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Ciência Cognitiva. Prof. Dr. Liércio Pinheiro de Araújo. MENTE – CÉREBRO - COGNIÇÃO. Linhas de alimentação. Linhas de alimentação. O córtex: "Rugas do pensamento". Controla os movimentos voluntários. sensações. Cria pensamentos, resolve problemas e faz planos. sons. imagens.
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CiênciaCognitiva Prof. Dr. Liércio Pinheiro de Araújo
O córtex: "Rugas do pensamento" Controla os movimentos voluntários sensações Cria pensamentos, resolve problemas e faz planos. sons imagens Forma e guarda lembranças cheiros
Cérebro esquerdo/cérebro direito Seu cérebro está dividido em dois hemisférios, o direito e o esquerdo. Os especialistas não sabem ao certo quais são as diferenças entre as funções do "cérebro esquerdo" e do "cérebro direito", com exceção de: O lado esquerdo controla os movimentos do lado direito do corpo. O lado direito controla os movimentos do lado esquerdo do corpo. Na maioria das pessoas, a região que controla o idioma está principalmente no lado esquerdo.
A floresta de neurônios O verdadeiro trabalho do seu cérebro é realizado por células individuais. Um cérebro adulto contém cerca de 100 bilhões de células nervosas, ou neurônios, com ramificações que se conectam em mais de 100 trilhões de pontos. Os cientistas chamam esta rede densa e ramificada de "floresta de neurônios". Os sinais que viajam através da floresta de neurônios formam a base das memórias, pensamentos e sentimentos.
Sinalização das células Os sinais que formam as memórias e os pensamentos se movimentam por meio de uma célula nervosa individual como uma minúscula carga elétrica. As células nervosas entram em contato por meio de sinapses. Quando uma carga elétrica alcança uma sinapse, ela pode provocar a liberação de pequenas explosões de substâncias químicas, os chamados neurotransmissores. Os neurotransmissores viajam através da sinapse, transportando sinais para outras células. Os cientistas identificaram dezenas de neurotransmissores.
Codificação dos sinais Ler palavras Ouvir palavras A imagem computadorizada de uma tomografia por emissão de pósitrons (PET) à esquerda mostra padrões típicos de atividade cerebral associados com: Pensar em palavras Dizer palavras A atividade é mais forte nas regiões em vermelho e diminui pouco a pouco passando pelas outras cores do arco-íris, de amarelo a azul violeta.
O Projeto conectoma Humano Laboratory of Neuro Imaging at UCLA
O Projeto Conectoma Humano Navegar no cérebro de uma maneira que nunca foi possível antes, voar através de vias importantes do cérebro, comparar circuitos essenciais, zoom em uma região para explorar as células que o compõem, e as funções que dele dependem. O Projeto Conectoma Humanos tem como objetivo fornecer uma compilação de dados inigualável neurais, uma interface para navegar graficamente esses dados e a oportunidade de nunca antes conseguir conclusões sobre o cérebro humano vivo.
O Projeto conectoma Humano Laboratory of Neuro Imaging at UCLA
O Projeto conectoma Humano Laboratory of Neuro Imaging at UCLA
Hoje, equipados com novas ferramentas e novos conceitos, um novo quadro de pensadores denominados cientistas cognitivos investigam muitas das questões que já preocupavam os gregos há aproximadamente 2500 anos. Segundo Gardner(1996, p.18-19): "Assim como seus antigos colegas, os cientistas cognitivos de hoje perguntam o que significa conhecer algo e ter crenças precisas, ou ser ignorante ou estar errado. Eles procuram entender o que é conhecido - os objetos e sujeitos do mundo externo - e as pessoas que conhece - seu aparelho perceptivo, mecanismo de aprendizagem, memória e racionalidade. Eles investigam as fontes do conhecimento: de onde vem, como é armazenado e recuperado, como ele pode ser perdido? Eles estão curiosos com a diferença entre indivíduos: quem aprende cedo ou com dificuldade: o que poder ser conhecido pela criança, pelo cidadão de uma sociedade não letrada, por um indivíduo que sofreu lesão cerebral, ou por um cientista maduro?
Além disso, os cientistas cognitivos, novamente como gregos, conjeturam a respeito dos vários veículos do conhecimento: o que é forma, uma imagem, um conceito, uma palavra; e como estes 'modos de representação' se relacionam entre si? Eles se perguntam sobre as prioridades de órgãos sensoriais específicos em contraposição a uma 'compreensão geral' ou 'senso comum' central. Eles refletem acerca da linguagem, observando o poder e as armadilhas trazidos pelo uso das palavras e a sua possível influência predominante sobre pensamentos e crenças. E especulam extensivamente a respeito da natureza da própria atividade de conhecer: por que nós queremos conhecer, quais as restrições do conhecimento, e quais são os limites do conhecimento científico sobre o conhecimento humano?"
Em setembro de 1948, um grupo de cientistas representando várias áreas reuniu-se na CaliforniaInstituteofTechnologynum congresso sobre "Mecanismos Cerebrais do Comportamento". Este congresso tinha como objetivo a discussão de uma questão clássica: como o sistema nervoso controla o comportamento. Esse congresso, denominado Simpósio de Hixon, foi apenas um dos inúmeros encontros realizados por cientistas de orientação cognitiva, mas foi especialmente importante por causa de dois fatores: a ligação que fez entre cérebro e o computador e o desafio implacável que lançou ao behaviorismo.
A Ciência cognitiva não pressupõe que questões filosóficas, sejam elas oriundas da epistemologia ou da filosofia da mente, possam ser tratadas e entendidas como isoladas da psicologia - abandona-se a proposta de uma filosofia primeira, daquele “lugar cósmico” a partir do qual elaboraríamos uma teoria do conhecimento essencialmente normativa. Este ponto de vista não apresenta problemas, exceto para aqueles que vêem como paradoxal o ser humano estudar sua própria natureza.
a ciência cognitiva, desenvolvendo-se a partir da inteligência artificial, introduz o computador e a possibilidade de elaboração de modelos explicativos para aspectos específicos de uma ou outra atividade mental. A perspectiva de elaborar estes modelos computacionais leva, no limite, à idéia de que seria possível testar a validade de tais modelos, confrontando-os com a própria atividade mental humana sob estudo.
O relato da fundação da ciência cognitiva -que constitui sua história informal até o final dos anos 50 - é seguido de uma análise do desenvolvimento e da influência da perspectiva cognitivista nas diversas disciplinas: na filosofia, na psicologia, na lingüística, na neurociência e na antropologia. Esta análise ocupa a segunda parte do livro de Gardner. Já a terceira parte é dedicada à descrição de alguns projetos teóricos desenvolvidos pela ciência cognitiva nas décadas de 70 e 80, nas suas diversas áreas de atuação: percepção (visão), imagens mentais, formação de conceitos etc. Esta exposição é seguida de um conjunto de reflexões e avaliações críticas da própria natureza do projeto científico da ciência cognitiva – uma inquietação que nunca deixa de transparecer no texto de Gardner.
É possível que a ciência cognitiva e seu braço principal, a inteligência artificial, não sejam importantes pelas suas realizações práticas ou possíveis aplicações cotidianas. Mas sua importância aparece na medida em que a partir dela os filósofos e psicólogos passam a ser forçados a examinar a própria natureza daquilo que estão fazendo.
Para os filósofos, a inteligência artificial impõe a seguinte indagação: se um computador ou um robô puder simular nossas atividades mentais e se essas máquinas nada mais forem do que um determinado arranjo material (seja de válvulas ou de chips de silício) poderíamos concluir que para explicar o funcionamento da mente humana não precisamos postular a existência de uma outra substância, a mental, que seria completamente distinta da matéria.
A Psicologia Cognitiva Bases Epistemológicas da Psicologia Cognitiva Experimental Psicologia: Teoria e Pesquisa. Jan-Mar 2011, Vol. 27 n. 1, pp. 103-112
A Psicologia Cognitiva foi influenciada pelo advento do computador digital. Tomados pelo Zeitgeist da época, os psicólogos ficaram fascinados com esse avanço tecnológico
Em 1956, ocorreram vários encontros e reuniões científicas para discussão de temas relacionados a Psicologia Cognitiva, além da publicação de estudos importantes, como a primeira tentativa de abordar a formação de conceitos a partir de uma perspectiva da Psicologia Cognitiva por Bruner, Goodnow e Austin (1956). Neste mesmo ano, foi fundada a inteligência artificial (utilização da analogia da máquina para entender o funcionamento da cognição). Remonta deste momento histórico a metáfora do computador para a cognição humana.
Outra característica da Psicologia Cognitiva desde cedo foi a preocupação com o método. A exemplo do Behaviorismo Metodológico, a Psicologia Cognitiva nutriu o desejo de manter na psicologia o padrão de cientificidade compartilhado pelas outras disciplinas da ciência. Características como a observação sistemática, ou seja, a busca de dados no empírico a mensuração ou quantificação dos resultados, e o controle e manipulação de variáveis com intuito de estabelecer relações de causa e efeito são fundamentais na utilização de métodos experimentais até hoje na Psicologia Cognitiva.
NOÇÕES BÁSICAS a mente é formada por processos cognitivos interrelacionados; o principal responsável pela vida mental é a organização do conhecimento; processos cognitivos que sustentam eventos mentais devem ocorrer dentro de uma ordem específica, pelo menos em algumas situações; já que eventos mentais são abstratos serão mais facilmente compreendidos utilizando uma análise abstrata e, apesar de depender de substrato neurológico, não se restringem a ele; o ser humano é autônomo e interage com o mundo externo intencionalmente; a interação se dá por meio da mente que é um processador de símbolos e significados, que terão relação com as coisas do mundo externo.
A REPRESENTAÇÃO MENTAL A representação mental tem por objetivo mediar a experiência e a conduta manifesta. Sua função é substituir o objeto do mundo externo no mundo interno. Isto significa que a representação possibilita trabalhar com o objeto sem que o mesmo seja apresentado em termos físicos OS PROCESSOS COGNITIVOS O conhecimento foi divido em dois tipos: declarativo e processual. O primeiro refere-se à informação factual, que pode ser descrita, como o nome do primeiro presidente do Brasil; já o segundo está implícito na habilidade da ação, que é mais fácil de ser demonstrado do que explicado verbalmente, como o conhecimento necessário para andar de bicicleta.
CONCEITO DE MAPAS COGNITIVOS Os mapas cognitivos são representações gráficas, resultados da interpretação mental sobre um problema, baseados na teoria da construção da personalidade e que compreende como os seres humanos pensam e raciocinam a respeito de sua experiência (Kelly, 1955).
Um mapa cognitivo é um modelo do "sistema de conceitos" usados por uma pessoa para comunicar a natureza de um problema, isto é, um modelo utilizado para representar a maneira como uma pessoa interpreta uma determinada situação (Rosenhead, 1989).
Montibeller (1996) define um mapa cognitivo como sendo uma representação gráfica de uma representação mental que o facilitador faz de uma representação discursiva formulada pelo sujeito (ator) sobre um objeto (o problema). Assim, um mapa cognitivo é uma hierarquia de conceitos relacionados por ligações entre meios e fins.
Na interpretação de Swan (1997) eles são representações, esquemas ou modelos mentais construídos pelos indivíduos, a partir das suas interações e aprendizagens em um domínio específico do seu ambiente, e que cumprem a função de dar sentido à realidade e permitemlhes lidar com os problemas e desafios que esta lhes apresenta.
Os mapas cognitivos são caracterizados por uma estrutura hierárquica mais freqüente na forma de significados/resultados com o objetivo declarado no topo da hierarquia. No entanto, a forma hierárquica do mapa é informada freqüentemente por correntes circulares onde os significados e resultados voltam a dar laços em si mesmo. Consultando pesquisas operacionais, a circularidade é considerada como uma estrutura fundamental, característica do mapa (EDEN, 1994).
A proposta representacional do mapa cognitivo é desenhar em pequenos pedaços de texto, ligados com setas unidirecionais. Contudo, a qualidade da representação depende da qualidade do entrevistador como ouvinte e intérprete. Os mapas não são unicamente uma descrição gráfica do que é dito, antes eles são interpretações que são significadas pelo entrevistador (EDEN, 2004).