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DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES

DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES. Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria. DOENÇAS INFECCIOSAS EMERGENTES DE CÃES NO RS. LEISHMANIOSE. “Leishmaniose é uma doença parasitária de cães que afeta,

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DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES

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Presentation Transcript


  1. DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria

  2. DOENÇAS INFECCIOSAS EMERGENTES DE CÃES NO RS

  3. LEISHMANIOSE

  4. “Leishmaniose é uma doença parasitária de cães que afeta, concomitantemente, a pele, as vísceras e vários outros tecidos e cursa com lesões e, consequentemente, com sinais clínicos decorrentes do acúmulo de macrófagos parasitados e da resposta imunológica do hospedeiro com subsequente formação e deposição de imunocomplexo.” Leishmaniose(definição)

  5. Leishmaniose(etiologia) Filo Sarcomastigophora Subfilo Mastigophora Ordem Kinetoplastida Família Trypanosomatidae Subfamília Leishmaniinae Gênero Leishmania Subgêneros Leishmania e Viannia

  6. Leishmaniose humana(etiologia) Leishmania spp. Leishmaniose visceral Complexo L. donovani (L. donovani e L. infantum*) L. chagasi* Leishmaniose cutânea e mucocutânea Complexo L. tropica Complexo L. mexicana Complexo L. braziliensis *Mesma espécie com base filogenética.

  7. Leishmaniose humana(etiologia) Leishmania spp. Leishmaniose visceral Complexo L. donovani L. donovani L. infantum L. infantum/infantum L. infantum/chagasi Leishmaniose cutânea e mucocutânea Complexo L. tropica Complexo L. mexicana Complexo L. braziliensis

  8. Leishmaniose em animais(etiologia) Cães e canídeos selvagens L. infantum/chagasi L. infantum/infantum Gatos Complexo L. mexicana Complexo L. tropica

  9. Leishmaniose(reservatórios) Leishmania spp. L. infantum/chagasi L. infantum/infantum L. tropica L. mexicana L. braziliensis cães* e canídeos selvagens roedores *Nicole & Comte 1908 (Tunísia).

  10. Leishmaniose(reservatórios) Leishmania spp. L. infantum/chagasi L. infantum/infantum L. tropica L. mexicana L. braziliensis cães e canídeos selvagens* roedores *Vulpes vulpes (raposa-vermelha).

  11. Leishmaniose(reservatórios) Leishmania spp. L. infantum/chagasi L. infantum/infantum L. tropica L. mexicana L. braziliensis cães*, canídeos selvagens e marsupiais roedores *Deane 1951 (Brasil).

  12. Leishmaniose(reservatórios) Leishmania spp. L. infantum/chagasi L. infantum/infantum L. tropica L. mexicana L. braziliensis cães, canídeos selvagens* e marsupiais roedores *Cerdocyon (Dusicyon) thous (cachorro-do-mato).

  13. Leishmaniose(reservatórios) Leishmania spp. L. infantum/chagasi L. infantum/infantum L. tropica L. mexicana L. braziliensis cães, canídeos selvagens* e marsupiais roedores *Lycalopex (Dusicyon)vetulus (raposinha-do-campo).

  14. Leishmaniose(reservatórios) Leishmania spp. L. infantum/chagasi L. infantum/infantum L. tropica L. mexicana L. braziliensis cães, canídeos selvagens e marsupiais* roedores *Didelphis spp.(gambás).

  15. Leishmaniose(outros reservatórios) Leishmania infantum/chagasi Hipóteses recentes: Humanos (2000) Gatos (2002) Equinos (2002) Galinhas (2010)

  16. Leishmaniose(reservatórios) Leishmania spp. L. infantum/chagasi L. infantum/infantum L. tropica L. mexicana L. braziliensis cães, canídeos selvagens e marsupiais roedores

  17. Leishmaniose(outros reservatórios) Complexo Leishmania tropica Complexo Leishmania mexicana Complexo Leishmania braziliensis Hipóteses recentes: Gatos Cães Equinos

  18. Leishmaniose(vetores no Velho Mundo) Flebotomíneo (mosquito-palha) Classe Insecta Ordem Diptera Família Psychodidae Subfamília Phlebotominae Gênero Phlebotomus Subgênero Larroussius P. perniciosus, P. ariasi, P. perfiliewi, P. neglectus e P. tobbi

  19. Leishmaniose(vetores no Novo Mundo) Flebotomíneo (mosquito-palha) Classe Insecta Ordem Diptera Família Psychodidae Subfamília Phlebotominae Gênero Lutzomyia Lutzomyia longipalpis* *L. cruzi?

  20. Leishmaniose em cães (outras formas de transmissão) Transmissão vertical Transmissão materno-fetal Transmissão transplacentária Transmissão mamária Transmissão horizontal Transfusão sanguínea Transmissão por contato (contato sanguíneo) Transmissão venérea Mordedura e ingestão de vísceras de reservatórios selvagens? Rhipicephalus sanguineus e Ctenocephalides felis felis?

  21. Leishmaniose visceral humana (epidemiologia) Endêmica em 88 países do mundo: 67 países do Velho Mundo 21 países do Novo Mundo 350.000.000 de pessoas em risco. 12.000.000 de casos. Cerca de 500.000 novos casos/ano. Países mais afetados são: Bangladesh, Índia, Sudão Brasil 

  22. Leishmaniose visceral humana (epidemiologia) Características das regiões mais afetadas: Áreas rurais e periurbanas Habitações próximas a matas Habitações precárias Pobreza Desnutrição  do contato reservatório-vetor-homem

  23. Leishmaniose visceral humana (epidemiologia) Ocorre principalmente no Nordeste. Surtos frequentes no RJ e MG. Afeta principalmente pessoas de baixa renda. Casos são vistos basicamente em crianças (<10 anos de idade). Aumento do número de casos em adultos (HIV +). Cada vez mais frequente em centros urbanos.

  24. Leishmaniose canina (epidemiologia) Europa (ao redor do Mar Mediterrâneo): enzoótica África (ao redor do Mar Mediterrâneo): enzoótica Ásia (Oriente Médio, Ásia Central e China): enzoótica América do Sul (Brasil [exceto o Sul]): enzoótica América do Sul (Sul do Brasil): emergente América do Norte (Estados Unidos): emergente Europa (Norte): emergente

  25. Leishmaniose canina (epidemiologia) Europa (ao redor do Mar Mediterrâneo): 2%-40% da população Sudoeste da Europa: 2,5 milhões de cães. América do Sul (Brasil): ?????? América do Sul (Brasil, Colômbia e Venezuela): milhões de cães.

  26. Leishmaniose canina (epidemiologia) Predisposições Porte mais sucessível: grande Aptidão mais sucessível: caça Raça mais suscetível: Boxer* Idade mais suscetível: adulto entre 3-7 anos (65% dos casos) Sexo mais suscetível: macho *Polimorfismo do gene (Slc11a1 [previamente Nramp1]) .

  27. Importância epidemiológica do cão na leishmaniose visceral humana Áreas endêmicas de leishmaniose visceral humana Prevalência da infecção em humanos: 1%-2%. Prevalência da infecção em cães: 20%-40%. Diferença das lesões em humanos e cães Riqueza de parasitismo cutâneo. Infecção inaparente Alta prevalência de infecção inaparente (50%-60%).

  28. Importância epidemiológica do cão na leishmaniose visceral humana “O cão é o principal elo da cadeia de transmissão da leishmaniose visceral humana.”

  29. Importância epidemiológica do cão na leishmaniose visceral humana “Um estudo recente (2006) demonstrou que em 84% dos casos de leishmaniose em humanos, há correlação com a infecção em cães.” versus “Estudos mais antigos (1996 e 2005) demonstram fraca associação entre leishmaniose humana e cães infectados.”

  30. Leishmaniose(patogênese) repasto sanguíneo do flebotomíneo fêmea em vertebrado  transformação dos amastigotas em PINR* no intestino anterior  ligação dos PINR a receptores intestinais  migração dos PINR para a cavidade oral  novo repasto sanguíneo do flebotomíneo fêmea em vertebrado  inoculação de saliva com PINR na pele  fagocitose por macrófagos  *Promastigotas infecciosos não replicativos (metaciclogênese).

  31. Leishmaniose(patogênese)  perda do flagelo e replicação dos amastigotas no fagolisossomo  ruptura dos macrófagos  fagocitose por outros macrófagos  disseminação pelo organismo   espécies que espécies que crescem in vitro crescem in vitro a 37º C a 34º C   leishmaniose leishmaniose visceral cutânea

  32. Leishmaniose(pilares da patogênese) 1) Infecta exclusivamente macrófagos e inibe a atividade antimicrobiana. 2) A ocorrência da doença depende principalmente da resposta imune do hospedeiro definitivo. 3) A infecção persiste pela capacidade do microorganismo estabelecer-se em tecidos em que o sistema monocítico-macrofágico é bem desenvolvido.

  33. Leishmaniose(pilares da patogênese) 1) Infecta exclusivamente macrófagos e inibe a atividade antimicrobiana. 2) A ocorrência da doença depende principalmente da resposta imune do hospedeiro definitivo. → 3) A infecção persiste pela capacidade do microorganismo estabelecer-se em tecidos em que o sistema monocítico-macrofágico é bem desenvolvido.

  34. Leishmaniose em cães (exposição versus infecção versus doença) cães e canídeos selvagens contactantes  resposta imune   eficiente ineficiente (90%-97%) (3%-10%)  * sem sinais da doença doença clínica   eliminação manutenção do agente do agente Incubação: 3 meses a 7 anos.

  35. Leishmaniose em cães (exposição versus infecção versus doença) cães e canídeos selvagens contactantes  resposta imune   eficiente ineficiente (90%-97%) (3%-10%)  * sem sinais da doença doença clínica    eliminação manutenção cão doente do agente do agente   cão exposto cão infectado

  36. Leishmaniose em cães (exposição versus infecção versus doença) Cão exposto: cão saudável* com diagnóstico indireto positivo (titulação baixa) e diagnóstico direto negativo Cão infectado: cão saudável* com diagnóstico indireto positivo (titulação baixa) e diagnóstico direto positivo Cão doente: cão doente com diagnóstico indireto positivo (titulação alta) e diagnóstico direto positivo Cão marcadamente doente: cão doente (idem anterior) com nefropatia com perda protéica oftalmopatia artropatia *Ou com outra doença.

  37. “Porque esses são os cães que desenvolvem um resposta imunológica celular errática, caracterizada pela diferenciação T CD4 TA0 em T CD4 TA2, o que não permite a produção das interleucinas necessárias à ativação dos macrófagos e, consequentemente, não possibilita a morte dos amastigotas no interior dos fagolisossomos.” Por que apenas um minoria dos cães contactantes desenvolvem leishmaniose?

  38. infecção     apresentação do antígeno por CAA apresentação do antígeno por CAA a linfócitos T CD4 TA0 a linfócitos B  diferenciação dos linfócitos T CD4 TA0 em T CD4 TA1  interação entre linfócito T CD4 TA1 e linfócito B  diferenciação do linfócito B em plasmócitos  secreção de Ig Leishmaniose em cães (quando o contato não gera doença)     IL-2, TNF- e interferon- 

  39. Leishmaniose em cães (quando o contato não gera doença) IL-2, TNF- e interferon- ↓ macrófagos* ↓ macrófagos ativados ↓ apoptose dos amastigotas mediada pelo óxido nítrico ↓ cão sadio *Indução de atividade anti-leishmanial.

  40. infecção     apresentação do antígeno por CAA apresentação do antígeno por CAA a linfócitos T CD4 TA0 a linfócitos B  diferenciação dos linfócitos T CD4 TA0 em T CD4 TA2  interação entre linfócito T CD4 TA2 e linfócito B  diferenciação do linfócito B em plasmócitos  secreção de Ig Leishmaniose em cães (quando o contato gera doença)     IL-4 

  41. Leishmaniose em cães (quando o contato gera doença) IL-4 ↓ macrófagos ↓ macrófagos não ativado ↓ incapacidade em causar morte dos amastigotas ↓ cão doente

  42. Sinais comuns Lesões de pele (56-89%) → Linfadenomegalia (56-90%) Perda de peso (25-60%) Atrofia muscular (64%) Caquexia (48%) Palidez das mucosas (58%) Esplenomegalia (10-56%) Sinais de doenças oftalmológica (10-81%) Sinais inespecíficos (67-78%)* Sinais incomuns Febre (4-36%) Epistaxe (4-15%) Icterícia (1,5%) Púrpura (1,5%) Sinais respiratórios (1-2%) Leishmaniose em cães(sinais clínicos) *Incluem apatia e inapetência ou anorexia.

  43. Leishmaniose em cães(sinais clínicos) Lesões de pele Dermatite esfoliativa não eritematosa eritematosa Dermatite ulcerativa Dermatite nodular Onicogrifose (20-31%) Despigmentação Hiperqueratose nasodigital

  44. Sinais comuns Lesões de pele (56-89%) Linfadenomegalia (56-90%) Perda de peso (25-60%) Atrofia muscular (64%) Caquexia (48%) Palidez das mucosas (58%) Esplenomegalia (10-56%) Sinais de doenças oftalmológica (10-81%) → Sinais inespecíficos (67-78%)* Sinais incomuns Febre (4-36%) Epistaxe (4-15%) Icterícia (1,5%) Púrpura (1,5%) Sinais respiratórios (1-2%) Leishmaniose em cães(sinais clínicos) *Incluem apatia e inapetência ou anorexia.

  45. Leishmaniose em cães(sinais clínicos) Sinais de doenças oftalmológica Conjuntivite (2-32%) Ceratite (5-8%) Uveíte (1-8%) Panoftalmite (1%) Blefarite Celulite orbital

  46. Sinais comuns Lesões de pele (56-89%) Linfadenomegalia (56-90%) Perda de peso (25-60%) Atrofia muscular (64%) Caquexia (48%) Palidez das mucosas (58%) Esplenomegalia (10-56%) Sinais de doenças oftalmológica (10-81%) Sinais inespecíficos (67-78%)* Sinais incomuns Febre (4-36%) Epistaxe (4-15%) Icterícia (1,5%) Púrpura (1,5%) Sinais respiratórios (1-2%) Leishmaniose em cães(sinais clínicos) *Incluem apatia e inapetência ou anorexia.

  47. Leishmaniose em cães(outros sinais clínicos) Sinais de síndrome urêmica vômito (26%) diarreia (3-30%) melena (2-12%) úlceras orais (1-6%) poliúria/polidipsia (12%) Locomoção anormal (4-38%) claudicação dor articular ataxia

  48. Leishmaniose em cães(estadiamento clínico segundo o CLWG) Doença leve (I): apenas linfadenomegalia ou dermatite papular Doença moderada (II): linfadenomegalia ou dermatite esfoliativa ou linfadenomegalia ou dermatite ulcerativa e perda de peso anêmicos e hiperproteinêmicos Doença grave (III): idem II + sinais de reação de hipersensibilidade do tipo III idem II + azotêmicos Doença muito grave (IV): idem III + IRC ou SN idem III + proteinúricos

  49. Leishmaniose em cães(quando suspeitar?) Área endêmica Qualquer dos sinais clínicos isolados Área livre Associação de sinais clínicos linfadenomegalia perda de peso e atrofia muscular lesões de pele típicas

  50. Leishmaniose em cães(achados laboratoriais – hemograma) Anemia arregenerativa (60%-73,4%) ou regenerativa (rara) Leucocitose (24%) por neutrofilia e/ou monocitose Leucopenia (22%) por linfopenia ( LT CD4) com eosinopenia Trombocitopenia (29,3%-50%)

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