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INTRODUÇÃO ÀS DOENÇAS CARDIOVASCULARES

INTRODUÇÃO ÀS DOENÇAS CARDIOVASCULARES. Profª Ana Luiza Exel . * O coração.

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INTRODUÇÃO ÀS DOENÇAS CARDIOVASCULARES

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  1. INTRODUÇÃO ÀS DOENÇAS CARDIOVASCULARES Profª Ana Luiza Exel

  2. * O coração - Está localizado no compartimento médio do mediastino, atrás do esterno;- 2/3 do coração estão localizados à esquerda da linha média esternal;- Está dividido em 4 câmaras: átrio direito, ventrículo direito, átrio esquerdo e ventrículo esquerdo; - Atua como bomba muscular, que gera pressões variáveis, enquanto suas câmaras se contraem e relaxam (sístole e diástole).

  3. • O lado direito do coração: • Átrio direito: recebe sangue venoso (pobre em O2 e rico em CO2) de todo corpo, enchendo-se à medida que seus músculos relaxam;- Ventrículo direito: recebe o sangue venoso do átrio direito com a função de levar aos pulmões;- Os pulmões oxigenam o sangue, restaurando a taxa de O2 e o trocam com CO2 que é expirado.

  4. • O lado esquerdo do coração: - Recebe o sangue oxigenado vindo dos pulmões, através das veias pulmonares;- O sangue oxigenado chega ao átrio esquerdo, se- guindo para o ventrículo esquerdo (VE);- VE: mais forte das câmaras cardíacas, pois execu- ta contrações poderosas o suficiente para bombear o sangue para todas as partes do corpo;- A contração forte gera a pressão sanguínea sistólica (o 1º. valor na medida da PA) e a medida mais baixa ( pressão diastólica ) ocorre quando o VE relaxa para se encher novamente com sangue;-O sangue segue do VE para todo o corpo pela aorta.

  5. EXAME DO CORAÇÃO Inspeção e palpação: • Pesquisa de abaulamentos; • Ictus cordis ou choque da ponta; • Pulsos; • Ausculta cardíaca; • Pressão arterial.

  6. Abaulamentos: • Paciente deitado, pesquisador de pé do lado direito do paciente ou, junto aos pés do paciente. • Pode indicar: aneurisma da aorta, cardiomegalia, derrame pericárdico. • Em crianças: parede mais flexível → dilatação VD deforma facilmente precórdio. • VD: constitui > parte face anterior do coração → em relação direta com parede do tórax.

  7. Ictus Cordis: • Situado no cruzamento da linha hemiclavicular esquerda com o 4° ou 5° espaço intercostal. • Deslocamento do ictus: dilatação e/ou hipertrofia do VE.

  8. Pulsos: • Pulso arterial: é a onda de pressão que se desloca rapidamente pelo sistema arterial, em decorrência da contração do VE ejetando sangue na aorta. • Permite contar FC, determinar o ritmo do coração e, às vezes detectar obstruções ao fluxo sanguíneo. • Pulso venoso: observado na base do pescoço, reflete a dinâmica do coração direito. • Pulso venoso  pulsações carotídeas.

  9. Pulso venoso Pulsações carotídeas (Jugular interna) - Pulsações suaves, mais visíveis - Ondas mais vigorosas, do que palpáveis. nitidamente palpável. - Mais nítidas na posição - Intensidade não se deitada desaparecendo ou ↓ altera com a posição do na posição sentada. paciente. - Desaparecem na - Não são eliminadas compressão leve. com a compressão. - Colaba na inspiração - Não se altera com respiração. (devido ↑ negatividade intratorácica com > afluxo de sangue para coração D.

  10. * Artéria Carótida • Reflete a pulsação aórtica com + precisão;- Paciente deitado, cabeceira 30°;- Palpar com qualquer dos dedos;- Polegar E ou indicador e dedo médio sobre a carótida D, no 1/3 inferior do pescoço, comprimindo a região.

  11. * Pulso Radial • Comprimir a artéria radial até detectar uma pulsação máxima,utilizando as polpas digitais dos dedos indicador e médio;- Contar a freqüência durante 60” (normal = 60– 100bpm)

  12. * Ritmo • Também avaliado pela palpação do pulso radial;- Se houver irregularidade, verificar pela aus- culta.

  13. * Artéria Braquial • Utilizar o polegar da mão oposta, colocando a mão por baixo do cotovelo do paciente e palpando o pulso medialmente ao tendão do bíceps.-O braço deve repousar com o cotovelo esticado e palma da mão p/ cima ( às vezes é preciso fletir o cotovelo do paciente em graus variáveis p/ obter um relaxamento muscular ideal).

  14. * Turgência jugular: • Avaliar o estado de turgência das jugulares externas. • Normal: jugulares túrgidas com paciente deitado. • Em pé ou sentado: jugulares colabadas, restando visível, apenas pulso venoso. • Turgência permanecendo em pé ou sentado: hipertensão venosa (VCS) → Insuficiência ventricular direita.

  15. Ausculta: - Auscultar o coração com o esteto no 2° espaço intercostal, próximo ao esterno, ao longo da borda esternal, em cada espaço, do 2° até o 5°.

  16. Paciente deitado, auscultar o precórdio com o dia- fragma do esteto (capta melhor ruídos de tom agudo → B1 , B2 ).- Campânula : ruídos graves ( B3, B4, sopro da estenose mitral ).- Paciente DLE ( ventrículo E + próximo da parede torácica): esta posição acentua e evidencia B3 e B4 de câmaras esquerdas e sopros mitrais.- Paciente sentado, inclinado para frente: expira todo ar e pára de respirar (acentua ou evidencia sopros aórticos ).

  17. Primeira Bulha Cardíaca (B1) * Indica início da sístole ventricular; * Auscultada c/ o diafragma do esteto; * Paciente em decúbito elevado (30° - 40°). • Segunda Bulha (B2) *Início da diástole, marcando o final da con- tração ventricular;* Surge ao término do “pequeno silêncio”( per- mite a definição auscultatória entre sístole e diástole ventricular);* Auscultada com o diafragma do esteto;* Paciente decúbito dorsal elevado (30° - 40°).

  18. Terceira Bulha * Ocorre na diástole precoce, após B2, ou quan- do a FC é rápida.* Fisiológica : crianças, adolescentes, gestantes (3° trimestre da gestação) e estados hiperdinâ- micos ( taquicardia, ansiedade, febre ) → au- mento da velocidade e da energia de relaxa- mento do ventrículo e ↑ fluxo sanguíneo. * Patológica: miocardiopatias, sobrecarga ven- tricular (HAS, estenose aórtica, BAVT, PCA).

  19. Quarta Bulha (B4) * Bulha atrial, de baixa freqüência, ocorrendo na pré-sístole, pouco antes de B1.* É conseqüente à contração atrial vigorosa, ao final da diástole.* Raramente auscultada em pessoas sem car- diopatia.* Comum em cardiopatias ( galope atrial ou pré-sistólico).

  20. Sopros cardíacos * Sensação auditiva produzida por uma série de vibrações relativamente prolongadas ( sis- tólico ou diastólico).* Diagnóstico de cardiopatia* Maioria dos sopros de alta freqüência ( audí- veis com o diafragma do esteto)* Relacionados com: ↑ velocidade de fluxo san- guíneo através de valvas normais ou anormais ; fluxo de sangue através de valvas com orifícios estreitados; defeito septal ou persistência do canal arterial ( PCA ).

  21. Pressão Arterial: - É a força executada pelo sangue contra a parede das artérias; -PRESSÃO SISTÓLICA (MÁXIMA): pressão + ele- vada observada nas artérias durante a sístole do VE. Depende do volume e da velocidade do sangue ejetado ou da distensibilidade das artérias.- PRESSÃO DIASTÓLICA (MÍNIMA): pressão + baixa detectada na aorta e seus ramos durante o ciclo cardíaco. Depende da resistência arteriolar periférica.

  22. Mensuração 1) Esfigmomanômetro:• Manguito com dimensões apropriadas (o tamanho depende da circunferência do membro que está sendo avaliado). Adulto médio: 12 – 14 cm. •Bolsa: comprimento quase suficiente para circundar todo o braço.

  23. 2) Técnica: • Repouso por pelo menos 5’ antes da leitura;• Sala tranqüila e confortavelmente aquecida;• Braço escolhido relaxado e sem vestimenta (não ter fístulas arteriovenosas para diálise; linfedema);• Paciente deitado: posicionar o braço de forma que a artéria braquial fique ao nível do coração;• Paciente sentado: colocar o braço sobre uma mesa, um pouco acima da cintura;• Paciente em pé: tentar apoiar o braço e mantê-lo, aproximadamente, na altura da metade do tórax.

  24. • Centralizar a bolsa insuflável sobre a artéria braquial;• Borda inferior do manguito: 2,5 cm acima da prega antecubital;• Prender firmemente o manguito e posicionar o braço do paciente, de modo que fique levemente fle- tido no cotovelo;• Ponto máximo de insuflação: palpar a artéria radial com os dedos de uma das mãos e insuflar rapidamente o manguito, até que o pulso radial desapareça (leitura do manômetro + 30mmHg);• Desinsuflar o manguito completamente e aguardar 15 – 30 seg.

  25. Insufle novamente o man- guito até o nível determinado e desinsufle lentamente (velocidade de 2 – 3 mmHg por segundo).* Observar o nível de pressão em que são ouvidas as bulhas cardíacas (PRESSÃO SISTÓ- LICA).* Continuar baixando lenta- mente a pressão até que as bu- lhas fiquem abafadas e desa- pareçam ( PRESSÃO DIAS- TÓLICA).

  26. Classificação da PA (adultos)(Segundo o comitê Nacional Integrado para detec- ção, avaliação e tratamento da HA).

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