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Capítulo 17: A Orientação e o Aconselhamento no Processo de Reabilitação Auditiva Sonia Maria S. Iervolino, Márcia Castiglioni e Katia de Almeida. Acadêmicas: Flávia Aparecida Felipe de Lima Rafaella Cristina Oliveira. Introdução.
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Capítulo 17: A Orientação e o Aconselhamento no Processo de Reabilitação Auditiva Sonia Maria S. Iervolino, Márcia Castiglioni e Katia de Almeida Acadêmicas: Flávia Aparecida Felipe de Lima Rafaella Cristina Oliveira
Introdução • Deficiência auditiva comprometimento da qualidade de vida; • O processo pelo qual podemos minimizar as incapacidades auditivas é a REABILITAÇÃO AUDITIVA. • Prótese auditiva = núcleo da reabilitação! • Importância do fonoaudiólogo.
A Orientação no Processo de Protetização em Crianças • Processo complexo; Consequências da Deficiência Auditiva: • Alterações no desenvolvimento da linguagem, nos aspectos cognitivo social, emocional e educacional Amplificação precoce = minimiza essas implicações!!! • Auto imagem negativa = interferência no relacionamento social;
A Orientação no Processo de Protetização em Crianças Consequências da Deficiência Auditiva (cont.): • Perda leve: dificuldades em atividades que envolvem percepção de fala à distância, em fraca intensidade e com ruído competitivo; • Perda moderada: vocabulário limitado, distorções na fala... • Perda severa: ouve a voz somente a fortes intensidades e a curta distância; • Perda profunda: Linguagem bastante prejudicada; • Perda decorrente de otite de repetição: limitação da comunicação e aprendizagem. • Perda unilateral: difícil identificar fala no ruído e localizar a fonte.
“Nenhuma perda auditiva é tão leve que não necessite de intervenção e nenhuma perda auditiva é tão profunda que negligencie o valor do acesso à audição residual.” (Flexer, 1999)
Implicações da Deficiência Auditiva na Família Reação dos Pais • Dificuldade em aceitar e sentimento de frustração Possível Ruptura do vínculo mãe-filho. • Apenas quando os pais se sentem seguros é que poderão satisfazer plenamente as necessidades de seu filho. • Segundo alguns autores, os estágios de ajustamento emocional que os pais passam nesse momento são: negação, raiva, barganha, depressão e, por último, a aceitação.
Implicações da Deficiência Auditiva na Família • Negação: • Amortecedor emocional; • Acontece de várias formas; • Nutrem esperanças de cura; • Colaboração restrita; • Não deve-se forçar os pais a entender a perda. 2) Raiva: • Sentimento de decepção; • Desejo da criança saudável; • Transferência da raiva; • Sentimento “normal”; • Conversas são importantes.
Implicações da Deficiência Auditiva na Família 3) Barganha / Acordo: • Tentativa em alcançar a cura da deficiência auditiva; • Comprometem-se com o profissional; • O profissional deve combater essa falsa esperança. 4) Depressão: • Aumento da conscientização; • Incompetência e impotência; • Necessidade de reavaliação da sua própria competência.
Implicações da Deficiência Auditiva na Família 5) Aceitação: • Estágio final = evidencia minimização do luto; • Alcançada quando os pais superam seu pesar e se aceitam como pais novamente, embora não estejam felizes; • Concentram esforços na reabilitação; Dinâmica Familiar • A descoberta da deficiência afeta toda a família; • Atenção aos irmãos; • Importância dos avós; • Relação conflitante = afeta o processo de reabilitação; • O fonoaudiólogo deve ser receptivo às preocupações familiares.
O Processo de Adaptação • Sucesso depende do uso rotineiro da prótese. Participação da Família • Torna visível um déficit “invisível”; • Inicialmente a criança pode rejeitar a prótese = orientação!!! • A resposta à amplificação nem sempre é imediata; • A adaptação à amplificação pode ou não ser gradativa, dependendo da aceitação da criança; • Importância da estimulação; • Conhecimento da prótese pelos pais ; • Acompanhamento médico.
Estimulação de Fala, Linguagem e Audição • Necessidade de um trabalho de estimulação auditiva e aproveitamento da audição residual; • Atenção como 1ª etapa; • Importância da redundância de pistas auditivas e visuais; • Importância do contexto; • Pais devem saber as condições ambientais ótimas para comunicação; • Aceitação do desenvolvimento lento da linguagem; • Importância do fonoaudiólogo.
A Orientação no Processo de Protetização em Adultos • Objetivo: resolução das dificuldades específicas ligadas direta ou indiretamente à perda auditiva. • Aspectos psicossociais podem interferir no processo de protetização; • O profissional deve conhecer o paciente, observar seu comportamento e avaliar seu aproveitamento auditivo.
Aceitação e Motivação • Comum haver negação! • Muitos relutam em aceitar a irreversibilidade da perda auditiva; • Aceitação relaciona-se com a compreensão do que é a audição! • Fator estético = Importante!!!! • O fonoaudiólogo deve dar ao paciente uma estimativa do aproveitamento auditivo e do benefício esperado com o uso da amplificação.
Aspectos Psicossociais da Deficiência Auditiva • Sentimentos comuns: medo, insegurança e incapacidade. • Comum a apatia e o desânimo dos indivíduos; • Interferência no ambiente familiar esforço inexistente! • O fonoaudiólogo deve proporcionar uma atmosfera empática de apoio e fornecer informações sobre a perda. • Vergonha diante do interlocutor; • IDOSOS: mais uma de suas incapacidades!!!!
Adaptação à Amplificação • O adulto deve conhecer a prótese auditiva, sabendo como funciona e quais seus componentes; • Importante: com a prótese auditiva, os sons serão percebidos de uma maneira diferente. • Inicialmente a prótese deve ser usada dentro de casa ou em ambientes fechados, e isso deve ser modificado gradativamente. Grau e configuração da perda!!! • Com a ajuda do fonoaudiólogo e da família, aos poucos, o individuo torna-se mais seguro e motivado, procurando superar suas dificuldades.
Estratégias de Comunicação • Objetivo: conseguir melhor aproveitamento e desempenho para facilitar a comunicação e melhorar a qualidade de vida do indivíduo. • Segundo Erber (1988), as dificuldades na conversação podem se originar na mensagem, no interlocutor, no ambiente ou no próprio indivíduo. • Ênfase na leitura orofacial
Estratégias de Comunicação • Controlar e/ou modificar o ambiente em casa e no trabalho; • Procurar posições estratégicas numa conversa; • Interferir na atuação do próprio interlocutor; • Utilizar o auxílio do contexto; • As situações de maior exigência auditiva devem ser planejadas e estruturadas; • Verificação das próteses auditivas e utilização de outros recursos disponíveis; • Utilizar ajuda de uma terceira pessoa, quando necessário. • Utilizar lápis e papel para fazer anotações.
O indivíduo é único e tem suas dificuldades particulares. O objetivo principal de todo processo de reabilitação auditiva é levá-lo a interagir da forma mais eficiente e agradável possível nas situações de vida pessoal e social.
Capítulo 18: Reabilitação do Adulto Deficiente AuditivoEdilene Marchini Boéchat,Iêda Chaves Pacheco, Katia de Almeida
Introdução • Deficiência Auditiva = condição incapacitante • Ansiedade => frustração => falha => raiva => afastamento da situação de comunicação • AASI = minimiza efeitos negativos da DA • Escolha AASI = depende de programa de reabilitação audiológica. • Falta de orientação = pode determinar a não utilização do instrumento “sinto-me embaraçado ao perceber que paramos antes de finalizarmos” Clark (2001)
Introdução • Concepção simplista = mundo que compreende a deficiência auditiva e a amplificação seja internalizado pelo paciente. • Adulto = vem só e questiona se realmente precisa de amplificação. • Retorno = usuários insatisfeitos Por que razão não propomos um trabalho mais completo?
Relação da Fonoaudiologia e a Reabilitação do Adulto • Fonoaudiologia no Brasil = não restringe a função auditiva => ligg e sua relação com o eu e o mundo. • Recursos: - fonética => fala robotizada; - exploração da orelha externa => implante coclear - ruído => preservação da audição
Relação da Fonoaudiologia e a Reabilitação do Adulto • Fonoaudiólogo = oferece gama de recursos terapêuticos/ restaura a capacidade auditiva e reduz handicap • Parte do papel do fono inclui: saber ouvir e aproveitar informações importantes que irão fundamentar o trabalho. • Adaptação de AASI = parte do processo de reabilitação
Relação da Fonoaudiologia e a Reabilitação do Adulto Orgânicos • Aspecto físico isolado = não pode ser determinante na escolha das características de amplificação • Levantamento de todos os aspectos: esboço sobre o caminho a seguir. Emocionais • Tecnologia => melhora da compreensão de fala => há índice de rejeição • Profissional => deve identificar a relação entre o indivíduo e a deficiência
Relação da Fonoaudiologia e a Reabilitação do Adulto • Ramsdell (1978) = 3 níveis de interpretação quanto a sensação auditiva: 1) Nível primitivo: perda da habilidade de compreender fala / falta dos sons de fundo ambiente. - Perda => pode causar desorientação e depressão 2) Nível de alerta: proporciona ao indivíduo informação essencial sobre o ambiente. - Perda => conexão com a informação não-verbal é alterada = leva a insegurança. 3) Nível simbólico: sons representam o componente maior da comunicação e constituem a base da linguagem oral. - Perda => pode levar a depressão, isolamento e introspecção
Relação da Fonoaudiologia e a Reabilitação do Adulto • Impacto do diagnóstico = etapas difíceis = considerar na intervenção • Hampton (1999): pacientes sem acompanhamento = tendem mais à depressão, ansiedade e isolamento. • Valla e Sweetow (2000) = 3 fases de ajustamento emocional diante da DA 1) Fase de conscientização: reconhece a perda auditiva 2) Fase de aceitação: procura ajuda do profissional 3) Fase de ajustamento: envolvimento e controle do paciente sobre suas dificuldades e uso efetivo das orientações do fonoaudiólogo. Saber diferenciar o que é responsabilidade do aparelho, do interlocutor e da própria DA.
A Reabilitação • Acompanhamento X Aconselhamento X Reabilitação • Acompanhamento = supervisionar progresso do pc / retornos regulares. • Aconselhamento = orientações essenciais para que o indivíduo possa caminhar sozinho.
A Reabilitação • Reabilitação = participação efetiva e regular do paciente; maior conhecimento do profissional das alternativas. • Russo (1999) = Programa de reabilitação audiológica adulto / idoso - Etapa 1: avaliação global do indivíduo - Etapa 2: seleção do AASI - Etapa 3: experiência domiciliar - Etapa 4: orientação / aconselhamento - Etapa 5: percepção auditiva e visual da fala; estratégias de comunicação
A Reabilitação Aconselhamento • Procedimentos que facilitam a reabilitação do paciente por meio de informação, suporte, encaminhamentos e desenvolvimento de estratégias para resolução de problemas. • Baseado em modelo de bem-estar em curto prazo. • Vantagens: - atender bem o paciente - propiciar estrutura para educação continuada - prepara o pc ser responsável por seu cuidado auditivo
A Reabilitação • Idosos = bem sucedido se houver inclusão de um membro da família / melhora comunicação e alivia tensões. • Sessões: curta duração => informações graduais => material escrito => indivíduo atento • Sucesso no aconselhamento: - Empatia - Respeito - Coerência - Cultivar mente aberta
A Reabilitação Estratégias de comunicação • Prótese bem adaptada X limitações, • Estratégias imprescindíveis = uso do AASI e leitura orofacial => comunicação oral em condições favoráveis. • Contribuições: 1) Consciência sobre as características individuais da perda auditiva 2) Adaptação do aparelho => outros meios para facilitar a recepção da mensagem 3) Maior integração e conhecimento sobre os ambientes de convívio 4) Segurança ao paciente => audição compatível com as necessidades
A Reabilitação • Estratégias: - “Não finja que entendeu, admita quando não o fizer” - “Preste atenção: concentre-se no rosto do falante e procure pistas visuais” - “Tente entender os elementos essenciais da sentença, palavras-chaves”
Conclusão • Implantação programa de reabilitação global => auxilia retorno da comunicação verbal => bem estar físico, mental e social. • Uso das tecnologias sofisticadas = amplificação efetiva • Uso de pistas visuais suplementares = auxilia na compreensão da mensagem verbal.