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Oficina Transmissão Mãe – Filho Moderador : Professor Doutor Kamal Mansinho Países Representados: São Tomé e Príncipe Cabo Verde Portugal Maria Eugénia Saraiva Liga Portuguesa Contra a Sida – Representante Fórum Nacional da Sociedade Civil. São Tomé e Príncipe
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Oficina Transmissão Mãe – Filho Moderador: Professor Doutor Kamal Mansinho Países Representados: São Tomé e Príncipe Cabo Verde Portugal Maria Eugénia Saraiva Liga Portuguesa Contra a Sida – Representante Fórum Nacional da Sociedade Civil
São Tomé e Príncipe • Durante o Período de Gestação: • Todas as grávidas fazem obrigatoriamente o teste VIH • + de 50% voltam para receber os resultados • Quando são seropositivas, o tratamento inicia-se ao 4º mês de gestação • + de 50% voltam para tratamento • Terapêutica: 1+1, de 12h em 12h • Avaliação da Intervenção: • Verifica-se uma forte procura deste serviço • Grávidas têm uma atitude colaborante e participativa, na adesão ao acompanhamento durante a gravidez .
No Pós-parto: • O bebé é seguido no acompanhamento médico com a mãe. • Na maternidade, o recém-nascido inicia a profilaxia após o parto. • A mãe é aconselhada a não amamentar o seu filho, e as que optam pela amamentação , esta é feita até aos 4 meses de idade, apenas com leite materno. • O leite artificial é-lhes fornecido gratuitamente, e não há rupturas no stock. • Aos 12 meses fazem o teste de despiste ao VIH se o resultado for negativo, consideram este resultado como final. Se for positivo, voltam a repetir o teste. • Avaliação da Intervenção: • A indicação clínica de não amamentação e o acompanhamento médico de 12 meses é seguido pela generalidade das mães.
Cabo Verde • Intervenções em Programas: a informação é transmitida à comunidade através da rádio educativa, organizações, etc. • Número de órfãos de pais seropositivos constitui motivo de preocupação. • Foram desenvolvidos programas específicos financiados pelo governo, ao nível dos municípios em 27 concelhos. • Cada concelho dispõe de uma estrutura organizada para o seguimento dos utentes. • Estes programas específicos são dirigidos para as grávidas e estão inseridos dentro de programas de prevenção geral. • As grávidas fazem o seguimento pré-natal e a adesão ao acompanhamento médico é uma prioridade das mães.
É realizado uma bateria de testes gerais, onde é incluído o teste ao VIH, no centro de saúde de cada conselho. • Em caso de diagnóstico do VIH, é feito um seguimento específico no centro de saúde. • Este trabalho é feito em parceria com os líderes comunitários, que detêm uma forte influência cultural, sendo um veículo de informação e acreditação junto da comunidade. • Avaliação da Intervenção: • A adesão à consulta pré-natal é elevada, e o programa consegue responder às necessidades das mulheres grávidas
Foi dado um exemplo da comunidade de Santa Cruz (Ilha de Santiago) • .As grávidas são acompanhadas no Hospital, e têm acompanhamento médico contínuo. • Na comunidade e em alguns contextos existe uma crença fortemente enraizada de que a mãe deve amamentar o seu filho prolongadamente • As mulheres seropositivas são informadas que não devem amamentar os seus filhos porque é uma forma de transmissão do vírus. • Sentem-se pressionadas pela família e pela comunidade para amamentarem. • É complexo desmistificar esta crença junto da comunidade, e mudar pensamentos e atitudes.
Portugal • A taxa de infecção encontra-se entre 0 e 2%. • Não há registo de notificação na transmissão mãe e filho há 2 anos. • Todas as grávidas seguidas em consulta são rastreadas desde a 1ª consulta. • O rastreio ao VIH é feito na 1ª consulta e no ultimo trimestre da gravidez . • Se a mulher seropositiva já está em tratamento e engravida, continua o tratamento. • Na gravidez, o tratamento tem início à partir da 12 semanas, quando a grávida não precisa de ser tratada. • No caso de a grávida se infectar no 3º trimestre de gestação, como o risco de transmissão ao bebé é muito elevado , é logo iniciado o tratamento.
Constrangimentos e Recomendações • A formação de todos os intervenientes a vários técnicos, incluindo os técnicos de saúde . • Promover uma formação adequada e ajustada aos vários níveis de intervenção. • Os participantes revelaram alguma preocupação relacionada com a qualidade de acompanhamento, nomeadamente o escasso tempo dispendido para o aconselhamento e o apoio. • Propor que fosse reajustado o tempo de consulta as necessidades.
De acordo com a opinião de um interveniente: • A designação de “Transmissão Mãe – Filho” desperta em alguns casos, sentimentos de culpabilidade para a mãe, preferindo a designação de “Transmissão Vertical”. • Da discussão concluiu-se que esta designação “Transmissão Vertical” não explicita todos os prováveis momentos em que a transmissão VIH pode ocorrer nomeadamente pós- parto pela amamentação.