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JUSTIÇA RESTAURATIVA. Diante da violência e da exclusão com as quais nos deparamos em nossa sociedade, corremos o risco de entender como natural ao ser humano a violência e de achar que não existe forma eficaz de lidar com ela que não seja por meio de violência. Cultura do Mêdo
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Diante da violência e da exclusão com as quais nos deparamos em nossa sociedade, corremos o risco de entender como natural ao ser humano a violência e de achar que não existe forma eficaz de lidar com ela que não seja por meio de violência.
Cultura do Mêdo Violência é inevitável há algo errado com o ser humano sem castigo ou punição não haverá respeito à ordem existem pessoas boas e más Maus merecem ser punidos Cultura da Paz A violência é evitável É possível lidar com a violência sem violência Que entende que o ser humano tem uma natureza solidária e compassiva Que a paz se aprende
Mudança de Paradigma “A verdadeira viagem de descobrimento consiste não em procurar novas terras, mas ver com novos olhos.” (Marcel Proust)
Como enfrentar a violência e a exclusão sem violência? (Noberto Bobio). Sem retroalimentar a violência.
“Quando a única ferramenta que você dispõe é o martelo, você trata cada problema como se fosse prego” Abraham Maslow Mas dentro do Direito há possibilidades de outras possibilidades.
JUSTIÇA SISTEMA DE CRIMINAL dúvidas – promessas Não cumpridas • Função dissuassória ou intimidatória • Perspectiva da ressocialização • Complexo e custoso aparato institucional • Não funciona para a responsabilização • Não produz justiça (retaliação) • Não satisfaz a vítima ou repara o dano
Justiça Restaurativa • É um modelo alternativo/complementar de resolução de conflitos – lógica distinta da punição/retribuitiva – Busca a efetiva responsabilização. • Modelo fundado em experiências ancestrais – Numa de suas dimensões, pauta-se pelo encontro da “vítima” e “ofensor”, seus suportes e membros da comunidade, para, juntos, identificarem as possibilidades de resolução de conflitos a partir das necessidades dele decorrentes, notadamente a reparação de danos, o desenvolvimento de habilidades para evitar nova recaída na situação conflitiva e o atendimento, por suporte social, das necessidades desveladas.
Questões chaves • Quem foi prejudicado? • Quais suas necessidades? • Como atender a essas necessidades? Paul Mc Cold e Ted Wachtel
Janela da Disciplina Social ALTO alto controle baixo apoio = disciplina social PUNITIVA alto controle alto apoio = disciplina social RESTAURATIVA CONTROLE (disciplina, limites) baixo controle alto apoio = disciplina social PERMISSIVA baixo controle baixo apoio = Disciplina social NEGLIGENTE Paul McCold e Ted Wachtel BAIXO BAIXO APOIO (encorajamento, sustentação) ALTO
Histórico de construção institucional • Existe há 30 anos • Aplicado nos cinco continentes (Canadá/Senegal – Irã/Irlanda – Nova Zelândia/Colombia). • Promovido pela ONU – Resolução 2002/12 do Conselho Econômico e Social – ECOSOC.
JR no Brasil – via institucional • Brasil – 2004 • 2005 – Três projetos pilotos – Porto Alegre/RGS; Brasília/DF e São Caetano do Sul/SP. • Ministério da Justiça – Secretaria da Reforma do Judiciário – Promovendo Práticas Restaurativas no Sistema de Justiça Brasileiro. • – PNUD – Secretaria Especial de Direitos Humanos • Simpósio Brasileiro, Carta de Araçatuba, Carta de Brasília, Centro de Estudos na EPM • 2006 – Secretaria Estadual da Educação – FDE - COGSP – MEC - Heliópolis e Guarulhos – PROJETO PIONEIRO NUMA MEGALÓPOLE.
Justiça e Educação: Parceria para a Cidadania • Se estrutura em 3 eixos • Os círculos restaurativos (no fórum, escolas e comunidade) • Facilitação de mudança educacionais • Aglutinação e articulação da comunidade (rede – sistemas).
Justiça e Educação: Parceria para a Cidadania • Na escola se expressam os próprios conflitos que desembocam na exclusão e marginalização e/ou o reflexo de um processo de degradação da garantia de direitos; • É para escola que se busca o retorno do adolescente em conflito com a lei; • Ampliação do acesso à justiça • Discusão e reflexão social sobre o significado da justiça, como valor ético e função político-social, nas práticas intersubjetivas – processo cultural que se estruture no e pelo diálogo
Processos sigilosos e voluntários – prévia autorização dos pais; • Espaços apropriados para a realização dos círculos de paz ou das cirandas restaurativas – escolas/comunidade e fórum. • Atos infracionais; atos disciplinares; conflitos intersubjetivos – envolvendo alunos, professores, funcionários (comunidade escolar). • Acordos encaminhados ao MP • Acordos homologados – remissão pela pelo Juiz da Vara da Infância e Juventude
Justiça como a arte do encontro egpenido@uol.com.br www.justica21.org.br