420 likes | 817 Views
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PRÉ-NATAL. H.A.T. REGULAMENTAÇÃO DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL.
E N D
REGULAMENTAÇÃO DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL • Baseado na Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem, do Decreto nº 94.406, de 08 de junho de 1987, o qual regulamenta a Lei nº 7.498, e da resolução COFEN nº 271/2002 que a reafirma, diz: “ o pré-natal de baixo risco pode ser inteiramente acompanhado pela enfermeira (MS, Brasília 2000).”
Resolução COFEN Nº 271/2002 • Art.1º - É ação da Enfermagem, quando praticada pelo Enfermeiro, como integrante da equipe de saúde, a prescrição de medicamentos • Art.2º - Os limites legais, são os Programas de Saúde Pública e rotinas que tenham sido aprovadas em Instituições de Saúde, pública ou privada.
Resolução COFEN Nº 271/2002 • Art. 3º - O Enfermeiro tem autonomia na escolha dos medicamentos e respectiva posologia, respondendo integralmente pelos atos praticados • Art 4º - O Enfermeiro pode solicitar exames de rotina e complementares Resolução COFEN nº 195/1997
Resolução COFEN nº 271/2002 • Art. 5º - O Enfermeiro pode receber o cliente para efetuar a consulta de Enfermagem. Com o objetivo de conhecer / intervir, sobre os problemas / situações / doença.
IMPORTÂNCIA DO PRÉ-NATAL • Sabe-se que um pré-natal inadequado é espelho dos altos índices de morbimortalidade, uma vez que 90% das causas de morte materna diretas são evitáveis no pré-natal e menos de 10% morrem de causas indiretas.
OBJETIVO DO PRÉ NATAL • O principal objetivo de pré-natal é prestar assistência à mulher desde o início de sua gravidez, onde ocorrem mudanças físicas e emocionais e que cada gestante vivencia de forma distinta. • A assistência ao pré-natal é o primeiro passo para o parto e nascimento humanizados.
IMPORTÂNCIA DA CONSULTA PRÉ-NATAL • A consulta de pré-natal envolve procedimentos bastante simples, podendo o profissional de saúde dedicar-se a escutar as demandas da gestante, transmitindo nesse momento o apoio e confiança necessários para que ela se fortaleça e possa conduzir com mais autonomia a gestação e parto.
Adesão ao Pré-Natal • Está demonstrado que a adesão das mulheres ao pré-natal está relacionada: • Com a qualidade de assistência prestada pelo serviço e pelos profissionais de saúde, o que, em última análise, será essencial para redução dos elevados índices de mortalidade materna e perinatal verificados no Brasil.
Assistência Integral à Saúde da Mulher • A assistência pré-natal deve ser organizada para atender às reais necessidades da população de gestantes, mediante utilização dos conhecimentos técnico-científicos existentes e dos meios e recursos disponíveis mais adequados para cada caso.
ELABORAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE PROTOCOLOS • A elaboração e implantação de protocolos fazem-se necessárias no atendimento ao pré-natal, realizado por enfermeiros e médicos, despontando como um caminho fundamental a ser percorrido, para o avanço na saúde materno infantil.
FINALIDADE DA PRIMEIRA CONSULTA DE ENFERMAGEM • Tem como objetivo: acolher a mulher respeitando sua condição emocional em relação à atual gestação, • esclarecer suas dúvidas, medos, angustias ou simplesmente curiosidade em relação a este novo momento em sua vida; • identificação e classificação de riscos; • confirmação de diagnóstico; • adesão ao pré natal e educação para saúde estimulando o auto cuidado.
ROTEIRO PARA A PRIMEIRA CONSULTA • Levantamento de prontuário antes da gestante entrar no consultório – avaliar: realidade socioeconômica, condições de moradia, composição familiar e antecedentes • Esclarecer a gestante que seu acompanhante poderá participar de seu atendimento, se o desejar, • Levantar as expectativas da gestante com relação ao atendimento • Identificar as experiências anteriores. • Utilização da Sistematização de Assistência de Enfermagem (SAE): entrevista com preenchimento da ficha obstétrica; - realização do exame físico geral e específico; - registro dos achados, diagnósticos ou levantamento de enfermagem; - prescrição de enfermagem ou plano de cuidado
SOLICITAÇÃO DE EXAMES E ENCAMINHAMENTOS • Solicitação de US Obstétrico (1º e 3º trimestre ou quando se fizer necessário) • Agendamento do primeiro grupo • Agendamento da primeira consulta médica • Agendamento da coleta de citologia oncótica • Orientações de acordo com os achados, com atenção ao calendário vacinal • Preenchimento do cartão da gestante • Encaminhamento ao serviço odontológico s/n • Encaminhar as situações de urgência e emergência (sangramento, rotura de bolsa amniótica, trabalho de parto prematuro, hipertensão grave, etc) diretamente ao hospital de referência.
CONSULTAS SUBSEQUENTES • Revisão da ficha obstétrica e anamnese atual • Anotação da idade gestacional • Controle do calendário vacinal • Exame físico geral e gineco-obstétrico • Determinação do peso • Calcular o ganho de peso, anotar no gráfico e observar o sentido da curva para avaliação do estado nutricional • Aferição da pressão arterial • Inspeção das mamas • Palpação obstétrica e medida da altura e circunferência uterina • Anotar no gráfico e avaliar o crescimento fetal através do sentido da curva (após 16ª semana). • Ausculta dos batimentos cardiofetais
Pesquisa de edema • Exame especular ( se necessário) • Interpretação de exames laboratoriais e encaminhar para avaliação médica se necessário • Solicitar VDRL, HIV,Urina I e Glicemia de jejum nos três trimestres. • Acompanhamento das condutas adotadas • Orientar sobre os métodos contraceptivos • Abordagem sobre a dinâmica familiar • Abordagem sobre a situação trabalhista da gestante • Orientar sobre: alimentação; mudanças do corpo; higiene • Agendamento do retorno conforme o fluxograma ou com a necessidade.
EXAMES DE ROTINA • Hemoglobina (Hb) • PPF (protoparasitológico de fezes) • Urina I • Glicemia em jejum • Tipagem sanguínea com fator Rh Quando Rh negativo - solicitar Coombs Indireto, se negativo - repeti-lo a cada 4 semanas a partir da 24ª semana. se positivo – referir ao pré natal de alto risco
Sorologias: • Toxoplasmose • HIV (esclarecimento e concordância verbal) • Hepatite B • Rubéola • Lues (VDRL)
GRUPOS DURANTE O PRÉ NATAL • ABORDAR OS SEGUINTES ASPECTOS: • Mudanças fisiológicas do corpo • Evolução do feto • Sexualidade • Aspectos emocionais • Atividade física • Alimentação • Auto cuidado e auto estima • Trabalhar mitos e tabus com a gestante e com a família • Direitos trabalhistas • Imunização
Amamentação • Cuidados com o RN • Sinais do parto • Tipos de parto • Puerpério • Planejamento Familiar • Gestantes vítimas de violência • Gravidez na adolescência • Depressão pós parto
QUEIXAS MAIS FREQUÊNTES NA GESTAÇÃO • NÁUSEAS E VÔMITOS • PIROSE • FRAQUEZAS E DESMAIOS • CÓLICAS, FLATULENCIA E OBSTIPAÇÃO INTESTINAL • HEMORRÓIDAS • CORRIMENTO VAGINAL • QUEIXAS URINÁRIAS • DIFICULDADE PARA RESPIRAR, FALTA DE AR
DOR NAS MAMAS • DOR LOMBAR • CEFALÉIA • EPÚLIDA (SANGRAMENTO NAS GENGIVAS) • VARIZES • CÃIMBRAS • CLOASMA GRAVÍDICO • ESTRIAS
PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS PADRONIZADOS NO PRÉ NATAL • Segundo o Ministério da Saúde(2000) • Ácido fólico 5 mg 1 comprimido ao dia até a 14ª semana • Sulfato ferroso de acordo com resultado de Hb: • Se Hb > 11g/dl – à partir da 20ª semana/ sem anemia • 300mg – 1 drágea ao dia 30 minutos antes da refeição, com suco cítrico preferencialmente • Se Hb < 11 g/dl e 8 g/dl – anemia leve e moderada • 300 mg – 1 drágea três vezes ao dia • Antieméticos: Dimenitrato 50 mg + cloridrato de piridoxina 10 mg – 1 comprimido de 6/6 horas.
PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO • Para o pré-natal de baixo risco é proposto um mínimo de 6 consultas como preconiza o Ministério da Saúde.
PROGRAMA DE CONSULTAS • “O intervalo entre as consultas deve ser de quatro semanas • Após a 36º semana, a gestante deverá ser acompanhada à cada 15 dias, visando a avaliação da pressão arterial, da presença de edemas, da altura uterina, movimentos do feto e dos batimentos cardiofetais. • Frente a qualquer alteração, ou se o parto não ocorrer até sete dias após a data provável, a gestante deverá ter consulta médica assegurada, ou ser referida para serviço de maior complexidade”.
CRONOGRAMA DE CONSULTAS • As consultas deverão ser intercaladas entre médicos e enfermeiros, respeitando o risco obstétrico de cada paciente.
A CONSULTA DE ENFERMAGEM • –Individual-, onde será preenchido o prontuário da gestante do Ambulatório, constando: • História clínica e obstétrica, cálculo da idade gestacional e data provável do parto, avaliação de risco gestacional, exame físico e obstétrico, Pressão Arterial, peso, estatura, altura uterina, avaliação das mamas e orientação ao preparo para amamentação, orientação aos cuidados com a pele, ausculta dos batimentos cardio fetais, identificar e orientar sobre as queixas mais freqüentes.
NORMAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDEAVALIAÇÃO DE RISCO • CRITÉRIOS QUE DEFINEM UM PRÉ-NATAL DE RISCO E QUE NECESSITAM SER ACOMPANHADAS E ENCAMINHADAS PARA O MÉDICO
PRÉ-NATAL DE RISCO • Antecedentes de mortalidade perinatal • Antecedentes de mal formação congênita • Antecedentes de prematuridade • Antecedentes de parto prematuro e / ou morte intra-útero • Aborto habitual
PRÉ-NATAL DE RISCO • Retardo de crescimento intra- uterino (RCIU). • Diabetes gestacional • Hipertensão arterial (sistólica > 3mmHg e diastólica > 1,5mmHg em relação à PA Basal) • Cardiopatias • Gestante com idade menor de 16 anos ou maior de 35 anos
PRÉ-NATAL DE RISCO • Excesso de ganho de peso durante a gestação • Desnutrição, anemia. • Toxoplasmose, Rubéola , sífilis e HIV na gestação • Síndrome hemorrágica na gravidez • Pneumopatias na gestação
PRÉ-NATAL DE RISCO • Nefropatias • Alcoolismo Crônico • Gemelaridade • Incompetência istmo cervical
ENVOLVIMENTO FAMILIAR • Importância do trinômio pai-mãe-filho • Importância do pai durante a gestação • Importância do vínculo pai e filho para o desenvolvimento saudável da criança. • Importância e orientação do planejamento familiar