1 / 67

Seminário: Transtorno de Alimentação na Infância Disciplina: Psicopatologia I Profª. Ana Carla S. P. Aros

Seminário: Transtorno de Alimentação na Infância Disciplina: Psicopatologia I Profª. Ana Carla S. P. Aros. Apresentado pelas Alunas: Adriana S. Cabral, Ana Beatriz Casteleti Santos, Cristina Matsui, Irani Ruas Marques, Sandra D. Raele Hansen, Tatiana Gonçalves Cipriano.

ricky
Download Presentation

Seminário: Transtorno de Alimentação na Infância Disciplina: Psicopatologia I Profª. Ana Carla S. P. Aros

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Seminário: Transtorno de Alimentação na Infância Disciplina: Psicopatologia I Profª. Ana Carla S. P. Aros

  2. Apresentado pelas Alunas: • Adriana S. Cabral, • Ana Beatriz Casteleti Santos, • Cristina Matsui, • Irani Ruas Marques, • Sandra D. Raele Hansen, • Tatiana Gonçalves Cipriano.

  3. Introdução O que são Transtornos Alimentares na infância? No CID-10; 98.2: O Transtorno Alimentar na Infância tem manifestações variadas (recusa de alimentos e dengos extremos ao fornecimento deste);

  4. Exclui doença orgânica (exemplo: doença gastrintestinal) , a criança estar com pessoas que usualmente não cuidam dela , anorexia ou outros transtornos alimentares típicos da adolescência ou vida adulta ; Vale ressaltar que as dificuldades de alimentação na infância são freqüentes; Somente deve-se alertar para um possível transtorno alimentar se estas dificuldades estiverem claramente além do normal;

  5. O que são Transtornos Alimentares? • Transtornos Alimentares classificados como Gerais no CID – 10; F50, como Bulimia e Anorexia. • Definição: • desvios do comportamento alimentar; • alterações graves na conduta alimentar.

  6. Conseqüências: • emagrecimento extremo ou à obesidade; • problemas físicos e incapacidades; • julgamento de si mesmos indevidamente baseado na forma física; • Percepção de si mesmo de forma destorcida.

  7. Os Transtornos Alimentares constituem uma "Epidemia Emocional" ou uma “Epidemia de Culto ao Corpo" - obsessão pela perfeição do corpo, ocasionando em uma distorção da auto - imagem e uma relação doentia com a comida. Em geral, os pacientes com Transtornos Alimentares, muito antes da doença estabelecida, já apresentavam alguma alteração emocional e do comportamento, na infância ou na adolescência ;

  8. Perceber estes comportamentos é muito difícil quando se trata de adolescente, pois nesta faixa etária o isolamento, problemas de relacionamento, preocupação e vergonha com o corpo, a distorção da auto-imagem, aumento do apetite, modismos alimentares...são característicos e esperados na adolescência, porém estes comportamentos podem ser a causa de problemas emocionais o início ou mantenedor de algum tipo de Transtorno da Conduta Alimentar.

  9. Sintomas em comum: • desejar uma imagem corporal perfeita; • favorecer uma distorção da realidade diante do espelho. • Nas últimas décadas, ser fisicamente perfeito tem se convertido num dos objetivos principais das sociedades desenvolvidas; • O aspecto físico parece ser o único sinônimo válido de êxito, felicidade e, inclusive, saúde;

  10. A partir de 1925, os espartilhos usado por quase 4 séculos desapareceram totalmente e a mulher começa a mostrar seu corpo de outra maneira; A mulher passa a se preocupar mais com a estética corporal, a qual passa a ser objeto de observação e crítica social; A partir dos anos 50 aumenta a preocupação com os Transtornos Alimentares;

  11. Nos anos 60 o papel da mulher também passa a ser mais bem analisado, em relação à moda e a mudança social, pois a mulher começa a trabalhar e deixa de existir aquela “regra” de uma alimentação em família e saudável, portanto as facilidades para se alimentar mal devido as grandes jornadas de trabalho, juntamente com a cultura do emagrecimento, podem ter favorecido o aumento dos Transtornos Alimentares;

  12. Nos países industrializados, aos 15 anos de idade, uma a cada quatro meninas, fazem regime para emagrecer, sendo que, em quase nenhum dos casos, sejam encontrados problemas de peso acima da normalidade; “Você se vê gorda, mesmo que os outros te vejam magra?" Resposta: “Sim”. Em países desenvolvidos a grande maioria dos homens e mulheres estão preocupados com a aparência e trabalham para melhorá-la;

  13. Desejar ardentemente ter uma imagem corporal perfeita não implica sofrer de alguma transtorno emocional, porém as possibilidades de que esta apareça é aumentada. É na adolescência, quando a personalidade ainda não está plenamente configurada, que este tipo de obsessão se converte num pesadelo, agravado pelos modelos de perfeição e beleza que os meios de comunicação constantemente transmitem;

  14. Os jovens se sentem na obrigação de ter corpos perfeitos, extremamente "saudáveis", ainda que para tal se sacrifique, sacrifiquem sua saúde e seu bem estar. O impacto que os Transtornos Alimentares exercem sobre as mulheres é mais prevalente (com idade entre 14 e 18 anos embora esta idade atualmente venha decrescendo para 12 anos), ainda que a incidência masculina esteja aumentando (Exemplo: Vigorexia).

  15. Alguns pesquisadores entendem os Transtornos Alimentares como síndromes ligadas à cultura (já que o ato de comer tenha um aspecto eminentemente social e cultural – religião, status, moda...), juntamente com fatores biológicos, familiares e psicológicos.

  16. Ao contrário do que muitos podem pensar, os Transtornos Alimentares na Adolescência não são apenas doenças de Adolescentes que desejam ser magros, musculosos... devido a influência da mídia. Esses Transtornos Alimentares acometem pessoas com graves perturbações emocionais e que precisam de muita ajuda.

  17. Anorexia Nervosa (AN) Definição: tipo de Transtorno Alimentar que envolve “severas perturbações no comportamento alimentar” do indivíduo. (GIORDANI, 2006)

  18. Anorexia Nervosa (AN) • Caracterizada: • limitações dietéticas auto impostas; • padrões bizarros de alimentação; • excessiva perda de peso induzida e mantida pelo paciente; • temor intenso de se tornar obeso.

  19. Anorexia Nervosa (AN) A palavra “anorexia” origina-se do grego an (ausência) – orexix (apetite) (BRUCH, 1975; AJURIAGUERRA, 1976; HOLEY, 1984; LUCZAC, 1990) Slide 3

  20. 1º descrição de quadros de AN 1961 – feita pelo médico inglês, Richard Morton 1970 – feita pelo médico Robert Willan – relatou a história de um jovem descrito como: “Um caso marcante de abstinência” Slide 4

  21. 1º descrição de quadros de AN • Os pacientes geralmente apresentavam: • grande perda de peso; • pele ressecada; • perdas dentárias; • Amenorréria; • Hipotermia. Slide 5

  22. BRUCH (1975) - Postula que as anoréxicas seriam psicóticas, em função do distúrbio do esquema corpóreo. HOLDEN (1990) - Correlaciona a AN com distúrbios obsessivos compulsivos. LASK (1993) - Procura atribuir à AN transtornos metabólicos por déficit de zinco. Slide 6

  23. Aspectos clínicos da AN • Início na puberdade – 10 e 30 anos; • Ocorre quase exclusivamente em mulheres, proporção de 8 a 10 mulheres para 1 homem, apresentando altas taxas de mortalidade; • Sintoma na esfera alimentar: recusa em ingerir alimentos (carboidratos e gorduras); Slide 7

  24. Aspectos clínicos da AN • Fase inicial: Não há perda de apetite e sim uma luta titânica contra ele e no decurso da morbidade que o apetite é abolido; • Normalmente apresentam apetite caprichoso, de poucos ou até de um único alimento; Slide 8

  25. Aspectos clínicos da AN • São extremamente preocupadas com a alimentação de seus familiares; • Fazem de tudo para anular o apetite – comem gelo; • O que as norteia é o medo intenso e inexplicável de engordar – são mulheres extremamente magras e caquéticas; Slide 9

  26. Aspectos clínicos da AN • Não assumem que estão fazendo regime, diante da oferta de alimento elas não os recusam; • Não tem crítica com relação a seu esquema corpóreo; • Pele ressecada, amarelada, cabelos finos e quebradiços, leve alopécia; • Amenorréia. Slide 10

  27. Critérios Diagnósticos da AN • 1952– unificação dos critérios para diagnóstico da AN com o surgimento do Manual Estatístico e Diagnóstico das Desordens Mentais (DSM); • 1980 – DSM III incluiu a AN entre as doenças mentais em crianças e adolescentes; Slide 11

  28. Critérios Diagnósticos da AN • 1989 – DSM III-R classifica a AN entre os transtornos alimentares; • 1976 – CID-9 inclui a AN em um grupo inespecífico de sintomas ou síndromes especiais; • CID 10 – transparência. Slide 12

  29. Imagem corpórea • Extremamente magras, mas se enxergam “gordas”; • Representações sobre o corpo; • Manter uma identidade infantil;

  30. Imagem corpórea • Impasse entre aparência e realidade; • Para Bruch (1975) o corpo é experimentado como algo de estranho ao ser.

  31. Família • Segundo Heron(1984), quando há falta de limites dentro do núcleo familiar, com desrespeito pela identidade individual; • Mãe controladora ou que desempenha um papel castrador;

  32. Família • Pai mais ausente, pouca afetividade; • Permanecem na superficialidade, mesmo necessitando de ajuda emocional.

  33. Psicodinâmica • Negação da gravidade do • estado físico; • Cabbard (1992), o corpo não pertence às anoréxicas; • Bruch (1975) considera a patologia como uma tentativa de autocura;

  34. Psicodinâmica • Ajuriaguerra (1976) - negação da figura feminina adulta; • Schulte (1981) acrescenta que as anoréxicas querem permanecer • como seres assexuados, crianças.

  35. Etiologia • Estudo das causas da Anorexia; • Uma etiologia multifatorial;

  36. Etiologia • Fatores que mantêm o problema podem ser diferentes dos responsáveis pelo seu desenvolvimento inicial.

  37. Terapêutica • O tratamento deve ser multidisciplinar; • Melhores resultados em casos • de intervenção precoce durante a adolescência;

  38. Terapêutica • Psicoterapia individual; • Psicoterapia familiar; • Tratamentos farmacológicos; • Internação hospitalar.

  39. Bulimia Nervosa É uma síndrome caracterizada por repetidos ataques de hiperfagia e preocupação excessiva com o peso corporal, que levam o paciente a tomar medidas extremas.

  40. A primeira descrição clinica de transtorno bulímico foi publicada por Pierre Janet em 1907, porém somente em 1979 que Russel propõe a expressão bulimia nervosa (BN). • Compartilhando da mesma a psicopatologia da anorexia nervosa apresenta-se ligeiramente mais tarde por volta do 18 anos, embora possa haver quadro bulímicos com inicio a partir dos 10 anos.

  41. Estima-se que de 1,1% a 4,2% das mulheres apresentem bulimia em sua vida. • Na população feminina adolescente e juvenil fica em torno de 2-3%. • Atinge de 5% a 15% populações femininas de curso secundários e universitários sendo a maior incidência em pessoas ligadas a moda, bailarinas e atletas. • Sendo mais freqüente em paises de 1 º mundo e em classe médio-alta e alta.

  42. Os sintomas incluem: • Episódios recorrentes de consumo exagerado e compulsivo de alimento • Comportamentos compensatórios inadequado, recorrentes, para impedir o ganho de peso, • A ingestão excessiva e os comportamentos compensatórios inadequados ocorrem, em média, pelo menos duas vezes por semana por 3 meses;

  43. 4. A auto-avaliação é extraordinariamente influenciada pela forma e pelo peso do corpo. • Algumas Complicações Médicas e psiquiátricas: • Alterações de humor; • Caries, erosão dentaria, mau hálito, aftas; • Gastrite; • Pele ressecada;

  44. Irregularidade menstrual (podendo causar infertilidade e desconforto); • Diarréia (pode causar baixa de potássio que gera câimbra ou arritmia cardíaca fatal); • Desidratação. Estratégias de Tratamento: • Reduzir ou eliminar as compulsões alimentares e o comportamento de purgação;

  45. O estabelecimento de um padrão de refeições regulares e sem excessos, a melhora das atitudes relacionadas ao transtorno alimentar, o encorajamento de exercícios saudáveis, porém não excessivos; • A psicoterapia individual, uma psicoterapia de grupo, e a terapia familiar ou de casal foram relatadas como eficazes; • As medicações psicofarmacológicas, principalmente os antidepressivos inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), mostraram-se úteis em pessoas com bulimia.

  46. Princípios para prevenção; • Compreender os transtornos alimentares como problemas sérios e complexos; • Os T.A. não são um “problema das mulheres” ou “coisa de menina”; • Desenvolver a auto-estima e o auto-respeito individual, para alem da aparência física; • Programas de prevenção em escolas, organizações, comunidade, etc.

  47. Os pais têm papel importante: • Manter hábitos de vida saudáveis; • Evitar criticas excessivas relacionadas ao peso; • Evitar classificar os alimentos em “bom/ mau” ou “seguro/ perigoso”; • Não evite atividade pq elas chamam a atenção para seu corpo e peso

  48. As pessoas com transtornos alimentares muitas vezes não reconhecem ou admitem que estão doentes. Como conseqüência, elas podem resistir fortemente para aceitarem e permanecerem em tratamento. Membros da família ou outros indivíduos de confiança podem ser úteis para assegurar que a pessoa com um transtorno da alimentação receba os cuidados e a reabilitação necessários. O tratamento pode ser prolongado para muitos daqueles que são acometidos pelos problemas alimentares.

  49. VIGOREXIA A adicção ou dependência ao exercício, também chamada de Vigorexia ou Overtraining, em inglês, é um transtorno no qual as pessoas realizam práticas esportivas de forma continua, com uma valorização praticamente religiosa sem importar com eventuais conseqüências ou contra-indicações, mesmo medicamente orientadas.

  50. A Vigorexia está nascendo no seio de uma sociedade consumista, competitiva, frívola até certo ponto e onde o culto à imagem acaba adquirindo, praticamente, a categoria de religião. A Vigorexia e, em geral os Transtornos Alimentares exemplificam bem a influência sociocultural na incidência de alguns transtornos emocionais.

More Related