaint, Coagulopathy and blood component transfusion in trauma, BJA, 95 (2): 130–9 (2005)

  37. CONTROVÉRSIAS • Uso de “sangue total fresco” na abordagem de pacientes com hemorragia grave • Reposição de PFC e CH na proporção de 1:1

  38. USO DE SANGUE TOTAL • A reposição de CH:PFC:CP mesmo na proporção de 1:1:1 não tem a mesma eficácia de reposição do sangue total fresco em virtude das perdas e diluição no momento da produção. • O uso de sangue total fresco (<24 h) acarreta graves problemas de logística em função da disponibilidade desse componente a partir dos serviços de hemoterapia e os problemas de compatibilidade acarretados.

  39. Uso parcimonioso dessa nova abordagem até que melhores evidências sejam geradas.

  40. Terapia com alta relação PFC:CH parece reduzir significativamente a mortalidade em pacientes em regime de TM.

  41. Terapia com alta relação PFC:CH não parece benéfica em pacientes sem coagulopatia pós-trauma

  42. Terapia com alta relação PFC:CH parece benéfica em pacientes com características específicas (TASH>15).

  43. TRANSFUSÃO EM EMERGÊNCIA • Autorização do médico assistente através da assinatura do termo de responsabilidade disponível nos formulários de solicitação de sangue em uso no hospital. • É obrigatória a conclusão do estudo pré-transfusional mesmo após a liberação da bolsa. • O procedimento deve ser interrompido e a bolsa substituída caso seja detectado algum problema de incompatibilidade (risco de 0,5 a 1,5%). Portaria/MS 1353 de 14 de junho de 2012

  44. Declaro estar ciente dos riscos transfusionais a que possa estar submetendo o(a) paciente acima referido que se encontra sob minha responsabilidade médica porque as condições clínicas do paciente não permitem aguardar a liberação das provas transfusionais. Identificação do hospital e do paciente Componente e hemoderivado solicitados e identificação do médico solicitante Dados do paciente Provas Imunohematológicas Bolsas transfundidas Termo para transfusão em urgência

  45. PROVAS PRÉ-TRANSFUSIONAIS • Classificação ABO e Rh do paciente • Reclassificação ABO e Rh do hemocomponente (CH) • Pesquisa de Anticorpos Irregulares do paciente (CH) • Identificação de anticorpos irregulares e fenotipagem da unidade para transfusão, se necessário • Prova de Compatibilidade (CH)

  46. PROVAS EM TUBO

  47. ETIQUETA DE TRANSFUSÃO PAULO SANCHES DE LIMA 333333 201 A O P N COMPATÍVEL 455667-5 CH MARIA JOSÉ 15/05/2012

More Related