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Armazenamento de Sinais de Áudio. Fita magnética e Gravadores analógicos Gravadores digitais e CD Arquivos de som para computador. Gravação/Armazenamento. Definição Meio pelo qual o som pode ser capturado permanentemente e, eventualmente, re-trabalhado
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Armazenamento de Sinais de Áudio Fita magnética e Gravadores analógicos Gravadores digitais e CD Arquivos de som para computador
Gravação/Armazenamento • Definição • Meio pelo qual o som pode ser capturado permanentemente e, eventualmente, re-trabalhado • é baseada na conversão de sinais elétricos em • sinais magnéticos • padrões mecânicos • padrões óticos • sinais eletrônicos (chips)
N S N S N S N S N S N S Fitas magnéticas • Constituição • Base de poliéster • Material magnético (Fe2O3, Fe, ...) • Material adesivo (resina) • Solvente • Como funciona? • alinhamento às partículas magnéticas (com certas características) análogo ao sinal Partículas Longitudinal e aleatoriamente direcionadas
Princípio de funcionamento • Ciclo de histerese • uma partícula (ponto 0) exposta a uma força magnética H é magnetizada até a saturação (ponto 1) • Quando a força é “desligada”, um certo fluxo magnético permanece (ponto 2) • Submetida a uma força magnética negativa, o nível zero de magnetização é obtido (ponto 3) • o ciclo continua...
Característica de transferência • A função de transferência não é linear • as variações no sinal elétrico não são reproduzidas fielmente pela magnetização • implica em distorção saída entrada
Polarização (bias) • Solução: polarização • idéia: forçar o sinal a “trabalhar” na zona linear somando-se outro sinal a ele • onda de alta freqüência (AM) que pode ser filtrada depois
Gravadores • 3 componentes • cabeças • eletrônica • mecânica
Cabeça de gravação • Idéia: • a variação de corrente na bobina induz fluxo magnético correspondente no núcleo • pelo fato de existir um gap no núcleo, o fluxo magnético é forçado a atravessar a fita orientando as suas partículas • Ao cessar o campo, pela propriedade da remanência, o campo magnético permanece
Cabeça de reprodução • Princípio inverso da gravação • a passagem da fita magnetizada, implica em uma variação de fluxo magnético no núcleo, induzindo uma corrente correspondente • deve ter alta permeabilidade (sensível às variações de fluxo da fita) • Gap • basicamente da mesma ordem do da cabeça de gravação • largura do gap < comprimento de onda • se for maior, não conseguirá captar nas extremidades do núcleo a variação de fluxo magnético
Cabeça de apagamento • Idéia: • mesmo princípio da cabeça de gravação, porém • introduz um sinal de alta freqüência de forma a “bagunçar” o alinhamento dos domínios (partículas) • O gap • deve ser grande: aprox. 20 m • para poder mudar, por exemplo, pelo menos 10 vezes cada domínio (partícula) no curto período de tempo em que a fita passa pela cabeça
Velocidade • Analogia entre fita e amostragem • Velocidade da fita taxa de amostragem • Largura física da fita quantificação • Exemplo • gravar freqüência de 10kHz • como = v/f • cassete: = 4,75cm/s / 10000 = 0,5 m • rolo: = 19cm/s / 10000 = 3,8 m
fita cabeça esq dir dir esq Pistas • Quatro pistas estéreo • cassete • N pistas mono (estúdio) • 8 • 16 • 24 • 32 • crosstalk • informação de uma pista vaza para a outra fita cabeça 1 1 2 3 4 5 6 7 8
Limitações das fitas • Resposta em freqüência • fraca nas baixas e altas freqüências • Polarização causa cancelamentos nas altas freqüências • Tamanho do Gap passa a ser crítico • Soluções • Pré-equalização para corrigir a resposta • Velocidade de gravação: mais rápido melhor • Tipo de fita: Metal
Limitações das fitas • Ruído • Existe muito ruído de fundo (hiss) • a situação é crítica nas altas freqüências onde a energia da música é mais fraca • a relação sinal ruído deveria ser de pelo menos 60dB
freq ruído ruído música amp amp freq freq freq freq música freq atenuação freq freq Redutores de ruído idéia: dar ênfase em certas freqüências na gravação e atenuá-las na reprodução NORMAL Gravação = Ênfase Gravação = reprodução
Redutores de ruído: sistema dolby • Sistema Dolby A • divide o espectro em 4 bandas de freqüências independentes e só opera em passagens de baixa energia • Redução de 10dB abaixo de 5kHz e 15dB acima de 15kHz • Sistema Dolby B • sistema mais barato para cassetes • só opera nas altas freqüências reduzindo hiss em 10dB • Sistema Dolby C • trabalha em um espectro mais largo e reduz 20dB • Sistema Dolby SR • O melhor dos sistemas Dolby • atua em sinais de nível baixo a médio • redução de mais de 25dB em grande parte do espectro
sinal esquerdo induzido sinal direito induzido agulha disco Toca-disco vinil • Disco • material: vinil • velocidade: 78, 45 ou 33 rpm • Reprodução: agulha + capsula • Sulcos e codificação mono direito esquerdo d+e (em fase) d+e (em contrafase)
Toca-disco vinil • Gravação
Toca-disco vinil • Controle motor da rotação • Correia • Polia • Tração direta • Rastreio • para evitar erro: braço inclinado • J, S, reto com capsula em anglo, etc. • para compensar pressão: anti-skating • Reposta em freqüência • Para corrigir a fraca reprodução nas altas e nas baixas: equalização RIAA
Armazenamento Digital de Áudio Magnético: Fita e DAT Ótico: Compact Disc (CD) Eletrônico: Arquivos de computador
analógico digital Sinal magnético Sinal lido Sinal reconstituído Gravação Digital em Fita: princípio • Grava-se na fita a informação digital (PCM), em vez do próprio sinal, usando as mesmas propriedades magnéticas • A reprodução detecta mudanças de orientação
Porque Fita? • Motivação • apesar da sofisticação das novas mídias de armazenamento digital, a fita ainda é muito barata porque largura de banda é alta • Porém... • Enquanto no caso analógico: banda 20KHz • Caso digital: 50 vezes maior do que o analógico ( 1Mbps por canal) • 44,1 KHz x 16 bits = 705 Kbps • somando-se dados para sincronização e correção de erros, seria preciso 1Mbps para a máxima freqüência • o problema piora para gravadores multipista
Sinal escrito Sinal lido Sinal reconstruído Largura de banda • O grande desafio • maximizar densidade sem provocar erros!!! • Interferência inter-símbolo (peak shift) • Métodos • usar gravação vertical em vez de longitudinal • não se está limitado ao tamanho das partículas magnéticas • difícil de ser operacionalizado
Largura de banda • Solução: Cabeças rotativas • duas cabeças giram deixando, por causa do movimento da fita, um rastro diagonal • aumenta o “tamanho útil”da fita
Largura de banda Exemplo do vídeo cassete
Balanço • Vantagens da cabeça rotativa • maior largura de banda • maior densidade de gravação (gasta menos fita) • mais fácil de sincronizar com sinais de vídeo • Desvantagens da cabeça rotativa • é difícil de fazer edições precisas, overdubbing ou puch-in/punch-out devido a multiplexação • menos simples de projetar e mais caras
DAT (digital audio tape) • Histórico • 1981: Início das pesquisas • 1983: dois padrões propostos: S-DAT e R-DAT • 1986: R-DAT foi definido como o padrão, e ficou conhecido simplesmente como DAT • Fita DAT • padronizada exclusivamente para o formato DAT • capacidade de aproximadamente 2 a 6 horas de áudio • só começa a se deteriorar a partir da 200ª reprodução!! • 3 freqüências de amostragem: 32, 44.1 e 48 kHz • 2 níveis de bits de quantificação:12 bits não-lineares ou 16 bits lineares
DAT • Gravadores DAT • entradas e saídas digitais (cópias de alta fidelidade) • cabeças rotativas
DAT • O formato suporta três freqüências de amostragem: • 32, 44.1 e 48 kHz • Dois níveis de bits de quantização • 12 bits não-lineares ou 16 bits lineares • Extensões ao padrão DAT, criadas por fabricantes • 12 bits a 96KHz • 24 bits a 48KHz • Gravadores DAT apresentam entradas e saídas digitais • cópias digitais de alta qualidade
DAT: track format Formato da Trilha: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 • De um total de 196 blocos, 128 (parte 9) são realmente de som
Compact Disc • Armazenamento de bits baseado em princípios óticos • Tecnologia levou cerca de 10 anos desde concepção ate introdução no mercado • 1972 • Phillips introduziu o conceito de armazenamento ótico de áudio em discos de tamanho limitado • Sony desenvolveu técnicas de correção de erros para discos óticos de grandes dimensões • 1980 • padrão de Compact Disc Digital Audio foi criado e aprovado pelo Digital Audio Disc Commitee, um grupo representando mais de 25 empresas
1,6 mm 0,6 m Compact Disc: princípios • Armazenamento de bits baseado em princípios óticos
Compact Disc: dados técnicos • Quantificação e amostragem fixas • 16 bits • 44.1 kHz • dois canais (estéreo) • total de 1,41 milhões de bits por segundo de áudio • Dados adicionais de controle • correção de erro • sincronização • modulação • Tamanho máximo de 6.3109 bits • 74 minutos e 33 segundos de áudio • sugestão de Herbert von Karajan: duração de uma execução ininterrupta da 9a Sinfonia de Beethoven
Compact Disc: dados técnicos • CD players de qualidade exibem resposta de freqüência de 5Hz a 20kHz com desvio de ±0.2dB • SNR acima dos 100dB • distorção harmônica a 1kHZ abaixo de 0.002% • Codificação • dados agrupados em quadros (frames): menor seção de dados reconhecível • O frame inclui • dados de som (PCM, 2 canais) • dados de sincronização • dados para correção de erros (CIRC Cross-Interleave Reed-Solomon Code)
0.163mm 1 frame (1/7.35 ms) Sync (27 bits) Sub Code Data (96 bits) Parity (32 bits) Data (96 bits) Parity (32 bits) Codificação 8 bits P,Q,R,S,T,U,V,W (começo, fim, etc.) 6 amostras PCM 16 bits
DVD • Digital Video Disc/Digital Versatile Disc • Aliança depois de disputa entre versões da Sony/Philips e da Time Warner/Toshiba • Lançamento no Japão em 1996 • DVD x CD
DVD • DVD x CD • Trilhas mais finas e buracos menores (=> menor comprimento de onda do laser) • Nova tecnologia de compressão (menos redundância) • 2 Camadas: diferença de foco do laser
DVD • Além disso, o DVD pode ter lados • Tamanhos • 4.7 GB (single-sided, single-layer) • 8.5 GB (single-sided, double-layer) • 9.4 GB (double-sided, single-layer) • 17.08 GB (double-sided, double-layer – rare)
Armazenagem eletrônica • Historicamente... • Cada tipo de máquina usava seu próprio formato de arquivo de áudio, mas foram depois padronizados para possibilitar conversões • 2 tipos de formatos de arquivo: • auto-descritivos e sem cabeçalho • Formatos auto-descritivos • os parâmetros de dados de áudio e codificação são feitos explicitamente em alguma forma de cabeçalho • palavra mágica, taxa de amostragem, quantificação, canais, formato das amostras, etc. • Sem cabeçalho • parâmetros de dados de áudio e codificação são fixos.
Arquivos RIFF (Wave) • Características • formato “little-endian byte order” da Microsoft/IBM. • Esquerdo (MSB) | Direito (LSB) • auto-descritivo • equivalente ao AIFF do Macintosh • PCM linear • composto de chunks de 32 bits • canal esquerdo seguido pelo direito (quando é estéreo)
Arquivos RIFF (Wave): Formato Tamanho Descrição 4 bytes “RIFF” 4 bytes Tamanho do chunk (32 bits) 4 bytes “WAVE” 4 bytes “fmt” 4 bytes Tamanho da descrição do arquivo 2 bytes Flag para mono (0x01) ou estéreo (0x02) 4 bytes Taxa de amostragem 4 bytes Bytes/sample 2 bytes Alinhamento do bloco 2 bytes Bits/sample 4 bytes “data” 4 bytes Tamanho do segmento de dados (n bytes) Dados
Arquivos Wave • Taxa de amostragem • dada em Hz (ex. 44.100Hz) • Alinhamento de bloco • (canais bits por sample)/8 • Bits por sample • podem assumir apenas os valores 8 ou 16 • Bytes/sample • 1 = 8-bit mono, 2 = 8-bit stereo or 16-bit mono, 4 = 16-bit stereo
Arquivo de áudio da Sun (.au) • Definido pela Sun em 1992 • Características • Codificações: -law, PCM linear, ponto flutuante IEEE, de 8 a 64 bits • 1 canal (mono) • Taxas de amostragem: 8000, 11025, 16000, 22050, 32000, 44100 e 48000 • formato “big-endian byte order” • Esquerdo (LSB) | Direito (MSB) • manipulação incluídas nos sistemas operacionais da Sun e em Java • auto-descritivo
Formato .au Offset Tamanho Descrição 0 4 bytes ".snd" 4 4 bytes <Header size (h)> 8 4 bytes <Sample data size (s)> 12 4 bytes <Audio file encoding> 16 4 bytes <Sample rate> 20 4 bytes <Number of channels> 24 (h-24)bytes <Comment> (h) (s)bytes <Sample data>
Outros Formatos • AIFF (Apple/SGI) • criado pela Apple para armazenamento de alta qualidade de instrumentos e som • a extensão AIFC ou AIFF-C suporta compressão • AIFF, AIFC and WAVE são similares mas oferecem diferentes graus de liberdade na codificação • IFF/8SVX (Amiga) • versão para áudio do padrão IFF do Amiga • VOC (Creative Labs) • padrão da Creative Labs para a Sound Blaster, com limites de taxa de amostragem e de 8 bits de quantização
Outros Formatos • MPEG Audio Layer-3 (MP3) • redução do tamanho por um fator de 4-24 através de técnicas de codificação sonora perceptual • sinais redundantes e irrelevantes (mascarados) são perdidos na codificação • Padronizado pela ISO • RealAudio (Real Networks) • voltado para streaming • vários esquemas de compressão lossy, usando plug-ins codecs (audio coder/decoder routines)
Referências • Ken C. Pohlman, Principles of Digital Audio, McGraw Hill, 1995, 3rd Edition • http://home.sprynet.com/~cbagwell/AudioFormats.html • http://www.iis.fhg.de/amm/techinf/layer3/index.html • http://www.mp3tech.org/ • http://www.dv.co.yu/mpgscript/mpeghdr.htm • http://home.sprynet.com/~cbagwell/sox.html • http://www.asel.udel.edu/speech/Spch_proc/libcwav.html • http://www.dv.co.yu/mpgscript/mpeghdr.htm • http://drogo.cselt.it/mpeg/standards/mpeg-4/mpeg-4.htm • http://www.music-center.com.br/internet.htm • http://jimhartley.com/ratutor.html • http://service.real.com/help/library/index.html • http://www.reelradio.com/rainfo.html