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A Peste dos Médicos - Sherwing B. Nuland –

A Peste dos Médicos - Sherwing B. Nuland –. As Teorias da Febre Puerperal. Bianca Canato Toloi Nayana Samejima Peternelli Zoe Barossi. Histórico. Não utilizavam luvas, pacientes dividiam lençóis, curativos e instrumentos sem esterilização - FALTA DE HIGIENE ;

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Presentation Transcript


  1. A Peste dos Médicos- Sherwing B. Nuland – As Teorias da Febre Puerperal Bianca Canato Toloi Nayana Samejima Peternelli Zoe Barossi

  2. Histórico • Não utilizavam luvas, pacientes dividiam lençóis, curativos e instrumentos sem esterilização - FALTA DE HIGIENE; • Século XIX - A febre puerperal era o espectro das maternidades. Uma infecção devastadora altamente letal; • Revolução industrial incentivou o êxodo rural, as cidades não suportavam o contingente populacional -> condições precárias -> doenças transmitidas pelo ar impuro.

  3. Sintomas • Fedor de carne putrefata e do líquido ralo e fétido; • Fedor de pus espesso esbranquiçado ou descolorido; • Infecção no útero, trompas e ovários; • Mucosa do abdômen (peritônio) grossa e áspera; • Feridas e bolhas na vagina; • Febre acompanhada por calafrios; • Dores no abdômen e nas genitálias.

  4. Teorias • 1ª teoria: Atribui a doença à interrupção da livre descarga dos lóquios, liquido que emana do útero após o parto normal. Os lóquios se estagnavam no colo do útero, apodreciam e acabam invadindo tecidos e sangue, causando dor febre e morte.

  5. Teorias • 2ª teoria: A pressão do útero dilatado sobre os intestinos estagnava o material fecal cujos venenos eram absorvidos pelas veias. • 3ª teoria: Riverius: “Qualquer alteração no sistema circulatório, no psicológico ou qualquer tipo de choque no organismo (ar frio, água gelada) é capaz de interromper os lóquios.”

  6. Teorias • 4ª teoria: Metástase do leite: o pus e o líquido infectado acumulados no abdômen das mulheres seria leite desviado de seu caminho normal até o seio. Justificativa: a mulher parava de produzir o leite quando contraía a doença.

  7. Teorias • 5ª teoria: Causa da febre relacionada a hábitos inadequados na gravidez, como o uso do espartilho, o que facilitava a absorção dos venenos das fezes, que depositavam-se nos intestinos. Havia também a crença naabsorção da bile (como um veneno) pela falta do apetite.

  8. Teorias • 6ª teoria: Alexander Gordon (1789): todas as causas das epidemias anteriores eram relacionadas ao miasma (estado nocivo da atmosfera), porém ele não achou nenhum indício de miasma para que fosse a causa da febre puerperal. Chegou à conclusão que a doença era contagiosa por uma "atmosfera de infecção". “Desagrade-me mencionar que eu próprio fui um meio de transmissão dessa infecção para um grande número de mulheres.“

  9. Teorias • Recomendações: 1. Fumigação de quartos e camas; 2. Queima de roupas de dormir e lençóis; 3. Lavagem de médicos e enfermeiras expostos;4. Fumigação de todas as roupas.

  10. Teorias • 7ª teoria: Oliver Holmes: “a doença conhecida como febre puerperal é tão contagiosa que é frequentemente transmitida de paciente para paciente pelos médicos e enfermeiras", mas também não sabia dizer como era transmitida. Acreditava ser por Vírus (do latim, veneno), princípio de natureza desconhecida e inapreensível pelos sentidos, que é o agente de transmissão de doenças infecciosas.

  11. Teorias • Recomendações: 1. Evitar autópsias antes do parto; 2. Trocar todas as roupas antes de um parto; 3. Ausência do médico por um mês caso presencie dois casos num curto intervalo de tempo.

  12. Correntes • Contagionistas: Alegam que alguma espécie de aura em torno do obstetra ou da parteira é transportada de um paciente para outro. • Anti-contagionistas: Tendo como base de seus argumentos as teorias do miasma, das fezes, da bile, do leite e dos hábitos inadequados na gravidez, refutam as idéias dos contagionistas. Representavam a maioria dos médicos. OBS: A maioria dos médicos obstetras e parteiras tomava as medidas de higiene necessárias e disponíveis.

  13. Convergências Pontos em comum nas teorias: 1. Atmosfera contaminada a qual o paciente se expunha (miasma); 2. Noção de que bastava apenas um caso para criar uma epidemia.

  14. Descoberta Final – Ignác Semmelweis • Observações: 1. Na segunda divisão do hospital, os partos eram feitos por parteiras e seus aprendizes. O número de mortes pela febre era 1/10 do número da primeira divisão, onde os partos era feitos por médicos e estudantes de medicina; 2. A epidemia inexistia fora dos muros do hospital da cidade de Viena; 3. As epidemias de febre puerperal não estavam relacionadas ao clima; 4. Quanto maiores os traumas durante o parto, maiores as chances do surgimento da febre; 5. Fechar a enfermaria por um período sempre detinha as mortalidades; 6. Se uma mulher morria da febre, seu recém nascido morreria de febre semelhante.

  15. Allgemeine Krankehaus (Hospital Geral), Viena

  16. Ignác Semmelweis • Conclusão: Os médicos estudantes que passavam pela sala de autópsia e iam direto para sala da primeira divisão transmitiam às mulheres a febre puerperal. Eles lavavam as mãos apenas superficialmente e no mudavam de roupa, pois não imaginavam que as partículas estavam sendo transmitidas pelas suas próprias mãos. Ao examinar as mulheres, as partículas eram absorvidas pela corrente sanguínea e pelos canais linfáticos, sendo assim transmitidos para tecidos e órgãos, tanto da mãe quanto do feto.

  17. Prevenção: Médicos estudantes deveriam lavar as mãos usando solução de cloreto, para destruir as partículas de cadáveres. • Resultado: A mortalidade na primeira divisão igualou-se a da segunda divisão. • Problemas: 1. Seus experimentos não eram suficientes para provar sua teoria; 2. Não se utilizou de microscópios para identificar "partículas animais invisíveis“; 3. Não expôs sua Lehre (tese) nas páginas de uma revista médica.

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