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FAMÍLIA. “o berço da vida”. O PAPEL DA FAMÍLIA NA FORMAÇÃO DA PERSONALIDADE. Psicóloga Ana Alice Franco de Moraes.
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FAMÍLIA “o berço da vida” O PAPEL DA FAMÍLIA NA FORMAÇÃO DA PERSONALIDADE Psicóloga Ana Alice Franco de Moraes
A família é essencial para o desenvolvimento de cada pessoa, independente de sua formação. É no meio familiar que o indivíduo tem seus primeiros contatos com o mundo externo, com a linguagem, com a aprendizagem, e, adquire os primeiros valores e hábitos. Criar os filhos não é uma tarefa fácil. Demanda compromisso e disponibilidade, mais responsabilidade. Os dias atuais vêm assinalando uma preocupação muito grande por parte dos pais em buscar subsídios que lhes assegure estarem bem ou não no processo educativo de seus filhos.
Trata-se de um processo de interação que se inicia quando o casal pensa ou não em ter um filho(a). A formação da personalidade, o vínculo estabelecido desde a gestação, e daí por diante, irá dizer muito sobre o tipo de comportamento da criança ou do jovem. Assim, costumamos dizer que a família é a base da nossa existência - “o berço da vida”. Pai e mãe têm funções diferentes na vida dos filhos, é preciso que os pais sinalizem os caminhos que eles esperam que os filhos sigam. Os filhos precisam de segurança e para isso precisam confiar nos pais: aí então a importância que se façam presente na vida dos filhos.
As mudanças que o mundo moderno trouxe para as pessoas interferiram diretamente sobre a organização social das famílias e alteraram a dinâmica interna das pessoas. Sabemos que a formação da personalidade se dá do zero aos cinco anos de idade. A base de referência se estabelece neste período. Portanto, o grande compromisso é que desde cedo a criança aprenda a conviver com regras claras e firmes e que se não forem atendidas alguma conseqüência irá acontecer. É preciso que ela aprenda o que pode e o que não pode fazer. Assim irá adquirindo melhores noções e seguramente responderá melhor a uma adaptação social no futuro.
Segundo Roberto Shinyashiki: “Os filhos são mestres que a Existência envia para que os pais tenham novas oportunidades de aprendizado e renovação, ao mesmo tempo que cuidam deles”. Os tempos mudaram e a quantidade de tempo que os pais dispõem para estar com os filhos vem se tornando cada vez menor, porém em muitos casos a qualidade pode ser melhor. A educação enfrenta atualmente muitos problemas. Um deles é a falta de disciplina e responsabilidade, que demonstra muitas vezes a falta de autoridade dos pais que temem cair num abusivo autoritarismo.
Quanto mais tranqüila e saudável tiver sido a infância, mais equilibrada e menos conturbada será a adolescência. É na escola que irão se destacar os comportamentos que muitas vezes passam despercebidos na família. Cabe à escola detectar alguns problemas e levar ao conhecimento dos responsáveis pelo aluno e cabe à família tomar as providências necessárias para resolvê-los.
Muitas famílias delegam à escola toda a educação dos filhos, desde o ensino das disciplinas específicas até a educação de valores, a formação do caráter, além da carência afetiva que muitas crianças trazem de casa, esperando que o professor(a) supra essa necessidade. “Por outro lado, algumas famílias sentem-se desautorizadas pelo professor, que toma para si tarefas que são da competência da família.”(Szymanski, 2003, p. 74).
No começo, quando os filhos ainda são pequenos, é comum achar graça das coisas erradas que eles fazem. Só que assim, se está aprovando aquele tipo de comportamento que mais tarde não vai ser aceito no convívio social. É muito importante que seja corrigido o que as crianças fazem naquele momento. Prometer castigos ou deixar passar em branco podem ser entendidos como aprovações. Quando se promete e não cumpre, estamos contribuindo para uma idéia futura que “não dá nada”. Os filhos são resultado da maneira como os pais se relacionam com ele. Filhos onde os pais são permissivos e tolerantes, desenvolvem-se com sérias dificuldades em aceitar regras e limites.
Os pais precisam ter sempre: COERÊNCIA – CONSTÂNCIA – CONSEQUÊNCIA. As regras precisam ser claras e firmes. Temos hoje filhos com muito mais direitos do que deveres, mais liberdade do que responsabilidade, mais receber do que dar ou retribuir. “Príncipes e Princesas”. Há um choque quando a criança ou o jovem percebe que as regras da sociedade não correspondem as mesmas da família. A escola não pode admitir tais exigências, pois em vez de estar ajudando o aluno a viver em sociedade, ela estará prejudicando seu desenvolvimento.
Recuperar a autoridade, não significa ser autoritário, cheio de desmandos, injustiças e inadequações. A autoridade pode ser natural, sem adrenalina e reconhecida espontaneamente por ambas as partes. O autoritarismo baseia-se na imposição, não respeita as características individuais gerando submissão e mal estar. Cabe aos pais delegar ao filho tarefas que ele seja capaz de cumprir. O que ele aprendeu é dele. “NENHUMA CRIANÇA NASCE FOLGADA, ELA APRENDE A SER. O PRAZER EM FAZER É SUBSTITUIDO PELO PRAZER EM RECEBER”.
Se a criança come para agradar a mãe, o não comer passa a servir para castigá-la. A melhor disciplina é regida pela liberdade. Liberdade associada à responsabilidade. A agressividade e o descuido geram pessoas inseguras, vulneráveis e violentas. Ser amigo dos filhos ou dos alunos constrói relacionamentos positivos. Porém, nunca devemos ser mais amigos do que pais, nem mais amigos do que professores. Precisamos manter sempre muito claros os papéis de quem é quem na relação.
Ninguém mostra fora da família aquilo que já não tenha mostrado em casa. Nenhuma reação, nenhum comportamento é possível de ser entendido se não buscarmos dados da sua história de vida. Por isso, a parceria família-escola. É preciso que se construa uma relação de confiança, de amizade e de credibilidade para o sucesso da criança ou do jovem. Pais que desautorizam-se um ao outro na frente dos filhos perdem a autoridade. Famílias que desautorizam a escola perante os filhos estão (perdendo) abrindo espaço para que o próprio filho também o faça perante os professores.
Devemos construir uma parceria sólida na formação das nossas crianças e jovens precisamos manter uma comunicação franca, aberta, porém com ética e respeito.