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Doença Crónica Depoimentos
“Acabámos de descobrir que minha esposa de 33 anos tem Esclerose Múltipla. Estamos muito abalados com tudo isto, pois o impacto é muito forte. Descobrimos por acaso, pois ela nunca apresentou nenhum sintoma. Estamos muito assustados com tudo isto e, sobretudo, ela está muito aflita. Tento acalma-lá, mais está muito difícil. Ainda consigo um pouco, pois ainda consigo manter a minha calma e mostrar-lhe que temos que ser fortes para convivermos com isto e superarmos as dificuldades que podemos vir a ter. Com tudo isto, fico preocupado também com nossa filha de 3 anos e meio, pois ninguém sabe realmente afirmar se é hereditário.“
“Até os sete anos a Kátia não apresentava nenhum problema, era uma criança completamente normal. Um dia ela teve uma dor de cabeça fortíssima e, logo em seguida, disse que não estava a ver bem. Procurei vários médicos, de diversas especialidades, e só quando ela completou nove anos é que diagnosticaram esclerose múltipla. Eu não sabia nada sobre essa doença, nem sabia que existia. Só depois que soube que minha filha era portadora que comecei a me informar. É muito triste ver uma criança a sofrer e não saber o que ela tem.”
“ O meu nome é Marli e sou portadora de Esclerose Múltipla. Descobri em Janeiro de 2006; foi muito confuso no início, confesso que ainda tenho aquele susto muitas vezes! Há um mês e meio tive outro surto, fiz pulsoterapia por três dias, mas tenho uma vida normal: trabalho e viajo normalmente. No primeiro surto fiquei sem andar mas recuperei muito bem, perdi um pouco da visão do olho esquerdomas vou levando a vida com alegria, pois tenho a minha família e muitos amigos com quem posso contar sempre.”
“Comecei a sentir os sintomas do que muito mais tarde soube que era esclerose múltipla aos 25 anos. Na época caía muito, não tinha firmeza na perna direita. Além disso, comecei a ter problemas de visão. Até que tive uma crise muito forte, fui parar ao hospital com todo o lado direito do corpo paralisado. Demorei seis anos para saber que tinha esclerose múltipla. Quando soube já tinha mais de 30 anos, já não conseguia andar e tive que parar de trabalhar. Passei quinze anos da minha vida sem pôr os pés no chão e a tomar remédios que nada tinham a ver com minha doença e que deixaram sequelas para sempre. Hoje recuperei parte dos movimentos das pernas, tenho que andar com andador ou cadeiras de rodas, mas consigo escrever, troco de roupa sozinha, coisas que não conseguia fazer antes. É triste pensar que fiquei tanto tempo sem saber o que realmente eu tinha e sem receber o tratamento adequado.“
“Nunca vi uma pessoa com tanta força interior como a minha mãe... Ela tem enfrentado as coisas de uma forma… eu era incapaz... Se alguma vez ficar numa situação como a dela, vou fazer de tudo para a ter como exemplo de vida...”