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Estudos Bíblicos. A História do Novo Testamento. Ref.: www.studibiblici.it : / conferenze / A. Maggi. 1. Introdução. Texto Primitivo: São cópias o mais possível próximas ao momento da redação do texto original.
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Estudos Bíblicos A História do Novo Testamento Ref.: www.studibiblici.it: /conferenze/ A. Maggi 1
Introdução • Texto Primitivo: São cópias o mais possível próximas ao momento da redação do texto original. • Tradução: Devemos levar em conta a evolução das línguas. Há estudos da gramática grega e descobertas em nível arqueológico que ajudam a compreender melhor os hábitos e costumes nos tempos de Jesus. Há também descobertas no patrimônio hebraico pois alguns trechos dos evangelhos ou expressões de Jesus são analisados continuamente. 2
“ ” “ Jesus disse ” Texto Testo “ “ Jesus” Primitivo Primitivo “ “ O Senhor Jesus” Índice 1.- Material para escrever 2.- Língua 3.- Método do escrever 4.- Cronologia dos Evangelhos 5.- Cronologia do AT 6.- Tradução 3
1.- Material para escrever 2.- Língua 3.- Método do escrever 4.- Cronologia dos Evangelhos 5.- Cronologia do AT 6.- Tradução Índice 4
Material para escrever Papiro • Uma novidade no mundo do Novo Testamento foi a mudança da escritura da tabuinha de cera para outros materiais como o papiro e o pergaminho. Tabuinha de cera Papiro 5
Material para escrever Papiro • O documento mais antigo que temos do NT è um fragmento de papiro: papiro Rylands. • Contem João 18:31-33 e 37-38. Foi encontrado no Egito e datado ao redor de 125 (±25) d.C. Atualmente está conservado no John Rylands Library di Manchester, Inglaterra. • Se pensarmos que o Evangelho de João pôde ser escrito no ano 90 d.C., então podemos achar que è contemporâneo dos evangelistas. 6
Material para escrever Papiro • Outros papiros do ano 200 d.C. já contém os quatro evangelhos e os atos dos apóstolos. • O papiro de Bodmer. Descoberto no Egito por M.Martin Bodmer em 1955-56. Ele contem códigos (escritos no dois lados) e rolos (escritos de um lado só). Os manuscritos contêm trechos do antigo e do novo testamento junto a textos da igreja das origens. • O papiro de Chester Beatty. Datado entre o ano 200-250 d.C., contem os quatro Evangelhos e os Atos, em cadernos de duas folhas. 7
Material para escrever Papiro • Como se faz o PAPIRO Várias eram as técnicas de manufatura. O melhor papel papiro encontra-se na época faraônica (3.100 / 332 a.C.), aquela reservada aos textos sagrados era chamada hierática. O papel papiro produzido em época romana (até o III séc. d.C.) ainda é bom, mas de menor qualidade era o do período bizantino e árabe, fabricado no Egito, Sicília, Síria, Mesopotâmia. 8
Material para escrever Papiro • Modos de apresentar os papiros Rolo = Volume Codex (código) = Libro • As primeiras comunidades cristãs usavam os códigos (livros) por causa de sua superior praticidade com respeito aos rolos. 9
Material para escrever Pergaminho • Ulteriormente, os cristãos, começaram a usar o pergaminho, sendo um material mais resistente. No IIIº séc. a.C., o papiro foi substituído pelo pergaminho. O nome vem de Pérgamo (cidade da Ásia) onde havia pergaminhos de boa qualidade, resistência e duração. • È um material muito caro e por isso se escrevia ocupando todo o espaço possível escrevendo tudo junto e em forma maiúscula. Isso torna a tradução bem difícil. 10
Material para escrever Pergaminho • Fabricação do PERGAMINHO Eliminação do pelo Lavagem Formadura e secagem Tirar a gordura e a carne Codex (código) = Livro 11
Material para escrever • A descoberta do processo para a fabricação do papel aconteceu no ano 105 a.C. por partedeTs'ai Lun, grande dignitário de corte na China (dinastia Han). No ocidente começou no séc. XII. Papel • A invenção da imprensa leva à substituição completa do pergaminho. O papel é mais econômico e prático. Entre 1452 e 1456 Gutenberg imprime a Bíblia em latino “A Vulgata”. Stampa di Gutenberg Página da Bíblia de Gutenberg 12
Material para escrever Papel • Fabricação do PAPEL Bíblia de Gutenberg 13
1.- Material para escrever 2.- Língua 3.- Método do escrever 4.- Cronologia dos Evangelhos 5.- Cronologia do AT 6.- Tradução 14
Língua • A comunidade cristã abandonou logo o hebraico, língua sagrada com a qual foi escrito o Antigo Testamento. Largou o aramaico que era a língua do povo e escolheu o grego que era a língua comercial da época. • Não era o grego clássico, mas se chamava koiné que significa comum, a língua comum falada e a mais difundida. 15
1.- Material para escrever 2.- Língua 3.- Método do escrever 4.- Cronologia dos Evangelhos 5.- Cronologia do AT 6.- Tradução 16
Método do escrever • A comunidade cristã estava plenamente livre em relação ao texto. Cada copista sentia-se autorizado a fazer aquelas adições ao texto que ele achava necessárias para uma melhor compreensão do texto. Exemplo: “Os discípulos” “O seus discípulos” “Os discípulos de Jesus” “Os discípulos de Jesus Cristo” Fica demonstrado que os copistas acrescentavam para esclarecer, mas nunca tiravam. Até agora não foi descoberto um texto onde foi eliminado um trecho. O texto se conservava e eventualmente se enriquecia, nunca se diminuía. Então diante de diversos manuscritos: • O mais antigo será o que contem o texto mais breve. • O mais complicado para compreender em relação ao mais simples será o mais antigo Mt 27: 35 vs Mc 15:34 ambos referem-se ao Sal 22, em Mt há uma adição, assim podemos dizer que Mc é um texto mais antigo 17
Método do escrever “Jesus Cristo disse” “Jesus disse” Texto Primitivo “Jesus” “O Senhor Jesus” “O Senhor Jesus Cristo disse a seus discípulos” 18
Método do escrever Texto inspirado • Por inspiração não devemos pensar que o Espírito Santo sugira o texto. Inspirado significa atinente ao espírito da comunidade que o elaborou. • Os teólogos chegaram à conclusão que cada tradução, naturalmente bem feita, seja inspirada porque não se trata somente de traduzir mas de interpretar o texto acompanhando o avanço da humanidade e o crescimento da dignidade do homem. • Quando a tradução se distancia da ideologia religiosa e entra no âmbito da fé, isto ajuda a viver o texto, porque, diversamente, o evangelho é entendido mas não mete raízes. • Quando praticamos a Palavra, a mensagem do texto se ilumina de uma maneira completamente nova. Para traduzir com mais eficácia, a mensagem deve ser antes praticada. 19
1.- Material para escrever 2.- Língua 3.- Método de escrever 4.- Cronologia dos Evangelhos 5.- Cronologia do AT 6.- Tradução 20
Cronologia dos Evangelhos Cartas de Paulo • As Cartas de Paulo são ajuntadas entre o ano 90 e 150 d.C. Elas são escritas para a comunidade (Col 4:16). • As cartas que chegavam a uma comunidade eram copiadas e depois o texto original ou a cópia era enviado a outra comunidade. As cartas de Paulo formam parte dos textos mais antigos que temos. • A fundação de uma nova comunidade aumentava o número das cópias. Chester Beatty Library, Dublin 180-200 d.C. Hebreus Coríntios Romanos Gálatas 21
Cronologia dos Evangelhos Evangelhos • No ano 180 d.C. temos os quatro Evangelhos reunidos juntos. • Antes havia a comunidade que tinha o evangelho de Mateus e outra aquele de Lucas.. e os trocavam entre elas, mas não existias os 4 evangelhos juntos; os evangelhos eram muitos, incluindo também aqueles que consideramos apócrifos. • Nesta época, o grego tramonta como língua no ocidente e é substituído pelo latim, no Egitocom o copto e na Ásia com o siríaco. Nas liturgia o grego é substituído pelo latim. • No ano 200 d.C.C omeçam as traduções do grego para o latim. Em Antioquia, entre 250-280 d.C., a igreja traduz e revê o NT do grego para o latim adaptando-o às exigências da igreja. Esta é a modalidade que foi pra frente na igreja. 22
Cronologia dos Evangelhos Evangelhos • Sob o imperador romano Diocleciano (284-305 d.C.) desencadeia-se a perseguição mais feroz contra a comunidade cristã com destruição de edifícios e de manuscritos. Nesta época os bispos instituíram os scriptoria (os escritores). Nos monastérios os monges recopiavam as poucas cópias sobradas do NT. Geralmente havia um monge que ditava e os outros que escreviam, assim eram feitas mais cópias com mais rapidez. Quando um monastério o um scriptorium conseguia fazer uma boa edição do NT, esta se firmava. 23
Cronologia dos Evangelhos Evangelhos • No IVº séc. É o fim dotexto viventedo NT. Os evangelhos são definitivamente fixados e não se pode mais fazer adições. Até agora cada comunidade que recebia o evangelho o adaptava e enriquecia como fruto da experiência da comunidade e da presença do Cristo vivente no meio deles (texto vivente). Não havia um centro ou autoridade que o controlava. • O papa Dâmaso em 380 d.C. encarrega Jerônimo para rever o NT e traduzir o AT em latim. Esta é a bíblia chamada Vulgata, isto é popular, que se impôs sobre todas as outras. Até o 800 todas as igrejas usavam este texto.. • Critérios para a escolha dos quatro Evangelhos: 1) Antiguidade 2) Conteúdo 24
Cronologia dos Evangelhos Evangelhos • Entre os séculos VIº e VIIIº há uma abundante produção dos textos litúrgicos.Depois, no séc. IX não se escreve mais em maiúsculo, mas em minúsculo (assim as letras podem ser melhor entendidas). • No XIIº séc. começa-se a usar o papel. O pergaminho é substituído pelo papel, mais econômico e prático. Entre 1452 e 1456 Gutenberg imprime a Bíblia em latim “A Vulgata”. Bíblia de Gutenberg da Vulgata 25
Cronologia dos Evangelhos Evangelhos • No XVIº séc., no 1º de março de 1516, Erasmo de Rotterdam publica o NT em grego. Compreendeu que não se podia continuar com as traduções latinas, precisava voltar aos textos gregos. O texto latino era muito complicado e muitas anotações na margem feitas por alguns monges copista acabaram no texto. Havia o desejo de chegar ao texto original. • Após séculos acreditava-se que a tradução latina fosse a verdadeira e os textos gregos eram difíceis de encontrar. Erasmo baseou-se sobre 4 ou 5 manuscritos gregos muito tardios do séc. XIIº ou XIIIº. No apocalipse faltava a parte final (5 versículos e os capítulos 22 e seguintes), Erasmo resolve traduzindo do latim. Os protestantes acolheram este texto e foi chamado Textus receptus (texto revelado por Deus). 26
Cronologia dos Evangelhos Evangelhos • No séc. XVIº, entre 1522-32, Lutero, em dez anos de trabalho, faz uma obra excepcional e publica o texto de Erasmo na língua falada. • O concílio de Trento (1545-63) declara a Vulgata como a verdadeira Bíblia. Mas o Papa Pio IV cria uma comissão para revê-la, pois havia muitas modificações de difícil compreensão (8000). • Em 1590 o Papa Sisto V, dispensa a comissão e corrige pessoalmente o texto (Bíblia Sistina) conforme ele achava oportuno. • Em 1592 o Papa Clemente VIII faz 5000 modificações à Bíblia da versão sistina tornando-se ela a Bíblia Sisto-Clementina. A igreja católica tem como base doutrinal esta Bíblia. 27
Cronologia dos Evangelhos Evangelhos • O estudo do NT em grego continua e foram achados novos manuscritos. No mundo protestante nascem sociedades bíblicas cristãs que traduzem o NT grego nas línguas faladas nos diferentes países (inglês, francês, alemão...) • EM 1830, Karl Lachmann propõe de abandonar o texto de Erasmo e voltar aos texto mais primitivos, do séc. IV. • Um nobre russo, Constantin von Tischendorf, pago pelo czar, começa a procurar o textos primitivos. Por primeiro encontra o Codex Ephraemi Rescriptus (data: 400 d.C.). Era um texto em pergaminho que foi lavado para poder escrever nele as obras de um padre a Igreja, Efrem o Sírio. Com um reagente químico Constantin consegue recuperar o texto dos Evangelhos que havia sido escrito originalmente. 28
Cronologia dos Evangelhos Evangelhos • Depois acha o Codex Sinaiticus (data: 400 d.C.). que continha em origem tanto o novo como o Antigo Testamento, documento encontrado na biblioteca do monastério de Santa Catarina, no Sinai. • Ma há problemas para traduzir estes textos, porque não é o grego dos clássicos nem a tradução do AT dos LXX (leia 70). • Chegamos ao ano 1895, quando no cidade do Cairo são achados novos fragmentos que servem ao filólogo Adolf Deissmann para dizer que o grego do NT era um grego popular falado pelo povo (koine). 29
Cronologia dos Evangelhos Evangelhos • Eberhard Nestle com sua edição do ano 1898 põe fim à versão de Erasmo. Todos os textos utilizados do NT são do IVº séc., esta é a versão mais difundida no mundo. • A partir do ano1975 temos o texto reconhecido por todas as igrejas cristãs. Uma edição para tradutores e estudantes, titulada The Greek New Testament, foi curada por uma equipe de filólogos, por iniciativa de cinco sociedades bíblicas de várias nações (United Bible Societies). Foi publicada em 1966, com uma segunda edição em 1968, uma terceira em 1975, com profundas modificações (o texto coincide com aquele da 26ª edição. Nestle-Aland). 30
1.- Material para escrever 2.- Língua 3.- Método do escrever 4.- Cronologia dos Evangelhos 5.- Cronologia do AT 6.- Tradução 31
Cronologia do AT Torah • A palavra Bíblia vem do grego; em grego livro se diz • biblosgr. e livros se diz biblia (gr. ). A Bíblia para o Antigo Testamento è uma coleção de livros de gênero diferentes mas todos dizem respeito à história de Israel em sua relação com Deus. • Sabemos que os testemunhos mais antigos da escritura hebraica remontam ao séc. X a.C. Os textos da Bíblia mais antigos remontam ao séc. VIII a.C. 32
Cronologia do AT Torah • A escritura em Israel desenvolve-se com a monarquia a fim de registrar os anais. Os secretários registravam as vicissitudes do rei: é importante que o que se escreve seja sempre para elogiar o rei. • Porém na Bíblia encontramos também críticas ao rei. Isto quer dizer que além dos escribas da corte havia outro centro de escritura ligado ao santuário, ao papel dos profetas. Estes textos mais antigos remontam aos profetas Oseias e Amos no VIIIº séc. a.C. • Sucessivamente se inicia a coletar tudo que diz respeito à Lei, todas as normas de comportamento e os preceitos. • Devemos esperar o evento fundamental na vida do povo de Israel para compreender a composição da Bíblia, isto é, o exílio na Babilonia (587-537 a.C.) no séc. VIº a.C. 33
Cronologia do AT Torah • O exílio na Babilônia foi uma grande crise para o povo de Israel do ponto de vista da fé. O povo hebraico não pensava que Deus pudesse ser tão fraco de deixar ser dominado por outras divindades, mas que foi uma justa punição pelos pecados (Ez 39:23). • Durante o exílio o povo começou a pensar na importância da observância da Lei, de ser sempre fiel à Palavra de Deus para não subir outras catástrofes. Quando o povo volta para Israel começa a centralidade da Lei. E descobrem algo interessante, isto é, que quem levou de volta o povo à sua terra foi um imperador pagão, Ciro de Pérsia (2 Cr 36:22s). • Deus cuida do seu povo também mediante pagãos, e Israel começa a ter uma mentalidade mais aberta sobre Deus, que não atinge só o povo de Israel, mas todos os povos da terra. 34
Cronologia do AT Torah • O povo de Israel compreendeu a importância da Lei, mas não consegue mais lê-la assim como está escrita; o hebraico é desconhecido após a experiência do exílio. É necessário traduzir do hebraico para o aramaico, a língua mais falada em toda a bacia oriental mesopotâmica. • No livro de Neemias, escrito após o exílio, lemos que houve uma grande reunião diante das portas de Jerusalém e começou-se a ler o livro da Lei, mas havia um tradutor simultâneo em aramaico. Isto manifesta claramente que é mais importante que o povo compreenda do que manter a sacralidade da língua com a qual Deus falou aos israelitas. (Ne 8:1-12). 35
Cronologia do AT Torah • Inicialmente a tradução do hebraico ao aramaico podia ser feita somente nas sinagogas e oralmente. Num determinado momento as traduções são escritas e chamadas Targum. • Os hebreus, a partir do exílio para frente, começaram a se espalhar na bacia do mar Mediterrâneo e a criar colonias no mundo helenista. • Em Alexandria do Egito havia uma importantíssima colônia judaica desde o séc. IIIº a.C. e traduz do hebraico ao greco o AT. Targum: aramaico LXX: grego 36
Cronologia do AT Torah • Esta tradução do AT em grego, feita em Alexandria do Egito é conhecida como Bíblia dos LXX. • O nome LXX (leia 70) vem de uma lenda, de um conto que se encontra na carta de Aristea. Aristea, IIº séc. a. C., judeu de Alexandria nos diz como aconteceu a tradução do hebraico ao grego. Há um diálogo entre o bibliotecário da biblioteca de Alexandria e o rei Ptolomeu que diz seria bom ter uma cópia da Torah. O rei diz que seria melhor tê-la em grego. Nesta carta diz como foi traduzida ao grego. O rei pede ao Sinédrio de Israel 6 sábios por tribo (6 x 12 =72) para que venham em Alexandria traduzir do hebraico para o grego. 37
Cronologia do AT Torah • O jogo dos números serve para demonstrar que a tradução em grego tinha o valor de um texto inspirado. • Flávio Josefo e outros padres da Igreja falam de 70 em lugar de 72. • O número 70 o encontramos no livro dos Números onde se fala de 70 anciãos inspirados que profetizam (Nm 11:25). Este número significa também que, segundo a concepção hebraica, viva sobre a terra um total de setenta nações, ideia baseada no quadro genealógico fornecido por Gên 10, onde são enumerados 70 povos (Dt 32:8). Então este texto deveria abrir a doutrina, a Lei de Moisés, a todos os povos. 38
Cronologia do AT Torah • Os cristãos começaram a utilizar este texto para reescrever no NT a Bíblia LXX. As citações do AT que nós encontramos no NT, pela maioria vêm da tradução dos LXX. Mt, Mc, Lc e Jo, quando procuravam um texto nas escrituras, usavam este texto grego, mas tendo como fundo o testo hebraico. • Israel não vê de bons olhos esta tradução. A rejeição da LXX acontecerá após a caída de Jerusalém. No Talmude encontram-se algumas declarações contrárias a esta tradução, sobretudo porque é o texto de referência dos cristãos. 39
Cronologia do AT Torah • Não podemos dizer que o texto da Bíblia dos LXX seja identico ao hebraico. Além das diferentes interpretações, há adições, comentários e faltam algumas coisas que foram omitidas - junta-se outros livros que sucessivamente estão no AT da Igreja Católica (Tobias, Judite, Macabeus, Sabedoria). Exemplos: 40
Cronologia do AT Torah • Is 7:14 Para “a virgem conceberá”, Mateus utiliza o termo parthenosgr. escrito na LXXque significa mais ou menos uma virgem. No texto hebraico encontra-se almah, que quer dizer uma jovem casada ou não, que ainda não tem filhos, não há o conceito de virgindade, de mulher que não teve relações com um homem. Quando os tradutores da LXX traduzem almah com parthenos queriam dar o mesmo significado de almah. • Quando Mt usa parthenos já dá uma interpretação ideológica. Interpreta o texto da LXX à luz daquilo que foi o grande evento do nascimento, da vinda e da presença de Jesus. Dá uma interpretação de um nascimento onde não há participação do homem, mas este nascimento em Maria vem diretamente de Deus, pelo Espírito. 41
Cronologia do AT Torah • Alguns termos do hebraico para a LXX e depois, do latim podem criar confusão. Exemplos: • Novo ou Antigo Testamento não existe para os hebreus. Somente o AT é para eles a Escritura. • Marciano abre uma crise dentro da Igreja dizendo que o AT não serve para nada; daí se começa a falar da Escritura como AT. • Em hebraico há o termo bæriyth, que quer dizer “aliança”. Na LXX é traduzido com diateke, que quer dizer uma espécie de disposição legal. Na Vulgata é testamentum, quer dizer, as últimas vontades de uma pessoa prestes a morrer. Mas com o tempo adquire o sentido de bæriyth. 42
Cronologia do AT Torah • Sucessivamente a LXX será revisada. Especialmente quando os cristãos começavam a usá-la para confirmar, na própria experiência de fé, que as escrituras falavam de Jesus. • Na Igreja Católica perde-se a LXX quando acontece o famoso cisma do Oriente, o texto grego ficará como patrimônio da i igreja oriental e na igreja ocidental ficará o texto latino de Jerônimo, a Vulgata. Jerônimo traduz do texto hebraico. 43
1.- Material para escrever 2.- Língua 3.- Método do escrever 4.- Cronologia dos Evangelhos 5.- Cronologia do AT 6.- Tradução 44
Tradução Textos Acrescentados / Deslocados / Mal traduzidos 45
Tradução Textos Acrescentados / Deslocados / Mal traduzidos 46
Tradução Textos Acrescentados / Deslocados / Mal traduzidos 47
Tradução Textos Acrescentados / Deslocados / Mal traduzidos 48
Tradução Textos Acrescentados / Deslocados / Mal traduzidos 49
Tradução Textos Acrescentados / Deslocados / Mal traduzidos 50