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As Epístolas Gerais: Tiago, Pedro, João e Judas Estudo 11 O Evangelho a ser vivido pelo cristão Texto bíblico: 2João Texto áureo: 2Jo 9. “ Todo aquele que vai além do ensino de Cristo, e não permanece nele, não tem a Deus; quem permanece neste ensino, esse tem tanto ao Pai como ao Filho”. .
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As Epístolas Gerais: Tiago, Pedro, João e Judas Estudo 11 O Evangelho a ser vivido pelo cristão Texto bíblico: 2João Texto áureo: 2Jo 9 “Todo aquele que vai além do ensino de Cristo, e não permanece nele, não tem a Deus; quem permanece neste ensino, esse tem tanto ao Pai como ao Filho”.
Introdução (I) Como podemos depreender do Apocalipse, João verificou ali em Patmos a importância que o Senhor Jesus dava ao contato do líder com as suas igrejas. Se o Senhor mostrou a ele por meio das sete cartas que endereçou às igrejas da Ásia que este contato era importante, ele como o remanescente do colégio apostólico não poderia deixar de fazer o mesmo.
Introdução (II) Em razão disto escreveu uma carta mais ou menos genérica para todas as igrejas, a sua primeira epístola. Mas não satisfeito com isto, escreve uma segunda carta a uma igreja específica, pelo que podemos depreender do início desta sua segunda epístola, onde o “ancião” era ele mesmo (codinome por causa das perseguições) e “senhora eleita”, (para não identificar a igreja local).
Introdução (III) Digamos que a primeira epístola teria sido preparada para as mesmas igrejas da Ásia a quem o Senhor enviara as cartas do Apocalipse, e as da Galácia, aquelas a que Pedro também enviara as suas cartas. Já esta segunda carta ele manda para uma determinada igreja que estaria enfrentando um problema doutrinário o que poderia estar acontecendo em outras igrejas também.
Introdução (IV) Nesta carta ele vai destacar quatro pontos de suma importância para a melhor vivência de uma igreja de Cristo. Primeiro, a bênção da graça de Deus sob a qual viviam; Segundo, a disciplina doutrinária em que esta igreja se mantinha; Terceiro, o espírito de amor em que viviam; Quarto, o cuidado com os enganadores.
Introdução (V) Dado o tamanho da carta e o pouco número de versículos vamos poder meditar em cada um deles, mais detidamente, o que muito pouco podemos fazer em geral. Abramos a Bíblia e, versículo a versículo, caminhemos numa carta milenar que parece ter sido escrita hoje, dada a atualidade de seus temas.
“O ancião à senhora eleita, e a seus filhos, aos quais eu amo em verdade, e não somente eu, mas também todos os que conhecem a verdade,” - 2Jo 1 O pastor ama as suas ovelhas. Por uma decorrência deste amor, todas as ovelhas devem se amar mutuamente. Todos os que conhecem o Evangelho tem que viver e respirar este sentimento. Observem que apenas neste versículo ele cita a palavra verdade duas vezes.
” …por causa da verdade que permanece, e para sempre estará conosco:” 2Jo 2 A verdade a que ele se refere é a presença de Cristo em nós. A fé nele como Senhor e Salvador. O reconhecimento de que ele é o Filho de Deus que se humanizou para nos salvar. O Espírito Santo de Deus habita no coração do crente para sempre. Isto nos une e nos identifica onde quer que estejamos. A “permanência” desta verdade em nós, significa a nossa salvação eterna.
“Graça, misericórdia, paz, da parte de Deus Pai, e da parte de Jesus Cristo, o Filho do Pai, serão conosco em verdade e amor.” 2Jo 3 O líder espiritual de uma igreja deve sempre rogar ao Pai pelo menos três bênçãos para a vida de suas ovelhas: -A graça que vem de salvação em Cristo… -A misericórdia que vem do amor de Deus… -A paz que vem da morada que o Espírito Santo faz em nossos corações.
“Muito me alegro por ter achado alguns de teus filhos andando na verdade, assim como recebemos mandamento do Pai”. 2Jo 4 O guia espiritual se alegra com as vitórias de seus seguidores. Principalmente quando os vêem seguindo nos caminhos ensinados pela Palavra de Deus. Observem que ele volta a mencionar a palavra “verdade”. Cinco vezes agora (duas vezes no primeiro versículo e uma vez nos seguintes). Por que esta ênfase?
”E agora, senhora, rogo-te, não como te escrevendo um novo mandamento, mas aquele mesmo que desde o princípio tivemos: que nos amemos uns aos outros”. 2Jo 5 O pastor deve falar à igreja como um todo. Ela deve ser a união dos santos. Ele não se refere ao membro “a” ou “b”, mas à igreja como um todo. O guia espiritual deve insistir sempre nos aspectos fundamentais da essência do cristianismo. No caso, o mandamento do amor enunciado por Cristo.
”E o amor é este: que andemos segundo os seus mandamentos. Este é o mandamento, como já desde o princípio ouvistes, para que nele andeis”. 2Jo 6 João passa então a colocar na prática a vivência do amor. Falar do amor, mostrar as suas belezas, comentar os seus exemplos é muito bonito, mas pouco prático. O amor precisa ser vivido e experimentado. De nada adiantava aos crentes de ontem como não adianta aos de hoje, falarem em amor se não o praticarem e viverem.
”Porque já muitos enganadores sairam pelo mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Tal é o enganador e o anticristo”. 2Jo 7 Por causa desta vida em unidade, as igrejas de Cristo passavam a ser foco da ação de aproveitadores. Enganadores seriam os gnósticos docetistas, talvez, que percebendo o que poderia representar para eles em poder e proveito, a direção de uma igreja, passavam a pregar a elas um outro evangelho que não aquele que provinha verdadeiramente de Cristo.
”Olhai por vós mesmos, para que não percais o fruto do nosso trabalho, antes recebais plena recompensa”. 2Jo 8 O crente deve cuidar-se em sua vida espiritual e disciplina cristã. Não deve precisar que o pastor, o professor, o amigo, lhe mostrem o caminho certo. Ele deve ter auto-disciplina e auto-controle. A recompensa a que João se refere não é a vida eterna. Neste caso, é a recompensa da própria vida cristã vivida sob a bênção da graça, misericórdia e paz do Senhor.
”Todo aquele que vai além do ensino de Cristo e não permanece nele, não tem a Deus; quem permanece neste ensino, esse tem tanto ao Pai como ao Filho”. 2Jo 9 Os falsos mestres tentavam aparentar uma vida de devoção e dedicação superiores de forma a impressionar os seus seguidores. Mostravam-se até mesmo, superiores aos ensinos do Senhor Jesus. João chama a atenção para o fato de que tal procedimento é estranho e não procede do Pai. Aquele que ensina o que vem de Cristo, permanece em Deus e Deus nele.
”Se alguém vem ter convosco, e não traz este ensino, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis”. 2Jo 10 O crente deve ter a percepção daquilo que é proveniente do Senhor. Quando alguém surge com uma mensagem diferente e atraente em seus aspectos exteriores, cuidado. Vida cristã é vida interior. Não convivam com tais pessoas pois isto pode ser prejudicial à sua reputação cristã e, o que é pior ainda, ao seu caráter cristão. Não é ser descortez, mas honesto.
”Porque quem o saúda participa de suas más obras”. 2Jo 11 Sim, porque esta é a imagem que fica para o mundo. “Dize-me com quem andas e dir-te-eis quem és”… não é um velho ditado? Sim, o crente deve cuidar-se para evitar que sua convivência com o mundo torne-se um empecilho ao seu testemunho cristão. O grande desafio para mim e para você é como “estar no mundo”, sem “ser do mundo”. Qual o mundo em que você vive? O secular ou o espiritual?... O mundano ou o santo?...
”Embora tenha eu muitas coisas para vos escrever, não o quis fazer com papel e tinta; mas espero visitar-vos e falar face a face, para que o nosso gozo seja completo”. 2Jo 12 O guia espiritual deve ter o prazer de lidar face a face com o seu rebanho. Não apenas por e-mails… ou do púlpito… mas de dialogar vis-à-vis com as suas ovelhas de forma que conhecimento pessoal se torne mais íntimo, sincero e cordial. A melhor proximidade no relacionamento é essencial.
”Saúdam-te os filhos de tua irmã, a eleita”. 2Jo 13 Uma igreja se confraterniza com a outra. Como ele deveria estar escrevendo de Éfeso para outra igreja da Ásia, ou mesmo para outras igrejas, ele se solidariza com ela por meio da saudação coletiva. Os crentes devem viver em harmonia e união. Eleitos que fomos como igreja para sermos instrumentos do amor de Deus para o mundo, que o façamos com simpatia e sinceridade de coração.
Conclusões • Você vive o amor de Deus? • Como viver este amor num mundo tão difícil? • Como você exterioriza o seu amor? • Você contribui por causas sociais? • Você ajuda a familiares em dificuldade? • Você ora por seus irmãos? • Você cumprimenta o seu vizinho ou espera que ele o faça primeiro?