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Brasília, 21 de Agosto de 2007

EVENTO DA FRENTE PARLAMENTAR DE INFRA-ESTRUTURA. APRESENTAÇÃO. GLP – Novos Tempos Potencial de Desenvolvimento e Necessidade de Revisões Legislativas. Agustín Castaño Assessor Sênior. Brasília, 21 de Agosto de 2007.

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  1. EVENTO DA FRENTE PARLAMENTAR DE INFRA-ESTRUTURA APRESENTAÇÃO GLP – Novos Tempos Potencial de Desenvolvimento e Necessidade de Revisões Legislativas Agustín Castaño Assessor Sênior Brasília, 21 de Agosto de 2007

  2. A percepção do posicionamento atual do GLP no Brasil prejudica o desenvolvimento de seu potencial de mercado “Combustível Social” Percepção Atual Crenças / Medidas • "O preço do GLP é subsidiado para permitir acesso amplo à população" • "Dada a situação não adequada de formação de preço no produtor e o déficit de oferta, se deve restringir o uso em aplicações não críticas " • GLP é o combustível importado … • … utilizado para cocção … • .... por famílias de baixa renda RPBA-026-106

  3. Na realidade, o GLP exerce há muitos anos papel importante no uso energético da Sociedade, abastecendo 90% dos domicílios brasileiros, em todas as classes socio-econômicas Combustível do Fogão Predominantemente Utilizado em Cada Classe Social(1) Ano Base 2003 Classe A Classe D Classe C Total = 1,2 MM Dom. Total = 13,3 MM Dom. Classe B Classe E Total = 12,2 MM Dom. Total = 4,6 MM Dom. Total = 16,8 MM Dom. (1) Classe Social aproximada por faixa de Renda Média Domiciliar : Classe E (Abaixo de R$400), Classe D (Entre R$400 e R$800), Classe C (Entre R$800 e R$ 2.400), Classe B (Entre R$2.400 e R$ 6.000), Classe A (Acima de R$ 6.000) Fonte: Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD), Análise Booz Allen RPBA-026-106

  4. Ferro e Aço Mineração e Pelot. Não Ferrosos Química Alimentos e Bebidas Têxtil Cerâmica Papel e Celulose Outros Mas o GLP não está limitado ao uso residencial—na indústria há volume significativo em diversos setores... Consumo Industrial de GLP (‘000 Tons) CAGR (’94-’05) 5,9% 5,8% 18,5% 0,8% 10,0% 9,3% 3,7% -1,2% 43% 11,5% Fonte: Balanço Energético Nacional (BEN-2006), Análise Booz Allen RPBA-026-106

  5. Setor Comercial Setor Público Setor Agropecuário ... além dos setores comercial e público, onde o GLP tem apresentado crescente uso Participação do GLP em Cada Setor - 2005 Evolução do Consumo em Outro Setores do GLP por Setor (‘000 Tons) CAGR (’94-’05) Setor Público 14,6% 39,0% 23,6% Setor Agropecuário 8,3% Fonte: Balanço Energético nacional (BEN-2006), Preço ao Consumidor (ANP), Análise Booz Allen RPBA-026-106

  6. No entanto, apesar de sua presença relevante nos lares brasileiros e também em setores empresariais, os últimos anos registram a queda da participação do GLP na matriz energética Participação do GLP na Matriz Energética de Consumo Final Energético (excluindo consumo próprio do setor energético) O GLP manteve participação histórica acima de 5% da matriz energética brasileira Porém, a partir do ano 2000, tem havido queda constante de participação. Em 2005, esta participação chegou a 4,3%. Fonte: Balanço Energético Nacional (2006) RPBA-026-106

  7. Demanda Residencial Industrial Outros Oferta Local Refinaria Outros (UPGN e Petroquímica) Por outro lado, a redução da demanda e o aumento da oferta nos últimos anos estão eliminando a dependência externa ... CAGR (’95-’05) Oferta = 3,9% Demanda = 1,1% Histórico da Oferta Local e Demanda de GLP (MMTons) 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Fonte: Balanço Energético Nacional (BEN-2006), Análise Booz Allen RPBA-026-106

  8. ... tanto que o produtor tem praticado preços mais próximos da paridade de exportação—adequado na perspectiva de superávit ... Verificação da Paridade de Importação Teórica Custo Mont BelvieuSão Paulo (por Ton, Out ’06) Preço Propano Mont Belvieu = US$ 488 [FOB] Frete + US$ 25 Perdas, Seguro, etc. + US$ 20 = US$ 533 [CIF] Taxa de Câmbio x R$/US$ 2.14 =R$ 1.140 [CIF] Operação e Estocagem do Navio +R$ 40 ISS, outras tarifas porto +R$ 7 Custo transporte Santos-SP +R$ 5 Preço em São Paulo =R$ 1.192 [sem impostos] Preço Petrobras Médio (em SP) =R$ 911 [médio s/ impostos] Export Parity Aproximado= R$ 907 GAP ~30% Fonte: Spot Prices for Crude Oil and Petroleum Products (EIA), Preços de Produtores (ANP), Dólar Comercial Fechamento – Ptax (BACEN), Análise Booz Allen ... e apoiando a argumentação para a liberação do uso do GLP em diferentes aplicações, onde seja competitivo RPBA-026-106

  9. Como decorrência da percepção equivocada, tanto no conjunto da Sociedade quanto no poder público, a defasagem de algumas leis e normas reforçam a perda de espaço na matriz energética Histórico e Racional para as Restrições • O uso do GLP é restrito há décadas. As restrições vigentes foram introduzidas pelo CNP na Resolução No11 de 1978 e novamente reguladas em 1991 pela Lei 8.176 • GLP era subsidiado (PPE) e 80% importado • A Lei 8.176 de 08/02/91 qualifica de crime contra ordem econômica usar GLP em motores, saunas, caldeiras, piscinas e automóveis • A Resolução No1 do CNPE de 08/03/05 estabelece diretrizes para a ANP regular a comercialização e o abastecimento de GLP • Art. 3o Enquanto perdurarem situações que comprometam a adequada formação dos preços do GLP, nos termos da Resolução CNPE No 04, de 06/08/02, a ANP deverá manter a restrição do uso do produto às atividades indispensáveis. • A ANP cria a Resolução No 15 em 18/06/05 • Art. 30. É vedado o uso de GLP em motores de qualquer espécie; em automóveis, exceto em empilhadeiras; saunas; caldeiras; e aquecimento de piscinas • Projeto de Lei 5.883/05 do Deputado Eduardo Gomes modifica a lei 8.176, liberando o uso do GLP, exceto para fins automotivos • O MME se pronunciou contra o projeto de lei • “… o MME entende que as restrições ao consumo de GLP ainda são justificadas … não mais pelo déficit de oferta, mas pela atual situação de formação de preços, praticada pela Petrobras, a qual possibilita preços abaixo daqueles praticados no mercado internacional e diferenciações com relação ao tipo de consumidor…” • Os motivos que demandaram a criação das restrições no passado devem ser revistos • A realidade atual de fim do déficit de oferta, e perspectiva de superávit, elimina a preocupação com a importação • A formação de preço atual, convergindo o preço do produtor à paridade de exportação é adequada à situação de superávit iminente • Além disso, a política comercial de preço da Petrobras para o GLP é similar àquela utilizada para outros combustíveis, como o diesel que só tem restrições de uso específicas (p. ex. veículos leves) Perspectivas para Eliminação das Restrições RPBA-026-106

  10. Neste contexto, a indústria de distribuição de GLP, via o Sindigás, está coordenando esforços para levar o setor a novos estágios de amadurecimento Coordenar esforços para o amadurecimento do setor de GLP no Brasil, buscando posicionamento relevante deste combustível na sociedade Missão do Sindigás GLP é um combustível produzido no Brasil, moderno, competitivo e ecológico que contribui para o desenvolvimento da sociedade nas residências, no transporte, no comércio, na indústria e na agropecuária Participação acima de 4,5% na matriz energética* através da diferenciação e diversificação do uso Visão 2015 Posicionamento Alvo GLP (*) Matriz de consumo final energético, excluindo o consumo próprio do setor energético RPBA-026-106

  11. A oportunidade que se abre para mudar o posicionamento é amplificada pois o Brasil, no contexto da auto-suficiência de petróleo, está também se tornando auto-suficiente em GLP Projeção da Oferta e Consumo do GLP Materializar a Visão 2015, atingindo participação acima de 4,5% na matriz energética, pode fazer o consumo atingir pelo menos 9,5MM Ton MM Ton / Ano Oferta Local Consumo, Mantendo a Situação Atual (i.e. sem esforço específico para materializar a Visão 2015 proposta) Fonte: Análise Booz Allen Ou seja, aquele que fora um combustível que onerava as contas externas do país passará a atender totalmente ao consumo local, podendo até ser exportado caso não se incentive o mercado interno RPBA-026-106

  12. A Sociedade Brasileira deverá colher benefícios significativos decorrentes deste aumento de oferta local de GLP—primeiro, uma mudança na regra de formação de preço no produtor Política de Preço Atual Política de Preço Proposta Teoria Prática(2) Superávit Déficit Paridade de Importação(1) 12.4% 12.4% Paridade de Exportação(1) • A formação de preço atual é formalmente paridade de importação, adicionando desconto de 12.4% apenas para GLP destinado a P13 • Porém, na prática o preço está mais próximo da paridade de exportação • A proposta é formação de preço entre paridade de exportação e importação, dependendo do equilíbrio de oferta/demanda local • No superávit, preço adequado é alinhado à exportação • No déficit, preço deve ficar entre importação e exportação, maximizando o retorno da cadeia,... • ...com um gatilho mantendo preço na paridade de exportação apenas para uso até P13 Preço para Botijão Residencial Preço para Outros Formatos Assim, a formalização da formação de preço via paridade de exportação traria efeito prático pequeno, mas daria maior transparência e coerência formal ao mercado Nota: (1) Atualmente, a paridade de importação está em cerca de R$1.192/Ton e a paridade de exportação R$907/Ton, sem impostos (2) O preço praticado pela Petrobras é de R$892/Ton para GLP destinado a P13 e R$1.015 para o restante (Replan) Fonte: Análise Booz Allen Hamilton RPBA-026-106

  13. Segundo, e mais importante, o excedente do GLP pode ter um papel importante em corrigir questões estruturais do balanço energético, além de poder ser utilizado em oportunidades de mercado Iniciativas da Nova Proposta de Valor do GLP • Propondo papel fundamental para o GLP em questões diretamente relacionadas ao planejamento energético do país • Demonstrando responsabilidade empresarial, assim legitimando também a busca de oportunidades de mercado Soluções para Questões Estruturais • Substituição da Lenha para Cocção • Aquecimento de água residencial • Secagem de grãos e queima da erva daninha na agricultura • Aquecimento de ambiente na avicultura • Complemento do GN e EE na indústria em contratos flexíveis • Uso em comércio/indústria em localidades remotas • Frota de ônibus urbano • Promovendo aplicações atrativas e/ou de baixo risco nas quais o GLP é competitivo • Aumentando e diversificando a participação do GLP na matriz energética Oportunidades de Desenvolvimento de Mercado Ou seja, de um antigo “problema” o GLP passa a ser um instrumento de política energética RPBA-026-106

  14. Questão Estrutural: Substituição da Lenha para Cocção O uso da lenha para cocção impacta negativamente a saúde das pessoas e o meio ambiente Distribuição dos DALYs(2) Globais Pelos Principais Fatores de Risco Problemas do Uso da Lenha Poluição de Queima de Lenha(1) vs Padrões Aceitos pela OMS • Poluição—fumaça da lenha é cerca de 20 vezes mais poluente que o uso de GLP • Doenças relacionadas ao uso de combustíveis sólidos • Infecções respiratórias (como pneumonia) • Doença pulmonar crônica (como bronquite) • Câncer de pulmão • Problemas oculares (como glaucoma, catarata, etc.) • Mortalidade infantil • Deflorestamento 3 Bilhões de pessoas afetadas com 1,6 MM mortes/ano no mundo Equivalência dos Impactos do Uso da Lenha em Consumo de Cigarro Pela mesma relação, no Brasil, 4 MM de domicílios utilizando lenha corresponde a mortalidade de 8 mil pessoas por ano (1) 1kg de lenha em uma hora em uma cozinha de 40 m3 (2) DALY = Disability-adjusted life year; uma DALY equivale a perda de 1 ano de vida saudável Fonte: Organização Mundial da Saúde (OMS), Análise Booz Allen RPBA-026-106

  15. Questão Estrutural: Substituição da Lenha para Cocção Para reduzir o uso da lenha, o GLP é o energético mais adequado, dada a combinação de cobertura, preço, segurança e poluição Eficiência (%) e Emissão de Poluentes (g/MJ) para Cocção Potenciais Substitutos da Lenha • Diminuir o consumo de lenha residencial pela metade até 2015 no mundo, economizaria até US$91 bilhões por ano nos serviços de saúde, segundo a OMS • Pela mesma lógica, a redução pela metade do consumo de lenha nas residências no Brasil traria uma economia de US$ 500 MM/ano (1) Componentes Orgânicos fora metano Fonte: Organização Mundial da Saúde (OMS), Análise Booz Allen RPBA-026-106

  16. Questão Estrutural: Substituição da Lenha para Cocção No Brasil, o GLP tem baixas restrições para substituição da lenha—ao contrário de países como a Índia Experiência da Índia Situação do Brasil Questões Relativas a Acesso ao GLP • Rede de entrega de GLP tem cobertura insuficiente... • ... e não tem confiabilidade de entrega • Acesso a fogão e botijão é limitado pelo alto custo e falta de financiamento • Rede de entrega de GLP abrange quase toda a população (cobertura maior que os Correios).... • .... com confiabilidade e robustez • Grande parte da população que utiliza lenha também possui fogão à GLP.... • .... e aqueles que não possuem, têm acesso a financiamento privado de varejistas em todo o país Questões Relativas a Subsídios • Governo tem dificuldade de arcar com o custo do programa de substituição de lenha—subsídio ao GLP custa mais que todo o gasto com educação • O mecanismo é ineficiente, resultando em grande parte do subsídio beneficiando classes altas • GLP subsidiado é desviado para outros usos—veículos, restaurantes, motores, etc. • Apesar de restrições fiscais e orçamentárias, o Governo pode direcionar fundos para o problema da lenha (por exemplo, utilizando a CIDE ou melhor direcionando recursos de programas sociais) • Mecanismos como o Bolsa-Família comprovam a viabilidade de mecanismo de boa eficiência dirigidos às famílias de baixa renda • Em países onde se usa lenha para cocção, como Brasil e Índia, o setor de GLP pode (e deve) contribuir na solução deste problema • Estudo de impactos na saúde e no ambiente da substituição da lenha • Recomendação de mecanismos eficazes e eficientes de acesso ao produto • Desenvolvimento de programas conjuntos com Governos e ONGs RPBA-026-106

  17. Questão Estrutural: Substituição da Lenha para Cocção Uma alternativa para estimular a substituição é através de incentivo econômico para a população de baixa renda—R$11/mês por família Histórico de Preço de P13, Auxílio-Gás e Consumo Consumo GLP Residencial (MM Ton) Incentivo ao acesso Oferecer um desconto adicional de R$11 até P13 para incentivar a substituição da lenha na baixa renda por GLP Preço do P13 (R$/botijão) MM Ton R$ Fonte: ANP, Balanço Energético Nacional (BEN-2006), Análise Booz Allen RPBA-026-106

  18. Questão Estrutural: Substituição da Lenha para Cocção Utilizar o Bolsa-Família para oferecer o “desconto” ao botijão de GLP até 13 kg foca a abrangência do programa nas famílias mais carentes Mecanismo de Desconto Dirigido Via Bolsa-Família até P13 (R$) • Abrangência: apenas o volume de P13 utilizado por famílias do BF—quase 100MM de botijões atendendo 11,1MM de famílias • Eficiência: 100% deste desconto deve atingir os 62% mais pobres da classe E • Potencial de GLP Substituindo Lenha: até 500 Mil Ton/ano (2) (1) Nota: (1) O valor do financiamento do botijão equivale ao parcelamento em 2x do preço do botijão a um custo total de crédito de 4.5% ao mês. Além do valor monetário, há um importante componente no parcelamento relacionado à disponibilidade de dinheiro que resulta em aumento do acesso ao produto (2) Dos 11MM de famílias abrangidas, considera 3MM de famílias que hoje utilizam lenha sendo convertidos para GLP (80Kg de GLP ao ano por domicilio) e outros 8MM de domicílios que consomem parcialmente lenha convertidos plenamente para GLP (30Kg adicionais de GLP ao ano por domicílio) Fonte: MDS, Análise Booz Allen RPBA-026-106

  19. Questão Estrutural: Substituição da Lenha para Cocção Assim, a agenda para promover o uso do GLP alavancando o BF para substituição de lenha na baixa renda passa por uma série de ações Recomendações de Agenda • Eliminação de PIS/COFINS/CIDE para GLP destinado até P13 • Criação de subsídio atrelado ao Bolsa-Família de cerca de R$8,10 direcionado para a compra de botijão até P13 • Campanhas de conscientização dos problemas da lenha para cocção • Desenvolvimento de mecanismos para redução da compra mínima – financiamento e/ou embalagem de menor volume • Gatilho de formação de preço que em caso de possível déficit transitório de oferta este seja mantido alinhado à paridade de exportação para o GLP destinado a uso até P13 • Verificação da disponibilidade de fogões a GLP • Eliminação de PIS/COFINS/CIDE para GLP destinado até P13 • Criação de subsídio atrelado ao Bolsa-Família de cerca de R$8,10 direcionado para a compra de botijão até P13 Com esta agenda, estima-se em 25% a potencial redução no uso de lenha RPBA-026-106

  20. Questão Estrutural: Aquecimento de Água Residencial No aquecimento de água residencial, há problemas estruturais que o GLP pode solucionar—excesso de eletrotermia e incertezas quanto a disponibilidade e preço de EE e GN O aquecimento de água é uma aplicação altamente adequada para o GLP—no Brasil se incentiva excessivamente o uso da eletricidade para tal Problemas e Riscos Gás Natural • Preço para a população em geral mais caro que o GLP, com perspectiva de aumento • Risco de interrupções no abastecimento no curto e médio prazo Cocção Aquecimento de Água Eletricidade • Preço para a população significativamente mais caro que o GLP • Risco de interrupções no abastecimento no médio prazo RPBA-026-106

  21. Presença de Aquecimento de Água via Eletricidade nos Domicílios (% dos domicílios) Excesso Estrutural no Uso da Eletrotermia Δ 22% Questão Estrutural: Aquecimento de Água Residencial Em países desenvolvidos a eletrotermia representa no máximo 46% do aquecimento de água, enquanto no Brasil se usa 68%—o GLP deve contribuir a reduzir este excesso... Comentários • Há uma oportunidade de reduzir em cerca de 22% esta penetração da eletrotermia no aquecimento de água residencial.... • .... que representa converter 10MM de domicílios a energéticos alternativos como energia solar, GN e GLP • Uma premissa conservadora de converter ¼ destes domicílios para GLP, ou 2,5 MM de residências, representa cerca de 350 Mil Ton de GLP ao ano de consumo adicional Fonte: ECI, Eurostat, Euromonitor, Programa SAVE, IEEJ, PUC/PROCEL, Análise Booz Allen RPBA-026-106

  22. Questão Estrutural: Aquecimento de Água Residencial ... e melhorar significativamente o perfil energético nacional—a substituição de ¼ da eletrotermia excessiva por GLP retiraria cerca de 9,5 GWh por dia de consumo de ponta do sistema elétrico Benefícios da Substituição da Eletrotermia Residencial por GLP Considerando chuveiros de 5,000 W e banhos de 12 minutos, um domicílio médio consome com aquecimento de água cerca de 115 KWh por mês No universo de 2,5 MM de domicílios considerados na substituição da eletrotermia por GLP, resulta em retirar do sistema 9,5 GWh por dia ou 3,5 mil GWh por ano de consumo de ponta • A geração desta eletricidade durante o pico (3 horas no início da noite, entre 18 e 21hrs) e demanda uma usina com capacidade de 5900 MW—mais de 40% da capacidade de Itaipu • Já em um sistema interligado, este consumo demanda uma usina adicional em operação permanente com potência de cerca de 730 MW(1) • A construção de uma usina hidrelétrica deste porte demanda investimentos da ordem de R$ 2,2 Bilhões • Ou, no caso de uma termelétrica, representa o consumo de GN de 2,9 Milhões de metros cúbicos por dia, ou cerca de 10% de todo gás importado da Bolívia atualmente Fonte: Análises Booz Allen, EPE RPBA-026-106

  23. Questão Estrutural: Aquecimento de Água Residencial Assim, a agenda para promover o uso do GLP no aquecimento de água residencial passa por uma série de ações Recomendações de Agenda • Liberalização da competição com GN e energia elétrica através da eliminação das restrições ao uso (saunas, piscinas e caldeiras) • Campanhas de promoção do GLP como barato e seguro para aquecimento de água residencial • Isonomia com o chuveiro elétrico no tratamento tributário—IPI dos aquecedores • Programa de desenvolvimento de provedores de serviços e equipamentos para instalações residenciais • Programa de influência junto a arquitetos e engenheiros para aquecimento de água residencial • Eliminação de metas artificiais de sobrexpansão do GN residencial • Discussão de papel para o GLP no Plano de Contingência do GN • Liberalização da competição com GN e energia elétrica através da eliminação das restrições ao uso (saunas, piscinas e caldeiras) • Isonomia com o chuveiro elétrico no tratamento tributário—IPI dos aquecedores • Eliminação de metas artificiais de sobrexpansão do GN residencial • Discussão de papel para o GLP no Plano de Contingência do GN Com esta agenda, espera-se contribuir com o uso racional da eletricidade, reduzindo os gastos com energéticos da população RPBA-026-106

  24. Oportunidade de Mercado: Frota de Ônibus Urbano No setor de transportes, o GLP é uma alternativa em muitos países para redução da poluição urbana, ... • O transporte público é um dos maiores responsáveis pela poluição urbana • Segundo estudo americano, ônibus urbanos emitem mais poluição do que se cada passageiro utilizasse um carro de passeio • O uso de combustíveis alternativos pode reduzir em até 6 vezes as despesas relacionadas à poluição • As novas tecnologias de ônibus a diesel (Euro 4) prevêem uma redução de 50% das emissões atuais—o GLP ainda é menos poluente que este diesel • Os motores de veículos pesados a GLP foram pouco desenvolvidos • Não houve uma pressão do setor para este desenvolvimento • Esta tecnologia voltou, recentemente, a ser desenvolvida, com foco em motores dedicados (como na Austrália e UK) • São raros os motores não dedicados (GLP e diesel) • As experiência catalogadas nos EUA, Áustria, Canadá e Austrália utilizam motores dedicados • Porém, motores não-dedicados podem constituir uma via de entrada para facilitar a decisão de investimento Emissão de Partículas dos Diferentes Automóveis à Diesel (mg/km) Custo dos Problemas Devido à Poluição para Ônibus Urbano por Combustível(1) Centavos de AU$ / km (1) Ônibus Euro 2 (padrão australiano), Diesel = padrão com 1200 ppm de enxofre, LSD é diesel com 500 ppm, ULSD é diesel com 50 ppm e CRT é o redutor de partícula Fonte: Clean Air Institute, Propane Council (PERC), CNT, Análise Booz Allen RPBA-026-106

  25. Veículos Pesados Veículos Leves Motocicletas Oportunidade de Mercado: Frota de Ônibus Urbano ... e no Brasil as autoridades já estão direcionando esforços para a redução da poluição, mas ainda de forma tímida • Hoje existe cerca de 100 mil ônibus municipais / metropolitanos de transporte coletivo no Brasil • 30% estão nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte • O governo preocupado com essa questão já atua na redução da poluição—determinou meta para 2008 de 60% dos ônibus das regiões metropolitanas serem movidos a GNV... • ...porém o programa não evoluiu e não existe possibilidade de alcançar esta meta • Incapacidade de revenda dos ônibus para interior, inviabilizando o investimento • Alto tempo reabastecendo demanda aumento da frota • Ainda existem planos para redução da emissão de poluentes dos veículos à diesel • Reduzir o teor de enxofre do diesel para o 500 ppm em 2005 e para o 50 ppm para 2009 (segundo estudo em 2003)—porém hoje ainda está em uso o diesel com 2000 ppm Emissão Total de Poluentes por veículo na Região Metropolitana de São Paulo -2001 (ton/ano) 100%= 26 375 1.643 Fonte: Clean Air Institute, Propane Council (PERC), CNT, Análise Booz Allen RPBA-026-106

  26. Pior Melhor 0 4 Oportunidade de Mercado: Frota de Ônibus Urbano O GLP pode ser uma alternativa viável ao diesel em frota de ônibus urbano para diminuição da poluição • O GLP pode ser o combustível substituto do diesel nas frotas urbanas para diminuição da poluição • Redução de mais de 90% na emissão de partículas, 80% CO e 50% de NOx • Em estudos internacionais, com motores dedicados, os motores a GLP possuem vida útil até 30% maior que os motores a diesel e necessitam menos manutenção • Nos EUA o GLP é utilizado para frota de ônibus metropolitanos e para ônibus escolares (caso de sucesso em Portland) • O uso do GLP na expansão da frota nacional não depende de uma readequação da rede de distribuição, apenas de investimentos em estações de abastecimento, permitindo revenda dos ônibus para cidades do interior... • ... além disso o tempo de reabastecimento do GLP é semelhante ao do diesel—não impacta a produtividade • Desta forma, existe a oportunidade do GLP substituir o Gás Natural no plano para redução da poluição nas metrópoles de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais Avaliação Competitiva dos Energéticos Conclusões Considerando a redução de poluentes e viabilidade operacional, existe oportunidade para o GLP na substituição do diesel nas frotas de ônibus de linha Fonte: Balanço Energético Nacional (BEN-2006), Balanço de Energia Útil (BEU-2005), Propane Council (PERC), Análise Booz Allen RPBA-026-106

  27. O conjunto das iniciativas está ligado a uma agenda de mudanças em diversas dimensões Resumo das Principais Mudanças Propostas • Eliminação das restrições de uso em piscina, saunas, caldeiras, motores estacionários e ônibus urbanos • Eliminação de metas de sobrexpansão da rede de GN residencial • Promoção do uso do GLP no aquecimento de água residencial • Criação de metas de substituição de ônibus a diesel por GLP (eliminando os programas de GNC) Regulação & Política Energética • Eliminação de PIS/COFINS/CIDE para GLP destinado até P13 • Definição do preço entre paridade de exportação e de importação, que maximize o retorno para a cadeia • Gatilho de formação de preço que em caso de possível déficit transitório de oferta este seja mantido alinhado à paridade de exportação para o GLP destinado a uso até P13 • Isonomia tributária do IPI de aquecedores a gás com chuveiro elétrico • Distribuição de subsídio atrelado ao Bolsa-Família de R$8,10 ao mês direcionado a compra até P13 Preço & Tributação • Promoção de mecanismo de redução de desembolso mínimo para P13 (financiamento e/ou menor volume) • Separação de propano e butano • Desenvolvimento de fornecedores de equipamento para agricultura (secagem de grãos e queima da erva daninha), indústria (aquecedores, caldeiras, etc.), transporte (ônibus) e residência (aquecedores de água) • Desenvolvimento de provedores de serviços (instalação, manutenção, etc.) • Aumento do alcance de programas de influência de arquitetos e engenheiros para aquecimento de água residencial Oferta de Serviços e Produtos • Comunicação institucional da imagem do GLP como moderno, limpo, ecológico, transportável, versátil e seguro • Comunicação para promoção do GLP como barato e seguro para aquecimento de água residencial • Comunicação para conscientização dos males da lenha para cocção • Divulgação das aplicações de promoção de imagem selecionadas Promoção da Imagem RPBA-026-106

  28. O impacto no volume destas iniciativas pode ser significativo—a nova demanda para 2015 reflete ganho de espaço do GLP na matriz energética, aproximando demanda e oferta Impacto das Iniciativas na Demanda de GLP em 2015—MM Ton GLP é 4,6% da matriz energética vs. 4,3% em 2005 GLP é 3,6% da matriz energética vs. 4,3% em 2005 Oportunidades de Mercado Questões Estruturais Fonte: Plano Nacional de Energia 2030 (EPE), Análise Booz Allen RPBA-026-106

  29. Os investimentos nas questões estruturais geram resultados extremamente benéficos para a sociedade.... Impactos para a Sociedade da Nova Proposta de Valor Substituição da lenha para cocção • Gasto adicional por domicílio deaté R$ 240 por ano (R$20/mês/dom.), para compra do GLP por famíliasque utilizam lenha • Redução de 25% do consumo de lenha no Brasil... • ... que, pela metodologia da OMS, equivale a redução de 50 mil DALYs(1)... • ... e R$ 500 MM ao ano de gastos com saúde, ausências no trabalho, mortes, entre outros • Maior conveniência e rapidez no preparo das refeições Aquecimento de água residencial • Investimento para compra einstalação de aquecedor de água a GLP • Redução do consumo de eletricidade de 3,5 mil GWh / ano de consumo de ponta por domicilio, resultando economia de cerca de R$ 300 por ano para 2,5 MM de lares em todo Brasil,... • ... equivalente a uma usina interligada com potência de cerca de730 MW • Uma usina hidrelétrica deste porte demanda investimentos da ordem de R$ 2,2 Bi • No caso de uma termelétrica, representa 35 Milhões de m3 de GN por ano, ou cerca de 10% do gás importado da Bolívia (1) DALY = Disability-adjusted life year; uma DALY equivale a perda de 1 ano de vida saudável Fonte: Análises Booz Allen RPBA-026-106

  30. ... assim também, o restante das iniciativas traz benefícios muito significativos Impactos para a Sociedade da Nova Proposta de Valor Usos na Agricultura • Investimento em infra-estrutura • Gasto com secagem entre R$1-10 por ton. de grão—para um produtor mediano de soja (4 mil ton / ano) equivale a R$15 mil / ano (0,07% do custo de produção) • Maior controle e qualidade na secagem dos grãos • Economia final entre gasto com GLP vs. Herbicida—potencial redução de até 50% • Substituição de herbicidas por GLP gera produção orgânica Aquecimento na avicultura • Investimento em infra-estrutura • Gasto com aquecimento de cerca de R$0,03 / kg de ave—para um produtor mediano (15 mil aves), equivale aR$10 mil (2% do custo de produção) • Redução da taxa de mortalidade das aves • Ganho de massa superior ao uso da lenha Com. e Ind. em localidades remotas • Aumento na conveniência e considerável redução da poluição • Redução de cerca de 41% dos custos com energético para empresas que utilizam atualmente eletricidade • Aumento do custo de operação para aqueles que utilizam lenha Complemento do GN e EE na indústria • Melhoria no gerenciamento da demanda com a utilização de contratos flexíveis de GN e Eletricidade, reduzindo consumo de pico (economia total de 700 GWh de eletricidade e 120 MM m3 de GN por ano) • Redução de cerca de 30% da tarifa com GN e Eletricidade • Investimento inicial em infra-estrutura e equipamentos para operação com GLP Frota de Ônibus Urbano • Redução de cerca de 15% da importação de diesel (300 mil m3 ano) • Redução considerável da emissão de poluentes, por exemplo reduzindo em 5% a emissão total de NOx em São Paulo • Redução do custo de operação de R$ 20 mil por ônibus por ano, gerando uma economia total de R$ 122 MM por ano • Investimento inicial em ônibus (cerca de 25% maior que ônibus à diesel) e infra-estrutura Fonte: Análises Booz Allen RPBA-026-106

  31. Em resumo ... • O desenvolvimento do GLP no Brasil está longe de ter atingido o seu potencial de mercado ... • ... tendo a possibilidade de avançar para um estágio evolutivo “maduro” ... • ... a partir do crescente superávit, do preço "export parity" do produtor, da eliminação das restrições ao uso ... • ... da visualização pelos responsáveis pela política energética de que o GLP é uma solução e não mais um problema estrutural ... • ... e do esforço e iniciativa dos participantes da cadeia de valor do setor para evoluir no posicionamento do GLP e na materialização das oportunidades RPBA-026-106

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