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Literatura Prof. Henrique

Literatura Prof. Henrique. Romantismo. Romantismo. Contexto Histórico: Ascensão da burguesia Classes médias educadas: leitura Divertimento : livro Autores: entreter o público Revolução Francesa Napoleão Invasões na Alemanha

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Presentation Transcript


  1. Literatura Prof. Henrique Romantismo

  2. Romantismo • Contexto Histórico: • Ascensão da burguesia • Classes médias educadas: leitura • Divertimento : livro • Autores: entreter o público • Revolução Francesa • Napoleão • Invasões na Alemanha • Nacionalismo alemão X universalismo racional iluminista francês

  3. Romantismo • Contexto Histórico: • O termo Romantismo indica o período artístico com o sentido de anti-clássico. • Anti-nobreza; • Anti-regras; • Anti-racionalismo.

  4. Romantismo • Contexto histórico: • O Romantismo é a expressão da arte burguesa. • Victor Hugo afirma que: • o Romantismo nada mais é que o Liberalismo em literatura. • A difusão do livro - especialmente através do romance de folhetim - permitiu que muitos escritores vivessem de seus direitos autorais • Portugal: Camilo Castelo Branco • Brasil: José de Alencar • Relação autor – público: complexa

  5. Romantismo • Contexto histórico: • Relação autor – público: complexa A burguesia, que compra os jornais em busca dos folhetins, não possui a mesma formação dos nobres. Este público desconhece autores clássicos, não identifica referência mitológicas greco-latinas presentes na narrativa, e, é exatamente por isso, que se refugia na linguagem, direta, passional, sem pré-requisitos literários que o faça desistir da leitura. Neste momento é possível verificar que o escritor, por estabelecer uma relação profissional com sua obra, e sobreviver dela, também torna-se razoável para atender o gosto de seu público, tornando a leitura um entretenimento.

  6. Romantismo • Contexto histórico: • Relação autor – público: complexa • Antes: público; nobreza, clero, alta erudição • Compartilhamento dos mesmos ideais e das mesmas bases culturais • Agora: público ; burguesia • Autor: cultura erudita, nem sempre seguida pelo público que queria entretenimento

  7. Romantismo A estética romântica, ao valorizar o indivíduo e seu caráter, substitui a reverência à nobreza exaltada na literatura de períodos anteriores ao romantismo. O louvor à beleza clássica é substituído pela beleza do esforço individual, a sinceridade e o trabalho.A literatura como demonstrativo do sentimento puro e verdadeiro capaz de enfrentar a hipocrisia da sociedade; Exaltação ao amor, à pátria, e aos símbolos nacionais idealizados como expressão de beleza e bondade.

  8. Romantismo "Tomo uma resolução de que jamais houve exemplo e que não terá imitador. Quero mostrar aos meus semelhantes um homem em toda a verdade de sua natureza, e esse homem serei eu. Somente eu. Conheço meu coração e conheço os homens. Não sou da mesma massa daqueles com quem lidei; ouso crer que não sou feito como os outros. Mesmo que não tenha maior mérito, pelo menos sou diferente. Se a natureza fez bem ou mal quando quebrou a fôrma em que me moldou, é o que poderão julgar somente depois que me tiverem lido." ROUSSEAU, J.J. Confissões. Rio de Janeiro: Ediouro, s/d, pp.13-14 • A partir do texto de Rousseau, indica as características que permitem relacioná-lo ao contexto romântico

  9. Romantismo - características • Liberdade de Criação: • Versos livres: sem métrica e rima definidas • Poemas sem forma rigorosamente definida (aparente descuido com a forma). • Ascensão da prosa: o Romance e a Novela • Excessos, exageros (hipérboles) • Abundância de interjeições e exclamações, revelando um espírito exaltado. • Uso intenso de adjetivos: dar mais expressividade e emoção às palavras.

  10. Romantismo - características • Individualismo: culto ao eu, egocentrismo • Subjetivismo • Sentimentalismo: melancolia, tristeza, tédio. • Exagero, desequilíbrio, caos, anarquia. • Pessimismo.

  11. Romantismo - características • Escapismo: fuga da realidade • Escapismo: (fantasia,mundo onírico, culto a um passado idealizado) tendências suicidas, culto da morte, criação de mundos imaginários, entrega ao álcool e a orgias (vida desregrada). • Religiosidade, misticismo.

  12. Romantismo - características • Spleen: • “mal do século”: artista como um incompreendido, afastado da realidade do mundo, portador de ideias geniais, mas impossíveis de serem vivenciadas. • Arte = Vida • O desregramento da vida cotidiana é a busca, pelo artista romântico da superação do tédio e do impossível.

  13. Romantismo - características • Artista romântico: • Frankenstein, o moderno Prometeu. • Mary Shelley • Antirracional • Antissocial • Busca pelo sentido da vida

  14. Romantismo - características Caspar David Friedrich – A árvore dos corvos - 1822

  15. Caspar David Friedrich – O Errante acima das névoas - 1817

  16. Romantismo - características Caspar David Friedrich – Abadia na floresta de carvalhos - 1810

  17. Romantismo Ahasverus e o Gênio Sabes quem foi Ahasverus?... - o precito, O mísero Judeu, que tinha escrito Na fronte o selo atroz! Eterno viajor de eterna senda... Espantado a fugir de tenda em tenda, Fugindo embalde à vingadora voz! Misérrimo! Correu o mundo inteiro, E no mundo tão grande...o forasteiro Não teve onde...pousar. Co' a mão vazia - viu a terra cheia. O deserto negou-lhe - o grão de areia, A gota d'água-rejeitou-lhe o mar. Castro Alves

  18. Romantismo • 1-Qual o sentido romântico da identificação que o poeta faz com o personagem Ahasverus? • A identificação com a figura do "judeu errante", estranho a todos e por todos rejeitado, corresponde à idéia romântica do artista como um ser privilegiado, único, estranho à sociedade e maldito. • 2-"Eu sinto em mim o borbulhar do gênio". Este verso de Castro Alves pode ser tomado como expressivo de duas características típicas do Romantismo: o egotismo e a concepção do artista como gênio. Explique essas duas características. • Egotismo representa o sentimento excessivo da própria personalidade, representada no verso pela concepção grandiosa de si mesma pelo artista, ainda segundo a visão romântica de gênio, da qual a obra de arte viria de uma inspiração, menos de um trabalho de construção. ("borbulhar").

  19. Romantismo • Idealização: O romântico não vê as coisas como são, mas como poderiam (deveriam) ser. O olhar romântico filtra as imperfeições, tornando os detalhes ainda mais belos. • Idealização do país: perfeito e belo; do passado: glorioso, heróico • Idealização da mulher: perfeita, virgem, pura, frágil, delicada, caráter irrepreensível, beleza angelical, inatingível, musa inspiradora; • mulher romântica, idealizada. Por ser tão perfeita, desperta uma paixão incontrolável; por ser inacessível, leva o romântico a um fim trágico (loucura, morte). Por isso, possui duas facetas: anjo (perfeição, pureza) e demônio (danação). • Idealização do amor: quase sempre espiritual, supremo, inalcançável

  20. Romantismo A mulher no romantismo: misto de anjo e demônio, desejo carnal e espiritual, Mãe e Prostituta, sonho impossível

  21. Romantismo - exercício Vi o teu rosto lindo,Esse rosto sem par;Contemplei-o de longe mudo e quedo,(quieto, parado) Como quem volta de áspero degredo (exílio)E vê ao ar subindoO fumo do seu lar! (fumaça)Vi esse olhar tocante,De um fluido sem igual;Suave como lâmpada sagrada,Bem-vindo como a luz da madrugadaQue rompe ao naveganteDepois do temporal! Vi esse corpo de ave,Que parece que vaiLevado como o Sol ou como a LuaSem encontrar beleza igual à sua;Majestoso e suave,Que surpreende e atrai! Leia o poema abaixo e aponte elementos da descrição feminina que permitam enquadrá-la no Romantismo; Atrai e não me atrevoA contemplá-lo bem;Porque espalha o teu rosto uma luz santa,Uma luz que me prende e que me encantaNaquele santo enlevo (encanto)De um filho em sua mãe! Tremo apenas pressintoA tua aparição, E se me aproximasse mais, bastavaPôr os olhos nos teus, ajoelhava!Não é amor que eu sinto,É uma adoração!Que as asas providentesDe anjo tutelarTe abriguem sempre à sua sombra pura!A mim basta-me só esta venturaDe ver que me consentesOlhar de longe... olhar! (João de Deus)

  22. Romantismo A idealização da mulher é típica do Romantismo. As comparações e metáforas comandam a linguagem romântica. A mulher, quase sempre, convertida num ser angelical, representa um ser inatingível. No final do poema, o eu lírico contenta-se na contemplação da mulher amada, o que permite dizer que no romantismo, o poeta busca o impossível e por isso, sofre, conscientemente.

  23. Romantismo – PortugalCamilo Castelo Branco • Escreveu 58 novelas. • Principais características: • Sentimentalismo exacerbado; • Amor fatal. • Linguagem direta e popular;

  24. Romantismo – PortugalCamilo Castelo Branco Amor de Perdição Simão Botelho Mariana Teresa Albuquerque

  25. Romantismo – PortugalCamilo Castelo Branco • Desavenças entre os Botelho e os Albuquerque (em Viseu). • Simão Botelho, rebelde, envolve-se em confusões. • Conhece Teresa; apaixona-se; regenera-se. • Mandado a Coimbra pelo pai. • Duas opções de Teresa: casar com o primo Baltasar Coutinho ou ir para o convento. • Simão e Teresa trocam cartas. • Mariana, apaixonada por Simão, ajuda-os a se corresponderem. • Simão decide fugir com Teresa antes que ela seja mandada para o convento. • Simão mata Baltasar Coutinho. • Entrega-se, em vez de fugir. • Teresa vai para o convento. • Simão é preso; recebe visitas de Mariana; é condenado ao exílio na Índia • Ao ver seu amor partir, Teresa morre. • Ao saber da morte de Teresa, Simão adoece e morre. • Por não suportar a morte de Simão, Mariana joga-se ao mar... E morre.

  26. Romantismo – PortugalCamilo Castelo Branco • Indique características do amor romântico nos personagens do romance Amor de Perdição.

  27. Romantismo – PortugalCamilo Castelo Branco -Agora é tempo de dar sepultura ao nosso venturoso amigo...(...) Foi o cadáver envolto num lençol e transportado ao convés. Mariana seguiu-o. Do porão da nau foi trazida uma pedra, que um marujo lhe atou às pernas com um pedaço de cabo. O comandante contemplava a cena triste com os olhos úmidos, e os soldados que guarneciam a nau, tão funeral respeito os impressionara, que insensivelmente se descobriram. Mariana estava, no entanto, encostada ao flanco da nau, que parecia estupidamente encarar aqueles empuxões que o marujo dava ao cadáver, para segurar a pedra na cintura. Dois homens ergueram o morto ao alto sobre a amurada. E, antes que o baque do cadáver se fizesse ouvir na água, todos viram, e ninguém já pode segurar Mariana, que se atirava ao mar. À voz do comandante, desamarraram rapidamente o bote, e saltaram homens para salvar Mariana. Salvá-la !... Viram-na, um momento, bracejar, não para resistir à morte, mas para abraçar-se ao cadáver de Simão, que uma onda lhe atirou aos braços. Amor de Perdição

  28. Romantismo – PortugalCamilo Castelo Branco • Prefácio da 5a. edição de Amor de Perdição • "Eu não cessarei de dizer mal desta novela que tem a boçal inocência de não devassar alcovas, a fim de que as senhoras a possam ler nas salas, em presença de suas filhas ou de suas mães, e não precisem de esconder-se com o livro no seu quarto de banho. Dizem, porém que o Amor de Perdição, fez chorar. Mau foi isso. Mas agora, como indenização, faz rir: tornou-se cômico pela seriedade antiga . Por isso mesmo se reimprime"(...) • 1-O autor Camilo Castelo Branco faz referência a uma mudança de gosto no pdublico leitor. Como se explica essa reação por parte dos leitores? • Ocorre uma mudança de gosto nos leitores pela introdução dos princípios estéticos realistas, que tendiam a achar ridículos os exageros românticos do livro. • 2-O autor é irônico em sua crítica? • O autor chama sua própria obra de 'boçal", qualificando-a de ter a inocência de poder ser lida em família, nem ser escondida, o que é uma crítica irônica aos livros realistas, na época considerados indecentes exatamente por "devassar alcovas", ou seja, explicitar relações moralmente condenáveis.

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