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SANTA INÊS DE ASSIS

SANTA INÊS DE ASSIS.

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SANTA INÊS DE ASSIS

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Presentation Transcript


  1. SANTA INÊS DE ASSIS

  2. A vida de Santa Inês de Assis, irmã de Santa Clara nos é quase desconhecida... Ela, no entanto, teve um papel relevante na história clariana, aderiu de coração e alma ao carisma de pobreza, sendo a primeira vocacionada à vida da Ordem das Clarissas, depois da fundadora, Clara de Assis. Pode, com certeza, ser considerada como cofundadora, por sua dedicada colaboração. Foi quem mais partilhou com Clara o ideal evangélico; é um protótipo autêntico e acabado da Irmã Pobre, um modelo e um exemplo de vida para a clarissa hoje. A Igreja venera-a como santa e sua festa é celebrada no dia 19 de novembro.

  3. Nasceu em Assis em 1196-1197. Segunda filha de Favarone de Ofreduccio e da Bem-aventurada Ortolana, ambos da nobreza da Úmbria, teve mais uma irmã, chamada Beatriz, também clarissa beatificada, que morreu a 25 de janeiro de 1260 e que teria nascido por volta de 1199. Seu nome de batismo era Catarina como resultado da influência de uma viagem de Ortolana à Terra Santa, passando pelo famoso mosteiro de Santa Catarina de Alexandria, no Monte Sinai, cujos ossos guardados na igreja atraíam peregrinos que desembarcavam no porto egípcio de Damieta e prosseguiam viagem, passando pelo Sinai e posteriormente por Gaza, rumo à terra de Jesus Cristo

  4. Esta mesma devoção inspirou também o nome de muitos mosteiros do início da Ordem de Santa Clara, e era, além disso, um nome muito comum entre as mulheres da época medieval. A infância e adolescência de Catarina foram vividas no palácio da família na praça da catedral de São Rufino, em Assis, com breves estadias de veraneio no castelo de Coresano, no caminho de Gúbio, que pertencia aos cavaleiros nobres de Ofreduccio. Residiu com a família em Perusa como refugiados, num certo período de anos, durante a guerra que se desenrolava em Assis entre o povo em revolta contra o domínio do Imperador e contra os Feudatários.

  5. Juntamente com Clara e Beatriz, foi educada santamente pela mãe Ortolana, partilhando dos sentimentos de Clara e desejando, como ela consagrar-se somente a Deus. Clara mesma rezou por sua irmã, suplicando para ela o dom da mesma vocação. Sua personalidade foi se delineando entre as aspirações ao poder e prestígio da nobre família, que se enfileira na guerra a favor dos perusinos contra a cidade natal, e os exemplos de devoção e de virtudes que vê em sua mãezinha e em sua irmã mais velha, Clara. “Com ela vive em concórdia e afinidade de alma” e há entre elas um maravilhoso afeto mútuo que tornará dolorosa a separação, quando Clara deixa a família para seguir o ideal evangélico de Francisco no caminha da altíssima pobreza.

  6. Das Fontes clarianas e franciscanas conhecemos como Clara, entre as primícias que oferecia a Deus, com todo os sentimentos do coração, pedia com maior intensidade que aquela concórdia e afinidade de alma que tivera no mundo com a irmã se tornasse agora união de vontade entre elas no serviço de Deus. Reza com insistência ao Pai das misericórdias, e sua oração é atendida. Eis que uma luz inunda o coração de Inês, mostrando-lhe a belíssima realidade de um amor divino livre e soberano que domina em sua jovem vida e torna-se tudo.

  7. Santa Inês de Assis foi a segunda depois de Clara na Ordem das Clarissas, iniciando sua vida consagrada a Deus com apenas catorze anos. Sua fuga de casa ocorreu dezesseis dias depois de Clara ter abandonado a família, e foi encontrá-la na igreja de Santo Ângelo de Panço, nas encostas do Monte Subásio, perto de Assis, onde vivia um pequeno grupo de mulheres numa vida de penitência evangélica, mas sem seguir nenhuma regra. Eram provavelmente chamadas Beguinas. Neste mesmo lugar, os parentes tentaram fazê-la retornar, mas ela resistiu firmemente, com a ajuda da oração de Clara.

  8. Este local, na verdade, não tinha a segurança do direito de asilo. Se tiivesse, como o mosteiro de São Paulo das Abadessas, na confluência dos rios Tescio e Chiascio, mais distante de Assis, Abadia de monjas beneditinas, em que Clara estivera anteriormente, e de onde seus parentes desistiram de tirá-la depois que tocou as toalhas do altar, apelando para o direito de asilo, que poderia resultar em excomunhão para quem o violasse, Inês estaria protegida. As duas irmãs seguiam os passos de Cristo na Igreja de Santo Angelo quando se desencadeia o ataque dos parentes que, com violência tentam levar Catarina, enquanto Clara, pondo-se a rezar com lágrimas, implora que seja dada à irmã firmeza de propósito.

  9. Repentinamente os cavaleiros, com todos os seus esforços, não conseguem mais levantá-la do solo. O tio Monaldo mesmo, que oprimido pela raiva queria atingi-la com um golpe mortal, tomado de uma dor atroz na mão erguida para golpeá-la, foi constrangido a desistir de uma tal luta e a afastar-se com seus soldados, com amargura pelo insucesso. A Legenda de Santa Clara narra com vivacidade este fato, exaltando a sua convicção firme e a confiança na oração de sua irmã. Depois desta luta, São Francisco cortou pessoalmente os seus cabelos e mudou seu nome Catarina para Inês, recordando a firmeza de opção que lembrava a virgem e mártir romana, Santa Inês, depois que ela, pelo “inocente Cordeiro Jesus Cristo, imolado por nossa salvação, fortemente resistiu e virilmente combateu”.

  10. São Francisco mesmo a orientou no caminho do Senhor. Conduziu-as, então, na companhia de Frei Bernardo e Frei Felipe, para o pequeno e pobre mosteiro que reconstruíra alguns anos antes, São Damião, onde logo chegaram outras companheiras, das quais um número significativo seria de bem-aventuradas, tornando São Damião um lugar perfumado de santidade. Aqui, Inês aprende de Clara a afastar da mente todo rumor, para poder aderir unicamente às profundidades do mistério de Deus. Não teme abraçar as penas, as fadigas, as privações da pobreza e acolhe tudo com alegria, na entrega ao Esposo. Seguindo o mesmo caminho da irmã, ama contemplar Cristo Pobre e Crucificado.

  11. Recebeu graças grandiosas na contemplação e, numa certa ocasião, Santa Clara a teria visto ser coroada três vezes por um anjo, enquanto permanecia suspensa no ar. Confessando a sua irmã o que se passara, narrou que pensava devotamente na bondade e paciência de Deus, como e quando todos os dias se deixa ofender pelos pecadores. Meditava, condoendo-se e compadecendo-se. Refletia sobre o inefável amor que Jesus tem pelos pecadores e como, por sua salvação, sofreu a Paixão e a Morte. Além disso, meditava sobre as almas do purgatório, que não podem por si mesmas alcançar alívio.

  12. A Crônica dos primeiros vinte e quatro Gerais da Ordem dos Frades Menores conservou uma pequena narrativa biográfica de Santa Inês, descrevendo sua fidelidade e assiduidade à oração. Pela tradição temos presente que possuía uma terna e afetuosa devoção ao Menino Jesus e ao Crucificado. A tradição narra que ficou marcada com um sinal no rosto, devido a um beijo do Menino Jesus. Fazia penitências ásperas, mortificações penosas e jejuns rigorosos. Era de um temperamento dócil, delicado, tranqüilo. Caridosa e terna, era cheia de solicitude pelas irmãs que sofriam.

  13. Da legenda de Santa Clara sabemos da promessa que Clara, ao morrer, fez a irmã que lhe estava bem próxima: “Agrada a Deus, irmã caríssima, que eu parta; mas tu, deixa de chorar, porque logo virás ao Senhor atrás de mim e, antes que eu me separe de ti, será concedida pelo Senhor uma grande consolação”. Realmente, poucos dias depois, Inês, chamada às núpcias do Cordeiro, seguiu a irmã Clara na alegria celeste. Na ocasião da morte de Inês, a multidão da cidade de Assis acorreu ao mosteiro, aclamando-a como santa. Ao subirem pela ponte levadiça do mosteiro, houve um acidente, devido ao excesso de peso, em que muitas pessoas ficaram feridas na queda.

  14. Entretanto, como primeiro sinal de suas virtudes sobrenaturais e de sua santidade, ao ser invocada, curou milagrosamente seus ferimentos. Assim, confirmou-se para a população a certeza de sua santidade, depois ratificada pela Igreja. Inês foi solenemente canonizada a 15 de abril de 1752, pelo Papa Benedito XIV. Foi sepultada inicialmente na cripta ao lado da capela, no mosteiro de São Damião. Em 1260 seu corpo foi inumado e transportado para junto do túmulo de Santa Clara, na Basílica, dentro dos muros de Assis, quando as Clarissas se transferiram para o novo mosteiro, sob a direção da Bem-aventurada Benedita de Assis, abadessa das Irmãs Pobres. Ali repousa, juntamente com Ortolana e outras irmãs

  15. Texto - Internet Imagem - Trabalhada Música - Espera no Senhor Formatação - Altair Castro 07/07/2010

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