270 likes | 774 Views
Psicologia do Envelhecimento Anita Neri (org.). Professora Letícia Gonçalves. Psicologia do Envelhecimento: uma área emergente – Anita Neri.
E N D
Psicologia do EnvelhecimentoAnita Neri (org.) Professora Letícia Gonçalves
Psicologia do Envelhecimento: uma área emergente – Anita Neri • Área que investiga alterações comportamentais que acompanham o gradual declínio na funcionalidade dos vários domínios do comportamento psicológico nos anos mais avançados da vida adulta. • Retirada do foco no declínio.
Noções sobre o envelhecimento até secúlo XIX • Espécie humana já foi perfeita, mas o pecado provocou sua ruína e morte; • Pessoas que conheciam o segredo da imortalidade; • Alguma fonte milagrosa que poderia restaurar rigor e juventude, prolongando a vida.
Psicologia do desenvolvimento, do envelhecimento e gerontologia • Embasamento na teoria de Darwin: comum as teorias do desenvolvimento; • Concepções divergentes: • > estabilidade: os padrões de diferenças individuais mantêm-se constantes ao longo do tempo; • > mudança ordenada: o desenvolvimento se dá em termos de padrões ordenados de mudança ao longo do tempo, independente de história e cultura, sendo universais.: Freud, Piaget; > contextualista: indivíduo e ambiente interagem dinamicamente; • > flexível ou dialética: desenvolvimento como produto da interação entre eventos normativos e não normativos.
Desenvolvimento e envelhecimento segundo a perspectiva teórica de curso de vida • Envelhecimento: processos de transformação do organismo que ocorrem após maturação sexual: implicam a diminuição gradual da probabilidade de sobrevivência. • Curso de vida: maneiras como a sociedade atribui significados sociais e pessoais à passagem do tempo biográfico;
Teoria de curso de vida - Baltes • O desenvolvimento ontogenético estende-se por todo o curso de vida; • Nenhum período tem supremacia na regulação da natureza do desenvolvimento; • O desenvolvimento é multidirecional, pode apresentar crescimento em algum domínio e declínio em outro; • Desenvolvimento envolve equilíbrio constante entre ganhos e perdas; • Na infância preponderam ganhos, na velhice perdas;
Teoria de curso de vida - Baltes • Interação entre três sistemas de influência: • > gradação por idade: processos de maturação biológica e de socialização; • > provenientes do contexto histórico; • > eventos não-normativos.
Velhice bem sucedida • Depende do equilíbrio entre as limitações e as potencialidades dos indivíduos e como lidam com as perdas inevitáveis do envelhecimento; • Envolve um conjunto de elementos; • Diferença entre velhice normal, ótima e patológica;
Psicologia da sabedoria: origem e desenvolvimento – Paul Baltes e Jacqui Smith • Sabedoria como sistema altamente desenvolvido de conhecimento referentes a pragmática fundamental da vida: • Que envolve conhecimento e julgamento sobre o curso, variações, condições, conduta e significado da vida. • Sabedoria reflete extenso conhecimento e experiência de uma longa vida; • Mecânica e pragmática da inteligência;
Sabedoria – critérios • Amplo conhecimentos relativo a fatos; • Amplo conhecimento relativo a procedimentos; • Contextualismo quanto ao curso de vida; • Relativismo; • Incerteza: conhecimento sobre a imprevisibilidade da vida; • Domínio da pragmática fundamental da vida engloba o conhecimento sobre assuntos importantes da vida, sua interpretação e manejo.
Sabedoria • Como um sistema de conhecimento especializado e não como atributo de algumas pessoas: “sábias”.
A dinâmica dependência-autonomia no curso de vida – Margret Baltes e Susan Silverberg • Dependência: estado em que a pessoa é incapaz de existir ou funcionar sem a ajuda de outra, como relação, apego, solidariedade; • Não há dicotomia entre os termos, sim relação dialética; • Dependência propiciada pela necessidade de segurança e autonomia pela busca de identidade e individuação;
Principais tarefas na velhice: orientadas ao próprio eu • Ajustamento à aposentadoria e à perda de papeis; aumento dos problemas de saúde e de incapacidades físicas; admissão da própria finitude; • Estereótipos do idoso: dificultam a independência; • Necessidade de contato social deixa de ser importante: seletividade, laços íntimos e afetivos. • Importância de um ambiente acolhedor (dependência) e estimulador (autonomia).
Dependências • Estruturada: não participação no processo produtivo; • Física: incapacidade funcional para realizar atividades diárias; • Comportamental: dependência do outro para o autocuidado; • Dependência também como apoio.
Motivação para contato social ao longo do curso de vida: uma teoria de seletividade socioemocional – Laura Carstensen • Defesa de que, com o passar da idade, a interação aconteça cada vez mais motivada pela regulação da emoção e menos pela possibilidade de obtenção de informação ou necessidade de afiliação.
Teoria de Seletividade Socioemocional (TSS) • Focaliza os mecanismos psicológicos moderando as mudança na velhice; • Interação social motivada por uma ampla variedade de metas; • Além de metas instrumentais, outras três: obtenção de informação, desenvolvimento e manutenção de autoconceito e regulação da emoção. • Baltes: velhice bem sucedida: seleção, otimização e compensação.
Alguns dados de pesquisas • O contato familiar parece se tornar mais importante na velhice; • Parece que casamentos tornam-se mais estáveis; • A maior parte dos amigos são velhos amigos; • Ainda assim, idosos passam a maior parte do tempo sozinhos.
Redução das interações sociais na velhice • Teoria do afastamento: enquanto mecanismo adaptativo de dissociação da sociedade e desta a pessoa, enquanto processo normativo; preparação simbólica para a morte; • Teoria da atividade: pressupões que idosos desejam manter contatos sociais, mas que são prejudicados pelas barreiras físicas e sociais; • Proposta: os laços sociais realmente diminuem com os anos, mas são muito importantes para o bem-estar psicológico, saúde e longevidade.
Definição de self • Autoconceito: eu, comigo. • Dinâmico; • Processos de diferenciação e integração.
Stress e coping na vida adulta e na velhice – Lucila Goldstein • Foco nas mudanças e em como as pessoas a enfrentam; • Eventos estressantes: menos tenções relacionais, aumento de aborrecimentos com saúde; • Características pessoais que influenciam a avaliação de eventos estressantes: padrões de envolvimento da pessoa e crenças sobre si mesma e o mundo.
Recursos para lidar com stress • Saúde e energia; • Crenças positivas; • Habilidades sociais e de resolução de problemas; • Recursos Materiais; • Suporte social;
Uma teoria do controle no curso de vida – Jutta Heckhausen e Richard Schulz • Pressuposto de que as pessoas desejam produzir contigências e por isso exercem controle sobre o ambiente. • Controle primário: tentativas de alterar o ambiente de modo a satisfazer as necessidades e os desejos, adequação do ambiente a si; • Controle secundáro: tentativa de permitir-se ser controlado e de nadar a favor da corrente, adequação de si ao ambiente. • Auto-recriminação por eventos incontroláveis pode ser recorrente e prejudica a auto-estima e ações futuras.
Na velhice há aumento da persistência e tolerância com atraso de gratificações; • Importância de desenvolvimento de estratégias para lidar com o fracasso. • Controle funcional e disfuncional (impactam ou não na otimização do controle); verídico e ilusório (refletem ou não a realidade).
Resiliência e níveis de capacidade de reserva na velhice: perspectivas da teoria de curso de vida – Ursula Staudinger, Michael Marsiske e Paul Baltes • O desenvolvimento se caracteriza pela ocorrência de aumento (ganhos), diminuição (perdas) e manutenção (estabilidade). • Plasticidade: capacidade de reserva (recursos internos, como saúde física; recursos externos, como status econômico); • Resiliência: • Manutenção do desenvolvimento normal, apesar de presença de ameaças ou riscos; • Recuperação após um trauma.
Modelo de otimização e aperfeiçoamento • Foco na identificação das condiçoes que conduzem ao crescimento, mesmo antes de alguma ameaça