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De quem é a bola?. É de Adão e Eva? É do governo? É do sistema? É dos pais? É da escola? Afinal de contas, de quem é a bola?. Adão e Eva.
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É de Adão e Eva? • É do governo? • É do sistema? • É dos pais? • É da escola? • Afinal de contas, de quem é a bola?
No princípio do mundo, Adão e Eva cometeram a primeira falta contra Deus. Os homens passaram a atribuir todo o mal do mundo - as doenças, as crises, os sofrimentos à falta cometida por eles. A “bola”, o problema, era sempre atribuído ao pecado - de Adão e Eva. Acontece que as coisas foram aumentando, o mundo evoluindo, o homem conscientizando-se e concluindo que a bola não era de Adão e Eva, jogando a bola para o governo. A bola passou a ser do governo...
O governo passou a ser o responsável por todos os problemas, por todos os males que envolviam a humanidade. O povo passava fome...por causa do governo. A Educação ia mal...por causa do governo. Professores e alunos não eram competentes...por causa do governo. Coitado do governo! Jogavam a bola para sua mão, responsabilizando-o dos pequenos aos grandes problemas. Acontece que o povo percebeu que a bola não era do governo, mas sim, do sistema e levaram a bola para o sistema.
Quem é o senhor sistema? O que ele faz? Onde ele fica? Todas as famílias acusam o senhor sistema como responsável pelos problemas. Responsabilizam-no, pais e educadores, ao senhor sistema, pelo elevado número de marginais que aparecem nas grandes cidades. Culpam o sistema de não tê-los educado e de não possuírem família. Afinal, a bola é do sistema? O povo continua a questionar: de quem é a bola? E acham como resposta, que a bola é do pai e da mãe.
O pai e a mãe entram em conflito. O pai joga a bola para a mãe, acusando-a como responsável pela educação dos filhos. Se os filhos vão mal, ele diz: “Você não pára em casa, você não os acompanha, não cuida da saúde deles, só pensa em emancipação, quer ter os mesmos direitos dos homens, trabalho o dia todo... Essa família vai mal... A mãe, por sua vez, sentindo-se injustiçada, joga a bola para o pai, acusando-o por não estar presente em casa nos momentos difíceis de educar, dizendo que ele só tem tempo para o futebol, o trabalho, os amigos e a cerveja no barzinho. Essa família vai muito mal. Acontece que os dois entram em crise e resolvem justificar um erro de responsabilidade, jogando a bola para a escola.
A escola recebe os reflexos dos problemas familiares e sociais traduzidos em alunos subnutridos, carentes, de aprendizagem lenta, desajustados... Mas a escola resolve se isentar dessa responsabilidade de educar e diz que o problema, a bola, é do pai e da mãe, do sistema, do governo e que ela só vai fazer aquilo que lhe compete.
Acontece que a bola continua solta... O mundo em decadência, as crises aumentando, homens se violentando, crianças se degenerando e o mundo que foi criado para ser um paraíso, passa a ser um campo de concentração, guerras e desamor... A bola sendo jogada de lá para cá. O problema não chega a uma solução, porque todos tiram o corpo fora, omitindo-se, alheios diante do amor e da responsabilidade.
Portanto, agora, deixo com vocês, a bola... De quem é a bola?