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ESTRATÉGIA DE PREÇOS COM A UTILIZAÇÃO DE DERIVATIVOS FINANCEIROS Universidade de São Paulo Departamento de Engenharia de Produção PRO 5775 - Análise Econômica de Sistemas de Operações Professor: Prof. Dr. Israel Brunstein 28 DE JUNHO DE 2005 Masakazu Hoji. OBJETIVO DO TRABALHO:.
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ESTRATÉGIA DE PREÇOS COM A UTILIZAÇÃO DE DERIVATIVOS FINANCEIROS Universidade de São Paulo Departamento de Engenharia de Produção PRO 5775 - Análise Econômica de Sistemas de Operações Professor: Prof. Dr. Israel Brunstein 28 DE JUNHO DE 2005 Masakazu Hoji
OBJETIVO DO TRABALHO: • Por causa da globalização, ocorreu aumento da volatilidade do mercado financeiro e, para minimizar seus efeitos negativos, as operações com derivativo financeiro tornaram-se comuns. • O derivativo financeiro é um instrumento poderoso de proteção financeira se for adequadamente utilizado. Porém, se for mal aplicado, pode quebrar uma empresa. • O objetivo deste trabalho é apresentar e discutir abordagem financeira que facilite a participação ativa do gestor nas decisões financeiras de hedge, aumentando a eficácia do planejamento de resultados.
TÓPICOS Conceitos • derivativos financeiros • risco e hedge Simulação de alternativas de hedge • derivativos financeiros:opção e swap • cálculo de resultado de hedge, em condições reais de mercado Decisão de hedge • abordagem do custo e rentabilidade • abordagem da proteção do lucro líquido Comparação Real x Simulado
OS 5 OBJETIVOS DA FUNÇÃO PRODUÇÃO • Qualidade • Rapidez • Confiabilidade • Flexibilidade • Custo Dentre os cinco objetivos, o custo é o mais importante. (Slack et al., 1999:57)
O custo é importante porque seu aumento ou redução impacta inversamente o resultado da operação (o aumento do custo reduz o lucro e vice-versa). Alguns tipos de custos estão sujeitos a riscos de naturezas econômica e financeira. Exemplo: commodity negociado no mercado internacional (ferro, cobre, café, soja etc.) Risco econômico: preço (negociado em moeda estrangeira) Risco financeiro: taxa de câmbio
Todas as atividades empresariais estão sujeitos a algum grau de risco. Tudo que é decidido hoje, visando a um resultado no futuro, está sujeito a algum grau de risco. Somente o que já aconteceu está livre de risco (fato consumado).
CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS a) Risco sistemático Condições econômicas gerais: atinge todas as empresas, de forma geral. b) Risco não sistemático (ou específico) Atinge especificamente uma empresa ou pequeno grupo de empresas.
Riscos empresariais: operacional econômico e financeiro
Riscos de natureza operacional: => atividades operacionais Exemplos: •perda material • responsabilidade civil • perda de mercado • crédito
Riscos de natureza econômica e financeira: => ativos e passivos financeiros => atividades operacionais Exemplos: • variação inesperada da taxa de câmbio e de juros •aumento do preço de insumos • redução forçada do preço de venda
Formas de eliminação de riscos financeiros: a) Forma direta (exclusão do balanço) b) Forma indireta (por meio de hedge)
Formas de eliminação de riscos financeiros: a) Forma direta (exclusão do balanço): ativo de risco: realização (venda) imediata Exemplo: • aplicação em CDB indexado a CDI (com risco de queda da taxa CDI) passivo de risco: pagamento imediato ou cessão da obrigação Exemplo: • empréstimo em dólar (com risco de desvalorização do real)
Formas de eliminação de riscos financeiros: b) Forma indireta (por meio de hedge): Hedge: Fundamentalmente, hedge consiste em assumir uma posição no mercado, de forma que o resultado financeiro gerado por essa posição tenha o mesmo valor absoluto, porém, de sinal inverso, anulando o efeito gerado pelo ativo ou passivo de risco.
Formas de eliminação de riscos financeiros: Derivativo financeiro: Instrumento financeiro que depende do preço do ativo primário.
Formas de eliminação de riscos financeiros: b) Forma indireta (por meio de hedge): (1)ativo de risco: venda com preço ajustado para entrega futura Exemplo: saque de exportação (com risco de valorização do real) => ACC/ACE ou venda de dólar no mercado futuro (2) passivo de risco: compra de um ativo (ou posição) de mesma natureza Exemplo:empréstimo indexado a CDI (com risco de alta da taxa CDI) => aplicação em CDB indexado a CDI ou swap de CDI (ativo) X taxa prefixada (passivo)
Toda proteção contra o risco tem custo !! (prêmio de risco) Decisão de hedge: 2 alternativas 1. Paga o prêmio e faz o hedge. 2. Não paga o prêmio e corre o risco.
PLANEJAMENTO FINANCEIRO EM CONDIÇÕES REAIS DE MERCADO um exemplo prático
Projeção de resultado do período de out/01 a mar/02 (R$ mil) Projeção de resultado da operação do semestre que se encerrará em março de 2002, com taxa de câmbio estimada de R$ 2,68 no final do período (os custos em moeda estrangeira, no valor de US$ 100,0 milhões, vencerão em 28-3-2002).
21/set/2001 2,80 Projeção original Ago/2001 Revisão da projeção Out/2001
Projeção de resultado do período de out/01 a mar/02 (R$ mil) Suponha que surgiu a possibilidade de a taxa de câmbio subir para R$ 2,78 (4%), e até R$ 2,83 (6%), na época do vencimento dos custos em moeda estrangeira, reduzindo substancialmente o lucro líquido projetado.
Avaliação de condições de mercado 28/3/2002 = dia útil imediatamente anterior ao vencimento
Avaliação de condições de mercado (Valor Futuro) (Valor Presente) + V.C. (posição ativa) (posição passiva)
Avaliação de condições de mercado 0,29% no período
Avaliação de condições de mercado (Passivo)
Receita (despesa) de hedge, por alternativas (em R$ milhões) Escala: R$ 0,05
Receita (despesa) de hedge, por alternativas (em R$ milhões)
Receita (despesa) de hedge, por alternativas (em R$ milhões)
Receita (despesa) de hedge, por alternativas (em R$ milhões)
Receita (despesa) de hedge, por alternativas (em R$ milhões) Premissa: na faixa de risco, todos os cenários têm a mesma probabilidade de ocorrência.
Receita (despesa) financeira líquida Receita (despesa) de hedge
Receita (despesa) financeira líquida (em R$ milhões) ( Receita ou despesa de hedge + variação cambial) Premissa: na faixa de risco, todos os cenários têm a mesma probabilidade de ocorrência.
ABORDAGENS DO RESULTADO DE HEDGE • Abordagem do custo e rentabilidade • Abordagem da proteção do lucro líquido Abordagem do custo e rentabilidade •Avalia o resultado financeiro de hedge e a eventual oportunidade de ganho financeiro; • Considera a possibilidade de não fazerhedge. Abordagem da proteção do lucro líquido •Considera somente a proteção do lucro líquido, em valor mínimo desejado, qualquer que seja o resultado financeiro de hedge.
Receita (despesa) de hedge, por alternativas (em R$ milhões) Resultado de hedge ou unhedge Faixa de risco Abordagem do custo e rentabilidade Critério 1: menor “despesa máxima” por alternativa: Opção • “despesa máxima” da alternativa = R$ 8,0 milhões
Receita (despesa) financeira líquida(em R$ milhões) (Receita ou despesa de hedge + variação cambial) Resultado de hedge + variação cambial Faixa de risco
Projeção de resultado do período de out/01 a mar/02 (R$ mil)
CONDIÇÕES REAIS X CONDIÇÕES PROJETADAS (em R$ milhões) Resultado de hedge por alternativas Resultado de hedge ou unhedge
CONDIÇÕES REAIS X CONDIÇÕES PROJETADAS (em R$ milhões) Lucro líquido projetado de R$ 10,0 milhões, com a taxa de câmbio de R$ 2,68
CONDIÇÕES REAIS X CONDIÇÕES PROJETADAS (em R$ milhões) Lucro líquido projetado de R$ 10,0 milhões, com a taxa de câmbio de R$ 2,68 CONCLUSÃO: Abordagem do custo e rentabilidade: Critério 1 (menor despesa máxima): opção de compra Critério 2 (maior receita ou menor despesa): sem hedge => opção de compra: possibilidades de ganhos adicionais, limitando a perda Abordagem da proteção do lucro líquido: swap => fixação de resultado (com taxa prefixada) O gestor pode garantir um resultado adequado, com a utilização de hedge por meio de derivativos financeiros.
Planejamento ~ Realização Período de hedge
Bibliografia básica HOJI, Masakazu. Práticas de tesouraria : cálculos financeiros de tesouraria : operações com derivativos e hedge. São Paulo : Atlas, 2001. HOJI, Masakazu. Administração financeira : uma abordagem prática. 5. ed. São Paulo : Atlas, 2004. HOJI, Masakazu. Abordagem contábil de resultados financeiros de hedge. In: Anais do 17º Congresso Brasileiro de Contabilidade. Santos, 2004. Tema Livre p. 90-104.