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Manejo e Sanidade em Ovinos. Informações Básicas. Temperatura do corpo – 38,3 a 39,9 ºC. Idade ao primeiro cio – em torno de 6 meses de idade. Intervalo entre os cios – 14 a 17 dias. Período de gestação – 140 a 159 dias. Idade para iniciar cobertura, machos – 12 a 14 meses.
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Informações Básicas • Temperatura do corpo – 38,3 a 39,9 ºC. • Idade ao primeiro cio – em torno de 6 meses de idade. • Intervalo entre os cios – 14 a 17 dias. • Período de gestação – 140 a 159 dias. • Idade para iniciar cobertura, machos – 12 a 14 meses. • Freqüência cardíaca em repouso (adulto) – 70 a 80p/m • Freqüência respiratória – 12 a 25/minuto • Idade de descarte: • - Fêmeas – 6 anos; • - Machos – 9 anos.
Fatores indicadores da saúde animal • Vivacidade e altivez; • Apetite normal; • Pêlos lisos e brilhantes; • Fezes e urina com coloração e forma normais; • Ruminação presente; • Desenvolvimento corporal compatível com raça e idade.
IMPORTANTE • Higiene nas instalações • Limpeza das instalações; • Limpeza de comedouros e bebedouros; • Desinfecção de instalações; • Adoção de quarentena; • Isolamento de animais doentes; • Descarte de animais; • Vacinar : Brucelose, carbúnculo, raiva; • Descartar : defeitos genéticos e adquiridos; • Mastite...
VACINAÇÃO • Contra a Febre Aftosa (a partir 4 meses a cada 6 meses); • Contra a Raiva (a partir de 4 meses- em regiões onde há risco); • Botulismo, carbúnculo, enterotoxemia; • Linfadenite ??? Empresa Baiana de desenvolvimento – 3 mês de vida e repetida anualmete.
MANEJO SANITÁRIO • Limpeza das instalações e recolhimento do esterco em esterqueiras; • Manter cochos com água e alimento limpos e fora das baias; • Após a vermifugação mater os animais presos em aprisco por pelo menos 12 horas; • Vermifugar cordeiros após três semanas de pastejo.
Separar jovens de adultos em baias e ou piquetes; Vermifugar as matrizes 30 dias antes do parto; Vermifugar todo animal comprado antes de incorporá-lo ao rebanho; Evitar superpastejo; Uso da rotação de piquetes; Trocar o grupo químico do vermífugo a cada ano;
Detalhar plano nutricional por categoria animal; Respeitar o escore adequado ao realizar monta ou IA; Pesar as mães antes e após o parto; Vermifugar fêmeas antes da estação de monta e após o 45o dia de cobrição ou IA;
SANIDADE • Exame de fezes realizado antes e uma semana depois da vermifugação • Monitorar a resistência do verme - vermífugo mais eficiente à sua propriedade; • Grau da infecção e os tipos de vermes que estão parasitando os ovinos; • utilizar o produto químico específico para o controle dos parasitas que infestam o rebanho; • Avaliar e adequar medidas de manejo dos animais e da pastagem. • Pastejo integrado ou alternado com bovinos, eqüinos, além da rotação pasto-cultura. • fêmeas - vermifugadas 30 dias antes da parição.
Verminose • Em geral mistas; • Ação: • Espoliativa; • Tóxica; • Traumática; • Irritante; • Mecânica. • Efeitos: • Crescimento retardado; • Baixa produção; • Má eficiência reprodutiva; • Mau aproveitamento dos alimentos; • Menor resistência a enfermidades; • Mortalidade.
Localização dos helmintos – ovinos • Abomaso • - HAEMONCHUS CONTORTUS*; • - Ostertágia circumcincta; • - Trichostrougylus axei. • Intestino Delgado • - Trichostrougylus columbriformis**; • - Cooperia spp; • - Nematodirus spathinger; • - Strongyloides papillosus; • - Moniezia expansa (Cestóide, verme fita, solitária).
Localização dos helmintos – ovinos • Intestino Grosso • - Oesophagostomun venulosun**; • - Oesophagostomun columbianum**; • - Trichuris ovis**. • Fígado - Fasciola hepático* (Trematódio – verme folha, problemática em terras úlmidas – presença de caramujos. • Pulmão • Dictyocaulus filaria; • Muellerius capillaris. • Cérebro - Coenurus cerebrallis – Taenia multiceps (Cestóide – vermes fita, solitária) * Parasitas sugadores de sangue, ** Parasitas que causam alguma perda de sangue.
HAEMONCHUS CONTORTUS • Avermelhados, com diâmetro de alfinete e comprimento de 1 a 3 cm • Animais com altos níveis parasitários poderão perder até 145 ml de sangue dia, conseqüentemente, após a infecção, os animais desenvolvem um quadro de anemia grave, em um curto período de tempo. • Respostas imunológicas contra a reinfecção - lenta e incompleta. • Alternativas de controle??? Redução do número de vermifugações anuais.
HAEMONCHUS CONTORTUS • Controle: • Animais geneticamente resistentes; • habilidade dos ovinos em impedir o estabelecimento e/ou subseqüente desenvolvimento da infecção parasitária • Fitoterápicos com efeito anti-helmíntico; • Medicamentos homeopáticos; • Fungos nematófagos predadores de larvas e ovos. • Rotação de pastagens e pasto/cultura anual. • Vermífugos comprovadamente eficazes.
Redução da pressão anti-helmíntica sobre os vermes - prolonga a vida útil dos compostos, retardando o desenvolvimento da resistência anti-helmíntica e a redução da presença de resíduos químicos nos alimentos de origem animal.
Identificação dos genótipos resistentes ao Haemonchus contortus: • quantificação da carga parasitária - forma mais direta de se avaliar esta característica (KASAI et al., 1990). • marcadores de animais resistentes e susceptíveis. • Marcador parasitológico - Quantidade de ovos por grama de fezes (opg) - diretamente proporcional ao grau de infecção do parasita no hospedeiro. • Marcadores hematológicos e imunológicos. • Marcador - deve apresentar alta herdabilidade, alta repetibilidade e uma análise automatizada;
HAEMONCHUS CONTORTUS • as amostras (de sangue ou fezes) devem ser de fácil obtenção e passíveis de serem estocadas o maior tempo possível. • Resulta da expressão de uma resposta imunológica adquirida GILL (1991). • identificação de animais imunologicamente mais competentes.
Cestóides (Taenia) • Ciclo da Moniezia expansa: Animal contaminado defeca – elimina segmentos com ovos → larva → ingestão por ascarinos → formação dos cisticercóides → ingestão dos ascarinos infectados (Ovinos) → cisticercóides se fixam pela cabeça na mucosa do intestino delgado → cinco semanas – estado adulto → liberação de segmentos e ovos... • Ciclo da Taenia multiceps: intestino do cão → segmentos maduros liberados nas feses → ingetão por caprinos/ovinos → esômago – liberação dos embriões → perfuração da parede e deslocamento pela corrente sanguínea → cérebro e medula espinhal (sucesso), demais orgão (embrião não sobrevive) → formação de cisto no tecido nervoso → morte do caprino/ovino → ingestão por cachorros.
Sintomas gerais de verminoses • Vermes do estômago: inchaço mole sob a mandíbula, possível presença de constipação. • Vermes pulmonares: tosse áspera, descarga nasal viscosa – tosse seca sem descarga; respiração difícil. • Tênias: debilidade, raquitismo; • Fascíolas: diarréia leve, anemia, apatia, inchaço bob a mandíbula.
Eimeriose (coccidiose) • Protozoários • Agravado pelo confinamento. • Causa mais comum de diarréia em pequenos ruminantes jovens, entre 3 semanas e 5 meses de idade. • Contaminação – ingestão de esporocistos – (oocistos eliminados pelas fezes de animais contaminados). • Pode levar o animal à morte (AMARANTE et al. 1993). • Animais afetados - sensível diminuição no crescimento, devido a lesões irreversíveis na mucosa intestinal. • monensina sódica - componente biologicamente ativo produzido pelo Streptomyces cinnamonensis - efetiva no controle da coccidiose ovina, tanto natural quanto induzida artificialmente. • Promotor de crescimento.
LINFADENITE CASEOSA • Doença infecciosa contagiosa. • Corynebacterium pseudotuberculosis • Formação de abscessos nos gânglios linfáticos. • Influência: • Ganho de peso; • Morte ??? • Animais para exposição (comprometimento temporário); • Depreciação da pele.
Sintomas – Linfadenite Caseosa • Abscessos: • Debaixo da mandíbola e orelhas; • Parte anterior e posterior da paleta; • Frente do quarto; • Em cima do úbere ou escroto. • Transmissão: • Secreção dos linfonodos rompidos. • Cont. solo; • Cont. abrigos; • Cont. cochos. • Grande persistência no ambiente (anos). • Penetra através de lesões da pele, umbigo...
Controle – Linfadenite Caseosa • Não permitir rompimento natural dos abscessos; • Isolar animais doentes, antes e pós cirurgia. • Fazer desinfecção periódica das instalações • Desinfetantes; • Vassoura de fogo. • Recolher todo material usado na cirurgia, bem como o conteúdo do abscesso e queimar.
Pneumonia/Broncopneumonia • Sintomas • Febre; • Descarga de secreção pelas narinas; • Tosse; • Dificuldade para respirar; • Pêlos arrepiados. • Causa • Nutrição pobre; • Parasitas; • Instalações úmidas e mal ventiladas.
Pneumonia/Broncopneumonia • Controle • Higienização das instalações; • Evitar entrada de animais doentes; • Abrigar animais do vento, frio, chuvas e umidade excessiva; • Evitar superlotação nas instalações. • Tratamento • Antibióticos.
CONJUNTIVITE • Enfermidade infecciosa contagiosa. • Sintomas: • Congestões; • Inflamações oculares – opacidade da córnea; • Lacrimejamento – irritação dos olhos; • Fotofobia; • Depósito mucoso ou mucopurolento; • Aglutinação dos pelos/lã, atingindo a fossa infra orbitária. • Cegueira – estados mais avançados;
CONJUNTIVITE • Etiologia: • Ricketsia conjuntivae; • Mycoplasma conjuntivae; • Chlamydia psittaci; • Neisseria ovis. • Tratamento: • Limpeza com água boricada (uso humano); • Terra cortril; • Neotopic spray; • Pomadas oftalmicas a base de tatraciclinas ou cloranfenicol.
PODODERMITE • Podridão dos cascos. • Prevenção: • Inspeção regular dos casco; • Aparar regularmente os casco (três vezes ao ano); • Queimar pedaços de cascos aparados; • Isolar animais atacados; • Evitar pisos úmidos; • Limpeza de instalações; • Verificar animais novos no rebanho.
PODODERMITE INFECCIOSA • Doença infecciosa ulcerativa; • Necrose do tecido podofiloso; • Manqueira, foot-rot, mal do casco, podridão do casco, necrose infecciosa. • Etiologia: • Bacteróides nodosus; • Sphaerophurus necrophorus; • Spirochaeta pernortha; • Corynobacterium pyogenes. • Sintomatologia: Claudicação, inchação do casco e umidade da pele na fissura interdigital.
PODODERMITE INFECCIOSA • Tratamento: • Antibiótico; • Aparar cascos; • Toalete do casco – cortar todo o tecido doente; • Lavar e escovar com desinfetante; • Utilização diária de pedilúvio (imersão total do casco). • Pedilúvio: • Solução de 9 partes de água e 1 de sulfato de cobre; • Formalina; • Creolina; • Formoped, Repelente de moscas. • Prevenção: corte do casco 2 vezes ao ano (ou quando necessário); instalações limpas e secas, verificação dos cascos regularmente.
Ectoparasitoses • Carrapatos; • Piolhos; • Sarna; • Bicheira - miíase (Cochliomyia hominivorax); • Bernes (Dermatobia hominis). • Separar os animais com piolhos e sarna; • Banhe os animais com produtos carrapaticidas • Repetir banho após 7-10 dias; • Fornecer água e alimento antes do banho.
MANEJO DAS CRIAS • Aleitamento • Consumo de alimento sólido • (creep feeding e creep grazing) • Proteger as crias (instalações, temperatura adequada, higiene e segurança); • Limpar os recém-nascidos - corte e cura do umbigo; • Marcação dos animais com brinco; • Pesar as crias aos 30, 45 e 60 dias • Desmame das crias entre 70 e 84 dias, vermifugar animais 30 dias apóscontato com o pasto.
Manejo da fêmea recém parida • Alimentação da ovelha gestante – observar fase da gestação • 1ª fase - dois primeiros terços. • 2ª fase – terço final, crescimento de 70 % do feto. • Mão de obra adequada à atividade. • Observar condições de úbere e tetas. • Observar expulsão natural da placenta até 8 a 12 horas após o parto.
Retenção de placenta - Não intervir??? - Auxilio medicamentoso (auxilio de contração e aplicação de velas uterinas). • Contração: • Placentina: 2 ml Sc ou IM; • Ocitocina: 1,5 ml SC ou IM. • Prevenção de Metrites: • Terramicina; • Vetrim Velas; • Ginovet; • Neobiotic V; • Velas uterinas Carlos Erba.
Mastite/Mamite • Inflamação do úbere. • Contagioso, possui cura – controle principalmente por manejo adequado. • Diminui a produção de leite no teto, podendo evoluir para a perda total do mesmo. • Causas: • Úbere e tetas sujas; • Ferimentos no Úbere e teta; • Excesso de leite. • Sintomatologia: • Inchação, calor e sensibilidade; • Alteração da cor do úbere, teta, e leite; • Presença de grumos, sangue ou pus (mastite clínica). • Prevenção.