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“Amo-Te tanto e nunca sei quem és…”. Amo-Te tanto e nunca sei quem és… Vejo uma rosa e as pétalas são beijos. E o seu perfume são os meus desejos… Amo-Te tanto e nunca sei quem és…. Na minha solidão ouço uma voz Chamar por mim: “Inês”! Devagarinho,. Com medo que Te vás e de mansinho,
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Amo-Te tanto e nunca sei quem és… Vejo uma rosa e as pétalas são beijos
E o seu perfume são os meus desejos… Amo-Te tanto e nunca sei quem és…
Na minha solidão ouço uma voz Chamar por mim: “Inês”! Devagarinho,
Com medo que Te vás e de mansinho, Procuro distinguir-Te de entre nós…
Distingo-Te no Belo e no Amor, No quase ter o mundo em minhas mãos
Quando todos p`ra mim são como irmãos, Se para mim sorri alguma flor…
Distingo-Te também quando perdida Em horas negras, vou p`ra me afundar
E vem o Teu Amor p`ra me ajudar E eu passo a ser, então, a própria vida!
Quem és Tu que me dá aquele Amor Que eu procuro encontrar entre os demais,
Que me permite rir p`ra além dos ais, E me consente, a mim, ser uma flor?
Flor de cacto, eu, cheia de espinhos, Flor que pouco exige, mas que tem
A gota de água a tempo que lhe vem De Ti, de Teu Amor, de Teus carinhos!
Amo-Te tanto e nunca sei quem és… Perpassas, linha recta, nos meus eus
De linhas tão quebradas… Serás Deus? Estás tão preso a mim… Nem sei se O és…
Mantovani “Answer me”
Poema e Formatação de Maria de Aguiar Marçalo