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Grupo “Alimentação Escolar”. Sul Relações de produção e consumo: a aquisição de produtos da agricultura familiar para o Programa de Alimentação Escolar no município de Dois Irmãos (RS) Elisangela Froehlich Rozane Marcia Triches Sergio Schneider Nordeste
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Grupo “Alimentação Escolar” Sul Relações de produção e consumo: a aquisição de produtos da agricultura familiar para o Programa de Alimentação Escolar no município de Dois Irmãos (RS) Elisangela Froehlich Rozane Marcia Triches Sergio Schneider Nordeste PAA merenda escolar no município de Lagoa Seca, PB: uma abordagem dos dispositivos coletivos Ana Patrícia Sampaio de Almeida Nerize Laurentino Ramos Marilda A. Menezes
Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) - Existe desde 1955; Atendimento universalizado (47 milhões de alunos); Direito constitucional; 1994 – descentralização; Coordenado pelo FNDE, executado pelas EEs e fiscalizado pelo CAE; A previsão de recursos federais para 2010 é de 3 bilhões de reais.
Mecanismos de aquisição de alimentos para abastecer o PNAE Até 2009: 1) Licitação-Lei 8666/93 (recursos do PNAE) 2) PAA(recursos do PAA - modalidade doação simultânea) A partir de 2009: Recursos do PNAE 1) Licitação 2) Lei 11.947/2009 (Art. 14) regulamentada pela Resolução 38/2009 - PNAE 3)Decreto 6959/2009 (Art. 5º) –PAA (modalidade alimentação escolar)
Programa de Aquisição de Alimentos - PAA Existe desde 2003; Executado pela CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento ou pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS); - Aquisição pública sem processo licitatório § 2º O Programa de que trata o caput será destinado à aquisição de produtos agropecuários produzidos por agricultores familiares que se enquadrem no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - PRONAF, ficando dispensada a licitaçãopara essa aquisição desde que os preços não sejam superiores aos praticados nos mercados regionais. (Lei nº 10.696 de 02 de julho de 2003, Art. 19)
Resgate histórico da experiência • 2004 - início da participação de produtores rurais nos processos licitatórios. • Desde então, já participaram direta e indiretamente como fornecedores, em torno de 20 agricultores, com produtos como: leite integral tipo C pasteurizado, néctar de uva orgânico, geléia e doces em pasta de frutas orgânicas, doce de leite, ovos de galinha caipira e de codorna, mel em pote e sache e hortaliças; • Em 2007, do total recursos federais, 23% (~= R$ 50.000,00) foram gastos na compra de gêneros da agricultura familiar. DOIS IRMÃOS - RS
Resgate histórico da experiência • 2005-2006 - aquisição de alimentos através do PAA - “Compra Antecipada Especial da Agricultura Familiar com Doação Simultânea” para a merenda escolar(Pólo Sindical da Borborema, como entidade proponente, em parceria com o MDA, através da CONAB); • 56 produtos hortifrutigranjeiros agroecológicos no valor total de R$ 64.675,00 produzidos por 32 agricultores familiares dos três municípios paraibanos (Lagoa Seca, Soledade e Queimadas). LAGOA SECA - PB
DOIS IRMÃOS (RS) LAGOA SECA (PB)
Resgate histórico da experiência • Motivação inicial: preocupação com a qualidade dos alimentos fornecidos aos escolares e a necessidade de promover hábitos saudáveis de alimentação + movimento iniciado a nível regional (Emater e Fetag - alternativas de mercado para a agricultura familiar) = COMPRA DA AGRICULTURA FAMILIAR CONSUMO PRODUÇÃO • Motivação inicial: formalização do Pólo Sindical da Borborema deu-se em 1996 aglutinando Sindicatos de Trabalhadores Rurais, associações rurais, grupos comunitários e eclesiais com atuação em 16 municípios incluindo o município de Lagoa Seca + PAA = PNAE PRODUÇÃO CONSUMO DOIS IRMÃOS - RS LAGOA SECA - PB
Análise do processo e da trajetória Ambos os municípios, a partir dos atores sociais, traçaram estratégias mudando as circunstâncias para resolver seus problemas de uma forma coerente, acionando alianças diversas, formulando decisões, agindo sobre elas, inovando e experimentando. A maior fonte de amparo das inovações (sendo uma inovação em si mesma)nos casos estudados é a criação/utilização de dispositivos coletivos entendidos como o conjunto de relaçõesque podem ser mobilizados pelas pessoas visando um determinado fim.
Análise do processo e da trajetória Dispositivos coletivos DOIS IRMÃOS - RS CAE – CONSELHO DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR INSTITUIÇÃO QUE PROMOVEU A INTERSETORIALIDADE E A GOVERNANÇA DO PROCESSO – LOCAL DE NEGOCIAÇÃO. [...] o responsável pelo movimento foi um conjunto de entidades que se uniram e que formavam o CAE. Tinham uma idéia semelhante. (P.J.B., STR) Acho que o CAE tomou a frente, chamava os outros segmentos, ia atrás, via o interesse dos outros, promoveu encontros. Dentro do CAE procurei opinar, questionar, participar de tudo que era proposto neste sentido. (I.C.B.B, mãe de aluno) [...] as idéias são ouvidas, não são como em outros lugares que as decisões são de gabinete e o Conselho serve apenas para constar, fazer uma “reuniãozinha”. Gosto de poder contribuir, a gente sente que pode ser útil (P.J.B, STR).
Análise do processo e da trajetóriaInovações DOIS IRMÃOS - RS
Análise do processo e da trajetóriaDispositivos coletivos/inovações LAGOA SECA - PB
Análise do processo e da trajetóriaDispositivos coletivos/inovações LAGOA SECA - PB
Análise do processo e da trajetória LAGOA SECA - PB
Análise do processo e da trajetória LAGOA SECA - PB
Efeitos e resultados DOIS IRMÃOS E LAGOA SECA PARA A PRODUÇÃO E PRODUTORES: Incentivo à organização, cooperação e formalização dos produtores; Empoderamento dos agricultores junto ao poder público; Incentivo à produção agroecológica; Segurança de renda para os agricultores; Criação de novos canais de comercialização. PARA O CONSUMO E CONSUMIDORES Melhora da qualidade nutricional, organoléptica, ambiental, e social da AE; Aumento no consumo de alimentos saudáveis e adequados pelos escolares.
CONSIDERAÇÕES FINAIS • É necessário muita criatividade • Inovação: formas criativas e estratégicas dos atores locais em recompor as usuais, dando-lhes condições de alcançarem seus objetivos. • confiança, reciprocidade, cooperação • Dispositivos coletivos: conjunto de relações duradouras que propiciem empreender açõese governar o processo de forma a gerenciar os problemas, dificuldades e riscos, buscando soluções e mudanças. • para acessar, transformar e adaptar as políticas e programas públicos em vetores de Desenvolvimento rural.
CONSIDERAÇÕES FINAIS Portanto são necessárias Políticas Públicas que visem: Diminuir a burocracia e custos de transação: acesso, logística, formalização, organização. (Até recentemente, os agricultores apenas produziam alimentos, atualmente, têm que legalizar, gerenciar, organizar, cooperar, vender, distribuir, etc.) Oferecer preços justos para que não haja por um lado, desinteresse na venda, e por outro, dificuldades de pagamento e oneração dos gastos públicos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS Melhorar a organização: incentivo e investimento em entidades de base como a extensão rural, os sindicatos, como entidades com poder de auxílio e organização dos agricultores. Evitar partir do pressuposto que ela exista para não excluir os agricultores não organizados (a grande maioria). Rever as questões que regulam a qualidade dos alimentos: o que afinal se considera um produto de qualidade e quais devem ser as exigências sanitárias relativas à produção de baixa escala?