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Biossegurança e Infecção Hospitalar. Profº Enfº Gleidson Sena. Infecção Hospitalar - Visão Histórica Mundial. 1796 – Edward Jenner : Vacina da Varíola. 1847 - Ignaz Semmelweiz : Lavagem das Mãos. 1860 - Florence Naghtingale – O Ambiente. 1863 - Louis Pasteur – Vacinas Atenuadas.
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Biossegurança e Infecção Hospitalar ProfºEnfºGleidson Sena
Infecção Hospitalar - Visão Histórica Mundial 1796 – Edward Jenner : Vacina da Varíola. 1847 - Ignaz Semmelweiz : Lavagem das Mãos. 1860 - Florence Naghtingale – O Ambiente. 1863 - Louis Pasteur – Vacinas Atenuadas. 1877 – Joseph Lister : Antissepsia. Robert Lawson Tait – Assepsia. 1882 - Robert Koch – Tuberculose. 1889 - William Halsted – Luvas Cirúrgicas. 1941 - Alexander Fleming: Penicilina.
Louis Pasteur Florence Nightingale Ignaz Semmelweis Edward Jenner Joseph Lister Alexander Fleming William Halsted Robert Koch
Edward Jenner – OPai da Imunologia - 1796 • Observou que os fazendeiros que contraíram varíola bovina ficavam protegidas da varíola humana. Inoculou então um menino de 8 anos com a varíola bovina. Ele chamou de VACINA- ou seja, “da vaca”.
Ignaz Semmelweis Lavagem das Mãos -1847
Em maio de 1847 Semmelweis • Tornou compulsório a lavagem das mãos* com uma solução clorada. *Com essa simples medida a queda dos índices de infecção puerperal foi de 12,24% para 1,89%!
Na Guerra da Criméia, em 1854. • Melhorou as condições sanitárias do hospital de atendimento de feridos de guerra, instalando condições adequadas de higiene na cozinha, lavanderia e quartos dos pacientes. Com isto, obteve significativa redução de mortalidade.
Louis Pasteur, vacinas atenuadas - 1863 • Pasteur estava estudando a bactéria que causa a cólera, cultivando-a e injetando em galinhas. Ao voltar de férias, ele usou uma cultura velha para injetar e, surpreendentemente, as galinhas adoeceram mas melhoraram.
Pasteur concluiu que foi por causa da cultura velha, e fez uma cultura fresca. Desta vez, como ele tinha poucas galinhas, resolveu usar algumas do experimento anterior.
Resultado: as galinhas do experimento anterior sobreviveram e as não inoculadas previamente morreram. Pasteur reconheceu que o envelhecimento da cultura tinha enfraquecido a bactéria, a ponto de torná-la não letal, e aplicou este conhecimento para proteger outras doenças. A partir desse experimento, Pasteur então produz vacinas para cólera, anthrax, e raiva.
Joseph Lister, 1877 • Utilização dofenolcomo antisséptico, reduzindo o número de mortes por infecções pós-operatórias, criando a medicina anti-séptica.
Robert LawsonTait – Pioneiro da Assepsia • Fazia questão de lavar seu teatro operatório com água e sabão com o zelo de uma dona de casa, e todos seus casos de ovariotomiassobreviveram.
Robert Koch1882 - Tuberculose • Bacilo da tuberculose, do vibrião do cólera e da origem da doença do sono, o que lhe valeu o Prêmio Nobel em 1905. Considerado, junto com Pasteur, o criador da Bacteriologia Médica.
WilliamHalsted -As Luvas do Amor, 1889 • Mãos mergulhadas em soluções fenólicas antes das cirúrgicas, assim como os instrumentos e outros utensílios que fossem utilizados. • Dano causado à pele pelo fenol, pois não se usavam luvas para cirurgias. • Carolina Hampton
Alexander Fleming - Descoberta da Penicilina - 1941 • Cultura de estafilococos sendo destruída por um fungo* que aparecera por acaso. Isolou a substância que dissolvia as bactérias sem atacar o organismo humano e desenvolveu a penicilina, o primeiro antibiótico.
1- Comentários Gerais • Nós vivemos em um mundo povoado por Microorganismos, que se espalham pelo meio ambiente, e pelo nosso corpo. • É impossíveleliminá-los totalmente.
Fique Atento!! • Os microorganismosnão possuem a capacidade de se movimentar.
Os Microorganismosse Tornam Nocivos... • Baixa Resistência; • Alimentação; • Estresse; • Lesões; • Quando mudam seu habitat natural; • Multiplicação Desordenada.
2- Microbiota Humana • O homem só está livre de microorganismos no útero. • Entretanto, a partir de duas semanas de vida, a flora microbiana já é semelhante a do adulto.
A Microbiota Humana Normal Flora Transitória Se classifica em: Flora Residente
Microbiota ou “Flora Microbiana Residente” • Instala-se em duas semanas após o nascimento. Tem o poder de restabelecer-se por si só. Os tecidos do corpo humano representam seu habitat natural, e quando em equilíbrio, não provoca doenças, e sim atua como barreiraantiinfecciosa.
A Flora Microbiana Residente • Sua redução se dá através da utilização de anti-sépticos ou descamação da pele. • Vive nos tecidos nos quais se instalou sem causar dano algum. mas pode ser alterada, ou transportada de um tecido para outro, tornando-se ecologicamente inadaptada, e aí sim pode ocasionar um processo infeccioso.
Microbiota ou “Flora Microbiana Transitória • Colonizam os tecidos temporariamente, por horas, dias ou semanas, não sendo restabelecidas por si só. A sua interação com os tecidos é reversível podendo ser removida com água e sabão.
Geralmente origina-se do meio ambiente ou de outros tecidos do próprio indivíduo. Não apresenta problema se a Flora residente estiver intacta. As mãos são o principal fator de sua veiculação. • É facilmente removida com água e sabão, ou morre em 01 hora “se não encontrar ambiente favorável”.
Fatores que Alteram Microbiota: • Condições da pele; • Idade; • Dieta; • Hábitos de higiene; • Doenças; • Poluição do ar; • Saneamento básico; Flora Normal? Doenças?
Células Humanas 3- A Distribuição da Microbiota Colonização • Estima-se que nos seres humanos o n° de células microbianas seja 10 vezes maior que o n° de células próprias do organismo. • A microbiota está presente principalmente na pele e anexos. Mas alguns órgãos internos são colonizados e outros são totalmente livres de microorganismos.
Classificação dos Procedimentos Quanto à Distribuição da Microbiota: • Invasivos:ultrapassam as barreirasnaturais do organismo. Exigem técnicas rigorosamente assépticas. Apresentam maior risco de infecção. Ex: punção venosa, cirurgias, aspiração, Sondagem Vesical...
Classificação dos Procedimentos Quanto à Distribuição da Microbiota: • Não invasivos: se restringem a áreas colonizadas. Exigem cuidados de limpeza. Ex: verificação de dados vitais, banho do paciente com pele íntegra, alimentação do paciente...
4-Classificação dos Microorganismos patogênicos • Príons; • Vírus; • Bactérias; • Fungos; • Protozoários.
Príons • São proteínas infectantes, não possuem estrutura celular, causam doenças principalmente no SNC; • Ex: Encefalopatia espongiforme (“vaca-louca”).
Vírus: • São parasitas intracelulares obrigatórios, isto é precisam de uma célula viva para se multiplicar, pois não possuem metabolismo próprio. • Ex: hepatites, AIDS , herpes, rubéola, sarampo, meningite, resfriado, gripe ... Nota: os vírus além de serem agentes infecciosos possuem potencial oncogênico - Ex: HPV- Carcinomas genitais, Herpesvirus 8- Sarcoma de Kaposi e o Vírus da Hepatite C – hepatocarcinoma.
Bactérias - Classificação • De acordo com a coloração* da parede celular são classificadas como Gram-positivas ou Gram-negativas; • De acordo com o metabolismoaeróbias e anaeróbias. *Trata-se de um método de coloração diferencial. Esta diferenciação baseia-se no teor lipídico, da parede celular de bactérias Gram positivas e Gram negativas.
PRINCIPAIS DOENÇAS • Tuberculose Agente: Mycobacterium tuberculosis (bacilo de Koch). • Hanseníase Agente: Mycobacterium leprae (bacilo de Hansen). • SÍFILIS Agente: Treponema pallidum (espiroqueta). • Meningite Meningocócica Agente: Neisseriameningitidis (meningococo).
Fungos • As doenças causadas por fungos são as micoses, podem ser superficiais (tineas, ptiríase versicolor) ou sistêmicas (paracoccioidemicose). São classificadas como infecçõesoportunistas quando acometem indivíduos com baixa resistência imunológica.
5 – Relação Entre os Seres Vivos Relação Harmônica: • Comensalismo: um dos seres obtém vantagem sem que o outro se prejudique; • Simbiose: benefício é mútuo, e um não vive sem o outro. Na flora microbiana do homem temos exemplos de simbiose e comensalismo
5 – Relação entre os seres vivos Relação Desarmônica • Predação: o maior destrói o menor; • Parasitismo: um causa dano ao outro, dano este que pode ou não levar a morte. O parasitismo no homem pode causar infecção ou infestação
Patogenicidade • Patogenicidade :Dizer que um microorganismo é patogênico significa dizer que ele é capaz de causar doença. Mas para que a doença se manifeste dependerá de outros fatores como o tempo de exposição, a suscetibilidade do hospedeiro, a virulência deste agente.
Virulência: • Dizer que um microorganismos é altamente virulento quer dizer que ele tem poder de causar a doença mesmo com um pequeno número de agentes infectantes e mesmo em pessoas com o estado imunológico ótimo. Só é virulento o microoganismo que é patogênico.
Os microorganismos penetram no corpo, através: • Orofaringe; • Vetores; • Soluções de continuidade; • Via hematogênica; • Via Linfática; • Via placentária; • Relação sexual; • Outros.
O Mecanismo de Produção de Doenças Depende de: • Quantidade de invasores; • Fatores de virulência; • Resistência do hospedeiro; • Estado Vacinal do hospedeiro;
6 – Mecanismos de defesa Inespecífica:Atua indiretamente • Epitélio ciliado da traquéia • Suor • Saliva • Lágrima • Muco vaginal • Flora bacteriana • Tosse • pigarro • espirro • A pele íntegra • Acidez estomacal • Peristaltismo
Específica:age especificamente contra o agente infeccioso. • Passiva: • Natural • Artificial • Ativa: • Natural • Artificial
Passiva – Esta forma de defesa é temporária • Natural: a criança que recebe os anticorpos via transplacentária e através do aleitamento materno. • Artificial: quando o indivíduo adoece e não foi vacinado ele recebe um soro contendo anticorpos prontos para agirem imediatamente na defesa contra o agente agressor. Ex: soro antitetânico, e antiofídico.
Ativa – confere memória imunológica temporária ou permanente • Natural: o organismo desenvolve imunidade pelo contato direto com a doença. • Artificial:o organismo desenvolve umunidade pela administração de vacinas.
Infecção Comunitária: • Constatadaouemperíodo de incubação no ato de admissão do paciente, desdequenão relacionada à internação anterior;
Associada à complicaçãoouextensão da infecçãojápresentena admissão, desdequenãohajatroca de microorganismos;