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Meningite sob a visão da Vigilância Epidemiológica

Meningite sob a visão da Vigilância Epidemiológica. Dr. Estevão Lima dos Santos Xavier Dra. Suzana Costa Reis Dra. Tatiane Melo de Oliveira Residência em Pediatria 2010/2011 Hospital Regional da Asa Sul/SES/DF www.paulomargotto.com.br Brasília, 3 de fevereiro de 2012. Objetivo.

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Meningite sob a visão da Vigilância Epidemiológica

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Presentation Transcript


  1. Meningite sob a visão da Vigilância Epidemiológica Dr. Estevão Lima dos Santos Xavier Dra. Suzana Costa Reis Dra. Tatiane Melo de Oliveira Residência em Pediatria 2010/2011 Hospital Regional da Asa Sul/SES/DF www.paulomargotto.com.br Brasília, 3 de fevereiro de 2012

  2. Objetivo • Objetivos Gerais: • Monitorar a situação epidemiológica das meningites no país. • Orientar a utilização das medidas de prevenção e controle disponíveis e avaliar a efetividade do uso dessas tecnologias. • Avaliar o desempenho operacional do Sistema de Vigilância das Meningites (SVE/Meningites). • Produzir e disseminar informações epidemiológicas.

  3. Objetivo • Objetivos Específicos: • Detectar surtos de doença meningocócica e de meningite viral. • Monitorar a prevalência dos soro grupos e sorotipos de Neisseria meningitidis, dos sorotipos de Haemophilus influenzae e Streptococcus pneumoniae circulantes no país. • Monitorar o perfil da resistência bacteriana das cepas de Neisseria meningitidis, Haemophilus influenzae e Streptococcus pneumoniae.

  4. Definições Meningite • Doença que resulta da inflamação das membranas que recobrem o cérebro e a medula espinha; • A doença meningocócica e os vírus têm maior propensão a causar surtos e epidemias; • Algumas etiologias podem causar quadros com manifestações hemorrágicas, que se confundem com outras doenças (febre maculosa, dengue etc).

  5. Meningite • Modo de Transmissão: • Geralmente por inalação de gotículas de secreção de vias aéreas ou contato com secreções de um doente ou portador assintomático; • Meningites virais geralmente são transmitidas por via fecal-oral. • Outras vias podem ser possíveis, mas são menos comuns; • Período de incubação:2 a 10 dias; • Período de transmissibilidade: • Até 24 horas após o início do tratamento com o antibiótico adequado, no caso de etiologias bacterianas (e dentro dos 7 dias anteriores ao início dos sintomas, no caso do meningococo).

  6. Meningite Contato Íntimo • Indivíduo que reside na mesma casa do doente; • Colega de dormitório, alojamento ou creche; • Namorado ou parceiro; • Indivíduo que conviveu com o doente por 4 ou mais horas diárias, por pelo menos 5 dos 7 dias que antecederam a admissão hospitalar do caso-índice.

  7. Meningite Contato Íntimo • Indivíduo que sofreu exposição a secreções: • Profissional que realizou entubação endotraqueal e aspiração de secreções de via aérea antes de 24h da antibioticoterapia adequada, sem uso de máscara cirúrgica; • Indivíduos que tiveram exposição direta a sangue ou secreções; • Indivíduos sentados próximo a um caso de meningite durante um vôo ou viagem que dure mais de 8 horas também são considerados contatos íntimos.

  8. Meningite Confirmação Diagnóstica • Exames laboratoriais em líquor, sangue e soro para todo caso suspeito. • Se a punção lombar estiver contra-indicada pelo médico, devem ser colhidos pelo menos o sangue e soro.

  9. Coleta e conservação de amostras • Evitar punções lombares em excesso, pelo risco de aracnoidite e outras complicações; • Após a coleta e disposição no kit, enviar IMEDIATAMENTE o material para o laboratório local; • JAMAIS DESPREZAR LÍQUOR. Se o volume colhido for pequeno, priorizar: 1º) frasco de ágar-chocolate e 2º) a lâmina de bacterioscopia. • Se houver suspeita de meningococcemia, podem ser feitas a bacterioscopia (Gram) e a cultura de raspado ou aspirado de lesões petequiais/hemorrágicas de pele como método complementar, • Lembrar que os exames do líquor, a hemocultura e o látex do soro são sempre prioritários.

  10. Medidas fundamentais • Assistência médica através de hospitalização imediata dos casos suspeitos; • Manter o isolamento do paciente nas primeiras 24 horas após o início do tratamento com o antibiótico adequado; • Os profissionais de saúde deverão utilizar os Equipamentos de Proteção Individual pertinentes durante o atendimento e/ou manipulação do doente; • A coleta de sangue e soro (para hemocultura, látex e CIEF) deve ser feita para TODOS os casos possíveis, mesmo na ausência de sinais de sepse.

  11. Ficha de Investigação

  12. Identificação do Caso

  13. Dados Epidemiológicos e Clínicos

  14. Dados Laboratoriais e Confirmação Etiológica

  15. Medidas de Controle e Conclusão do Caso

  16. Prevenção e Controle Quimioprofilaxia • Indicação • Doença meningocócica ou doença invasiva por Haemophilus influenzae, meningite tuberculosa. • Meningococo - Público alvo: • Contactantes domiciliares (residentes no mesmo domicílio); • Orfanatos: dormir no mesmo quarto; • Creche e pré-escola: crianças da mesma sala e mesmo período; • Profissionais de saúde que tenham se exposto a secreções respiratórias sem uso de máscara cirúrgica durante: entubação traqueal, aspiração de secreções ou que tenham realizado respiração boca-a-boca ou exame de fundo de olho.

  17. Prevenção e Controle Quimioprofilaxia • H. Influenzae - Público alvo: • Contactantes domiciliares: somente quando, além do caso índice, houver crianças menores de 4 anos susceptíveis (não vacinada ou vacinação incompleta). • Creches e pré-escolas: apenas a partir do 2o caso confirmado, para contactantes próximos (mesma sala e mesmo período) susceptíveis.

  18. Prevenção e Controle • Tratamento * Obs: criança com o esquema vacinal completo contra Haemophilus influenzae tipo b não precisa receber quimioprofilaxia, exceto nos casos de ser imunocomprometida.

  19. Prevenção e Controle Imunizações • Hib, BCG, Meningo C, Pneumo 10. Vacinação para bloqueio de surto • Indicada quando há surto de doença meningocócica em que seja conhecido o sorotipo; • São necessários 7 a 10 dias para obtenção de títulos protetores de anticorpos; • Decisão conjunta das 3 esferas de gestão: Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Estadual de Saúde e Secretaria de Vigilância em Saúde/MS.

  20. Encerramento • Todo caso de meningite deve ser notificado no momento da primeira suspeita. Não se deve esperar a confirmação para notificar um caso; • Acompanhar o caso até o encerramento, que será realizado pelo Serviço de Vigilância Epidemiológica (SVE); • O SVE municipal encaminhará cópias dos resultados de exames ao médico, à CCIH e ao paciente; • O SVE deverá manter o monitoramento da região e dos contatos por no mínimo 10 dias após o início dos sintomas do último caso notificado.

  21. Caso suspeito Notificação imediata Investigação imediata Coleta de dados clínico-epidemiológicos Suspeita clínica de viral Suspeita clínica de bacteriana Caso Isolado DM Outras bacterianas MHI Surto Orientações individuais Coleta de material Busca ativa de casos Identificar contatos íntimos Orientações gerais Medidas de controle Quimioprofilaxia Surto Imunização se necessário Encerramento Medidas adicionais de controle Orientações gerais Atualização do Sinan Atualização do Sinan Encerramento * DM – Doença Meningocócica; MHI – Meningite por H. influenzae

  22. Obrigado !

  23. Obrigada Estevão ! Espera aí Parrudo!!

  24. Referencial Bibliográfico • Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. – 6. ed. – Brasília :Ministério da Saúde, 2005. • Protocolo de vigilância epidemiológica de meningites (notificação e investigação). – 3ª edição – Belo Horizonte: Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais, janeiro de 2010. • Protocolo de quimioprofilaxia para contactantes de casos de meningites bacterianas. Rio de Janeiro: Secretaria de Atenção à Saúde, revisado em agosto de 2010.

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