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MEDIDAS ASSOCIADAS À DOENÇA. MEDIDAS ASSOCIADAS À DOENÇA As chances de que algo aconteça podem ser expressas como um risco ou como uma probabilidade (ODDS): RISCO = a chance de que algo aconteça / a chance de que tudo aconteça ODDS = a chance de que algo aconteça /
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MEDIDAS ASSOCIADAS À DOENÇA As chances de que algo aconteça podem ser expressas como um risco ou como uma probabilidade (ODDS): RISCO = a chance de que algo aconteça/ a chance de que tudo aconteça ODDS= a chance de que algo aconteça/ a chance de que não aconteça
MEDIDAS ASSOCIADAS À DOENÇA (continuação) Assim, um RISCO é uma PROPORÇÃO, Mas, uma ODDS é uma RAZÃO. Uma ODDS é um tipo especial de razão, no qual a soma do numerador e do denominador é igual a 1.
EXEMPLO 1: As bilheterias estão recebendo apostas para a série mundial. Estão dando ODDS de 3:1 para os Yankees. O que isto significa? Significa que pensam existir três vezes mais probabilidades de que os Yankees não ganhem a série mundial que poderiam ganhar. Expresso como um risco, os Yankees têm 1:4 (uma em quatro) chances (oportunidades) de ganhar.
MEDIDAS ASSOCIADAS À DOENÇA (continuação) EXEMPLO 2: Entre 100 pessoas como base, 20 desenvolvem Influenza em um ano. O RISCO é 1 em 5 (Ex: 20 em 100). A ODDS é de 1 em 4 (Ex: 20 comparados a 80).
O RISCO RELATIVO (Algumas vezes chamado de RAZÃO DE RISCO) RISCO RELATIVO É UMA RAZÃO DE RISCOS. Supondo-se que entre 100 pessoas em risco, 50 são homens e 50 são mulheres. 15 homens e 5 mulheres desenvolveram Influenza, logo, o risco relativo de desenvolver Influenza em homens, comparado-se com as mulheres, será: RISCO para HOMENS = 15/50 dividido entre o risco em mulheres = 5/50. 15/50 05/50 = 3,0 (Note-se que pela forma com que a pergunta foi colocada, os dois riscos são INCIDÊNCIA CUMULADA).
ODDS RATIO(RAZÃO DE CHANCES) ODDS RATIO - UMA RAZÃO DE DUAS (ODDS) PROBABILIDADES. A (ODDS) RAZÃO para homens = 15/35 Dividido pela RAZÃO para mulheres = 5/35. 15/35 5/45 = 3,9 Concluímos que a probabilidade (ODDS) para homens de ter Influenza em um ano é 3,9 vezes maior que a ODDS para mulheres. Pense na questão: note que a razão de chances (ODDS RATIO) neste exemplo (3,9) é mais ampla que o RISCO RELATIVO (3,0). Este é sempre o caso? Isto é importante?
MEDIDAS DE IMPACTO EM SAÚDE PÚBLICA • São usadas quatro medidas de riscos diretamente relacionadas: • RISCO ATRIBUÍVEL. • FRAÇÃO DE RISCO ATRIBUÍVEL. • RISCO ATRIBUÍVEL POPULACIONAL. • FRAÇÃO DE RISCO ATRIBUÍVEL POPULACIONAL. • NOTA: todas essas medidas assumem existir uma associação entre a exposição e a doença como já foi demonstrado ser relação causal.
1. RISCO ATRIBUÍVEL (AR) A incidência da doença na população exposta cuja doença possa ser atribuída à exposição. AR = Ie – Iu
2. FRAÇÃO DE RISCO ATRIBUÍVEL (ARF) A proporção da doença na população exposta cuja enfermidade possa ser atribuída à exposição. ARF = (Ie – Iu) / Ie
3. RISCO ATRIBUÍVEL POPULACIONAL (PAR) A incidência da doença na população total cuja doença possa ser atribuída à exposição. PAR = IP – Iu
4. FRAÇÃO DE RISCO ATRIBUÍVEL POPULACIONAL (PARF) A proporção da doença na população total cuja doença possa ser atribuída à exposição. PARF = (IP – Iu) / IP
NOTA: IP pode ser unido a Ie e Iu se conhecermos a proporção da população que é exposta (P) e a não exposta (Q), (P e Q mais 1). IP = P (Ie) + Q (Iu)
EXEMPLOS DESSAS MEDIDAS • (os dados são inventados) • Consumidores de carne vermelha têm um risco relativo de 2,0 para câncer de colon. • Se Iu = 50/100.000/ano, logo Ie = 100/100.000/ ano. • Se 25% da população são consumidores de carne vermelha, qual valor de IP ? • IP = P (Ie) + Q (Iu), assim, • IP = 25 (100/100.000) + 75 (50/100.000) • A incidência de câncer de colon na população é de 62,5/100.000/ano.
INDO DE UM RISCO RELATIVO A UMA FRAÇÃO DE RISCO ATRIBUÍVEL Note que Ie = Iu multiplicado pelo risco relativo (RR). Assim, substituindo na equação Iu x RR por Ie pela fração de risco atribuível: (Ie – Iu) / Ie
INDO DE UM RISCO RELATIVO A UMA FRAÇÃO DE RISCO ATRIBUÍVEL (continuando) Nós teremos: ARF = RR (Iu) – Iu RR (Iu) Dividindo por Iu nos dá: ARF = RR – 1 RR
Em outras palavras, se encontramos o verdadeiro RISCO RELATIVO (RR) causal de 2,0 para uma doença em relação a uma exposição, podemos supor e admitir que 50% da doença na população exposta sejam devidos à exposição. Desde que, os tribunais usem uma probabilidade de 50% ou valor maior, como uma imposição em casos obrigatórios, o RR de 2,0 tem recentemente um grande significado nos processos. Se há argumentos de que quando o RR2,0, é mais provável que a doença seja devida à exposição, num indivíduo exposto. O que você acha deste raciocínio legal (jurídico)?
INDO DE UM RISCO RELATIVO A UMA FRAÇÃO DE RISCO ATRIBUÍVEL POPULACIONAL (Isto é um pouco mais profundo). Lembre-se que: PARF = (IP – Iu) / IP E, que IP = P (Ie) + Q (Iu) E, que Ie = Iu x RR
INDO DE UM RISCO RELATIVO A UMA FRAÇÃO DE RISCO ATRIBUÍVEL(CONTINUAÇÃO) Por isso, a equação para PARF pode ser reescrita nos termos de RR: PARF = P(Ie) + Q(Iu)- Iu P(Ie) + Q(Iu) Substituindo Ie por Iu x RR, nós teremos: PARF = P(Iu)RR + Q(Iu)- Iu P(Ie)RR + Q(Iu)
INDO DE UM RISCO RELATIVO A UMA FRAÇÃO DE RISCO ATRIBUÍVEL (CONTINUAÇÃO) IU podem ser fatorados e cancelados: Se substituirmos Q por 1-P (desde que P+Q = 1):
INDO DE UM RISCO RELATIVO A UMAFRAÇÃO DE RISCO ATRIBUÍVEL (CONTINUAÇÃO) ou: P (RR – 1) P (RR – 1) + 1 Em outras palavras, se encontrarmos um RISCO RELATIVO causal verdadeiro de 2,0 para uma doença em relação à uma exposição, e se 50% da população forem expostos, então 33% da doença na população se devem a esta exposição.
Estudos de riscos cardíacos foram mal-interpretados – Domingo, 15 de agosto de 1999. BOSTON (AP) – Os editores do New England Journal of Medicine afirmaram “assumir a responsabilidade” pelas reportagens nos meios de comunicação onde foram enormemente exageradas as conclusões de um estudo acerca da possibilidade de risco em classes (gênero) e sexo, em cuidados cardíacos. O estudo publicado no JORNAL, em 25 de fevereiro, reportava o que acontecera quando médicos assistiram a entrevistas gravadas onde atores descrevendo sintomas idênticos e sendo questionados qual o tratamento que eles recomendariam.
Encontrou-se que, nos casos de pacientes igualmente doentes, os médicos foram menos plausíveis ao se referirem a negros e mulheres em relação a brancos e homens com cateterização cardíaca, um teste para diagnosticar doenças cardíacas. Vários organismos de notícias, incluindo a AP, interpretaram o estudo ao demonstrar que os médicos foram 40% menos plausíveis ao pedirem os testes para mulheres e negros em relação aqueles para homens e brancos.
Todavia, uma publicação seguinte do JORNAL, concluiu recentemente que as probabilidades de mulheres e negros referidos nos testes foram 7% menor que aquelas para homens e brancos. Em resposta escrita pela Dra. Lisa M. Schwartz e outros do grupo “VA Outcome Group” de White River Junction, Vermont afirmaram ser o mal-entendido resultado do uso de um estudo original sobre RAZÃO DE CHANCES (ODDS RATIO) reportando as diferenças ao se preferir usar mais a RAZÃO DE RISCO (RISK RATIO).
Os investigadores calcularam a ODDS (probabilidade, chance) em favor dos negros a quem foram oferecidos os testes e aos brancos a quem proporcionaram os testes. Após, calcularam a razão para esses dois participantes. A “razão de chances” para negros em relação a brancos resultou em 0,6 similar a obtida para mulheres e homens.
A mídia interpretou que isso significava que mulheres e negros tivessem 40% menos probabilidade de serem oferecidos cateterização. Mas, a verdadeira diferença é muito pequena. Uma tabela publicada com o estudo mostra que atualmente 85% de mulheres e negros foram encaminhados a cateterização como foram 91% de homens e brancos. Isto significa que a RAZÃO DE RISCO foi de 0,93.
Em outras palavras, a probabilidade de referência foi 7% mais baixa para negros e mulheres que para brancos e homens. Os editores do JORNAL disseram que eles “assumiriam a responsabilidade sobre a interpretação nos meios de comunicação” dos achados do estudo e disseram que eles não deveriam ter permitido o uso de RAZÃO DE RISCO (ODDS RATIO) no resumo do estudo.