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Literatura Prof. Henrique

Literatura Prof. Henrique. Trovadorismo. Trovadorismo. Contexto Histórico: Idade Média: mudanças Início processo urbanização Comércio: crescimento Sofisticação do ambiente da corte Origem: Sul da França: Provença Cantigas: poesia + música Linguagem das cantigas: Galego-Português;

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Presentation Transcript


  1. Literatura Prof. Henrique Trovadorismo

  2. Trovadorismo • Contexto Histórico: • Idade Média: mudanças • Início processo urbanização • Comércio: crescimento • Sofisticação do ambiente da corte • Origem: Sul da França: Provença • Cantigas: poesia + música • Linguagem das cantigas: Galego-Português; • Cancioneiros: d’Ajuda, da Vaticana e da Biblioteca Nacional

  3. Trovadorismo • Contexto Histórico: • Cantigas: poesia + música • Trovador = poeta da Idade Média; compunha, tocava e cantava; • Jogral = bobo da Corte, mímico, bailarino; às vezes também compunha. • Segrel = trovador profissional, andarilho. • Menestrel = músico. • Tema : Amor Cortês

  4. Trovadorismo • Amor Cortês : características • Etapas de aproximação amorosa • Homem : eu lírico • Eu lírico : “voz” da poesia • Mulher : Dame sans Merci • Mulher inacessível / “sem compaixão” • Coita : dor do Amor • Amor espiritualizado / impossível

  5. Trovadorismo • 1.Cantiga de Amor • Coita • Eu lírico masculino • Sofisticada / elaborada • Ambiente da Corte / refinamento • Nunca citava o nome da Dama: discrição

  6. Trovadorismo – Cantiga de Amor No mundo non me sei parelha Mentre me for como me vai Cá já moiro por vós – e ai ! Mia Senhor branca e vermelha Queredes que vos retraia Quando vos vi em saia Mau dia me levantei Que enton non vi fea ! E Mia Señor, des aquel dia, ai! Me foi a mi mui mal E vós, filha de Don Paay Moniz, e bem vos semelha D´haver eu por vós guarvaia Pois eu, Mia Senhor, d´alfaia Nunca de vos houve nem ei, Valia d´ua correa Paio Soares de Taveirós, 1198 Cantiga da Ribeirinha

  7. Trovadorismo – Cantiga de Amor No mundo non me sei parelha Mentre me for como me vai Cá já moiro por vós – e ai ! Mia Senhor branca e vermelha Queredes que vos retraia Quando vos vi em saia Mau dia me levantei Que enton non vi fea ! E Mia Señor, des aquel dia, ai! Me foi a mi mui mal E vós, filha de Don Paay Moniz, e bem vos semelha D´haver eu por vós guarvaia Pois eu, Mia Senhor, d´alfaia Nunca de vos houve nem ei, Valia d´ua correa Não há ninguém igual a mim Enquanto me eu viver como vivo Eu morro por Vós – e Ai! Minha Senhora BRANCA E VERMELHA Quereis que eu vos retrate Quando eu vos vi sem manto Infeliz aquele dia Pois eu percebi que vós sois bela !E E Minha Senhora, desde aquele dia, ai! Venho sofrendo de um grande mal, E vós, filha de Don Paio Moniz, e bem vos semelha Queres que eu te cubras com a guarvaia Pois eu, Minha Senhora, de presente Nunca tive de vós, nem terei A coisa mais insignificante

  8. Trovadorismo – Cantiga de Amor No mundo non me sei parelha Mentre me for como me vai Cá já moiro por vós – e ai ! Mia Senhor branca e vermelha Queredes que vos retraia Quando vos vi em saia Mau dia me levantei Que enton non vi fea ! E Mia Señor, des aquel dia, ai! Me foi a mi mui mal E vós, filha de Don Paay Moniz, e bem vos semelha D´haver eu por vós guarvaia Pois eu, Mia Senhor, d´alfaia Nunca de vos houve nem ei, Valia d´ua correa 1-O que indica a expressão “Ai!”? Comprove a resposta. 2-Por que essa cantiga de Amor foge das características típicas ?

  9. Trovadorismo –Cantiga de Amigo • 2.Cantiga de Amigo • Características: • Origem : Península Ibérica • Tema : amor da mulher • Eu lírico : feminino • Simplicidade formal • Refrão : musicalidade • Paralelismo : repetição quase integral do verso • Ambiente rural ou litorâneo ( Portugal)

  10. Trovadorismo – Cantiga de Amigo Ai flores, ai flores do verde pino, Se sabedes novas do meu amigo ? Ai Deus, e u é ? Ai flores, ai flores do verde ramo, Se sabedes novas do meu amado ? Ai Deus, e u é ? Se sabedes novas do meu amigo, Aquel que mentiu do que pôs comigo ? Ai Deus, e u é ? Se sabedes novas do meu amado Aquel que mentiu do que m´a jurado ? Ai Deus, e u é ? Autor : Rei D. Dinis 1261-1325

  11. Trovadorismo • 3.Cantiga de Escárnio • Critica, sem citar nomes • Palavras sofisticadas • Duplo sentido • Eu lírico masculino • 4.Cantiga de Maldizer • Crítica agressiva, citando nomes • Palavras de baixo calão

  12. 3.Cantiga de Escárnio Ai dona fea ! Foste-vos queixar Porque vos nunca louv´em meu trobar Mais ora quero fazer um cantar Em que vos loarei toda via: E vedes como vos quero loar: Dona fea, velha e sandia ! Ai dona fea ! Se Deus me perdon ! E pois havedes tan gran coraçon Que vos eu loe toda via: E vedes qual será a loaçon: Dona fea, velha e sandia ! Autor : Joan Garcia de Guilhade

  13. 3.Cantiga de Escárnio Um cavalo non comeu á seis meses, nen s’ergueu; mais progu’a Deus que choveu, e creceu a erva, e per cabo si paceu, e já se leva! Seu dono non lhe buscou cevada nen no ferrou; mai-lo bom tempo tornou; e creceu a erva, e paceu, e arricou, e já se leva! Um cavalo não comeu por seis meses, nem se ergueu; mas prouve a Deus que choveu e cresceu a erva, e, por fim, pastou, e já se levanta! Seu dono não lhe levou cevada, nem o ferrou; mas o bom tempo voltou; e cresceu a erva, e pastou, e arribou, e já se levanta! Autor : Joan Garcia de Guilhade

  14. 4.Cantiga de Maldizer Bem me cuidei eu, Maria Garcia, em outro dia, quando vos fodi, que me non partiss' eu de vós assi, como me parti já, mão vazia, vel por serviço muito que vos fiz; que me non destes, como x' omem diz, sequer um soldo que ceass' un dia. Mas desta seerei eu escarmentado de nunca foder já outra tal molher, se m' ant' algo na mão non poser, cá non ei por que foda endoado, e vós, se assi queredes fazer, sabedes como : ide-o fazer con quen teverdes vistid' e calçado.

  15. 5.Exercícios: Estava a formosa seu fio torcendo Sua voz harmoniosa, suave dizendo Cantigas de amigo. Estava a formosa sentada, bordando Sua voz harmoniosa, suave cantando Cantigas de amigo Por Jesus, senhora, vejo que sofreis De amor infeliz, pois tão bem dizeis Cantigas de amigo. Por Jesus, senhora, vejo que andais Com penas de amor, pois tão bem cantais Cantigas de amigo. Abutre comestes, pois que adivinhais 1-O poema se estrutura em séries paralelas. Identifique-as e diga que idéias centrais são enfatizadas em cada série.

  16. 5.Exercícios: Estava a formosa seu fio torcendo Sua voz harmoniosa, suave dizendo Cantigas de amigo. Estava a formosa sentada, bordando Sua voz harmoniosa, suave cantando Cantigas de amigo Por Jesus, senhora, vejo que sofreis De amor infeliz, pois tão bem dizeis Cantigas de amigo. Por Jesus, senhora, vejo que andais Com penas de amor, pois tão bem cantais Cantigas de amigo. Abutre comestes, pois que adivinhais 2-Considerando que o último verso da cantiga caracteriza um diálogo entre personagens; que a palavra abutre grafava-se avuytor, em português arcaico; e que, de acordo com a tradição popular da época, era possível fazer previsões e descobrir o que está oculto, comendo carne de abutre - mediante essas três considerações a) Identifique a personagem que se expressa em discurso direto, no último verso do poema. b) Interprete o significado do último verso no contexto do poema

  17. 5.Exercícios: Noutro dia, quando m’eu espedi (despedi) de mia senhor, e quando mi houv’ a ir (tive que ir) e me non falou foi que non morri, que, se mil vezes podesse morrer, meor coita me fora de sofrer! (menor) 1-Qual é o tipo da cantiga acima? Justifique sua resposta com elementos do texto. 2-Qual o assunto tratado no texto?

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