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EPILEPSIA

EPILEPSIA. A palavra epilepsia deriva do grego epileptos e significa “ser invadido, dominado ou tomado”. EPILEPSIA. A epilepsia é conhecida desde a antiguidade Primeiros relatos: Código de Hamurabi (mais de 4 000 anos a.C.)

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EPILEPSIA

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Presentation Transcript


  1. EPILEPSIA • A palavra epilepsia deriva do grego epileptos e significa “ser invadido, dominado ou tomado”.

  2. EPILEPSIA • A epilepsia é conhecida desde a antiguidade • Primeiros relatos: Código de Hamurabi (mais de 4 000 anos a.C.) • Pedras babilônicas dedicadas à medicina, há relatos de crises epilépticas - 2 000 anos a.C. • Bíblia – São Marcos, 9:13-28 • Hipócrates reconheceu a epilepsia como doença orgânica cerebral

  3. EPILEPSIA

  4. EPILEPSIA • Epilepsia é uma desordem do cérebro caracterizada por predisposição em gerar crises epilépticas. “Liga Internacional de Epilepsia (International League Against Epilepsy - ILAE)”

  5. EPILEPSIA • Epilepsia é uma condição crônica compreendendo um grupo de doenças que se manifesta por crises epilépticas recorrentes resultantes de descargas anormais, excessivas, síncronas e transitórias de neurônios hiperexcitáveis na ausência de condições febris ou tóxico-metabólicas.

  6. EPILEPSIA • Epilepsia – segundo a Organização Mundial de Saúde, é um distúrbio cerebral crônico, com várias etiologias, caracterizado por crises epilépticas recorrentes não desencadeadas por fator exógeno definido.

  7. EPILEPSIA Epidemiologia: • 50 milhões de pessoas no mundo • Incidência – 11 a 131 / 100.000 por ano • Prevalência – 1.5 a 30 casos/1000 habitantes • 5 a 10% da população geral terá uma crise epiléptica durante a vida • 0,5 a 1% terá epilepsia ativa em determinado momento

  8. EPILEPSIA Aspectos fisiopatológicos – mecanismo exato desconhecido. Parece resultar: • do fluxo de íons através da membrana celular – concentrações iônicas nos meios intra e extracelular, canais voltagem dependentes, bombas energéticas e dos neurotransmissores • de desequilíbrio entre neurotransmissores excitatórios (glutamato) e inibitórios (GABA).

  9. EPILEPSIA Classificação das Crises Epilépticas (ILAE, 1981) 1 - Crises Parciais (Locais ou Focais) • Crises Parciais Simples (CPS) – consciência preservada • Motoras • Sensitivas • Autonômicas • Psíquicas

  10. EPILEPSIA • Classificação das Crises Epilépticas 1 - Crises Parciais (Locais ou Focais) • Crises Parciais Complexas (CPC) – consciência alterada • CPS seguidas por alterações na consciência • Consciência alterada desde o início

  11. EPILEPSIA • Classificação das Crises Epilépticas 1 - Crises Parciais (Locais ou Focais) • Crises secundariamente generalizadas • CPS evoluindo para CTCG • CPC evoluindo para CTCG • CPS evoluindo para CPC e depois para CTCG

  12. EPILEPSIA • Classificação das Crises Epilépticas 2 - Crises generalizadas • CTCG • Crises de Ausência • Crises de Ausências atípicas • Crises Mioclônicas • Crises Tônicas • Crises Clônicas • Crises Atônicas 3 – Crises inclassificáveis

  13. EPILEPSIA Etiologia - geralmente multifatorial, sendo então muito difícil a determinação exata de sua causa, dependendo inclusive dos critérios de seleção adotados - idiopáticas ou criptogênicas – 70 % - sintomáticas – 30 % • mudanças a partir do advento da REM

  14. EPILEPSIA Diagnóstico –anamnese sistematizada - exames complementares • O diagnóstico da epilepsia baseia-se em três princípios: • determinar se o paciente tem epilepsia • classificar o tipo da epilepsia, identificando a síndrome, se for possível • definir sua causa específica

  15. EPILEPSIA Diagnóstico – Exames Complementares • Emergência – coletar sangue para pesquisar quadros infecciosos ou distúrbios metabólicos - LCR - fazer CT de crânio para diagnosticar lesões estruturais agudas

  16. EPILEPSIA Diagnóstico – Exames Complementares • Ambulatório – Níveis séricos das DAE, exames hematológicos e de funções hepática e renal • EEG • REM é desejável para todos os casos. • Neuroimagem funcional e monitorização prolongada com videoeletroencefalografia – crises refratárias

  17. EPILEPSIA • Diagnóstico Diferencial • Síncope • Enxaqueca • AIT • Pseudocrises • Distúrbios do sono

  18. EPILEPSIA Diagnóstico Diferencial • Síndrome do descontrole episódico • Amnésia global transitória • Doença de Menière

  19. EPILEPSIA Tratamento - Medicamentoso – indicações, DAE, quando tratar e parar, como parar, tempo de tratamento - Cirúrgico – indicações: displasias corticais, lesões atróficas e neoplasias

  20. EPILEPSIA Tratamento Clínico • A decisão de iniciar o tratamento medicamentoso depende da relação risco/benefício (risco de novas crises/ risco da DAE) • Cerca de 70% dos pacientes com epilepsia poderão ter suas crises sob controle, sendo que as idiopáticas tendem mais ao controle do que as sintomáticas

  21. EPILEPSIA • Aguardar 4 a 5 meias-vidas da DAE para que seja alcançado nível estável da concentração sérica • Elevação lenta e gradual do fármaco até haver controle das crises ou aparecimento de efeitos tóxicos; neste caso voltar à dose anterior • Aspectos farmacológicos: conhecimento da farmacocinética da DAE

  22. EPILEPSIA Considerar, para tratar crise única, os fatores de risco de recorrência das crises: • Sexo – maior risco no sexo feminino (sem confirmação) • Tipo de crise – maior risco nas parciais complexas, parciais com generalização secundária e na associação de vários tipos de crises. • Etiologia das crises – crises sintomáticas remotas são associadas a pior prognóstico • Anormalidades neurológicas focais ou deficiência mental • Síndromes epilépticas – epilepsia parcial benigna da infância com pontas centrotemporais; epilepsia mioclônica juvenil

  23. EPILEPSIA Considerar, para tratar crise única, os fatores de risco de recorrência das crises: • Anormalidades ao EEG – não há consenso se as anormalidades do EEG antes da retirada da DAE e quais anormalidades levam a recorrência das crises. • Idade de início das crises – adolescência e adultos • História familiar de epilepsia ou de crise epiléptica – sem consenso

  24. EPILEPSIA Parciais ou Secundariamente Generalizadas • Carbamazepina • Valproato ou divalproato • Lamotrigina • Oxcarbazepina • Fenitoína • Fenobarbital • Topiramato • Vigabatrina • Gabapentina • Clobazam • Clonazepam

  25. EPILEPSIA Generalizadas tônico-clônicas • Valproato ou divalproato • Carbamazepina • Fenobarbital • Fenitoína • Clobazam • Clonazepam • Oxcarbazepina • Vigabatrina • Topiramato • Lamotrigina

  26. EPILEPSIA Ausências • Valproato ou divalproato • Etossuximida • Clonazepam • Clobazam • Lamotrigina

  27. EPILEPSIA Mioclônicas • Valproato ou divalproato • Clonazepam • Clobazam • Lamotrigina • Topiramato

  28. EPILEPSIA Crises Atônicas • Valproato ou divalproato • Lamotrigina • Clobazam • Clonazepam • Carbamazepina • Oxcarbazepina • Fenobarbital • Fenitoína

  29. EPILEPSIA • Politerapia – associações mais eficazes que monoterapia segundo interações farmacodinâmicas: • VPA + ETX • VPA + CBZ • VPA + DFH • FB + DFH – inferior à monoterapia com DFH. • Evitar duas DAE sedativas; exceção CBZ+FB nas epilepsias do LF

  30. EPILEPSIA Objetivos do tratamento cirúrgico: • controle das crises com mínima ou nenhuma repercussão funcional • melhora da qualidade de vida e integração psicossocial

  31. EPILEPSIA Critérios principais para indicação do tratamento cirúrgico: • Crises epilépticas refratárias e incapacitantes por pelo menos 2 a 3 anos • Diagnóstico bem estabelecido de epilepsia localizada • Localização da área de início da criseem região silenciosa do cérebro

  32. EPILEPSIA Duração do tratamento – sem consenso • Nas epilepsias criptogênicas e naqueles pacientes com muitos efeitos adversos após 02 até 05 anos sem crises • Nos casos sintomáticos e sem efeitos adversos a tendência é manter o tratamento por tempo indeterminado.

  33. EPILEPSIA Falhas no Tratamento – Causas: • Erro diagnóstico – classificação incorreta do tipo de crise epiléptica e crises não epilépticas • Falhas na administração da DAE – DAE errada; DAE correta mas em subdoses ou doses tóxicas; DAE e dose corretas, mas com administração em intervalo de doses diferente da vida média

  34. EPILEPSIA Falhas no Tratamento – causas: • Fatores desencadeantes – medicamentos, álcool, febre, estresse emocional, privação do sono, fotoestimulação intermitente e alterações hormonais – devem ser identificados e eliminados quando possível • Desajustamento psicossocial – estigma. Tensão e ansiedade permanentes na expectativa de outras crises. • Adesão ao tratamento

  35. EPILEPSIA Redução gradual das DAE após o segundo ano da última crise: • pelo efeito deletério das DAE • pela desvantagem de mantê-las desnecessariamente.

  36. EPILEPSIA Tempo de redução das DAE: • 2-4 semanas: - CBZ 100mg - DFH 50mg - LTG 50mg - valproato 200mg • 4-8semanas: - CBZ 10mg - CZP 5mg - ETX 250mg - FB 25mg - PMD 125mg

  37. Situações especiais: • Epilepsia do idoso • Crises parciais complexas • Epilepsia e gestação • Ácido fólico 4mg/dia antes da concepção e vitamina K 10mg/dia PO no último mês gestacional e no RN 1mg IM. • A amamentação deve ser incentivada; observar apenas sonolência, irritabilidade e dificuldade de alimentação do RN sobretudo quando em uso de ETX ou FB.

  38. Visão geral Obrigada !

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