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6.8%. 3.9%. 10.3%. 79.0%. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DAS CRIANÇAS MENORES DE 10 ANOS RESIDENTES NO MUNICÍPIO DE FERROS, MINAS GERAIS. Mariana Santos Felisbino Mendes*; Mirelle Dias Campos*; Francisco Carlos Félix Lana ** * Acadêmicas da Escola de Enfermagem da UFMG
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6.8% 3.9% 10.3% 79.0% AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DAS CRIANÇAS MENORES DE 10 ANOS RESIDENTES NO MUNICÍPIO DE FERROS, MINAS GERAIS Mariana Santos Felisbino Mendes*; Mirelle Dias Campos*; Francisco Carlos Félix Lana ** * Acadêmicas da Escola de Enfermagem da UFMG ** Prof. Dr. do Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública da EE/UFMG. Introdução Resultados A cobertura total da coleta de dados no Município de Ferros foi de 65,5% das crianças da faixa etária definida, sendo superior a 80% nas equipes de PSF II e III. Segundo o índice Peso/Idade, 21% da amostra apresentou algum tipo de alteração nutricional, representadas no gráfico abaixo. Gráfico I – Prevalências das alterações Nutricionais segundo o Índice Peso/Idade – Ferros/MG, 2006 A necessidade de um diagnóstico do Estado Nutricional das crianças do Município de Ferros, surgiu a partir de um trabalho realizado por acadêmicos da Escola de Enfermagem da UFMG no 1º Semestre do ano de 2006. Este apontou elevada prevalência de Desnutrição Infantil, cerca de 12%, em 200 escolares portadores de pediculose. Outra demanda identificada, foi a atual necessidade do serviço em realizar o cadastramento das crianças no SISVAN (Sistema de Informação Alimentar e Nutricional), que até então estava sendo alimentado de forma indevida, oferecendo risco de perda do Bolsa Família aos beneficiários do Município. Na zona rural, as prevalências de Baixo Peso/Desnutrição (4.2%) e Risco Nutricional (12%) foram superiores às do Município; enquanto na zona urbana, além de apresentar menores prevalências desses agravos, destacou-se o Risco para Sobrepeso (9.5%) (Valor-p < 0,05). Em relação às equipes de Saúde da Família, as maiores prevalências de Desnutrição (5,5%) e Risco Nutricional (12,7%) foram encontradas no PSF III, destacando-se o Distrito de Cubas, que apresentou as maiores taxas de tais alterações (Valor-p < 0,05). Objetivo Tabela 1 – Distribuição das alterações nutricionais em crianças menores de 10 anos de acordo com o Distrito – Ferros/MG – Novembro, 2006 Este projeto teve por objetivo realizar o diagnóstico do estado nutricional de crianças menores de 10 anos residentes no Município de Ferros/MG, para quantificar e avaliar a Desnutrição e aquelas crianças que se encontram em Risco Nutricional ou Risco para Sobrepeso; bem como implementar medidas de intervenção diante das alterações nutricionais. Metodologia Trata-se de um estudo transversal cuja amostra foi constituída de 1161 crianças, com idade entre 0 e 9 anos e 11 meses, de ambos os sexos, residentes nas zonas urbana e rural do Município de Ferros, MG. A coleta dos dados foi realizada pelas acadêmicas de enfermagem e enfermeiras dos 4 PSF, com a colaboração de auxiliares de enfermagem e Agentes Comunitários de Saúde (ACS), durante 3 meses. Utilizou-se o método antropométrico para obtenção da medidas peso e estatura, coletadas por profissionais previamente orientados. A partir dessas medidas, o estado nutricional da criança foi avaliado através das tabelas do NCHS (National Center of Health Statistics), adotadas internacionalmente pela OMS e preconizadas pelo SISVAN/MS, considerando o sexo e a idade (em meses) das crianças. A partir do percentil correspondente ao dado antropométrico a criança foi diagnosticada como Eutrófica, Em Risco Nutricional, Baixo Peso/Desnutrição e Em Risco para Sobrepeso. As crianças foram avaliadas nos 3 índices indicados pelo SISVAN/MS, como ideais para avaliação nutricional de crianças menores de 10 anos, sendo eles: 1. Peso por Idade (P/I); 2. Altura por Idade (A/I); 3. Peso por Altura (P/A). Os dados foram processados através do programa estatístico EPI-INFO 6.0, que foi utilizado para determinar as freqüências das alterações nutricionais e fatores associados. O risco relativo foi calculado com intervalo de confiança de 95% e valor p < 0,05. Em relação ao Índice Altura/Idade, 6.8% da amostra apresentaram Baixa Estatura, e 57.8% das crianças desnutridas segundo o Índice Peso/Idade tiveram tal alteração, sugerindo tal prevalência de desnutrição crônica. O Índice Peso/Altura confirma esse dado ao revelar que 33.3% das crianças desnutridas, apresentam quadro agudo. Alguns fatores de risco para a desnutrição foram encontrados, conforme a Tabela 2. Tabela 2 – Risco de desenvolver desnutrição de acordo com alguns fatores de risco – Ferros/MG – Novembro, 2006 Conclusão A prevalência da Desnutrição no Município de Ferros é inferior a média nacional que é de aproximadamente 8.3%, sendo contudo superior em algumas localidades. Uma continuidade de implementação das estratégias de tratamento e prevenção das Alterações Nutricionais fazem necessárias para a diminuição das prevalências encontradas. Referências Bibliográficas ALVES, C.R.L. & VIANA, M.R.A. Saúde da Família: cuidando de crianças e adolescentes. Belo Horizonte: COOPMED, 2003. FAGUNDES, A. A. et al. Vigilância alimentar e nutricional – SISVAN: orientações básicas para coleta, processamento, análise de dados e informações em serviços de saúde – Brasília: Ministério da Saúde, 2004. MONTE, C.M.G. Desnutrição: um desafio secular à desnutrição infantil. Jornal de Pediatria, 2000; 76: S285-S297 WORLD HEALTH ORGANIZATION – WHO. Physical Status: the use and interpretation of anthropometry. WHO. Technical Report Series n. 854. Geneva: WHO, 1995