700 likes | 1.39k Views
FISIOLOGIA DO POT
E N D
1. DR. MILTON S. CAMPOS NETO
NEFROLOGIA
SANTA CASA DE BELO HORIZONTE
2. FISIOLOGIA DO POTÁSSIO
3. FISIOLOGIA DO POTÁSSIO
4. FISIOLOGIA DO POTÁSSIO
6. FISIOLOGIA DO POTÁSSIO Fluxo transcelular: extra ? intracelular
Fonte: Na-K ATPase
Estimuladores: insulina e catecolamina adrenérgica-?.
H. tireoidiano: aumenta a população de Na-K ATPase ? hipocalemia por hipertireoidismo
Excreção renal: aldosterona
90% da excreção do K
7. Ingesta mínima: 40 – 50 mEq/dia de K.
Ingesta máxima: desconhecida
Excreção colônica: + 10 mEq/dia
Importante em pacientes com déficit crônico de K.
8. FISIOLOGIA DO POTÁSSIO
9. FISIOLOGIA DO POTÁSSIO
10. FISIOLOGIA DO POTÁSSIO
13. INTRODUÇÃO É o distúrbio eletrolítico ambulatorial mais comum.
Somente 2% do K corporal se localiza no espaço extracelular.
Gera uma hiperpolarização do potencial de repouso transmembrana da célula
A hipocalemia reflete um grande déficit do K corporal.
? K de 0,3 mEq/L ? ? 100 mEq K+ total
14. DÉFICIT DE POTÁSSIO CORPORAL TOTAL
[K] sérico (mEq/L) ?K (mEq/70kg)
3,5 125 – 250
3,0 150 – 400
2,5 300 – 600
2,0 500 – 750
15. Geralmente é bem tolerada
Principais portadores:
Uso de tiazídicos
Principal risco:
Portadores de doenças cardiovasculares
16. ETIOLOGIA
18. QUADRO CLÍNICO Geralmente assintomática.
Se sintomático:
Grau e rapidez de instalação
Anormalidades eletroquímicas
SINTOMAS CARDIOVASCULARES
SINTOMAS NEURO-NEUROMUSCULARES
SINTOMAS GASTROINTESTINAIS
SINTOMAS PULMONARES
SINTOMAS ENDÓCRINOS
SINTOMAS RENAIS
19. SINTOMAS CARDIOVASCULARES
Alteração do ECG:
Onda T nivelada ou invertida
Presença de onda U
Depressão de ST
Arritmias: principalmente em pctes com ICC, isquemia cardíaca, HVE
taquicardia atrial c/s BAV
Dissociação AV
Contração ventricular prematura
Taquicardia ventricular
Fibrilação ventricular
21. DIAGNÓSTICO PRIMEIRO PASSO: rever histórico de drogas que o paciente possa ter ou estar usando.
Caso não exista uso de medicações, geralmente pensar em:
Perda renal induzida por alcalose metabólica.
Baixa qtde de H no túbulo coletor ? permuta de Na por K.
Perda fecal induzida por diarréia.
22. MEDIDAS DIAGNÓSTICAS Dosar:
Urina: rotina, Na, K, creatinina, uréia
Sangue: uréia, creatinina, Na, K, Cl, Mg, gasometria venosa
23. MEDIDAS DIAGNÓSTICAS Avaliação da volemia
Hipovolemia gerando alto nível de aldosterona ? ?excreção de K urinário
Na U < 40 mEq/L
Fração de excreção de sódio < 1%
Fração de excreção de uréia < 35%
24. MEDIDAS DIAGNÓSTICAS Dosar K urinário:
Se > 25 – 30 mEq/dia ? perda de origem (ou pelo menos com a contribuição) renal.
Na amostra de urina: Ku > 15 mEq/L.
Fração de excreção de K < 8,5%
OBS: Na U > 100 mEq/dia
25. MEDIDAS DIAGNÓSTICAS Dosar gasometria (venosa)
Acidose metabólica + ?Ku ? perda intestinal baixa.
Acidose metabólica + ?Ku:
cetoacidose diabética
Acidose tubular renal tipo 1(distal) ou 2 (proximal)
Nefropatia perdedora de sal
26. MEDIDAS DIAGNÓSTICAS Alcalose metabólica + ?Ku:
Vômitos repetidos ou uso de diurético anterior.
Alguns casos de uso de laxantes.
Alcalose metabólica + ?Ku sem HA:
Vômitos repetidos
Diuréticos
Síndrome de Bartter, Gitelman
Alcalose metabólica + ?Ku com HA:
Hiperreninemia
Excesso de mineralocorticóide
Uso de diuréticos
Doença renovascular
28. ABORDAGEM DA HIPOCALEMIA
29. GENERALIDADES
Na cetoacidose diabética: repor K se < 4,5 mEq/L.
Preferência para KCl oral ou EV.
Citrato ou bicarbonato de K: apenas quando houver acidose metabólica.
Grande quantidade em frutas ? menos efetivos na correção.
30. PRINCÍPIOS DA TERAPIA PESAR RISCO – BENEFÍCIO
Repercussão clínica e taxa de declínio
Risco de morte
Avaliação da função renal
DETERMINAR URGÊNCIA E ROTA (VO/EV)
Preferência para VO
EV: situação de urgência-emergência
SITUAÇÕES ESPECIAIS
Com acidose: tratar primeiro a hipocalemia
Se hipovolemia com alcalose metabólica ? evitar expansão vigorosa da volemia
31. ESTIMAR DÉFICIT DE POTÁSSIO
32. SELEÇÃO DA SOLUÇÃO Vai depender do ânion perdido concomitante
KCl: perda de cloreto e com alcalose metabólica.
Colher de chá: 50 – 65 mEq de K.
Tabletes: liberação lenta
Raramente: lesão ulcerativa ou estenótica do TGI.
Bicarbonato de K: acidose metabólica.
Citrato de K: acidose tubular renal.
Fosfato de K: cetoacidose diabética.
33. ROTA DE ADMINISTRAÇÃO PREFERÊNCIA: VIA ORAL
Via venosa
Impossibilidade da via oral
Hipocalemia severa
Repercussão severa: arritmias cardíacas, tetraplegia, insuficiência respiratória, rabdomiólise
Solução normal de KCl: 2 mEq KCl/mL
20 – 40 mEq/L ou 10 – 20 ml em 1 litro
Em concentração maior (> 60 mEq/L): evitar veia periférica
Evitar uso de solução glicosada
34. TAXA DE ADMINISTRAÇÃO Hipocalemia leve: bem tolerado na ausência de digital ou hepatopatia severa.
Corrigir a causa de base.
Dose de 60 – 80 mEq/dia.
Hipocalemia severa ou com sintomas e alterações no ECG.
VO: ?K 1 – 1,5 mEq/L após 40 – 60 mEq.
Efeito modesto e temporário na correção do K.
Reposição EV: não exceder 10 – 20 mEq/h sem monitorização
35. TERAPIA EMERGENCIAL (rara):
?K severa no pré-op imediato de cirurgia de emergência
IAM com ectopia ventricular
5 – 10 meq de KCl EV em 15 – 20 minutos
Repetir até K > 3, 0 mEq/L
Paralisia muscular, arritmias ventriculares ameaçadora de vida: 40 –100 mEq/h
Monitorização cardíaca contínua
36. CORREÇÃO DAS DESORDENS ASSOCIADAS Principalmente hipomagnesemia
Promove refratariedade no tratamento da hipocalemia
Hipofosfatemia também gera hipocalemia persistente
Mais comum: alcalose metabólica
Hipocalemia promove alcalose metabólica
37. PREVENÇÃO DA HIPOCALEMIA Pacientes em uso de diuréticos
Considerar a suspensão de diuréticos
Diminuir a ingesta de sódio
Diurético poupador de K
?-bloqueador, inibidor SRA
Drenagem gástrica
Inibidor da bomba de prótons
pH gástrico entre 3-4
39. INTRODUÇÃO COMUM, SILENCIOSA E POTENCIALMENTE LETAL
Fácil tratamento
Além de reverter ? descobrir a causa
40. HOMEOSTASE DO POTÁSSIO SANGUÍNEO 98% do total de K: intracelular
Somente 2% no extracelular (cerca de 50 mEq de K)
Facilmente alcançável numa refeição
O nível sérico do potássio é determinado por:
Ingesta
Distribuição entre os espaços intra e extracelular
Excreção renal de K+
41. INGESTA DE POTÁSSIO
42. TAMPONAMENTO DO POTÁSSIO O grande trunfo quanto à ingesta de K:
TRANSFERÊNCIA PARA O INTRACELULAR
INSULINA ? Na-K-ATPase
Efeito independente do transporte de glicose
AGONISTAS ?2
43. DETERMINANTES DA SECREÇÃO RENAL DE POTÁSSIO
ATIVIDADE MINERALOCORTICÓIDE
OFERTA DE Na NO NÉFRON DISTAL
Ânions não-absorvíveis
INGESTA CRÔNICA DE POTÁSSIO
47. CAUSAS DE HIPERCALEMIA PSEUDO-HIPERCALEMIA
INGESTA EXCESSIVA
REDISTRIBUIÇÃO
EXCREÇÃO RENAL INADEQUADA
48. PSEUDO-HIPERCALEMIA SUSPEITA:
?K + hemólise, leucocitose ou trombocitose
Ausência de causas identificáveis
Ausência de alterações ECG
ERRO NA COLETA
Sangue hemolisado
Torniquete apertado com atividade física da extremidade ? ? 2 mEq/L do K sérico
49. INGESTA EXCESSIVA Causa infrequente ? apenas se houver excreção renal inadequada
Todos alimentos contém K
Frutas e legumes
Suplementação de K com sais de K
Suplementos dietéticos orais e endovenosos
Medicamentos:
KCl ? 4% de incidência de hipercalemia
Citrato de K, penicilina G
50. REDISTRIBUIÇÃO DO POTÁSSIO ACIDOSE
Tamponamento intracelular do H (via Na-K ATPase) ? potencial eletronegativo no extracelular ? atrai K
Inibição de secreção renal de K
HIPEROSMOLARIDADE
Manitol, hiperglicemia sem insulina ou com resistência
Desidratação celular
HIPOTERMIA
Morte celular, inibição da Na-K ATPase
51. RABDOMIÓLISE
SÍNDROME DE LISE TUMORAL
HIPERTERMIA MALIGNA
SÍNDROME NEUROLÉPTICA MALIGNA
DROGAS: agonistas ?-adrenérgicos
52. EXCREÇÃO RENAL INADEQUADA Ausência da ação da aldosterona
Diminuição da oferta de Na e água no túbulo coletor
53. EXCREÇÃO RENAL INADEQUADA HIPOALDOSTERONISMO
ACIDOSE TUBULAR TIPO 4
INSUFICIÊNCIA RENAL
? DO VOLUME CIRCULAR EFETIVO
UROPATIA OBSTRUTIVA
NEFROTOXICIDADE TUBULAR POR INIBIDORES DA CALCINEURINA
SÍNDROME DE GORDON
URETEROJEJUNOSTOMIA
USO DE DROGAS BLOQUEADORAS DO EIXO RENINA – ANGIOTENSINA – ALDOSTERONA
54. The impact of the publication of the spironolactone and mortality study on hyperkalemia in congestive heart failure ASN/ISN World Congress -- San Francisco J Am Soc Nephrol (Sep) 12:238A 2001
Hipercalemia: pré-artigo: 8,8% pós-artigo: 17,5%
Hipercalemia com/sem suplemento de K:
Com: 80% sem: 53%
Hipercalemia com/sem elevação da creatinina (> 1,5 mg%):
com: 90% sem: 27%
Média de pedidos de K pré e pós-artigo:
Pré: 3,35/pcte pós: 2,31/pcte
55. DIAGNÓSTICO DA HIPERCALEMIA
56. 4 CAUSAS PRINCIPAIS AUMENTO DA LIBERAÇÃO DE POTÁSSIO INTRACELULAR
DÉFICIT SEVERO DA FUNÇÃO RENAL
Ausência de oferta de Na suficiente no néfron distal
Ausência de quantidade suficiente de túbulos coletores para secretar K
Déficit moderado da FR com oferta excessiva de K
HIPOVOLEMIA SEVERA
HIPOALDOSTERONISMO
Ou ausência de resposta à aldosterona
57. Dosar K urinário ? valor acima de 80 – 100 mEq/dia:
Ingesta ou transferência excessiva de K na presença de déficit de função renal
Hipoaldosteronismo 1º ou funcional: TTKG
Gradiente do transporte tubular de potássio
[KU] X [OSMP ]
[KP] X [OSMU]
Hipoaldosteronismo: TTKG < 7, principalmente se < 5
58. DIAGNÓSTICO DO HIPOALDOSTERONISMO Investigar drogas que impeçam a liberação de aldosterona ou HIV
AINE, bloqueadores do SRA, heparina, ciclosporina
Após estimulo com diurético de alça:
PRA, aldosterona, cortisol
59. DISTÚRBIO
PRA ADO cortisol
Hipoaldosteronismo hiporreninêmico ? ? ?
Insuficiência de supra-renal ? ? ?
hiperplasia supra-renal congênita ? ? ?
Pseudo-hipoaldosteronismo ? ? ?
Acidose tubular I ? ? ?
60. QUADRO CLÍNICO DA HIPERCALEMIA
61. PATOGÊNESE DOS SINTOMAS Diminuição do gradiente entre o K intra e extracelular
Lentificação da saída do K IC ? retardo da entrada do Na
Retardo da transmissão neuromuscular
Diminuição da condução cardíaca
Paralisia muscular ou fraqueza
Sintomas: geralmente com K > 7,0 mEq/L
63. K= 9,3 K=7,9 K=7,2
64. ABORDAGEM DA HIPERCALEMIA
65. GENERALIDADES Tratamento de urgência em qualquer paciente com alteração ECG e K >6,5
Descobrir e retirar a causa da hipercalemia (geralmente multifatorial).
Monitorização cardíaca: prudente se K > 6,5
Restrição de K oral: 60 mEq/dia
66. REMOÇÃO DE POTÁSSIO PRIMEIRO PASSO: avaliar a patência renal
Objetivo: diminuir a reabsorção tubular de K
Medidas de remoção de potássio por via renal
Túbulo proximal: manitol ? 100 ml de 6/6h
Alça de Henle: furosemida ? 5 a 10 amp EV ? contínuo
Túbulo distal: tiazídico ? 50 a 100 mg/dia
Túbulo coletor: Na, água, bicarbonato
REMOÇÃO VIA EXTRA-RENAL: cólon ou diálise
67. ANTAGONISMO DOS EFEITOS DA HIPERCALEMIA Gluconato de Ca- o cálcio antagoniza os efeitos da membrana da hipercalemia em minutos, alterando o ECG.
Duração de 30-60 min.
Gluconato de Ca 10%- infusão de 10 min.
Monitorização ECG necessária.
68. Transferência de K para o intracelular Aumentar a atividade da Na, K-ATPase.
ESTIMULADOR ?-AGONISTA
Bicarbonato- em desuso
INSULINA