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ALEITAMENTO MATERNO Sinônimo de Amor

ALEITAMENTO MATERNO Sinônimo de Amor. Fabiana Márcia de Alcântara Morais Altivo Hospital Regional da Asa Sul/SES/DF Brasília, 31 de maio de 2014 www.paulomargotto.com.br. Aleitamento.

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ALEITAMENTO MATERNO Sinônimo de Amor

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  1. ALEITAMENTO MATERNOSinônimo de Amor Fabiana Márcia de Alcântara Morais Altivo Hospital Regional da Asa Sul/SES/DF Brasília, 31 de maio de 2014 www.paulomargotto.com.br

  2. Aleitamento • O leite humano apresenta variações em sua composição conforme as idades gestacional e cronológica da criança,bem como no decorrer da mamada. • O colostro é o leite produzido até sete dias após o parto,contém: • 2,5 a 4g/100ml de proteínas. • 2g/100ml de gorduras. • 4g/100ml de lactose. • Grande quantidade de Imunoglobulinas,particularmente de IgA secretora,além de maiores teores de lactoferrina.

  3. Aleitamento • O leite de transição é produzido entre o 7º e o 15º dia após o parto. • O leite maduro é aquele secretado após o 15º dia.Este último possui: • Maior teor de lactose 7g/100ml. • Menor conteúdo protéico 1,5 a 1,8g/100ml.

  4. Aleitamento • Durante a mesma mamada podem-se distinguir três frações do leite: • Solução:Início da mamada. • Suspensão. • Emulsão:Final da mamada.

  5. Aleitamento • Na fração solução,há elevado teor de lactose e de imunoglobulinas,destacando-se ainda a presença de Oligossacarídeos,que são fatores de crescimento da flora bífida intestinal. • Na fração suspensão,encontram-se os minerais cálcio e fósforo ligados quimicamente a Caseína compondo com ela uma micela estável que proporciona melhor biodisponibilidade e absorção desses íons. • Finalmente,a fração emulsão que é constituída basicamente por Lipídios.

  6. Aleitamento • Dentre os lipídios destacam-se os ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa ( LC-PUFA),fundamentais para o desenvolvimento • do SNC e da Retina. • Os lipídios,além de constituírem principal fonte energética do leite,correspondem a 50% das necessidades energéticas diárias do RNPT. • Quanto às variações relacionadas à Idade Gestacional,sabe-se que o leite de mães de RNPT apresenta:Maiores teores de proteínas,ácidos graxos de cadeia média,energia,vitaminas,sódio e cloro em relação ao leite das mães de RNT.

  7. Composição do leite materno • COLOSTRO • Produzido pela glândula mamária nos primeiros dias após o parto. • Comparado ao leite maduro, o colostro possui maior concentração de proteínas, minerais e vitaminas lipossolúveis. • Possui grande quantidade de imunoglobulinas (IgA secretora), lactoferrina, células, oligossacarídeos, citocinas e outros agentes antibacterianos. • É rico em fatores de crescimento que estimulam o amadureciemnto do sistema digestivo do lactente.

  8. Composição do leite materno • LEITE DE TRANSIÇÃO • Período intermediário entre o colostro e o leite maduro. • Diminui a a concentração de imunoglobulinas, proteínas totais e vitaminas lipossolúveis, enquanto a lactose, a gordura e as vitaminas hidrossolúveis aumentam.

  9. Composição do leite materno • LEITE MADURO • O volume varia de 600 a 900ml/dia no primeiro semestre. • A maioria das proteínas do LM é sintetizada na glândula mamária. • A fração beta-caseína tem propriedade de formar micelas com cálcio e fósforo favorecendo o transporte destes minerais. • A fração Kappa-caseína evita a adesão de bactérias na mucosa intestinal

  10. Leite humano x leite de vaca (LV) • Leite de vaca (LV) contém mais proteínas totais. • A caseína do LV formam coágulos de difícil digestão. • LV é rico em betaglobulinas – proteína com alto poder alergênico. • Dificuldade de digestão dos lipídios do LV.

  11. Orientação no período pré-natal • Informação; • Estímulo; • Exercícios para preparação dos mamilos, massagem nas mamas e fricção vigorosa dos mamilos NÃO SÃO EFETIVOS, pois não melhoram os resultados do aleitamento materno.

  12. Aleitamento materno na sala de parto • Estabelece vínculos. • Estimula a liberação de ocitocina, que favorece a liberação da placenta. • Sugar na primeira hora diminui mortalidade e infecção. Estudo em Taiwan demonstrou o efeito negativo do parto cesário sobre a prevalência do aleitamento materno.

  13. Aleitamento materno no Alojamento Conjunto (ALCON) Mãe e RN juntos 24 horas;

  14. Benefícios para o RN prematuro • No recém-nascido pré-termo (RNPT) ocorre menor transferência placentária de imunoglobulinas; • O leite materno favorece o desenvolvimento do sistema imunológico, além estimular a maturação do trato gastrointestinal.

  15. Papel imunológico • Os leucócitos estão presentes em maior quantidade no colostro das mães de RNPT. • Imunoglobulinas e algumas enzimas (lactoferrina, apolactoferrina, lactoferricina e lisozima) também são mais concentradas em mães de RNPT. • Propriedades antiinfecciosas.

  16. Maturação do trato gastrointestinal • Hormônios polipesptídeos ativos exercem ação local estimulando proliferação celular. • Estes fatores estão presentes em maior quantidade no colostro que no leite maduro.

  17. Desempenho neurocomportamental • Estudo de coorte de Vohr e colaboladores acompanharam 1035 RNMBP e demonstrou que no grupo com leite materno (LM) houve melhor desempenho no índice mental de desenvolvimento neuropsicomotor.

  18. Produção adequada de leite • Pesquisas mostram que a principal razão do atraso no início da ordenha do leite é a falta de informação adequada. • O atraso na expressão das mamas aliado ao estresse e a ansiedade pode resultar em baixa produção de leite. • Orientações de higiene – ambiente adequado. • Ordenha manual x ordenha mecânica.

  19. Produção adequada de leite Estratégias não farmacológicas Agentes farmacológicos • Ordenha diária do LM. • Método canguru. • Sucção não nutritiva. • Galactogogos – Domperidona e Metoclopramida.

  20. Armazenamento Leite ideal! • Vidro e plástico –polipropileno e policarbonato • LM cru 12h em refrigeração (até 5 graus) • LH pasteurizado até 24h em refrigeração • LH pasteurizado congelado (-3 graus) até 6 meses. • Leite cru congelado até 15 dias. • O tempo de exposição do leite à temperatura ambiente durante a a administração não deve exceder 1h.

  21. RNPT X Seio materno • Momento ideal é controverso; • Primeira mamada; • Efeitos tróficos da nutrição enteral mínima.

  22. RNPT x Posições Invertida Em bola de futebol americano Cavaleiro

  23. Dificuldades no aleitamento materno • I – Causas ligadas à criança; • Prematuridade; • Gemelaridade; • Más formações orofaciais; • Distúrbios neurológicas; • Refluxo gastroesofágico.

  24. Prematuridade • O LM da própria mãe é o ideal – varia de acordo com o grau de prematuridade. • Melhor absorção de nutrientes. • Menor atividade da lipase pancreática. • PT extremos – iniciar sucção precoce. • Bomba de infusão.

  25. Gemelaridade • Variações para amamentação: • Alternância de bebês e mamas em cada mamada; • Alternância de bebês e mamas a cada 24h; • Mama específica para cada bebê.

  26. Más formações orofaciais • A extensão do defeito, a possibilidade de correção cirúrgica podem influenciar na prática do aleitamento materno. • Principais dificuldades: • Sucção fraca • Dificuldade de pega • Refluxo de leite pelas narinas • Ganho de peso insuficiente • Ingurgitamento e trauma mamário

  27. Más formações orofaciais • Minimizando as dificuldades… 1) Expressão manual do leite para amaciar o mamilo. 2) Oclusão da fenda com o dedo da mãe durante a mamada. 3)Aplicação de compressas mornas nas mamas para facilitar a saída de leite. 4) Posição do mamilo em direção ao lado oposto à fenda. 5) Bebê em posição semi-sentada 6)Uso de ortonemas ou obturadores palatinos

  28. Distúrbios Neurológicos • Incoordenação motora-oral, dificuldades na deglutição e na sucção, coordenação com a respiração. • Orientações • Translactação

  29. Refluxo gastroesofágico • Pouco comum em lactentes em SME. • Não contra-indica.

  30. Dificuldades ligadas à mãe • Doenças. • Medicamentos.

  31. ALEITAMENTO MATERNO (AM) NÃO RECOMENDADO • Mães infectadas pelo HIV. • Mães infectadas pelo HTLV 1 e 2. • Uso de medicamentos incompatíveis com a amamentação (antineoplásicos e radiofármacos). • Lactente com galactosemia, doença da urina em xarope de bordo e fenilcetonúria.

  32. AM: interrupção temporária • Infecção herpética – só na mama sadia. • Varicela – se a mãe apresentar vesículas na pele cinco dias antes do parto ou até dois dias depois, recomendam-se o isolamento da mãe até as lesões adquirirem forma de crosta. A criança deverá receber imunoglobulina humana antivaricela zoster em até 96 horas do nascimento. • Doença de Chagas – fase aguda ou quando houver sangramento mamilar evidente. • Abscesso mamário – até a drenagem e início de antibiótico.

  33. AM: não deve ser contraindicado TUBERCULOSE HANSENÍASE • Mães não tratadas ou ainda bacilíferas (duas primeiras semanas após o início do tratamento) amamentem com uso de máscaras e restrinjam o contato muito próximo com a criança. • O RN deverá receber isoniazida na dose de 10mg/kg/dia por 3 meses. • Após 3 meses, PPD: • Se reator – investigar doença; • Se não reator – suspender medicação e vacinar • A primeira dose da Rifampicina é suficiente para que a mãe não seja mais bacilífera. • Deve-se iniciar o tratamento da mãe e promover o aleitamento.

  34. AM: não deve ser contra indicado HEPATITE B HEPATITE C • A vacina e administração de imunoglobulina específica após o nascimento praticamente eliminam o risco teórico de transmissão da doença pelo leite materno. • A prevenção de fissuras mamilares em lactentes HCV positivas é importante, uma que não se sabe se o contato da criança com sangue materno favorece a transmissão da doença.

  35. AM: não deve ser contra indicada DENGUE CONSUMO DE DROGAS • Não há containdicação da amamentação em mães que contraem dengue, pois há no leite materno um fator antidengue que protege a criança. • Cigarro: Acredita-se que os benefícios do leite materno para a criança superem os possíveis malefícios da exposição à nicotina. • Álcool: Assim como o fumo, deve-se desetimular as mulheres que estão amamentando a ingerirem álcool. No entanto, consumo eventual moderado de álcool (0,5g de álcool por quilo de peso da mãe) é compatível com a amamentação.

  36. Drogas administradas à mãe • Algumas vezes pode haver necessidade de cuidados especiais com o uso de alguns medicamentos. • Drogas de abuso: recomenda-se interrupção temporária do aleitamento materno, com ordenha do leite, que deve ser desprezado.

  37. Contraceptivos e aleitamento materno • Deve-se preferir aquele com somente progestogênio, por sua eficácia na contracepção sem interferir no aleitamento materno. • Recomenda-se iniciá-los a partir da sexta semana após o parto. • Os anovulatórios orais contendo estrogênios são contraindicados devido ao risco de diminuição na produção de leite.

  38. PASTEURIZAÇÃO

  39. O leite pasteurizado é submetido a um controle de qualidade microbiológico,que consiste na cultura em meios apropriados para bactérias que é o Bile Lactose Verde Brilhante a 2%(BGBL),no qual as amostras são incubadas a 36º +/- 1ºC por 24 a 48 horas. • Rotineiramente é também realizado a técnica do Crematócrito,que consiste em na determinação do valor calórico (Kcal/100ml) e da porcentagem de gorduras em cada frasco de leite pasteurizado.

  40. Pasteurização: • A partir de 1998 foi implantada a Rede Brasileira de BLH cuja ações são: • 1-~Seleção de doadoras. • 2-Pasteurização. • 3-Controles físico-químico e microbiológicos. • As sorologias realizadas são aquelas específicas para a detecção de doenças como: • Sífilis • SIDA • Hepatites B e C

  41. As quais são obtidas no pré-natal e/ou por ocasião da admissão da nutriz como doadora. • O processo de pasteurização comprovadamente elimina a possibilidade de transmissão de agentes patogênicos como: • HIV • HTLV(Vírus linfotrópico humano) • CMV. • Além disso,faz parte da avaliação das doadoras pesquisa sobre o uso de medicamentos,o consumo de álcool,fumo ou drogas ilícitas.

  42. O leite cru deve ser estocado em temperatura máxima de 5ºC por um período não superior a 12 horas,podendo ser conservado por até 15 dias quando congelado a uma temperatura de no máximo de -3ºC.O leite pasteurizado pode ser armazenado em temperatura máxima de -3ºC por até 6 meses.Se tais recomendações não forem adotadas,haverá consumo de elementos de defesa e desestabilização das micelas de caseína ,com prejuizo da absorção da cálcio e fósforo.

  43. OBRIGADA.

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