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Máquinas de Fluxo

TM-251. Máquinas de Fluxo. Curso de Engenharia Mecânica. Capítulo 3 Perdas, potências e rendimentos. Cap.3 – Perdas, potências e rendimentos. 3.1) Perdas. TURBINAS HIDR Á ULICAS : Energia hidr á ulica  Trabalho + Perdas.

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Presentation Transcript


  1. TM-251 Máquinas de Fluxo Curso de Engenharia Mecânica Capítulo 3 Perdas, potências e rendimentos

  2. Cap.3 – Perdas, potências e rendimentos 3.1) Perdas TURBINAS HIDRÁULICAS : Energia hidráulica  Trabalho + Perdas BOMBAS E VENTILADORES: Trabalho  Energia hidráulica + Perdas • As perdas em máquinas hidráulicas podem ser sub-divididas nos seguintes tipos: • Perdas hidráulicas; • Perdas volumétricas; • Perdas mecânicas.

  3. 3.1.1) Perdas hidráulicas A) Atrito viscoso São perdas devido ao atrito viscoso do fluido em escoamento no rotor, no distribuidor (turbinas), na caixa espiral e no tubo de sucção (turbinas de reação). Denotadas por hh , ocasionam uma perda de pressão no escoamento. Para turbinas, a altura de queda Hpá , absorvida pela máquina e em parte transformada em energia mecânica, é: Para bombas, a altura de elevação Hpá , fornecida pela máquina e em parte transformada em potência hidráulica, é:

  4. B) Atrito lateral: Ocorre perda de potência devido ao atrito viscoso entre o rotor e a parcela de fluido que escoa entre o rotor e a carcaça. Denotada por Pa.

  5. C) Perdas por refluxo: Perdas que ocorrem devido a variação de seção dos canais entre as pás. Perdas por refluxo ocorrem notadamente em bombas devido ao escoamento desacelerado nos canais. Denotada por Pd.

  6. 3.1.2) Perdas volumétricas: São perdas por fuga que ocorrem nos labirintos, perdas de fluido na gaxeta, e em algumas construções perdas de fluido para compensação do empuxo axial. A vazão total de fuga é Qf .

  7. A vazão que flui através do rotor é Qr = Q - Qf no caso de turbinas e, Qr = Q + Qf no caso de bombas. Q Q Turbinas: Rotor Bombas: Rotor Qf Qf Qr Qr Q Q

  8. No caso de turbinas Francis: • q1 = perda por fuga no labirinto interno • (normalmente parcela desta vazão de fuga passa pela selagem do eixo e parte passa pelos furos de compensação de empuxo axial, dependerá da construção) • q2 = perda por fuga no labirinto externo.

  9. 3.1.3) Perdas mecânicas As perdas citadas são chamadas perdas internas em seu conjunto (hidráulicas e volumétricas). Além destas ocorrem também perdas mecânicas devido ao atrito nos mancais e vedações.

  10. 3.2 - Potências 3.2.1) Potência interna: Para turbinas a potência interna obtida com a altura de queda H será: Pi < Ph Hi < H Para bombas a potência interna fornecida ao fluido será: Pi > Ph Hi > H

  11. 3.2.2) Potência total ou eficaz (Potência de eixo) Ao considerar as perdas externas ou mecânicas, Pm , determina-se a potência no eixo: Para turbinas Para bombas 3.2.3) Potência perdida O somatório das perdas internas e externas são relacionadas pela potência perdida: Para turbinas Para bombas

  12. 3.3 - Rendimentos Caracteriza as perdas de pressão. 3.3.1) Rendimento hidráulico: Para turbinas: Para bombas: 3.3.2) Rendimento volumétrico: Caracteriza as perdas volumétricas. = Vazão que assa no rotor / Vazão que entra na turbina Para turbinas: = Vazão que entra na bomba / Vazão que passa no rotor Para bombas:

  13. 3.3.3) Rendimento interno: Caracteriza todas as perdas internas. Para turbinas: Para turbinas: Para bombas: Para bombas: Se desprezarmos a perda por atrito lateral e as perdas por refluxo, obtemos para bombas e turbinas: i = h . V 3.3.4) Rendimento mecânico: Caracteriza somente perdas mecânicas.

  14. 3.3.5) Rendimento total: Caracteriza todas as perdas da máquina. Para turbinas: Para bombas: Substituindo as expressões para os rendimentos obtem-se: t = h . V . m É usual adotarmos para dimensionamentos V = 1, hipótese que conduz a expressão simplificada para o rendimento total: t = h . m

  15. Os valores normais para o rendimento total de turbinas são:

  16. 3.4 - Esquemas das perdas A figura mostra as perdas que ocorrem em turbinas (MHM) e em bombas e ventiladores (MHG). Fig. 3.2 - Esquema de perdas em turbinas hidráulicas (MHM) e em bombas e ventiladores (MHG)

  17. 3.5 - Exemplo de cálculos 3.5.1) Turbinas de reação Exemplo 3.1 - As 6 turbinas tipo Francis da usina de Estreito - Rio Grande - SP/MG, apresentam as seguintes características: i) vazão: 320 [m3/s] , ii) Altura de queda: 60,8 [m], iii) Potência de eixo unitária máxima: 182 [MW]. Calcular as várias perdas e potências, adotando os rendimentos da tab. 3.1 (turbina de reação de grandes dimensões) Ph = rg.QH = 9.780 x 320 x 60,8 x 10-6 [MW] = 190,3 [MW] Pe = ht.Ph = 0,93 x 190,3 = 177 [MW] (ponto de máximo rendimento) Pi = hi.Ph = hh.hv.Ph = 0,96 x 0,99 x 190,3 = 0,95 x 190,3 = 180,9 [MW] Pm = Pi - Pe = 180,9 - 177 = 3,9 [MW]

  18. Pi = rg.(Q-Qf)(H-hh) (Pa = 0) hh = (H-hh)/H => hh =H(1-hh)=60,8 x (1-0,96)=2,4 [m] hv = (Q-Qf)/Q => Qf =Q(1-hv)=320x (1-0,99)=3,2 [m3/s] Pf = rg.Qf.H = 9.780 x 3,2 x 60,8 [W] Pf = 1,9 [MW] Phh = rg.Q.hh = 9.780 x 320 x 2,4 [W] Phh = 7,5 [MW] Pfh = rg.Qf.hh = 9.780 x 3,2 x 2,4 [W] = 0,075 [MW] (0,04% de Pi) PP = Ph - Pe = 190,3 - 177 = 13,3 [MW]

  19. 3.5.2) Bomba hidráulica Exemplo 3.2 - Uma bomba hidráulica apresenta as seguintes características: i) vazão: 3 [m3/s] e ii) Altura de elevação: 30 [m]. Calcular as várias perdas e potências, adotando os rendimentos hidráulico, volumético e mecânico respectivamente iguais a 70, 95 e 97 %. Ph = rg.QH= 9.780 x 3 x 30 [W]= 880,2 [kW] ht = hh.hv.hm = 0,7 x 0,95 x 0,97 = 64,5% hi = hh.hv = 0,7 x 0,95 = 66,5% Pe = Ph / ht = 880,2 / 0,645 = 1.364,6 [kW] Pi = Ph / hi = 880,2 / 0,665 = 1.323,6 [kW] Pm = Pe - Pi = 1.364,6 - 1.323,6 = 41 [kW]

  20. Pi = rg.(Q+Qf)(H+hh) (Pa e Pd iguais a 0) hh = H/(H+hh) => hh = H (1/hh -1) hh = 30 x (1/0,70 - 1) = 12,86 [m] hv = Q/(Q+Qf) => Qf = Q (1/hv -1) Qf = 3 x (1/0,95 - 1) = 0,158 [m3/s] Pf = rg.Qf.H = 9.780 x 0,158 x 30 [W] = 46,4 [kW] Phh = rg.Q.hh = 9.780 x 3 x 12,86 [W] = 377,3 [kW] Pfh = rg.Qf.hh = 9.780 x 0,158 x 12,86 [W] = 19,9 [kW] (1,5% de Pi) PP = Pe - Ph = 1.364,6 - 880,2 = 484,4 [kW]

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