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Avaliação da equipe interdisciplinar

Avaliação da equipe interdisciplinar. O papel de cada profissional da equipe Indicações de encaminhamentos Critérios de alta. Gerontologia e Geriatria. Gerontologia: do grego gérõn-ontos (velho) e logos (estudo). Geriatria: do grego gérõn-ontos (velho) e yatreia (tratamento).

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Avaliação da equipe interdisciplinar

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Presentation Transcript


  1. Avaliação da equipe interdisciplinar O papel de cada profissional da equipe Indicações de encaminhamentos Critérios de alta

  2. Gerontologia e Geriatria • Gerontologia: do grego gérõn-ontos (velho)e logos (estudo). • Geriatria: do grego gérõn-ontos (velho)e yatreia (tratamento). • Ramo da medicina que aborda os aspectos clínicos, preventivo, terapêutico e social do paciente idoso.

  3. A equipe • Trabalho pioneiro na geriatria: Dra. Marjore Warren • Paciente idoso: múltiplos problemas físicos, associados a deficiências funcionais sociais e psicológicas necessidade da abordagem em equipe muldisciplinar. • Objetivo da avaliação em equipe: promover o mais alto grau de independência funcional do paciente idoso, aumentar a sobrevida, com qualidade. • Desenvolvimento de um plano de cuidados, a longo prazo, que aumente a precisão diagnóstica, para melhorar a saúde geral do idoso, reduzir riscos da polifarmácia, de internações e de institucionalização. Multidisciplinaridade x interdisciplinaridade

  4. O papel do médico

  5. Indicações de encaminhamento para o geriatra • Muitas vezes o idoso é encaminhado de outra especialidade médica diretamente ao profissional da reabilitação. • Identificação pelo profissional da reabilitação de múltiplos problemas de saúde, polifarmácia e múltiplos médicos. • Necessidade de avaliação global, sem fragmentações e gestão de seus problemas de saúde.

  6. Aspectos importantes na avaliação • Presença da família na anamnese e exame físico: criar um momento só com o idoso. • Informações de prontuário médico hospitalar. • Relatórios prévios (médicos ou profissionais da reabilitação). • Avaliar o cuidador. • Transferência (Sentimentos e comportamentos do paciente em relação ao médico) e contratranferência (do médico para o paciente).

  7. Anamnese • Relacionamento médico-paciente-família. • Identificação. • Queixa Principal: • Nem sempre presente em Geriatria. • O mais comum são múltiplas queixas. • Freqüentemente o que o paciente queixa como principal não é o mais importante no seu contexto. • H.M.A.: • Dissertação de todos os aspectos queixados. • O mais fácil é dividi-los nos diversos aparelhos.

  8. Anamnese • História Pregressa: • valiosa fonte para compreender o atual estado de saúde do idoso. • Internações, cirurgias, etilismo, tabagismo, doenças dos diversos aparelhos, órgãos dos sentidos, medicamentos usados ao longo da vida, transfusões de sangue, fraturas, quedas... • Evitar os dados desnecessários.

  9. Anamnese • História atual: • Avaliação funcional (AVDs, AIVDs) • Avaliação mental, cognitiva e psicocomportamental (consciência, julgamento, alucinação, agitação...) • Avaliação emocional (depressão, ansiedade) • Quedas. • Vacinação. • Medicamentos em uso. • Atividades físicas no lazer. • Sexualidade • Anamnese das queixas atuais de cada sistema (ISDA). • Ênfase nas grandes síndromes geriátricas: imobilidade, instabilidade postural, incontinência, insuficiência cerebral e iatrogenia.

  10. Anamnese • Avaliação familiar: • Coréia de Huntington, doença de Parkinson, demências, glaucoma, depressão, doenças cardíacas e coronarianas, enfisema, câncer, diabetes melitus 2... • Avaliação social: • Estado civil, condição financeira, apoio familiar, atividades sociais atuais, avaliação da repercussão da aposentadoria. • Ambiente em que mora, institucionalização. • Auto percepção e percepção comparada da saúde.

  11. Anamnese • Pesquisa nutricional: • Apetite • Hábito alimentar: • tipo de alimento que consome, número de refeições ao dia, ingestão de líquidos, dificuldades de mastigação/deglutição, capacidade de alimentar sozinho, capacidade de preparar o alimento ou de solicitá-lo...

  12. Exame Físico em Geriatria • Ectoscopia: • observar o grau de auto-cuidado e sinais de negligência, comportamento, grau de orientação e capacidade cognitiva, marcha, independência, edemas, mucosas, hidratação, perfusão, icterícia, cianose... • Dados vitais: temperatura, Fc, F.R., P.A. em 3 posições. • Dados antropométricos

  13. Exame Físico em Geriatria • Pele e mucosas: pele senil, grau de higiene, intertrigo, escaras, dermatites (fraldas...), unhas • Edema de MMII • Pesquisa de linfonodos • Palpação das glândulas tireóideas • Palpação dos pulsos, auscultar carótidas, observar jugulares a 45º • Oroscopia, otoscopia, fundo de olho

  14. Exame Físico em Geriatria • Aparelho cardiovascular: • Ispecção, palpação, percussão, ausculta. • B4, fq hipofonese, estalido protossistólico, 60% apresentam sopros ejetivos, sobretudo Ao e Mitral. • Sopros diastólicos são sempre patológicos. • P.A. nas 3 posições. • Estudo dos vasos arteriais e venosos, incluindo palpação de aa Temporais, Carótidas. • Edema de MMII (sobretudo no final do dia e relação postural).

  15. Exame Físico em Geriatria • Aparelho respiratório: • Ispecção, palpação, percussão, ausculta. • Redução da expansão torácica, levando a aumento do volume residual e da Pressão intratorácica. • Aumenta a cifose torácica. • Crepitações bibasais podem ser fisiológicas. • Aumento da F.R. é um grande sinal no idoso.

  16. Exame Físico em Geriatria • Aparelho Gastrointestinal: • Cavidade oral: • queilite, próteses, eritroplasias, leucoplasias, tumores, monilíase, estomatites... • Abdome: • Ispecção, palpação, percussão, ausculta. • Redução da musculatura pode dar falsa impressão de distensão abdominal. • Palpar Ao, pesquisar bexigoma, massas, hérnias. • Toque retal.

  17. Exame Físico em Geriatria • Aparelho Genitourinário: • Mamas. • Exame de períneo: pesquisa de sinais de incontinência urinária, cistocele, retocele e prolapso uterino. • Palpação testicular. • Toque retal. • Palpação abdominal na pesquisa de bexigoma.

  18. Exame Físico em Geriatria • Aparelho locomotor: • Avaliação geral: postura, equilíbrio e marcha. • Avaliação articular e muscular específicos: ectoscopia, palpação, A.D.M. • Coluna, pés, articulações de MMII, mãos. • Síndrome de Imobilidade

  19. Exame Físico em Geriatria • Sistema Nervoso Central e Periférico: • Consciência, Grau de alerta • Linguagem. • Avaliação cognitiva: clínica é o mais importante. Testes devem ser utilizados, permitindo melhor seguimento da cognição. • Avaliação dos sintomas do humor em todos os pacientes. • Avaliação do grau de independência funcional. • Pesquisar: tremores, pares cranianos, motricidade, sensibilidade, linguagem, sinais meníngeos, reflexos.

  20. Exames Complementares • Sangue: • Glicemia de jejum, TSH, hemograma, uréia, creatinina, lípides (questionado após 75 anos), PSA, vitamina B12, ácido fólico, função hepática, íons (sódio, potássio e cálcio). • Eletroforese de proteínas. • Urina rotina. • Fezes: pesquisa de sangue oculto. • ECG. • Mamografia, citologia de colo uterino. • Ultrassonografia abdominal total. • Teste ergométrico. • Densitometria óssea. • Retossigmoidoscopia, colonoscopia

  21. Lista de Problemas • Capacidade funcional • Capacidade Cognitiva • Avaliação do Humor • Mobilidade: • ·Postura • ·Marcha • ·Equilíbrio • Quedas • Continência esfincteriana • Órgãos dos sentidos • Saúde oral • Estado Nutricional • Suporte familiar e Social: • 11: Resumo dos problemas dos diversos aparelhos

  22. Conclusão da abordagem multidimensional • Lista de problemas • Plano propedêutico • Plano terapêutico: • Orientações • Medicamentos • Reabilitação: • Física/cognitiva • Ambiental • Nutricional • Sócio-familiar

  23. O papel do fisioterapeuta

  24. Objetivos da avaliação do fisioterapeuta • Preservar a função motora e prevenir incapacidades. • Orientações posturais. • Observação e modificações ambientais. • Avaliar e reabilitar disfunções ortopédicas, respiratórias, neurológicas, reumatológicas, cardiovasculares, urológicas. • Treinos funcionais: marcha, equilíbrio, propriocepção. • Obter o mais alto grau de independência e autonomia.

  25. Objetivos da avaliação do fisioterapeuta • Utilizar escalas objetivas para avaliação, que permitam análise qualitativa e quantitativa do quadro clínico, permitindo comparações da eficácia do tratamento. • Obter parâmetros de admissão e alta no serviço de reabilitação. • Emitir parecer para a equipe sobre capacidades funcionais e motoras atuais.

  26. Dificuldades do fisioterapeuta • Limitação do encaminhamento de pacientes pelos médicos. • Mercado de trabalho: dificuldades do SUS, soberania dos convênios (com limite para sessões de fisioterapia). • Descrença por parte de idosos e próprios profissionais da saúde.

  27. O papel do Terapeuta Ocupacional (TO)

  28. Objetivos da avaliação de TO • Utilizar tecnologias orientadas para emancipação e autonomia de pessoas que apresentem temporária ou definitivamente, dificuldades para independência e participação social. • Estimular as funções preservadas e desenvolver mecanismos compensatórios para as funções alteradas. • Níveis de intervenção: desempenho funcional, cognitivo, motor, social e de lazer. • Auxílio à adaptação, com estratégias para conviver com as incapacidades. • Ações individualizadas, atuações individuais ou grupais (pacientes com problemas semelhantes).

  29. Objetivos da avaliação de TO • Estabelecer rotinas, facilitar a comunicação, promover relações interpessoais. • Ações centradas no paciente, no ambiente e na dinâmica familiar/social. • Uso de escalas qualitativas e quantitativas. • Definir e orientar a necessidades de equipamentos que auxiliem na capacidade funcional: • Equipamentos para alimentação: engrossadores de cabos de talher, elevadores de borda de pratos. • Equipamentos de mobilidade: órteses, próteses, muletas, bengalas, andadores, cadeiras de roda. • Equipamentos para higiene: elevação de vaso sanitário, colocação de barras de apoio, piso antiderrapante, adaptadores para escova de dentes, barbeador. • Modificações ambientais.

  30. Indicações de encaminhamento para TO • Déficit cognitivo (atenção, memória, concentração, desorientação temporal e espacial). • Depressão. • Redução da capacidade funcional. • Integração social. • Aquisição de habilidades. • Transtornos osteomusculares: artrites, osteoartrose, fraturas. • Transtornos neurológicos: Parkinson, demências, seqüelas de AVC, esquecimento senescente benigno. • Integração com atividades de fisioterapia.

  31. O papel do Serviço Social

  32. Objetivos da avaliação do Serviço Social • Avaliar o conjunto de problemas, necessidades, interesses e dificuldades que se expressam em nível microssocial, atingindo a pessoa, grupos sociais e comunidades. • Prestar assistência à situação-problema. • Prevenir problemas sociais, promover a reabilitação e a reinserção social. • Reconhecer condições que favoreçam ou dificultem o tratamento da pessoa idosa, direcionando da melhor forma.

  33. Objetivos da avaliação do Serviço Social • Educar o idoso sobre seus direitos. Fazer valer o estatudo do idoso. • Auxiliar o idoso em situações de risco, auxiliar o encaminhamento para especialidades médicas, reabilitação, aquisição de medicamentos. • Auxiliar na liberação de verbas para idosos, junto às prefeituras, como a verba para tratamento fora de seu domicílio. • Auxiliar a aquisição de benefícios de previdência privada, como aposentadoria, auxílio doença...

  34. O papel da enfermagem

  35. Objetivos da avaliação da enfermagem • Atividades de educação, cuidado, assistência direta, acessoria, planejamento e coordenação de serviços, orientação e avaliação das ações relacionadas á saúde dos idosos. • Níveis de atuação: individual, comunitário, ambulatorial, centros de saúde, domicílios, casas geriátricas, instituições de longa permanência e hospitais. • Comandar o tratamento de feridas, úlceras de pressão. Planejar ações preventivas de proteção ao surgimento de escaras e complicações das doenças do idoso. Estimular deambulação precoce. Gerenciar procedimentos em saúde.

  36. Objetivos da avaliação da enfermagem • Cuidar do idoso de forma global: orgânica, psicossocial, ambiental, contribuindo para recuperação de problemas agudos e crônicos. • Integração com todos os componentes da equipe interdisciplinar, visando o melhor para o idoso.

  37. O papel do nutricionista

  38. Objetivos da avaliação do nutricionista • Avaliar o estado nutricional: condição de saúde de um indivíduo, influenciada pelo consumo, utilização e necessidade de nutrientes. • Diferenciar alterações orgânicas relacionadas ao envelhecimento, daquelas decorrentes de doenças, do consumo inadequado de alimentos e nutrientes, efeitos em longo prazo de doenças crônicas e uso de medicamentos, estilo de vida e nível sócio-econômico. • Identificar precocemente e tratar desnutrição protéico-calórica e outros estados carenciais.

  39. Objetivos da avaliação do nutricionista • Avaliar de forma completa o idoso: ingestão de alimentos, história clínica, dados antropométricos, dados bioquímicos, informações psicossociais, exame clínico, uso de medicamentos, estado mental/cognitivo, estado funcional, saúde oral. • Avaliação de dados bioquímicos: monitorizar o impacto da terapia nutricional e determinar risco nutricional. Contagem total de linfócitos ( < 1200 sugere depleção protéica moderada; < 800: desnutrição grave. Influenciada por infecções, neoplasia e uso de corticosteróides.

  40. Objetivos da avaliação do nutricionista • Proteínas plasmáticas: albumina, transferrina, pré-albumina e proteína fixadora do retinol. • Avaliar idosos com necessidade de dietas especiais: insuficiência cardíaca congestiva, IRC, doença de parkinson, neoplasias, estados carenciais, úlceras de pressão, contipação intestinal, disfagia, síndrome de imobilidade, dietas enterais, diabetes, obesidade.

  41. O papel da fonoaudiologia

  42. Objetivos da avaliação de fonoaudiologia • Avaliar os transtornos da comunicação: audição, fala, voz e linguagem. • Avaliar transtornos da deglutição. Queixas mais freqüentes: sensação de alimento parado na garganta, necessidade de engolir várias vezes, tosse e engasgos com alimentos e saliva. • Educação dos familiares e cuidadores.

  43. Principais indicações médicas para fonoaudiologia

  44. Principais indicações médicas para fonoaudiologia • Transtornos da fala: • Disartrias, apraxias orais. • Doenças neurológicas: Parkinson, AVC, quadros demenciais... • Voz: fisiologia do envelhecimento (presbifonia), disfonia, microfonia, soprosidade, tensão, tremor, quebra da sonoridade. • Transtornos da linguagem: • Afasia, dificuldades construcionais, dificuldades de encontrar palavras e nomear objetos.

  45. O papel da odontologia

  46. Objetivos da avaliação odontológica • Avaliação da saúde oral do idoso. • Identificação de processos patológicos em dentes, periodonto, mucosa bucal, palato, língua, lábios, glândulas salivares. • Avaliação de próteses. • Contribuição para qualidade de vida do idoso, capacidade de mastigação e estado nutricional, deglutição, melhoria da estética facial e da auto-estima.

  47. O papel da Psicologia

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