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I Seminário “Dengue: desafios para Políticas Integradas de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde” 23 a 25 e novembro de 2009 ENSP – Rio de Janeiro. PONTO DE PARTIDA. Projeto PEA no Estado do Rio de Janeiro controle da dengue -final da década de 90
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I Seminário “Dengue: desafios para Políticas Integradas de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde”23 a 25 e novembro de 2009ENSP – Rio de Janeiro
PONTO DE PARTIDA • Projeto PEA no Estado do Rio de Janeiro controle da dengue -final da década de 90 • Características do projeto: Promoção da Saúde (ênfase na educação, interdisciplinaridade, intersetorialidade, parcerias, participação popular) • Resultados da avaliação apresentados na XVII Conferência Mundial de Promoção da Saúde e Educação para a Saúde – Paris, 2001
Educação Popular NÃO é • Mero trabalho com ou para a população • Simples fato de utilizar certos recursos e técnicas: audiovisual, dinâmicas, cantorias • Processo verticalizado de “transmissão” de conhecimentos • Relação tradicional Educando x Educador = detentor e transmissor do conhecimento • Conjunto de velhas práticas com um novo rótulo
Educação Popular: o que É • Processo dialógico • Construção coletiva de conhecimento – respeito pela sabedoria popular • Reflexão crítica da realidade - Freire • Aprofundamento do conhecimento sobre a prática, com vistas à transformação social. • Valorização da cultura popular e a elevação dessa cultura a um patamar mais crítico, científico e filosófico – Gramsci - Papel do educador (cont)
(cont) • Processo essencialmente político e intencional compromisso de classe • Pedagogia do conflito e problematizadora: capital, trabalho, classes antagônicas • Visão funcionalista de sociedade X visão histórica (lutas) • Vincula-se à ação organizada do povo, das massas visa à libertação, à autonomia desses sujeitos sociais, e a construir uma sociedade de acordo com seus interesses – Hurtado. (cont)
(cont) • Teoria a partir da prática e não “sobre” a prática – relação dialética. • Consciência crítica ao lado da consciência solidária = solidariedade de classe, que se torna prática transformadora - Hurtado • Ligação entre metodologia coerente (dialética) e objetivos de transformação social – ação-reflexão-ação - que permita compreender a realidade com novos olhos, a ter vontade política, a ser sujeito transformador
ANEPS • Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular e Saúde • Missão • Articulação • Visibilidade • Formação e pesquisa • Divulgação e fortalecimento da Educação Popular • Contribuição para políticas de Educação Popular – fortalecimento do SUS
ANEPS Movimento que expressa as diferentes forças sociais interessadas na transformação das políticas de atenção à saúde, da gestão e da educação em saúde, associadas a intervenções sobre as estruturas e os processos sociais determinantes das doenças do povo brasileiro
O papel histórico da ANEPS, criada em 2003, consiste em possibilitar, pela interação entre os diversos movimentos e práticas de educação popular e saúde, a emergência dos novos saberes sobre a saúde das populações
Movimentos Participantes • Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais (CONTAG); • Direção Nacional dos Estudantes de Medicina (DENEM); • Projeto Saúde e Alegria/Grupo de Trabalho da Amazônia (GTA); • Movimento das Mulheres Trabalhadoras Rurais (MMTR); • Movimento de Reintegração de Pessoas Atingidas pela Hanseníase (MORHAN); • Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST- Coletivo de saúde); • Movimento Popular de Saúde (MOPS); • Rede de Educação Popular e Saúde; • Movimentos de menor visibilidade.
Objetivos Objetivo: Reconhecer a amplitude e a diversidade de experiências organizadas em movimentos e práticas que, historicamente, não têm alcançado um grau de institucionalização e de legitimidade junto ao Sistema Único de Saúde
ANEPS-RJ • Articulação • Oficinas municipais e regionais – 2005, 2007, 2008, 2009 • Encontros estaduais: divulgação e consolidação das questões discutidas nas oficinas locais. • Participação em eventos • Tenda Paulo Freire • Avaliação/Sistematização
Atividades 2008-2009 • Oficinas regionais: Quissamã, Areal, Paracambi, Duque de Caxias, Rio de Janeiro (Palmeira da Serra/Mendes) • Participação no Encontro Nacional da ANAPS • Discussões para a Política de Educação Popular • Oficinas com movimentos sociais
Educação Popular e controle da dengue • Experiências do Estado, apenas: pouco resultado • Educação Popular: novas perspectivas • Exemplos: Recife, Aracaju (sujeitos às condições conjunturais)
Reflexões finais • Existência de forma diferente de enfrentar o problema da dengue • Importância da participação popular, da reflexão crítica, do comprometimento político, de repensar novas estratégias. • Necessidade de avançar em algumas dimensões: Visibilidade, articulação e teorização sobre a prática, avaliação, sistematização das ações.
Pergunta que não quer calar • Será que quando afirmamos estar fazendo Educação Popular, estamos realmente fazendo o que afirmamos?