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SESSÃO: A CRISE FINANCEIRA:ORIGENS E CONSEQUÊNCIAS José Félix Ribeiro

ISCTE. SESSÃO: A CRISE FINANCEIRA:ORIGENS E CONSEQUÊNCIAS José Félix Ribeiro. Esquema. 1. NAS ORIGENS DA GLOBALIZAÇÃO 2.PARA ENTENDER MELHOR A GLOBALIZAÇÃO - ACTORES, FUNÇÕES & FLUXOS 3. Eua : modelo de capitalismo E papel central na globalização

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SESSÃO: A CRISE FINANCEIRA:ORIGENS E CONSEQUÊNCIAS José Félix Ribeiro

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Presentation Transcript


  1. ISCTE SESSÃO: A CRISE FINANCEIRA:ORIGENS E CONSEQUÊNCIAS José Félix Ribeiro

  2. Esquema 1. NAS ORIGENS DA GLOBALIZAÇÃO 2.PARA ENTENDER MELHOR A GLOBALIZAÇÃO - ACTORES, FUNÇÕES & FLUXOS 3. Eua : modelo de capitalismo E papel central na globalização 4.A ECONOMIA DOS EUA 2000-2007- DO CRASH DAS DOT COM AO CRASH DO IMOBILIÁRIO 5. A RESPOSTA DAS AUTORIDADES DOS EUA Á CRISE FINANCEIRA ( E ECONÓMICA) DE 2007/9 6.A crise financeira de 2007/8 e a mudança inevitável na estrutura da globalização ?

  3. 1. NAS ORIGENS DA GLOBALIZAÇÃO

  4. NAS ORIGENS DA GLOBALIZAÇÃO A GLOBALIZAÇÃO QUE HOJE CONHECEMOS TEVE COMO ANTECEDENTE O FIM DO SISTEMA MONETÁRIO DE BRETTON WOODS EM 1971 E A PASSAGEM PARA O “PADRÃO DÓLAR” A GLOBALIZAÇÃO QUE HOJE CONHECEMOS INICIA-SE EM 1979 COM A DECISÃO DOS EUA, JAPÃO E REINO UNIDO LIBERALIZAREM OS MOVIMENTOS DE CAPITAIS A LIBERDADE DE CIRCULAÇÃO DE CAPITAIS TORNOU POSSÍVEL VAGAS MACIÇAS DE INVESTIMENTOS “DE CARTEIRA” E REFORÇOU OS JÁ TRADICIONAIS INVESTIMENTOS DIRECTOS

  5. NAS ORIGENS DA GLOBALIZAÇÃO A GLOBALIZAÇÃO PERMITIU A CRIAÇÃO DE UM POOL MUNDIAL DE POUPANÇAS E LIBERTOU OS CAPITAIS DA “ESCRAVIDÃO” DAS ECONOMIAS NACIONAIS A GLOBALIZAÇÃO ORGANIZOU O SISTEMA FINANCEIRO INTERNACIONAL EM TORNO DOS MERCADOS DE CAPITAIS, ENQUANTO A FASE ANTERIOR DE INTERNACIONALIZAÇÃO FINANCEIRA SE ORGANIZAVA EM TORNO DOS BANCOS E DOS SINDICATOS BANCÁRIOS

  6. NAS ORIGENS DA GLOBALIZAÇÃO A GLOBALIZAÇÃO CONSOLIDA-SE COM A ENTRADa DA CHINA NO MERCADO MUNDIAL adoptando uma ESTrATÉGIA DE CRESCIMENTO ASSENTE NA EXPORTAÇÃO - TAL COMO JÁ ACONTECERA COM O JAPÃO E NIC´S ASIáTICOS - e optando por um alinhamento monetário com o dólar, tal como hong kong, taiwan, singapura e coreia do sul o tinham feito

  7. NAS ORIGENS DA GLOBALIZAÇÃO O CRESCIMENTO ASIÁTICO DEU-SE NO CONTEXTO DE UMA RELAÇÃO ESTRATÉGICA PRIVILEGIADA COM OS EUA, INICIADA DURANTE A “GUERRA FRIA” E MANTIDA APÓS O COLAPSO DE URSS EM 1991- CHINA, JAPÃO E NIC`S ASIÁTICOS TODOS BENFICIARAM DA PRESENÇA MILITAR DOS EUA NO PACÍFICO E DA ABERTURA DO SEU MERCADO. EM CONTRAPARTIDA ACEITARAM RECICLAR PARTE DOS SEUS EXCEDENTES CORRENTES PARA O MERCADO DE CAPITAIS DOS EUA

  8. AS DUAS FASES DA GLOBALIZAÇÃO A 1ª FASE DA GLOBALIZAÇÃO 1980- 2000 A ECONOMIA MAIS DESENVOLVIDA DA ÁSIA, O JAPÃO, ACUMULA EXCEDENTES CORRENTES EM DÓLARES E TORNA-SE EXPORTADOR LIQUIDOS DE CAPITAIS ADQUIRINDO ACTIVOS EM DÓLARES O PREÇO DO PETRÓLEO BAIXA A PARTIR DO CONTRA CHOQUE PETROLÍFERO DE 1985/6 E MANTÉM-SE ESTÁVEL EM TORNO DOS 20 DÓLARES/BARRIL DURANTE QUASE TODA A DÉCADA DE 90 ( a seguir à Guerra do Golfo em 1991) AS ECONOMIAS EMERGENTES DA ÁSIA CONTRIBUEM DECISIVAMENTE PARA “MATAR A INFLAÇÃO” AO FORNECEREM O ”CABAZ DE COMPRAS” DOS EUA A PREÇOS MUITO MAIS BAIXOS

  9. AS DUAS FASES DA GLOBALIZAÇÃO A 2ª FASE DA GLOBALIZAÇÃO ou AS DUAS RECICLAGENS DE DOLARES - 2002 EM DIANTE AS ECONOMIAS EMERGENTES DA ÁSIA, LIDERADAS PELA CHINA, ACUMULAM EXCEDENTES CORRENTES EM DÓLARES E TORNAM-SE EXPORTADORAS LIQUIDAS DE CAPITAIS ADQUIRINDO ACTIVOS EM DÓLARES AS ECONOMIAS ASIÁTICAS COM “SEDE” DE ENERGIA E MINÉRIOS – E ANTES DE MAIS A CHINA- FAZEM SUBIR O PREÇO DAS “COMMODITIES “ DEIXANDO DE TER UM IMPACTO TÃO FAVORÁVEL SOBRE A INFLAÇÃO MUNDIAL O PREÇO DO PETRÓLEO SOBE EXPONENCIALMENTE E AS ECONOMAIS DO GOLFO PÉRSICO ACUMULAM EXCEDENTES CORRENTES E RECICLAM –NOS ADQUIRINDO ACTIVOS EM DÓLARES MULTIPLICAM-SE OS SOVEREIGN WEALTH FUNDS

  10. A 2ª FASE DA GLOBALIZAÇÃO

  11. A ESTRUTURA DA GLOBALIZAÇÃO- UM APARENTE PARADOXO • UMA ECONOMIA “RICA” CONSOME –EUA - E OUTRA ECONOMIA ”RICA” –JAPÃO - POUPA • ECONOMIAS EMERGENTES- EX: CHINA - POUPAM • AS ECONOMIAS QUE POUPAM FINANCIAM O CONSUMO DA ECONOMIA RICA, PARA QUE ESTA LHES CONTINUE A COMPRAR PRODUTOS

  12. 2. • PARA ENTENDER MELHOR A GLOBALIZAÇÃO - ACTORES, FUNÇÕES & FLUXOS

  13. A TOPOLOGIA DA GLOBALIZAÇÃO Principais actores e funções na economia mundial RUSSIA CASAQUISTÃO AZERBEIJÃO INDIA NORUEGA EUA REINO UNIDO Estrutura do “Metabolismo “ na Economia Mundial EUROPA LESTE JAPÃO ITÁLIA VENEZUELA Malásia COREIA SUL ALEMANHA Geração Conhecimento AUSTRÁLIA CANADÁ Hong Kong Indonésia FRANÇA Taiwan Intermediação Financeira & conectividade digital IRAQUE CHINA ARGÉLIA IRÃO Concepção de Armamento ANGOLA Processamento Informação NIGÉRIA ARÁBIA SAUDITA Transformação Indústrial BRASIL AFRICA SUL Produção Agrícola ARGENTINA BOLIVIA CONGO Extracçaõ Minérios Extracção Energia

  14. OS ACTORES EM AZUL –OS EUA • ECONOMIA DE SERVIÇOS E SEUS EQUIPAMENTOS E TECNOLOGIAS • ECONOMIAS DO CONHECIMENTO E INOVAÇÃO • PÓLOS DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA MUNDIAL • ECONOMIAS COM COMPLEXOS MILITAR-INDUSTRIAL • ECONOMIAS COM ENERGIA • SOCIEDADES DE PATRIMÓNIO E CONSUMO • DÉFICES CORRENTES

  15. OS ACTORES EM VERMELHO ECONOMIAS INDUSTRIAIS EXPORTADORAS ECONOMIAS DE COMPETÊNCIAS & CONHECIMENTOS ESPECIALIZADOS ECONOMIAS SEM ARMAS & ECONOMIAS SEM RECURSOS ENERGÉTICOS SOCIEDADES COM ELEVADAS POUPANÇAS ECONOMIAS COM EXCEDENTES CORRENTES “PERMANENTES”

  16. OS ACTORES EM AMARELO • ECONOMIAS ENERGÉTICAS SEM BASE INDUSTRIAL DIVERSIFICADA - MODELO OPEP • ECONOMIAS QUE EXPORTAM EM DÓLARES, MOEDA EM QUE SÃO TRANSACCIONADOS O RECURSOS ENERGÉTICOS • ECONOMIAS DE “RENDA” APROPRIADA PELO ESTADO E DISTRIBUÍDA EM DESIGUALDADE • EXCEDENTES CORRENTES ELEVADOS EM FASES DE ALTA DO PREÇO DA ENERGIA; RECICLAGEM DE PETRODÓLARES

  17. OS ACTORES EM VERDE E CASTANHO ECONOMIAS AGRO MINERAIS - ALGUMAS COM BASE INDUSTRIAL DIVERSIFICADA ECONOMIAS QUE EXPORTAM EM DÓLARES ECONOMIAS DE “RENDA” APROPRIADA PELO ESTADO E PELOS PRIVADOS, DISTRIBUÍDA COM DESIGUALDADE SOCIEDADES DE CONSUMO SALDOS CORRENTES POSITIVOS EM FASE DE EXPLOSÃO DOS PREÇOS DE MATÉRIAS PRIMAS E FREQUENTEMENTE NEGATIVOS NO RESTO DO TEMPO

  18. A TOPOLOGIA DA GLOBALIZÇÃO • UM HUB CENTRAL – EUA: CONHECIMENTOS, CONEXÕES & ARMAMENTO • OS HUBS REGIONAIS ESTABELECIDOS – JAPÃO & ALEMANHA: INDÚSTRIA & EXPORTAÇÕES • OS HUBS REGIONAIS EM ASCENSÃO – CHINA : INDÚSTRIA , EXPORTAÇÕES & ARMAMENTO • OS NÓS CONECTORES – OS “ESTADOS PETROLÍFEROS” - OPEP

  19. O SISTEMA MONETÁRIO INTERNACIONAL A ORGANIZAÇÃO MONETÁRIA MUNDIAL EUA JAPÃO YEN UNIÃO EUROPEIA EURO ZONA DÓLAR ECONOMIAS DA ÁSIA ECONOMIAS DO GOLFO PÉRSICO AMÉRICA LATINA

  20. A ESTRUTURA BASE DA GLOBALIZAÇÃO Reservas Cambiais “”ECONOMIAS CHINESAS” Defices Exce dentes EUA JAPÃO Excedentes Reservas Cambiais Excedentes POOL GLOBAL POUPANÇAS IDENTIFICANDO A “ESTRUTURA” DE ACTORES & FLUXOS QUE SUPORTOU A GLOBALIZAÇÃO DA ECONOMIA MUNDIAL - 1987/ 2007 ZONA EURO Reservas Cambiais Reservas Cambiais ARÁBIA SAUDITA Excedentes

  21. A GLOBALIZAÇÃO E OS IMPRESCINDIVEIS DESEQUILIBRIOS A GLOBALIZAÇÃO CONSOLIDOU-SE NA BASE DE PROFUNDOS DESEQUILÍBRIOS NAS BALANÇAS CORRENTES DAS PRINCIPAIS ECONOMIAS E AS SUCESSIVAS CRISES FINANCEIRAS E CAMBIAIS QUE OCORRERAM DESDE O FINAL DOS ANOS 80 ATÉ 2007 REFORÇARAM ESSA ESTRUTURA GERADORA DE DESEQUILÍBRIOS A INTERROGAÇÃO QUE SE COLOCA É A DE SABER SE A CRISE DE 2007 VAI FORÇAR UMA MUDANÇA NESSA ESTRUTURA

  22. GLOBALIZAÇÃO & DESEQUILÍBRIOS EXTERNOS – SALDOS DAS BALANÇAS CORRENTES – A NÍVEL MUNDIAL (1970-2010)

  23. COMO TEM SIDO FINANCIADO O DÉFICE DE TRANSACÇÕES CORRENTES DOS EUA E AS SUAS EXPORTAÇÕES LÍQUIDAS DE CAPITAIS (EMPRESAS MULTINACIONAIS & INVESTIDORES INSTITUCIONAIS)? • COMPRA DE ACÇÕES E DE OBRIGAÇÕES DE EMPRESAS DOS EUA • COMPRA DE OBRIGAÇÕES DO TESOURO DE LONGO PRAZO, • POR INVESTIDORES INSTITUCIONAIS E GRANDES FORTUNAS • DO RESTO DO MUNDO • COMPRA DE OBRIGAÇÕES DO TESOURO DE CURTO PRAZO • E OBRIGAÇÕES DE AGÊNCIAS FEDERAIS PELOS BANCOS • CENTRAIS DAS ECONOMIAS DA “ZONA DÓLAR” • COMPRA DE EMPRESAS E INVESTIMENTO DE RAÍZ POR • PARTE DE MULTINACIONAIS DA EUROPA E DO JAPÃO • COMPRA DE OUTROS ACTIVOS INOVADORES GERADOS NOS • MERCADOS DOS EUA (EX ASSET BACKED SECURITIES) • E COMPRA DE PARTES EM HEDGE FUNDS E PRIVATE • EQUITY FUNDS DOS EUA

  24. NAS ORIGENS DA CRISE FINANCEIRA 2000-2006-UMA PROCURA EXCEPCIONALMENTE FORTE DE ACTIVOS FINANCEIROS COM RATINGS AAA

  25. 3. Eua: modelo de capitalismo E papel central na globalização

  26. O modelo de capitalismo dos EUA -muito diferente do europeu

  27. O modelo de capitalismo dos EUA -muito diferente do europeu Uma área fundamental de diferenciação: os Actores num Sistema Financeiro assente nos mercados de capitais e não na intermediação bancária

  28. O MODELO DE CAPITALISMO QUE PERMITIU AOS EUA OCUPAR O NÓ CENTRAL DA REDE DA GLOBALIZAÇÃO PERMITIU: : • PRODUZIR CONHECIMENTOS & CONCEITOS • DESENVOLVER TECNOLOGIAS & NOVOS SERVIÇOS • RENDIBILIZAR O CAPITAL INVESTIDO DE FORMA INIGUALÁVEL E SEGURA • PRODUZIR UMA VARIEDADE DE ACTIVOS FINANCEIROS SUSCEPTÍVEIS DE SEREM TRANSACCIONADOS EM MERCADOS DE CAPITAIS LÍQUIDOS E PROFUNDOS • TER MECANISMOS DE REGULAÇÃO SOCIAL QUE LIMITEM A DIMENSÃO DAS DESPESAS PÚBLICAS DE WELFARE POR FORMA A QUE OS EUA POSSAM TER AS DESPESAS DE WARFARE QUE LHE PERMITAM LIDERAR A COMPETIÇÃO ESTRATÉGICA MUNDIAL

  29. OS EUA PARA CONTINUAREM A SER O CENTRO DA GLOBALIZAÇÃO PRECISAM DE: LIDERAR A COMPETIÇÃO ESTRATÉGICA MUNDIAL, SEM ESMAGAR A SUA ECONOMIA E SEM PROVOCAR A ”REVOLTA FISCAL” DOS SEUS CIDADÃOS LIDERAR A PRODUÇÃO DE INOVAÇÕES ( DA INTERNET AO SHALE GAS) COLOCAR NO MERCADO A MAIOR QUANTIDADE E VARIEDADE DE ACTIVOS FINANCEIROS EM QUE AS POUPANÇAS MUNDIAIS SE POSSAM APLICAR COM SEGURANÇA

  30. 4. A ECONOMIA DOS EUA 2000-2007- DO CRASH DAS DOT COM AO CRASH DO IMOBILIÁRIO

  31. A evolução do índice bolsista nasdaqComposite Durante o boom das dotcome No seu colapso (1994-2001)

  32. RESPOSTA DOS EUA AO CRASH DO NASDAQ(2001)E DAS DOT.COM • QUEBRA PRONUNCIADA, MAS TEMPORÁRIA, NOS SECTORES DE TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO - RETRACÇÃO NA EMISSÃO DE ACÇÕES • DÉFICES PÚBLICOS CRESCENTES – AUMENTO DAS EMISSÕES DE OBRIGAÇÕES DO TESOURO • EXPANSÃO MONETÁRIA - BAIXA DAS TAXAS DE JURO • CONSOLIDAÇÃO E REDUÇÃO DA DÍVIDA DASEMPRESAS – AUMENTO • DAS EMISSÕES DE OBRIGAÇÕES DE EMPRESAS • BOOM DE INVESTIMENTO EM CONSTRUÇÃO E IMOBILIÁRIO • AUMENTO DA EMISSÃO DE OBRIGAÇÕES DAS • AGÊNCIAS FEDERAIS DE GARANTIA DO CRÉDITO IMOBILIÁRIO • (Fannie Mac e Freddie Mac) • DESENVOLVIMENTO DO MERCADO DAS HIPOTECAS • SUBPRIME

  33. NA ORIGEM DA ACTUAL CRISE FINANCEIRA A actual crise financeira é o resultado da redução das oportunidades de investimento de alto risco associado à inovação, na sequência do crash do NASDAQ (2001) que simultaneamente desencadeou por parte dos fundos de pensões, outros investidores institucionais e grandes investidores particulares – que sofreram o essencial das perdas com o colapso da bolha dotcom – uma corrida a investimentos de elevado retorno no curto prazo, mesmo que com elevado risco Gerando um empolamento da actividade dos hedge funds e dos private equity funds que para se financiarem recorreram aos bancos de investimento e às divisões de investimento dos grandes intermediários financeiros integrados (HOLDINGS BANCÁRIOS)

  34. AS QUATRO CRISES DENTRO DA CRISE FINANCEIRA E ECONÓMICA DE 2007/9

  35. Crise seguradoras ABSORÇÃO DE RISCOS DE CRÉDITO (CreditDefault Swaps) CRISE BANCÁRIA QUEDA MERCADOS BOLSISTAS MBS & CDO CRISE IMOBILIÁRIA Restrições Crédito às Famílias & Empresas CRISE SECTOR AUTOMÓVEL CHOQUE ENERGÉTICO Elevação Taxas de Juro Quebras Património das Famílias Quebra Consumo Famílias Quebra Actividades No sector Construção & associados Quebra na actividade sector de Serviços Queda forte na actividade sector automóvel & associados Legenda Primeiro Impacto Segundo Impacto Terceiro Impacto Recessão Profunda e Prolongada?

  36. AS QUATRO CRISES DENTRO DA CRISE FINANCEIRA E ECONÓMICA DE 2007/9

  37. QUATRO PROCESSOS INTERAGINDO NA GERAÇÃO DA CRISE FINANCEIRA 2007/9 • “CHOQUE ENERGÉTICO” • CRISE IMOBILIÁRIA E AS HIPOTECAS SUBPRIME - • CRISE NO NÚCLEO CENTRAL DO SISTEMA FINANCEIRO DOS EUA - “A BANCA DE NOVA IORQUE” - EM TORNO DOS NOVOS INSTRUMENTOS FINANCEIROS ESTRUTURADOS GARANTIDOS POR HIPOTECAS • PRIMEIRO TESTE A NOVOS INSTRUMENTOS DE COBERTURA DE RISCO - CREDIT DEFAULT SWAPS E O “GRANDE PÂNICO “ COM A FALÊNCIA DO LEHMANN BROTHERS • + • REPERCUSSÃO NAS DECISÕES DAS FAMÍLIAS E EMPRESAS - QUEBRA DA PROCURA DE CRÉDITO

  38. UM “CHOQUE ENERGÉTICO “ QUE FEZ REBENTAR UMA “BOLHA” DO IMOBILIÁRIO NOS EUA

  39. EUA- QUATRO níveis distintos Na actual crise financeira &ECONÓMICA PRIMEIRO PROCESSO • UM CHOQUE ENERGÉTICO, DETERMINADO PELA SITUAÇÃO ANTECIPADA DO MERCADO DO PETRÓLEO: UM DESEQUILÍBRIO DURADOURO ENTRE PROCURA E OFERTA • AMPLIADO POR UMA INTENSA ESPECULAÇÃO EM TORNO DO PREÇO DO PETRÓLEO, QUE ATINGIU O CUME, APÓS O DESENCADEAR DA CRISE IMOBILÁRIA • FORÇANDO A UMA ELEVAÇÃO DAS TAXAS DE JURO DE CURTO PRAZO POR PARTE DAS AUTORIDADES MONETÁRIAS, RECEOSAS DE UMA VAGA DE INFLAÇÃO

  40. O preço do petróleo – da “planície” dos anos 90 aos “cumes” dos anos 2000 - da Ásia à OPEP

  41. EUA- QUATRO níveis distintos Na actual crise financeira &ECONÓMICA SEGUNDO processo A crise do crédito subprime é uma crise imobiliária como outras verificadas em décadas anteriores – o crescimento fora de comum das vendas e dos preços atinge um limite quando por razões endógenas os preços ultrapassam o que a procura tem condições para comprar e/ou se verifica uma contracção e encarecimento do crédito que ao precipitar uma vaga de defaults gera contracção na concessão de novos créditos e, desse modo, retrai a compra de novas habitações levando á acumulação de stocks de casas por vender e à queda dos preços das habitações

  42. UMA “BOLHA “IMOBILIÁRIA SEM PARALELO NA HISTÓRIA DA ECONOMIA DOS EUA EVOLUÇÃO DOS PREÇOSDO IMOBILIÁRIO NOS EUA -UMA PERSPECTIVA SECULAR

  43. O COLAPSO DO IMOBILIÁRIO NOS EUA EVOLUÇÃO DO RITMO DE CONSTRUÇÃO RESIDENCIAL NOS EUA EVOLUÇÃO DOS PREÇOS DO IMOBILIÁRIO RESIDENCIAL NOS EUA

  44. QUATRO processos distintos Da actual crise financeira Terceiro processos A actual crise financeira é também uma crise no financiamento das actividades de maior risco – e maior retorno - na economia por carência de títulos de boa qualidade que pudessem ser utilizados pelos bancos de investimento e pelas divisões de investimento dos grandes intermediários financeiros integrados para se financiar no mercado monetário; daí a necessidade de “inventar” obrigações artificiais obtidas a partir do crédito subprime, já que a emissão de obrigações a partir de crédito hipotecário prime estavam reservada para duas empresas patrocinadas pelo Governo dos EUA – a FannieMae e Fredie Mac

  45. A TITULARIZAÇÃO DO CRÉDITO HIPOPTECÁRIO- DAS AGÊNCIAS FEDERAI SAOS BANCOS DEINVESTIMENTIO NO PÓS CRASH DOTCOM

  46. QUEM ESTEVE MAIS ENVOLVIDO NA TITULARIZAÇÃO DAS HIPOTECAS SUBPRIME?

  47. Quatro níveis distintos da actual crise financeira QUARTO PROCESSO A CRISE DO SUBPRIME ACABOU POR DESENCADEAR O PRIMEIRO GRANDE TESTE A UMA INOVAÇÃO FINANCEIRA – A OBTENÇÃO DE SEGURO DE CRÉDITO ,NÃO POR RECURSO A INSTITUIÇÕES ESPECIALIZADAS, MAS ATRAVÉS DA DISTRIBUIÇÃO DO RISCO POR MÚLTIPLAS ENTIDADES, ATRAVÉS DO MERCADO, GRAÇAS AOS CDS - CREDIT DEFAULT SWAPS;

  48. Quatro níveis distintos da actual crise financeira quarto PROCESSO (CONT) NESSE PRIMEIRO GRANDE TESTE VIERAM À SUPERFÍCIE LIMITAÇÕES NESTE MODELO, EM PARTE RESULTANTES DAS LIMITAÇÕES IMPOSTAS AO SEU FUNCIONAMENTO SOBRETUDO PELOS BANCOS DE INVESTIMENTO - OU SEJA A RECUSA DE EXISTÊNCIA DE UMA CÂMARA DE COMPENSAÇÃO QUE PERMITISSE EM CADA MOMENTO CONHECER O NÍVEL DE RESPONSABILIDADES ASSUMIDAS POR CADA INTERVENIENTE NOS CDS OU A RECUSA DE CRIAÇÃO DE UM MERCADO ORGANIZADO (EM VEZ DA SOLUÇÃO QUE DOMINOU NESTA PRIMEIRA FASE DE VIDA DOS CDS – O MERCADO OTC - OVER THE COUNTER GERIDO A PARTIR DAS REDES ORGANIZADAS PELOS BANCOS DE INVESTIMENTO E ALGUNS GRANDES INTERMEDIÁRIOS FINANCEIROS INTEGRADOS

  49. A SUCESSÃO DE “REBENTAMENTOS” NA CRISE 2007/8 ATÉ À FALÊNCIA DO LEHMAN BROTHERS E DA AIG

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