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Prática Docente na Sala de Aula do Ensino Superior. Prof.ª Dr.ª Terezinha Bazé de Lima e-mail: bazelima@unigran.br Site: www.baze.hpg.com.br. COMECE COM UM OBJETIVO EM MENTE Come ç ar com um objetivo em mente significa come ç ar tendo uma compreensão clara do destino.
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Prática Docente na Sala de Aula do Ensino Superior Prof.ª Dr.ª Terezinha Bazé de Lima e-mail: bazelima@unigran.br Site: www.baze.hpg.com.br
COMECE COM UM OBJETIVO EM MENTE Começar com um objetivo em mente significa começar tendo uma compreensão clara do destino. Significa saber para onde você está seguindo, de modo a compreender melhor onde você está agora para depois dar o passo na direção correta... Há uma criação mental ou inicial e a criação física. E isso vale para tudo, para ter noção do que estamos fazendo. Começar com um objetivo em mente se baseia no princípio de que todas as coisas são criadas duas vezes: Uma no Plano Mental e a outra no Plano Físico. Podemos viver correndo, ser até muito eficientes, mas só seremos verdadeiramente eficazes quando tivermos um objetivo em mente. Stephen R. Covey, "Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes"
Objetivos da Palestra • - Propiciar uma reflexão teórico-prática acerca do desenvolvimento da qualidade do ensino superior em especial a sala de aula universitária, contribuindo para o aumento da consciência, da sabedoria e da intelectualidade do professor do ensino superior. • - Contribuir para o processo de formação, atuação, reflexão sobre a profissionalização docente e sua ação frente ao ato de planejar, acompanhar, avaliar e replanejar a tarefa docente com o intuito de promover a permanência e o desenvolvimento dos alunos do ensino superior, em especial do noturno. • - Provocar mudanças na prática docente da sala • de aula universitária dos professores que atuam • nos diversos cursos da UNIGRAN.
A construção desta palestra está alicerçada teoricamente nos seguintes autores: CASTANHO e CASTANHO (2002); PERRENOUD (2000); PIMENTA e ANASTASIOU (2002); MASETO (2002) e CUNHA (1998).
Problematização1.Existe, hoje, uma crescente preocupação com a docência no ensino superior, a qual tem proporcionado um aumento nos estudos sobre o tema da formação e do desenvolvimento profissional dos professores universitários, para além de um saber meramente teórico-disciplinar. 2.Há a necessidade de ampliar-se a demanda desses profissionais por uma formação também no campo dos saberes pedagógicos e políticos o que indica um reconhecimento da importância desses saberes para ensinar bem no ensino superior.
3. As transformações da sociedade contemporânea consolidam o entendimento da educação como fenômeno plurifacetado, ocorrendo em muitos lugares, institucionalizados ou não.4.Desta forma, “ a docência,entendida como o ensinar e o aprender, está presente na prática social em geral e não apenas na escola e ou universidade (Libâneo, 1998)5.Em síntese, fala-se de uma sociedade genuinamente pedagógica (Beillerot 1985). Em qualquer âmbito em que o pesquisador/profissional atue, exercerá uma ação docente. Isso aponta para a formação do futuro profissional, de qualquer área, como educador, como comunicador, como pesquisador reflexivo no papel de formador de profissionais também reflexivos.
TESESe conhecer não reduz a informar, que não basta se expor aos meios de informações para adquiri-las, senão que é preciso operar com as informações para adquiri-la, na direção de que a partir delas – chegar ao conhecimento -, então parece-nos que a universidade, através dos professor universitários, tem um grande trabalho a realizar na sala de aula e fora dela, que é proceder à mediação entre a sociedade da informação e os alunos, no sentido de possibilitar que, pelo exercício da reflexão, adquiram a sabedoria necessária à permanente construção do humano (PIMENTA, 2002).
DIMENSÃO DA IDENTIDADE DOS DOCENTES UNIVERSÁRIOS PARA REFLETIR A docência universitária é uma profissão para nós ou o trabalho que exercemos? Qual é o eixo em torno do qual é construída a identidade profissional?
Quando cabe a nós dizer o que somos, como nos autodefinimos: como administradores, economistas, advogados, médicos, engenheiros ou como professores do ensino superior ou ainda também professor de universidade?
A docência universitária é extremamente contraditória em relação a seus parâmetros de identidade socioprofissional. É freqüente nós nos deparamos com professores universitários, identificando assim: “ sou professor universitário”, na medida em que isso é sinal de grande status social. Todavia, esse reconhecimento é secundário na hora de avaliar os elementos a partir dos quais se constrói e desenvolve-se essa identidade.
Isto posto, existe muitos professores universitários que autodefinem-se mais sob o âmbito da profissão primeiramente assumida pela identidade socioprofissional (status social) muitas vezes como engenheiros, advogados e outros, do que como docentes universitários.
Um dos aspectos mais críticos dos professores do ensino superior é o lugar onde depositamos nossa identidade profissional, geralmente no ensino superior está presente um grande número de professores que possuem uma identidade profissional docente indefinida. Isto........................................
O Papel do Professor no Ensino Superior Entendendo a universidade como um serviço de educação que se efetiva pela docência e pela investigação, suas funções podem ser sintetizadas em: criação, desenvolvimento, transmissão e crítica da ciência, da técnica e da cultura; preparação para o exercício de atividades profissionais que exijam a aplicação de conhecimentos e métodos científicos e para a criação artística; apoio científico e técnico ao desenvolvimento cultural, social e econômico das sociedades. Entende-se que na universidade o ensino constitui um processo de busca e de construção científica e de crítica ao conhecimento produzido, ou seja, seu papel na construção da sociedade.
Característica do Processo Aprendizagem na Universidadea) propiciar o domínio de um conjunto de conhecimentos, métodos e técnicas científicas, que assegurem o domínio científico e profissional do campo específico e que devem ser ensinados criticamente (isto é, em seus nexos com a produção social e histórica da sociedade), desenvolvimento e habilidades de pesquisa;
b) Conduzir a uma progressiva autonomia do aluno na busca de conhecimentos; c) Desenvolver capacidade de reflexão; d) Considerar o processo de ensinar e aprender como atividade integrada à investigação; e) Substituir o ensino que se limita à transmissão de conteúdos, por um ensino que se constitui em processo de investigação do conhecimento;
Integrar, vertical e horizontalmente, a atividade de investigação à atividade de ensinar do professor, o que supõe trabalho em equipe; g) Criar e recriar situações de aprendizagem; h) Valorizar a avaliação diagnóstica e compreensiva da atividade mais do que a avaliação como controle; • Conhecer o universo de conhecimentos e cultural dos alunos e desenvolver processos de ensino e aprendizagem interativos e participativos, com base nesses conhecimentos.
Perfil do Professor no Ensino Superior: uma construção • Domínio do método científico para desenvolvimento da pesquisa como suporte da aprendizagem do professor e do aluno. • Ter uma base teórica e domínio da leitura e escrita como mecanismo de elaboração própria e científica. • Dominar as normas da ABNT, visando a produção e a dissiminação do conhecimento científico e organização da produção científica individual e coletiva. 4. Atuar no ensino, na pesquisa e na extensão como profissional reflexivo, crítico e competente no âmbito de sua disciplina.
Possuir conhecimentos didáticos e pedagógicos para exercer a docência com eficácia. • Saber utilizar as tecnologias da comunicação e da informação para serem integradas nos processos pedagógicos com os alunos e na construção do conhecimento científico. • Possuir conhecimentos além da especificidade da formação visando assegurar a formação generalista do acadêmico.
Ter ampla consciência da necessidade de cuidar da sua própria formação continuada. • Participar e incentivar os acadêmicos à produção científica do conhecimento e sua divulgação em eventos científicos e periódicos especializados. 10. Preocupar com a organização do currículo Lattes de seus acadêmicos tendo como base a importância da atualização e organização do próprio currículo Lattes.
Em suma, o perfil do professor universitário ainda requer: sensibilidade diante do mundo; fluência e mobilidade do pensamento; originalidade pessoal; atitude para transformar as coisas; espírito de análise e síntese e capacidade de organização coerente; qualidades que devem necessariamente ser desenvolvidas no processo educativo a fim de formar pessoas criativas.
CONCEITO DE “SALA DE AULA UNIVERSITÁRIA” Sala de aula universitária deve ser entendida como espaço para dúvida, para leitura, elaboração e interpretação de textos, música, vídeos, filmes, arte, cultura, ciência. A sala de aula universitária para realizar suas tarefas básicas de pesquisa, de ensino e de extensão, precisa da leitura e da escrita como instrumentos fundamentais de atuação. Lugar de tempo e espaço de aprendizagem dos sujeitos do processo de aprendizagem: professor e alunos – juntos, realizam uma série de interações:
Discutir e debater; • Consultar e pesquisar; • Solucionar dúvidas; • Orientar trabalhos de investigação e pesquisa; • Oficinas e trabalhos de campo; • Projetos; • Elaboração científica dos resultados dos projetos; • Interferência no meio social, provocando mudanças.
Lembretes para aula Universitária: • Apresentação e discussão do planejamento de ensino com a turma. • Definição da Metodologia de Trabalho. • Definição de obras para leituras obrigatórias (trabalho sempre que possível, coletivo). • Discussão dos critérios de avaliação.
Princípios de uma aula: • Ter o aluno como referência. • Valorizar o cotidiano. • Preocupar-se com a linguagem e conceitos. • Privilegiar a análise sobre a síntese. • Ver a aprendizagem como ação. • Selecionar conteúdos emergindo dos objetivos, • das competências, visando a construção de • habilidades.
7. Inserir a dúvida como princípio pedagógico. 8.Valorizar outros materiais de ensino. 9. Trabalhar a partir das representações dos alunos (ter em mente o diagnóstico da turma). 10. Construir na sala de aula um verdadeiro laboratório de aprendizagem onde alunos, professores e outros são parte ativa do processo.
AVALIAÇÃO • Capacidade de refletir sobre os processos de aprendizagem. • Devolutiva aos alunos. • Motivação dos alunos para desenvolverem seu processo de aprendizagem. • Avaliação contínua – desempenho do aluno, do professor e adequação dos conteúdos.
Rotinas do Trabalho Docente no Ensino Superior • Conhecer o PDI da Instituição: • Metas • Missão • Objetivos 2. Conhecer as Diretrizes Curriculares do seu curso e o Projeto Político Pedagógico; 3. Dominar as competências de formação profissional prescritas nas Diretrizes e Projeto Pedagógico do Curso.
4. Trabalhar o Ensino, a Extensão e a Pesquisa. 5. Possuir linhas de Pesquisa e Extensão definidas. 6. Desenvolver a Iniciação Científica. 7. Possuir um Corpo Teórico definido. 8. Selecionar livros (textos da disciplina) com coerência teórica. 9. Visitar a Biblioteca para conhecer e sugerir novos títulos. 10. Ser pontual na entrega de notas e outros documentos. 11. Devolver os trabalhos e atividades dos alunos devidamente avaliados. 12. Organizar pastas dos textos e atividades no setor do xerox.
13. Trazer atualizado, em pastas, o currículo Lattes e a produção científica, devidamente comprovada. 14. Participar de reuniões e colegiados e reuniões de trabalho e estudo. 15. Dispensar total atenção ao desenvolvimento do aprendizado dos alunos. 16. Ministrar aula de qualidade, cumprindo rigorosamente, o horário em sala de aula. 17. Outras atividades essenciais: - Plano de Ensino - Plano de Aula - Controle de Freqüência - Mapa de Controle - Registro das Atividades
Considerações Finais • Diante dos desafios da sociedade contemporânea, repensar a formação docente e a organização da sala de aula como espaço de aprendizagem torna-se uma necessidade premente. • Nesse tempo contemporâneo, podem-se identificar três aspectos que impulsionam o desenvolvimento profissional do professor universitário. Quais são: • a transformação da sociedade, seus valores e suas formas de organização e de trabalho; • o avanço exponencial da ciência nas últimas décadas; • a consolidação progressiva de uma ciência da educação possibilitando a todos o acesso aos saberes elaborados no campo da pedagogia.
O aperfeiçoamento do professor universitário exige, pois, uma integração de saberes complementares. O domínio de uma disciplina específica não é mais suficiente. Torna-se indispensável um saber pedagógico, político e científico para construção de consciência, sabedoria e inteligência numa sociedade globalizada, complexa e contraditória. 4. A conferência Mundial sobre a Educação Superior (1997) indica novas demandas para o Ensino Superior: • a qualidade da educação; • a pluralidade cultural; - a capacidade de promover a inclusão social;
-a importância da educação a distância e as novas tecnologias para ensinar e aprender em novos tempos; - gestão e controle do ensino; • financiamento do ensino e da pesquisa e da formação continuada do professor em nível de mestrado e doutorado; • o mercado de trabalho e a sociedade; • os direitos e liberdades dos professores na gestão do trabalho pedagógico; • as condições de trabalho e a valorização docente.
5. Desta forma, à Instituição que se apresenta preocupada com a formação continuada dos seus professores requer-se intencionalidade, envolvimento, trabalho coletivo, disponibilidade para mudança, espaço institucional coerente, coragem, riscos e flexibilidade mental. Portanto, o avançar no processo da docência e do desenvolvimento profissional, por meio da preparação pedagógica, não se dará em separado de processos de desenvolvimento pessoal e institucional.
ONDE CRESCE A ESPERANÇA Fica decretado que, a partir deste instante, haverá girassóis em todas as janelas, que os girassóis terão direito a abrir-se dentro da sombra, e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro, abertas para o verde onde cresce a esperança. Thiago de Mello Com a tradução de Pablo Neruda